Sunday, June 28, 2015

O Estupro da Verdade - 28/06/2015

Na última sexta-feira, no espaço de poucas horas, terroristas islâmicos perpetraram ataques em três continentes. Primeiro, na França, uma cabeça de um homem com escritos em árabe foi afixada ao portão de uma fábrica de gases comprimidos no sudeste do país. Logo depois, um suicida se explodiu dentro de uma mesquita shiita na cidade do Kuwait matando mais de 30 e ferindo mais de 200. E na Tunísia, 37 turistas foram mortos metralhados na praia e em seu hotel.  Este dia será lembrado como a sexta-feira sangrenta do mês do jejum islâmico do Ramadan.

O Estado Islâmico continua avançando e ontem lançou mais uma ofensiva contra Kobani, na Síria, matando pelo menos 200 civis.

Por seu lado, os Estados Unidos estão empurrando para a frente o acordo com o Irã . E cada vez que o ocidente concorda com uma demanda iraniana, o Supremo Líder endurece mais sua posição. Na semana passada ele repetiu que não aceitará inspeções em suas bases militares, não aceitará inspeções surpresas e não desmantelará sua pesquisa em mísseis balísticos. Tudo o que faria um acordo funcionar. Especialistas militares assinaram uma carta expondo suas preocupações e reservas com o acordo para a segurança nacional americana, mas Obama não se importa. Ele quer deixar isso como parte do seu "legado".

Enquanto tudo isso ocorre, a economia da Grécia está implodindo. O povo está correndo aos bancos com a decisão do governo de fazer um plebiscito que ao final poderá resultar na saída dos gregos da comunidade europeia. O socialismo grego acabou com o dinheiro do país e os outros membros da Europa não querem mais pagar por estas políticas falidas.

Com o mundo em turbulência, a ONU continua em sua realidade alternativa ocupando-se com seu vilão favorito: Israel.

Depois do infeliz relatório de Leila Zerrougui, a Representante Especial do Secretário-Geral sobre as Crianças em Conflitos Armados, publicado na semana passada condenando Israel, esta semana foi a vez do Conselho dos Direitos Humanos de publicar suas conclusões sobre a Operação Barreira Protetora, ou a guerra do Hamas contra Israel no ano passado.

A juíza americana Mary McGowan Davis, parceira da antissemita Navi Pillar, disse que as ações de Israel em alguns casos, podem ser consideradas como “crimes de guerra”. Que surpresa!

O Hamas recebeu o relatório com alegria. Para seus terroristas, atacar a população civil de Israel com milhares de mísseis e mal serem mencionados como violadores é o mesmo que uma aceitação de suas ações pela comunidade internacional.

McGowan Davis já trabalha com a ONU contra Israel há anos. E não importa que os dados que mostram os crimes do Hamas figurem no próprio relatório. Como por exemplo, que o Hamas e outros grupos palestinos lançaram sobre Israel 4.881 mísseis e 1.753 morteiros entre 7 de julho e 26 de agosto de 2014. Que 67 soldados e seis civis israelenses morreram incluindo Daniel Turgeman, um menino de 4 anos e 1.600 civis foram feridos incluindo 270 crianças. Para ela, isso não é o suficiente para condenar o Hamas.

Sobre as centenas de tuneis que chegavam no centro das comunidades agrícolas em Israel, Davis simplesmente decidiu que “não há determinação conclusiva da intenção do Hamas para construí-los”. Isto é um insulto à nossa inteligência - mas o que esperar da ONU?

Com a forçada resignação do chefe original da investigação William Schabas, depois que veio a tona o fato dele ter trabalhado para a OLP, Davis prontamente levou à frente a agenda de Schabas e com o mesmo lema: primeiro o veredito, depois procuramos as provas.

E estas supostas provas ela conseguiu dos próprios palestinos e seus simpatizantes. Mesmo assim, ela conclui que mais da metade dos palestinos mortos eram militantes do Hamas ou de outro grupo armado.

O que este relatório não leva em consideração é que a proporção de baixas civis em relação a combatentes é a menor de todas as guerras que a humanidade travou na história. É de 1 para 1. Na maioria das outras guerras, há no mínimo 3 vezes mais civis que morrem do que combatentes. É só ver o que se passa no Iraque e na Síria com suas centenas de milhares de mortos. Mas para Davis, o exército de Israel deveria ter mudado sua conduta depois de ter verificado que civis foram mortos.

Israel agiu muito além do que era requerido pela lei internacional para proteger os civis palestinos. Ela jogou panfletos avisando aonde iria atacar, fez ligações telefônicas, mandou mensagens de texto e por último, enviou explosivos inofensivos como uma “batida na porta”. Tudo isso é sem precedentes na história dos conflitos e foi feito à custa de vidas israelenses.

Mas não sou eu quem está dizendo isto. Os 11 membros do Nível Superior do Grupo Militar Internacional que inclui generais da OTAN e o embaixador para crimes de guerra do Departamento de Estado americano Pierre-Richard Prosper declararam que “Israel não só cumpriu com os padrões internacionais das leis de conflito armado mas na maioria dos casos, excedeu os padrões.”

O incrível é que por outro lado, a conduta moral de Israel preocupa os peritos em lei militar pois para eles, os padrões usados são tão altos que outros países não poderão alcança-los! O especialista alemão em direito militar Wolff von Heinegg, disse recentemente que Israel “toma mais precauções do que o exigido e com isso está estabelecendo um precedente desarrazoado para outros países democráticos que possam estar lutando em guerras brutais e assimétricas contra atores não estatais que abusam estas leis”.

Davis simplesmente deixa isso tudo de lado e chega numa equivalência imoral entre os atos terroristas do Hamas e Israel que tenta proteger seus civis de ataques. Isto não está muito longe das exigências de sua mentora Navi Pillar que na guerra anterior queria que Israel desse ao Hamas unidades do Domo de Ferro!

Davis chegou a admitir que não pôde estabelecer com certeza o que aconteceu em certos incidentes nas isso não a deteve de chegar a conclusões ridículas com recomendações ainda mais ridículas. Estas conclusões e recomendações não são só moral e intelectualmente falidas. mas se tomadas seriamente, elas irão impedir não só Israel, mas outras democracias de usarem qualquer meio militar de defesa por inteiro. Forçar países democráticos e defensores da liberdade a desmantelarem seus exércitos não é uma receita para a estabilidade mundial.

Mas todos nós sabemos que a ONU, com seu grande bloco de países déspotas e terroristas é institucionalmente programado para atacar Israel porque é o único país no Oriente Médio aonde há liberdade. A ONG UNWatch relatou que deste sua criação, o Conselho de Direitos Humanos da ONU condenou Israel mais vezes do que todos os outros países do mundo juntos. Deveríamos perguntar, porque países europeus e os Estados Unidos continuam a ser membros deste órgão de ódio?

Este relatório de Davis para a ONU é só a última manifestação do mundo kafkiano que vivemos. Este mundo que se tornou um pogrom gigante, tanto físico como intelectual. Aonde crianças são crucificadas por terem comida em sua posse no mês de Ramadan, aonde mulheres são apedrejadas, aonde intelectuais do ocidente são mortos por desenharem cartoons e o resto de nós passa o tempo a ponderar se vale a pena expressar uma opinião.


Aonde um pequeno país, um oásis de democracia e liberdade é atacado não só por seus vizinhos bárbaros mas pelo suposto mundo desenvolvido.  

Sunday, June 21, 2015

Aaah A Hipocrisia da ONU - 21/6/2015

Há três anos, o secretário geral Ban Ki Moon nomeou Leila Zerrougui, uma advogada da Argélia como a Representante Especial do Secretário-Geral sobre as Crianças em Conflitos Armados.

Em março deste ano, ela emitiu um relatório sobre a situação desesperadora das crianças na Síria. Ela descreveu a violência e as táticas brutais usadas por todos os lados deste conflito, o uso de gás asfixiante por Bashar Al-Assad mas especialmente o recrutamento de crianças por grupos como o Al-Nusra (a Al-Qaeda da Síria) e o Estado Islâmico. O relatório  detalhou como crianças são sequestradas, doutrinadas e obrigadas a participar de atos horrendos de assassinatos, decapitações e a queima de pessoas vivas. Como meninas são estupradas e vendidas como escravas.

Mas o relatório sobre a Síria não resultou em muita cobertura pela imprensa. Talvez por isso, seu novo relatório tenha tomado outra direção.

Na última quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir este novo relatório. Surpreendentemente, Ban Ki-Moon não teve outro alvo a não ser... adivinharam(?) Israel! O secretário não mediu palavras para condenar o Estado Judeu pelo sofrimento das crianças palestinas durante o conflito com Gaza no ano passado. Não o Iraque aonde o maior número de crianças morreu em conflito, não a Síria, não o Afeganistão ou o Paquistão - aonde meninas são mortas por irem para a escola.

Ban disse estar alarmado com o “sofrimento de tantas crianças” como resultado das operações militares e pediu para Israel tomar passos concretos e imediatos que incluam “rever políticas e práticas existentes” para proteger e prevenir a morte ou ferimentos a crianças e respeitar a santidade especial de escolas e hospitais.

A resposta do primeiro ministro de Israel foi imediata. Netanyahu disse em sua página do Facebook que “este é um dia cinzento para a ONU que em vez de condenar o Hamas por ter tomado as crianças como reféns lançando seus mísseis contra Israel a partir de escolas e hospitais, ela mais uma vez escolheu condenar Israel que manteve os mais altos padrões morais de combate como foi declarado na semana passada por generais americanos e europeus.

Ao mesmo tempo, o Hamas, uma organização terrorista, recebe imunidade da ONU, mesmo estando provado acima de qualquer dúvida, que ela cometera crimes de guerra ao lançar mísseis a partir de hospitais, mesquitas e de dentro dos próprios prédios da ONU. Como sabemos, não há limites para a hipocrisia”.

Netanyahu tem razão. Infelizmente, a ONU mudou. Os 51 países que a fundaram em 1945 eram em sua vasta maioria países ocidentais ou membros da União Soviética. Na época, a ideia de dar a cada membro um voto nas decisões para evitar o domínio das potências, era inovadora. Infelizmente, hoje temos 193 membros, a maioria consiste em países subdesenvolvidos, corruptos e ditatoriais. Isso faz com que uma representante de um país árabe, que já vem com seus preconceitos e partidarismos, seja nomeada para emitir um relatório sobre a conduta de Israel.

Não digo que ela não seja capaz de colocar seus preconceitos de lado e trabalhar profissionalmente, mas está na cara que este não foi o caso. E a prova está no próprio relatório. Nele, Israel mereceu não menos que 32 parágrafos, comparados com apenas 8 do Iraque, 15 do Afganistão, 11 de Darfur e apesar do seu relatório anterior, meros 18 parágrafos sobre a situação das crianças na Síria.

Numa carta à Ban Ki Moon, o embaixador Ron Prosor acusou Zerrougui de “conduta tendenciosa ampla, sistemática e institucionalizada contra Israel afetando a credibilidade do relatório”.

Prosor notou que Zerrougui deixou de responsabilizar o Hamas por lançar milhares de mísseis contra Israel usando civis palestinos, incluindo crianças, como escudos humanos. Ele também criticou Zerrougui por impedir Israel de verificar incidentes descritos no relatório, por não ter dado a Israel nenhuma oportunidade de defesa antes que o relatório fosse finalizado e por ignorar todas as informações e evidências fornecidas por Israel.

Prosor pediu que o secretário-geral da ONU “mudasse seu método de trabalho para assegurar um processo transparente e crível no futuro”.

Ban por sua vez, defendeu o relatório dizendo que “interesses nacionais não deveriam embaçar o objetivo que é o de proteger crianças”. Para ele, independente do que faz o Hamas, o impacto nas crianças de Gaza prova a violação das leis internacionais humanitárias e imaginem, o uso excessivo de força por Israel!!!.

Mas poderia ser pior. Zerrougui queria incluir Israel na lista negra das entidades que matam ou ferem crianças em conflitos armados junto com o Boko Haram e os Talibãs. Ban teve o mínimo bom senso e recusou a inclusão o que provocou uma barragem de protestos de grupos de direitos humanos e do mundo árabe.

Este tipo de relatório e conclusões da ONU é o que tira a credibilidade desta instituição que deveria investigar quem são os reais culpados pela morte e sofrimento de civis. Não foi Israel quem começou a guerra, foi o Hamas. Mesmo sabendo que iria atacar Israel, o Hamas não construiu um só abrigo contra bombas ou qualquer outro lugar de refúgio para sua população civil. Mas gastou milhares de toneladas de cimento para construir dezenas de tuneis para atacar civis israelenses.

Estamos numa situação em que não importa o que Israel faça, ela é acusada de crimes e violações da lei internacional. Esta semana, o ex-ministro da Defesa e ex-vice-primeiro ministro Shaul Mofaz teve que ser retirado de Londres aonde ele teria que participar de uma conferencia porque grupos pró-palestinos tinham conseguido uma ordem de prisão por supostos crimes de guerra cometidos por ele. Tzipi Livni, líder da oposição israelense teve que invocar sua imunidade na Inglaterra para evitar ser presa.

Quer dizer, qualquer um envolvido no exército ou na política de Israel, seja governo ou oposição, hoje tem que pensar duas vezes antes de ir para a Europa. Esta intimidação é parte do movimento que prega o boicote a Israel sem querer saber quem sai prejudicado.


É realmente muita hipocrisia. Num momento em que o Oriente Médio está em fogo e crianças são dizimadas diariamente, a ONU decide acusar e incluir Israel num grupo de países que nega os direitos civis mais básicos. Ela precisa parar de proteger e dar imunidade ao Hamas que usa crianças como escudos e parar de condenar Israel a cada vez que ela é forçada a proteger seus civis. Quem sabe depois que os palestinos perderem o status de vítima permanente eles se deem conta que este não é o caminho para obter um estado. 

Mas hei (!) um estado não é o que estes terroristas realmente querem…  

Tuesday, June 16, 2015

O Momento Chamberlain de Obama - 14/06/2015

O presidente Americano Barack Obama mais uma vez passou por cima de todo o bom senso e transferiu seis dos mais perigosos detentos da Baía de Guantánamo, desta vez para o Sultanato de Omã. Entre eles, os guarda-costas de Osama Bin Laden.  Em 2008, em sua campanha para presidente, Obama prometeu fechar a prisão da base naval americana de Guantánamo e ele está disposto a pagar qualquer preço para atingir este objetivo.

Junto com sua declaração na Europa que, depois de dois anos, ele ainda não tem uma estratégia clara para vencer o Estado Islâmico, temos um quadro bem negro para o futuro da paz mundial.

Está claro que nestes últimos 18 meses de sua presidência, Obama já não liga para a razão e seu único objetivo é consolidar o legado de sua presidência. E seu foco direto ou indireto está em Israel.

Nesta semana Obama obteve uma decisão da Suprema Corte anulando uma lei aprovada pelo Congresso em 2002, mandando que nos passaportes dos filhos de americanos nascidos em Jerusalém, constasse “Israel”. De acordo com as diretivas do Departamento de Estado os passaportes omitem Israel como o país de nascimento da criança. No lugar, está somente escrito “Jerusalém”. Isto é uma infantilidade pois é o mesmo que não reconhecer Israel como país.

Estes e outros passos em falso em sua política externa geraram uma enxurrada de críticas a Obama inclusive de seus maiores defensores. O renomado professor de Harvard, Alan Dershowitz, que o apoiou em ambas as eleições, neste final de semana expressou grande desapontamento com a ignorância de Obama sobre Israel e sua ingenuidade e fraqueza nas negociações com o Irã.

Mas foram as declarações do ex-chefe da Agência de Inteligência Militar de Obama Brigadeiro General Michael Flynn, na segunda-feira da semana passada, que dominaram as manchetes. Em testemunho ao Congresso, Flynn disse que o acordo nuclear não resolverá o problema com o Irã e que ele é apenas um paliativo temporário. Que a ideia deste acordo ser efetivo é uma ilusão deste governo, somente possível se houver uma mudança de regime no Irã. Flynn completou dizendo que os aiatolás têm todas as intenções de construir uma arma nuclear e que seu desejo de destruir Israel é “muito real”.

As declarações de Flynn são somadas a frustração dos judeus americanos que só agora se deram conta que foram enganados por esta administração.  No domingo passado, o Secretário do Tesouro de Obama foi vaiado na Conferência patrocinada pelo Jerusalém Post aqui em Nova Iorque. Repetindo a ladainha do presidente, Jack Lew disse que as sanções conseguiram o efeito desejado de trazer o Irã para a mesa de negociações e fazer concessões”. Nisto ele estava errado. As sanções foram impostas para punir o Irã por seu programa nuclear e fazer este maior produtor de petróleo e gás natural do mundo, desistir de suas usinas nucleares.

Até agora os únicos fazendo concessões são os Estados Unidos e os países europeus. Até a Rússia, que montou as usinas nucleares para os aiatolás, reconhece que há vários pontos de conflito especialmente em relação às inspeções. A duas semanas do término do prazo para a assinatura de um acordo, o supremo líder reiterou sua proibição de inspeções surpresa ou em suas bases militares.

Também nesta semana, o ex-chefe do Mossad israelense, Shabtai Shavit, que criticou duramente Netanyahu durante as últimas eleições, avisou que o Irã irá explorar o desespero de Obama para concluir um acordo como parte de seu legado presidencial. Shavit disse que Teerã iria aproveitar a ânsia do presidente para extrair ainda mais concessões.

Até agora o presidente está concentrando seus esforços em um mecanismo para imediatamente reimpor as sanções se o Irã violar o acordo ou mentir sobre suas atividades nucleares. Ele parece não levar em conta que o Irã vem mentindo, escondido e induzido a comunidade internacional em erro mesmo durante as negociações e mais importante, que reimpor sanções é muito difícil e que elas levam anos para gerar a pressão econômica desejada.

Numa tentativa absurda de melhorar sua imagem, Obama declarou que ele é o presidente mais “judeu” que já morou na Casa Branca. Ele deu várias entrevistas exaltando os “valores judaicos que supostamente simbolizaram a fundação do estado de Israel”. Mas na mesma sentença, Obama deixou entender que a falta de novas concessões aos palestinos significariam um abandono destes valores e consequentemente, ele não mais poderia apoiar o estado Judeu.

Em sua recente entrevista para a tv israelense, Obama mostrou os dois pesos e duas medidas quando se trata de Israel. Ele falou que os jovens palestinos, em face do status quo, têm o que reclamar dos líderes de Israel. Mas nenhuma palavra sobre as crianças israelenses que constantemente têm que correr para abrigos contra bombas. Porque elas não teriam o que reclamar dos líderes palestinos? Israel é sempre julgada nos mais altos padrões quando se defende, enquanto os palestinos não são nem advertidos quando atacam civis com mísseis, bombas e fazem tentativas de sequestro.  

Obama se gaba ao dizer que o nível de cooperação militar e de inteligência com Israel, nunca esteve tão alto. Ninguém pode realmente confirmar isso, mas independentemente de quanto equipamento ou informação forem trocados, se no governo de Obama mais um estado árabe terrorista for estabelecido e o Irã obtiver a bomba, nada mais será lembrado.


Muito pouca gente sabe que o primeiro ministro britânico Neville Chamberlain de fato, ajudou a restaurar a estabilidade financeira da Inglaterra durante a Grande Depressão, passou legislação para estender benefícios aos desempregados, pagar pensão aos aposentados e ajudou os que foram afetados pelo declínio na economia. Mas todos se lembram de sua política de apaziguamento de Hitler. Este foi o legado final de Chamberlain. E Obama sofrerá o mesmo destino se o Irã obtiver a bomba nuclear.

Thursday, June 11, 2015

A Guerra Contra o Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel - 07/06/2015

Neste último domingo o primeiro ministro de Benjamin Netanyahu criticou duramente a comunidade internacional e a ONU por seu silêncio ao lançamento de mísseis da Faixa de Gaza para Israel. Pela enésima vez, neste final de semana a sirene foi ouvida na cidade costeira de Ashkelon, levando milhares de residentes de volta aos abrigos.

Netanyahu disse que a hipocrisia está se espalhando pelo mundo, mas ela não irá amarrar as mãos de Israel que irá continuar a proteger seus cidadãos.

O problema é que esta hipocrisia não se limita a ataques de mísseis de Gaza. Há um verdadeiro tsunami antissemita mascarado de anti-Israelismo através do mundo.

Nesta semana, Stéphane Richard, Presidente da companhia de telefonia francesa Orange, sócia da empresa israelense Partners, disse numa conferência no Cairo, que estava pronto a sair de Israel “amanhã de manhã” se pudesse. Israel reagiu imediatamente protestando junto ao governo francês que detém 25% da Orange. Richard prontamente pediu desculpas e declarou que a Orange está em Israel para ficar.

Mas é indesculpável usar o ódio a uma nação para angariar simpatia junto à um novo mercado. Hoje, infelizmente, políticos, acadêmicos e homens de negócio expressam seu antissemitismo, fantasiado de anti-israelismo, livremente. É o politicamente correto. Como na segunda guerra aonde milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, ninguém se incomoda com os massacres perpetrados pelo Estado Islâmico, Al-Qaeda, Boko Haram, ou al-Shabab. Cristãos crucificados, meninas estupradas, crianças decapitadas, pilotos queimados vivos, mulheres apedrejadas, tudo isso é relegado ao segundo plano. O que interessa ao mundo é boicotar Israel!

Depois de uma semana de vitórias avassaladoras no Iraque e na Síria, hoje foi reportado que o Estado Islâmico estaria recrutando peritos em armas químicas; mas, além do aquecimento global, Obama está preocupado é com o fato de que Israel se recusa a fazer mais concessões para convencer os palestinos “oprimidos” a retornar à mesa de negociação e alcançarem seu estado.

Esta situação é muito preocupante, pois vemos que capacidade de Israel de se defender militarmente está diretamente limitada pela capacidade dela se defender diplomaticamente. Israel não pode mais vencer seus inimigos sob pena de ser duramente castigada e ameaçada com boicotes pelo mundo.

Esta guerra diplomática está sendo conduzida pelo movimento pelo Boicote, Desinvestimento e Sanções ou BDS, que prega que qualquer uso de força por Israel contra palestinos é inerentemente imoral e ilegal. Antes limitado às ações militares, hoje este movimento cobre absolutamente todos os aspectos da vida de Israel, colocando em questão seu próprio direito de existir.

Somente na semana passada, falamos na tentativa de expulsar Israel da FIFA liderada por Jibril Rajoub, um terrorista com sangue nas mãos que passou 15 anos na cadeia e hoje é o presidente da Federação de Futebol Palestina. Este pilar da comunidade de Ramallah é um antissemita declarado e defensor da Irmandade Muçulmana e do Hamas.

Também na semana que passou, o sindicato nacional dos estudantes da Inglaterra votou sua adesão ao boicote. Isto quer dizer que agora, os protestos e demonstrações diários contra Israel nas universidades britânicas ocorrerão baixo à respeitável bandeira do sindicato.

Nesta ultima terça feira o governo holandês emitiu um aviso para seus cidadãos em viajem para Israel para tomarem cuidado com judeus que vivem além da linha verde pois eles constituem uma ameaça a visitantes!

A Liga Anti-Defamação reportou um aumento em 38% nos eventos anti-Israel nos campus das universidades americanas. Mais de 520 eventos anti-Israel no último ano.

E aí temos a ONU que deu status oficial ao Centro para o Retorno Palestino, uma organização do Hamas europeu. Este status dará a terroristas a oportunidade de participarem de eventos oficiais da ONU, de usarem os cartões oficiais e terem acesso irrestrito aos prédios da organização. Notem que a mesma comissão se recusou a dar o mesmo status ao ZAKA, uma ONG israelense que dá primeiros socorros às vitimas de terrorismo em Israel e no mundo. Outra iniciativa da ONU é incluir Israel na lista negra dos países em conflito que causam mal a crianças junto com o Boko Haram, o Estado Islâmico, a al-Qaeda e o Talibã(!)

E no Brasil, o professor-doutor José Fernando Schlosser, pró-reitor de Pós-graduação da Universidade Federal da Santa Maria (UFSM) no Estado do Rio Grande do Sul, decidiu fazer circular um memorando solicitando a todos os chefes de programas de pós-graduação, uma relação de alunos e professores israelenses que participam destes cursos, para finalidade de boicote.

Na última década, ativistas pró-Israel têm travado uma luta inglória contra estas organizações que promovem o boicote. Isto porque os líderes deste movimento dizem querer isolar e humilhar Israel como um meio de pressioná-la a fazer a paz. Isto é uma mentira absoluta. Uma falácia. Este movimento é uma manifestação puramente antissemita, antijudaica, que nega qualquer direito do povo judeu à autodeterminação.

Você não pode apoiar a paz e boicotar negócios ou empresas que empregam palestinos ou fazem negócios com judeus em todas as partes de Israel. Você não pode apoiar a paz boicotando estudantes e professores israelenses que se dedicam a promover seu conhecimento nas mais diversas áreas para o melhoramento do mundo. Mas enquanto a palavra “paz” for usada, os ingênuos continuarão sob a impressão de que o movimento é somente contra os judeus da Judeia, Samária e Jerusalem do Leste.

Contra isso, Israel fica incapacitada. E seus inimigos sabem disso. Vários países europeus, inclusive a Suiça, durante esta semana, se deram conta que estão financiando organizações que têm o único objetivo deslegitimar Israel. Assim foi com Quebrando o Silêncio, que recebeu mais de $65 mil dólares dos suíços para “revelar” supostos crimes dos soldados israelenses, em testemunhos anônimos.

Esta é mais uma guerra dos palestinos feita através de procuradores acadêmicos mas financiada por países árabes e governos supostamente amigos de Israel.

É por isso que a resposta de Israel à empresa Orange foi tão importante. Netanyahu disse que não aceitava os pedidos de desculpa e iria rever a posição de seu governo quanto ao contrato com a empresa francesa. Quando começar a doer no bolso destes demagogos, então quem sabe, alguma razão voltará. Talvez já seja tarde mas o BDS é uma ameaça estratégica muito importante porque quanto mais forte ele se tornar, menor será a habilidade de Israel de se defender militarmente e maior será sua vulnerabilidade econômica. Este movimento deverá ser derrotado passo a passo numa ofensiva que nós, cidadãos do mundo, temos que liderar. Para começar, avisar os boicotadores que eles serão boicotados. Não compraremos mais seus produtos, escreveremos nos jornais e protestaremos nas suas portas.

Não será fácil, mas isto é algo que nós podemos fazer. Nossa voz será ouvida aonde houver alguém que quiser boicotar Israel.








Friday, June 5, 2015

A FIFA, os Palestinos e o Uso do Esporte para o Terror - 31/05/2015

A ameaça de suspensão de Israel da FIFA na sexta-feira passada foi contornada. O ministro de esportes palestino Jibril Rajoub retirou seu pedido de expulsão de Israel evitando uma crise que iria embrulhar desastradamente mais uma vez, esportes e politica.

Em 1980, o então presidente americano Jimmy Carter, decidiu boicotar as Olimpíadas de Moscou, pela invasão ao Afeganistão. Quatro anos depois, foi a vez dos soviéticos boicotarem a Olimpíada de Los Angeles. O que isto trouxe para a política e para os esportes? somente atletas frustrados, muitos dos quais tiveram tirados de suas mãos sua última oportunidade de participar do maior evento esportivo do mundo.

Nunca é bom misturar esporte com a política do país aonde estes atletas nasceram ou vivem. Competições deveriam ser somente um reflexo da qualificação e treinamento de cada atleta. A única vez que um país foi proibido de participar em eventos esportivos foi o governo de apartheid da Africa do Sul que rejeitou enviar times mistos de atletas brancos e negros. 

No caso dos palestinos, este pedido de expulsão ou suspensão de Israel da FIFA, foi mais uma vergonhosa tentativa do governo de Abbas de deslegitimar Israel por supostos “crimes” que não existem e mais mentiras para o mundo. Apesar de não sabermos o que realmente aconteceu para que Rajoub retirasse seu pedido, podemos especular que a Autoridade Palestina, e ele pessoalmente, têm muito o que responder sobre o uso de esportes para incitar o ódio e promover o terrorismo contra Israel.

A Autoridade Palestina usa esportes para educar as crianças palestinas que o terrorismo contra civis é uma “resistência” heroica. Tanto a Autoridade como a Fatah rotineiramente homenageiam assassinos com torneios, inclusive os piores ataques da história de Israel. No ano passado, um campeonato de futebol foi nomeado “Torneio Martir Abu Sukkar”. Este indivíduo detonou uma geladeira em 1975 matando 15 pessoas e ferindo 60. Até agora, neste ano, houveram 10 torneios patrocinados pela Autoridade Palestina com nomes de terroristas. Em Janeiro último, os palestinos patrocinaram um “festival esportivo” chamado “Martir Raed Al-Karmi e Martir Dalal Mughrabi”. Karmi foi responsável pelo assassinato de nove israelenses enquanto Mughrabi liderou o ataque mais letal da história de Israel no qual 38 civis foram mortos incluindo 13 crianças.

Além deste uso deplorável dos esportes para glorificar terroristas, a Autoridade Palestina usa eventos esportivos para criminalizar qualquer evento esportivo usado como uma ponte para paz. Um dos princípios do esporte internacional é que esportes devem ser uma ponte de harmonia entre os povos. O Centro para Paz de Shimon Peres tem organizado e promovido eventos esportivos conjuntos entre israelenses e palestinos por anos. Mas a Autoridade Palestina absolutamente condena estes eventos como uma tentativa de “normalização” de relação e ameaça processar atletas palestinos que participam deles.

Depois da Guerra contra Gaza no ano passado, a Agência France - Presse publicou uma reportagem sobre um torneio em que “crianças palestinas e israelenses jogaram partidas amistosas organizadas pelo Centro Peres. O evento foi um tremendo sucesso conseguindo construir uma verdadeira ponte entre os dois povos”. A resposta palestina foi uma denuncia de um membro do Comitê Olímpico Palestino.  Abd Al-Salam Haniyeh, um parente do ditador de Gaza, rotulou o evento de “crime contra a pátria e um ato imoral” . Haniyeh disse que estas partidas eram completamente inaceitáveis para a comunidade esportiva, o Comitê Olímpico, o Conselho Supremo para Esportes e Juventude e para a Associação Palestina de Futebol. Haniyeh exigiu que Jibril Rajoub imediatamente interrogasse os palestinos envolvidos na organização destes jogos e os processasse por traição” (!!!).

Três dias depois, Rajoub perversamente condenou as partidas de futebol para trazer a paz. Ele colocou em sua página pessoal no Facebook que “qualquer atividade de normalização em eventos esportivos com o inimigo Sionista é um crime contra a humanidade!!!!!! [Kooora.com, Palestinian sports site, and Jibril Rajoub's official Facebook page, Sept. 6, 2014]

Isto não é novo de Rajoub. Em 2013 ele ameaçou despedir qualquer membro do time de futebol palestino que participasse de atividades com israelenses. [Official PA TV, July 1, 2013]

Ele ainda reiterou que "o termo normalização não existe no dicionário palestino" [Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, May 18, 2012]

Assim, Jibril Rajoub, Chefe do Comitê Olimpíco palestino, é o mesmo homem atrás da proibição de usar esportes para construir a paz – um princípio básico das Olimpíadas e da FIFA. Na declaração de sua missão, entre outros, a FIFA diz que quer melhorar o jogo de futebol e promove-lo no mundo por seus valores humanitários, culturais, educacionais e de união, particularmente entre os jovens'"

Mas a coisa com Rajoub vai mais longe. Ele, presidente da Associação palestina de futebol e vice-secretário da Fatah, é a pessoa que promoveu o Torneio Dalal Mugrabi de Tenis de Mesa. Na abertura, Rajoub lembrou os atos gloriosos da heroina e martir Dalal Mugrabe que como lembro, incluiram matar 13 crianças entre 38 civis que estavam num ônibus.  [Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, Oct. 1, 2013]

Rajoub falou em 2013 para a tv libanesa, que os palestinos “não tem ainda uma arma nuclear mas eu juro que se tivessemos, já a teriamos usado." [Al-Mayadeen (Lebanon), April 30, 2013]  

Rajoub não tem qualquer vergonha de expressar seu antissemitismo dizendo que nunca haverá uma normalização com Israel. Ele disse que se pudesse, “traria membros do comitê executivo palestino por helicópteros para não ver nenhum judeu, nenhum satã e nenhum sionista filho da _X__”. [Official PA TV, May 17, 2012]   

Uma outra afronta ao esporte internacional é a glorificação pela Autoridade Palestina do massacre dos israelenses na olimpíada de Munique em 1972.

Mahmoud Abbas disse sobre um dos terroristas chamado Abu Daoud:
"Ele esteve na frente de todas as batalhas. Que irmão maravilhoso, companheiro, duro e teirmoso. Um lutador incansável.." [Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, July 4, 2010]

Recentemente, Abbas e o movimento da Fatah honraram estes terroristas de Munique. Em seu discurso, Abbas disse que o Comitê Central palestino comemorava o 42º aniversário do martírio dos comandantes de Munique enfatizando sua lealdade e prometendo que os palestinos continuariam em seus passos.
[Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, April 20, 2015]

A conclusão é que os palestinos e principalmente Jibril Rajoub continuamente desrespeitam os valores básicos do esporte internacional. Eles usam os esportes para glorificar o assassinato de civis e os proíbem para construir a paz.

Em vista disto, a FIFA deveria de fato, considerar suspender a Autoridade Palestina até ela parar de nomear torneios de futebol em homenagem a assassinos, publicamente parar de honrar os terroristas que perpetraram Munique e cortar as relações com Rajoub até ele retirar suas declarações conclamando o povo palestino a chacinar e dizimar israelenses. Este sim seria um passo positivo para a FIFA e para o esporte internacional.