No
segundo capítulo da novela da semana passada, o promotor geral do Egito emitiu
mandatos de prisão contra oito cidadãos americanos na terça-feira. Seus crimes
seriam relacionados com a produção do trailer crítico de Maomé, usado como
desculpa para todas as manifestações que vimos ao redor do mundo.
Um
desses americanos indiciados é uma mulher que se converteu do islamismo ao
cristianismo. De acordo com a Associated Press as acusações seriam: insultar e
publicamente atacar o islamismo, espalhar informações falsas e ferir a união
nacional do Egito. De acordo com a declaração do promotor-chefe egípcio, se
condenados, os oito podem pegar a pena de morte.
Um
advogado egípcio entrevistado pela Associated Press disse que isso iria desencorajar
qualquer um que queira expressar sua liberdade de expressão sobre o islamismo.
O
desejo de intimidar as pessoas livres a se calarem sobre esta religião é um dos objetivos
declarados da irmandade muçulmana. Três dias após os ataques à embaixada
americana na Líbia, o chefe espiritual do grupo, Yussuf Qaradawi fez um
discurso na televisão egípcia. Apesar de usar um tom aparentemente moderado, ele
conclamou sua audiência a fazer de tudo para que a América criminalizasse os
direitos de expressão ou críticas dos seus cidadãos ao islamismo – assim como
fizeram seus camaradas europeus nos últimos anos quando confrontados com
intimidação e terrorismo islâmico.
Senhores
ouvintes, esta é uma guerra real que está sendo travada pelo mundo. Mas esta é
pior do que todas porque o inferno do radicalismo islâmico não está limitado a
um país ou região. Depois de expulsar os judeus com a criação do Estado de
Israel, cristãos que moram em países muçulmanos não podem ir à Igreja, são
humiliados, cargos oficiais e em grandes empresas lhe são proibidos, além de
muitos serem convertidos à força.
Um
embaixador americano é morto na Líbia no 11 de setembro e a resposta da
administração americana é um ataque frontal à um dos pilares da Constituição
dos Estados Unidos: a liberdade de expressão. Eu quero repetir o que disse na
semana passada: estas manifestações não são sobre este filmeco. O ataque ao
embaixador foi um ato intencional por muçulmanos radicais que procuram impor
suas crenças ao resto do mundo.
Não
foi coincidência que também na semana do 11 de setembro os iranianos tenham
aumentado o preço pela cabeça de Salman Rushdie (lembram dele?) por ter escrito
os Versos Satânicos criticando o Corão, em 1989. Agora o prêmio para quem
matá-lo subiu para $3.3 milhões de dólares.
E
ao mesmo tempo em que os muçulmanos exigem respeito à sua religião e profeta,
eles o negam às religiões alheias. A destruição dos Budhas em Bamyan em 2001, a
regular conversão de igrejas e sinagogas em mesquitas, os discursos semanais
chamando os judeus e cristãos de porcos e macacos, atestam à um duplo standard
que os muçulmanos querem impor.
Nossa
mensagem deve ser que isso não será tolerado!
Mas
quero ir um pouco mais longe. Todos estes eventos são consequência direta da
política de apaziguamento e desculpas impostas por Obama, este “gênio” de
política externa apoiado cegamente pela mídia.
Todas
estas manifestações expuseram a falácia desta política e agora a mídia está
fazendo de tudo para que Obama não leve a culpa.
Não
é preciso voltar muito no tempo. Há quatro anos atrás, Obama decidiu dar sua
primeira entrevista depois de eleito presidente dos Estados Unidos, ao canal de
televisão Al Arabiya. Durante esta entrevista ele prometeu trazer a paz ao
Oriente Médio. Aí ele fez sua primeira viagem ao exterior para o Cairo gelando
Mubarak, aliado de longa data, e convidando representantes da Irmandade
Muçulmana, na época banida pelo governo por suas atividades violentas.
Se
qualquer um se der ao trabalho de ler qual é a missão declarada da Irmandade,
entenderá porque ela foi banida por Mubarak. Seu motto é “Allah é nosso
objetivo. O profeta é o nosso líder. O Corão é nossa lei. O Jihad é o nosso
caminho. Morrer por Allah é nossa maior esperança.” Recentemente, o president
eleito do Egito e membro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi, declarou que
“Jerusalem será nossa capital”.
Um
outro fator muito importante para compreender a política de apaziguamento desta
administração é o seu relacionamento com uma organização que muitos
provavelmente nem ouviram falar. A OIC – Organização de Cooperação Islâmica.
Esta organização é a segunda maior do mundo depois da ONU. Eles dizem
representar todos os muçulmanos do mundo, mesmo os que vivem em países não
muçulmanos como os Estados Unidos. Em 2005 eles publicaram seu plano de ação
para os próximos 10 anos para impôr no mundo inteiro um código de expressão
baseado na Sharia.
Ouçam
o que eles dizem e entenderão bem o que ocorreu na semana passada.
Seu
objetivo é criminalizar internacionalmente toda comunicação ou qualquer expressão
que na sua opinião seja ofensiva ao islamismo, mesmo em países como os Estados
Unidos. Ninguém, não muçulmanos, não não-muçulmanos, não americanos, não
brasileiros têm permissão para falar, escrever ou de qualquer modo comunicar
algo que na opinião deles é ofensivo à eles ou à sua religião. Eles têm como objetivo
forçar o Ocidente livre a dizer adeus à liberdade de expressão, liberdade de
religião e este é o aviso que recebemos hoje.
Muitos
podem pensar que isso nunca irá acontecer nos Estados Unidos, mas estão
errados. O presidente Obama com a ajuda de Hilary Clinton, fizeram aprovar na
ONU a Resolução 1618 que exige que países membros aprovem leis contra
referências derrogatórias ao islamismo. Pior que isso, há um ano atrás,
organizações islâmicas escreveram à Casa Branca pedindo para que todo o material
usado por agências federais como o exército, FBI e CIA, fosse “limpo” de toda
referência ao islamismo e que o pessoal fosse retreinado dentro de uma
filosofia politicamente correta do islamismo.
Quando
membros do Congresso americano perguntaram quem estava liderando esta “limpeza”
e “retreinamento”, o Governo Obama disse que a informação era secreta e que os
senadores e deputados não teriam acesso à ela.
Se
isto for verdade, senhores e senhoras, estamos muito atrás neste jogo. Estamos
perdendo rapidamente nosso sentido de liberdade e prejudicando nossa capacidade
de identificar o inimigo real. Em vez de aceitar a verdade básica e defender o
nosso modo livre de vida, Obama justifica o colapso de sua política externa
retirando dos americanos seu inalienável direito à livre expressão.
Nesta
semana a Assembléia Geral das Nações Unidas entra em Sessão. Mais uma
oportunidade para Ahmadinejad jogar seu veneno e Abbas tentar o reconhecimento
do Estado Palestino. Obama diz estar com sua agenda cheia. De acordo com a
senadora Bachman, ele tem uma entrevista com David Letterman, um encontro com
Beyonce e outro com o cantor de Rap Jay-Z. Dá para entender porque ele não tem
tempo de se encontrar com Netanyahu.
Obama
precisa rearranjar suas prioridades. Há uma grande diferença entre apaziguar
alguém que foi ferido por suas ações e apaziguar aqueles que querem sua
destruição. Para apaziguar aqueles que odeiam seu modo de vida você precisa mudar
seu modo de vida. Se o ocidente quer apaziguar o mundo muçulmano, deve decidir
deixar de ser livre. E no século 21, depois de tudo o que alcançamos, acho que não é este o legado que queremos deixar aos nossos filhos.
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