O
presidente Americano Barack Obama mais uma vez passou por cima de todo o bom
senso e transferiu seis dos mais perigosos detentos da Baía de Guantánamo,
desta vez para o Sultanato de Omã. Entre eles, os guarda-costas de Osama Bin
Laden. Em 2008, em sua campanha para
presidente, Obama prometeu fechar a prisão da base naval americana de Guantánamo
e ele está disposto a pagar qualquer preço para atingir este objetivo.
Junto
com sua declaração na Europa que, depois de dois anos, ele ainda não tem uma
estratégia clara para vencer o Estado Islâmico, temos um quadro bem negro para o
futuro da paz mundial.
Está
claro que nestes últimos 18 meses de sua presidência, Obama já não liga para a
razão e seu único objetivo é consolidar o legado de sua presidência. E seu foco
direto ou indireto está em Israel.
Nesta
semana Obama obteve uma decisão da Suprema Corte anulando uma lei aprovada pelo
Congresso em 2002, mandando que nos passaportes dos filhos de americanos
nascidos em Jerusalém, constasse “Israel”. De acordo com as diretivas do
Departamento de Estado os passaportes omitem Israel como o país de nascimento
da criança. No lugar, está somente escrito “Jerusalém”. Isto é uma
infantilidade pois é o mesmo que não reconhecer Israel como país.
Estes
e outros passos em falso em sua política externa geraram uma enxurrada de
críticas a Obama inclusive de seus maiores defensores. O renomado professor de
Harvard, Alan Dershowitz, que o apoiou em ambas as eleições, neste final de
semana expressou grande desapontamento com a ignorância de Obama sobre Israel e
sua ingenuidade e fraqueza nas negociações com o Irã.
Mas
foram as declarações do ex-chefe da Agência de Inteligência Militar de Obama Brigadeiro
General Michael Flynn, na segunda-feira da semana passada, que dominaram as
manchetes. Em testemunho ao Congresso, Flynn disse que o acordo nuclear não resolverá
o problema com o Irã e que ele é apenas um paliativo temporário. Que a ideia
deste acordo ser efetivo é uma ilusão deste governo, somente possível se houver
uma mudança de regime no Irã. Flynn completou dizendo que os aiatolás têm todas
as intenções de construir uma arma nuclear e que seu desejo de destruir Israel
é “muito real”.
As
declarações de Flynn são somadas a frustração dos judeus americanos que só
agora se deram conta que foram enganados por esta administração. No domingo passado, o Secretário do Tesouro de
Obama foi vaiado na Conferência patrocinada pelo Jerusalém Post aqui em Nova
Iorque. Repetindo a ladainha do presidente, Jack Lew disse que as sanções
conseguiram o efeito desejado de trazer o Irã para a mesa de negociações e
fazer concessões”. Nisto ele estava errado. As sanções foram impostas para
punir o Irã por seu programa nuclear e fazer este maior produtor de petróleo e gás
natural do mundo, desistir de suas usinas nucleares.
Até
agora os únicos fazendo concessões são os Estados Unidos e os países europeus.
Até a Rússia, que montou as usinas nucleares para os aiatolás, reconhece que há
vários pontos de conflito especialmente em relação às inspeções. A duas semanas
do término do prazo para a assinatura de um acordo, o supremo líder reiterou
sua proibição de inspeções surpresa ou em suas bases militares.
Também
nesta semana, o ex-chefe do Mossad israelense, Shabtai Shavit, que criticou
duramente Netanyahu durante as últimas eleições, avisou que o Irã irá explorar
o desespero de Obama para concluir um acordo como parte de seu legado
presidencial. Shavit disse que Teerã iria aproveitar a ânsia do presidente para
extrair ainda mais concessões.
Até
agora o presidente está concentrando seus esforços em um mecanismo para
imediatamente reimpor as sanções se o Irã violar o acordo ou mentir sobre suas
atividades nucleares. Ele parece não levar em conta que o Irã vem mentindo,
escondido e induzido a comunidade internacional em erro mesmo durante as
negociações e mais importante, que reimpor sanções é muito difícil e que elas
levam anos para gerar a pressão econômica desejada.
Numa
tentativa absurda de melhorar sua imagem, Obama declarou que ele é o presidente
mais “judeu” que já morou na Casa Branca. Ele deu várias entrevistas exaltando
os “valores judaicos que supostamente simbolizaram a fundação do estado de
Israel”. Mas na mesma sentença, Obama deixou entender que a falta de novas
concessões aos palestinos significariam um abandono destes valores e
consequentemente, ele não mais poderia apoiar o estado Judeu.
Em
sua recente entrevista para a tv israelense, Obama mostrou os dois pesos e duas
medidas quando se trata de Israel. Ele falou que os jovens palestinos, em face
do status quo, têm o que reclamar dos líderes de Israel. Mas nenhuma palavra
sobre as crianças israelenses que constantemente têm que correr para abrigos
contra bombas. Porque elas não teriam o que reclamar dos líderes palestinos? Israel
é sempre julgada nos mais altos padrões quando se defende, enquanto os
palestinos não são nem advertidos quando atacam civis com mísseis, bombas e fazem
tentativas de sequestro.
Obama
se gaba ao dizer que o nível de cooperação militar e de inteligência com Israel,
nunca esteve tão alto. Ninguém pode realmente confirmar isso, mas
independentemente de quanto equipamento ou informação forem trocados, se no
governo de Obama mais um estado árabe terrorista for estabelecido e o Irã obtiver
a bomba, nada mais será lembrado.
Muito
pouca gente sabe que o primeiro ministro britânico Neville Chamberlain de fato,
ajudou a restaurar a estabilidade financeira da Inglaterra durante a Grande
Depressão, passou legislação para estender benefícios aos desempregados, pagar
pensão aos aposentados e ajudou os que foram afetados pelo declínio na economia.
Mas todos se lembram de sua política de apaziguamento de Hitler. Este foi o
legado final de Chamberlain. E Obama sofrerá o mesmo destino se o Irã obtiver a
bomba nuclear.
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