Na última sexta-feira, no
espaço de poucas horas, terroristas islâmicos perpetraram ataques em três
continentes. Primeiro, na França, uma cabeça de um homem com escritos em árabe
foi afixada ao portão de uma fábrica de gases comprimidos no sudeste do país.
Logo depois, um suicida se explodiu dentro de uma mesquita shiita na cidade do
Kuwait matando mais de 30 e ferindo mais de 200. E na Tunísia, 37 turistas
foram mortos metralhados na praia e em seu hotel. Este dia será lembrado como a sexta-feira
sangrenta do mês do jejum islâmico do Ramadan.
O Estado Islâmico continua
avançando e ontem lançou mais uma ofensiva contra Kobani, na Síria, matando
pelo menos 200 civis.
Por seu lado, os Estados
Unidos estão empurrando para a frente o acordo com o Irã . E cada vez que o
ocidente concorda com uma demanda iraniana, o Supremo Líder endurece mais sua
posição. Na semana passada ele repetiu que não aceitará inspeções em suas bases
militares, não aceitará inspeções surpresas e não desmantelará sua pesquisa em
mísseis balísticos. Tudo o que faria um acordo funcionar. Especialistas
militares assinaram uma carta expondo suas preocupações e reservas com o acordo
para a segurança nacional americana, mas Obama não se importa. Ele quer deixar
isso como parte do seu "legado".
Enquanto tudo isso ocorre, a
economia da Grécia está implodindo. O povo está correndo aos bancos com a
decisão do governo de fazer um plebiscito que ao final poderá resultar na saída
dos gregos da comunidade europeia. O socialismo grego acabou com o dinheiro do
país e os outros membros da Europa não querem mais pagar por estas políticas
falidas.
Com o mundo em turbulência, a
ONU continua em sua realidade alternativa ocupando-se com seu vilão favorito:
Israel.
Depois do infeliz relatório de
Leila Zerrougui, a Representante Especial do Secretário-Geral sobre as Crianças
em Conflitos Armados, publicado na semana passada condenando Israel, esta
semana foi a vez do Conselho dos Direitos Humanos de publicar suas conclusões
sobre a Operação Barreira Protetora, ou a guerra do Hamas contra Israel no ano
passado.
A juíza americana Mary McGowan
Davis, parceira da antissemita Navi Pillar, disse que as ações de Israel em
alguns casos, podem ser consideradas como “crimes de guerra”. Que surpresa!
O Hamas recebeu o relatório
com alegria. Para seus terroristas, atacar a população civil de Israel com
milhares de mísseis e mal serem mencionados como violadores é o mesmo que uma
aceitação de suas ações pela comunidade internacional.
McGowan Davis já trabalha com
a ONU contra Israel há anos. E não importa que os dados que mostram os crimes
do Hamas figurem no próprio relatório. Como por exemplo, que o Hamas e outros
grupos palestinos lançaram sobre Israel 4.881 mísseis e 1.753 morteiros entre 7
de julho e 26 de agosto de 2014. Que 67 soldados e seis civis israelenses
morreram incluindo Daniel Turgeman, um menino de 4 anos e 1.600 civis foram
feridos incluindo 270 crianças. Para ela, isso não é o suficiente para condenar o Hamas.
Sobre as centenas de tuneis
que chegavam no centro das comunidades agrícolas em Israel, Davis simplesmente
decidiu que “não há determinação conclusiva da intenção do Hamas para
construí-los”. Isto é um insulto à nossa inteligência - mas o que esperar da ONU?
Com a forçada resignação do
chefe original da investigação William Schabas, depois que veio a tona o fato
dele ter trabalhado para a OLP, Davis prontamente levou à frente a agenda de
Schabas e com o mesmo lema: primeiro o veredito, depois procuramos as provas.
E estas supostas provas ela
conseguiu dos próprios palestinos e seus simpatizantes. Mesmo assim, ela
conclui que mais da metade dos palestinos mortos eram militantes do Hamas ou de
outro grupo armado.
O que este relatório não leva
em consideração é que a proporção de baixas civis em relação a combatentes é a
menor de todas as guerras que a humanidade travou na história. É de 1 para 1.
Na maioria das outras guerras, há no mínimo 3 vezes mais civis que morrem do
que combatentes. É só ver o que se passa no Iraque e na Síria com suas centenas
de milhares de mortos. Mas para Davis, o exército de Israel deveria ter mudado
sua conduta depois de ter verificado que civis foram mortos.
Israel agiu muito além do que era
requerido pela lei internacional para proteger os civis palestinos. Ela jogou
panfletos avisando aonde iria atacar, fez ligações telefônicas, mandou
mensagens de texto e por último, enviou explosivos inofensivos como uma “batida
na porta”. Tudo isso é sem precedentes na história dos conflitos e foi feito à
custa de vidas israelenses.
Mas não sou eu quem está dizendo
isto. Os 11 membros do Nível Superior do Grupo Militar Internacional que inclui
generais da OTAN e o embaixador para crimes de guerra do Departamento de Estado
americano Pierre-Richard Prosper declararam que “Israel não só cumpriu com os
padrões internacionais das leis de conflito armado mas na maioria dos casos,
excedeu os padrões.”
O incrível é que por outro
lado, a conduta moral de Israel preocupa os peritos em lei militar pois para
eles, os padrões usados são tão altos que outros países não poderão alcança-los!
O especialista alemão em direito militar Wolff von Heinegg, disse recentemente
que Israel “toma mais precauções do que o exigido e com isso está estabelecendo
um precedente desarrazoado para outros países democráticos que possam estar
lutando em guerras brutais e assimétricas contra atores não estatais que abusam
estas leis”.
Davis simplesmente deixa isso
tudo de lado e chega numa equivalência imoral entre os atos terroristas do
Hamas e Israel que tenta proteger seus civis de ataques. Isto não está muito
longe das exigências de sua mentora Navi Pillar que na guerra anterior queria que
Israel desse ao Hamas unidades do Domo de Ferro!
Davis chegou a admitir que não
pôde estabelecer com certeza o que aconteceu em certos incidentes nas isso não
a deteve de chegar a conclusões ridículas com recomendações ainda mais
ridículas. Estas conclusões e recomendações não são só moral e intelectualmente
falidas. mas se tomadas seriamente, elas irão impedir não só Israel, mas outras
democracias de usarem qualquer meio militar de defesa por inteiro. Forçar
países democráticos e defensores da liberdade a desmantelarem seus exércitos
não é uma receita para a estabilidade mundial.
Mas todos nós sabemos que a
ONU, com seu grande bloco de países déspotas e terroristas é institucionalmente
programado para atacar Israel porque é o único país no Oriente Médio aonde há
liberdade. A ONG UNWatch relatou que deste sua criação, o Conselho de Direitos
Humanos da ONU condenou Israel mais vezes do que todos os outros países do
mundo juntos. Deveríamos perguntar, porque países europeus e os Estados Unidos
continuam a ser membros deste órgão de ódio?
Este relatório de Davis para a
ONU é só a última manifestação do mundo kafkiano que vivemos. Este mundo que se
tornou um pogrom gigante, tanto físico como intelectual. Aonde crianças são
crucificadas por terem comida em sua posse no mês de Ramadan, aonde mulheres
são apedrejadas, aonde intelectuais do ocidente são mortos por desenharem
cartoons e o resto de nós passa o tempo a ponderar se vale a pena expressar uma
opinião.
Aonde um pequeno país, um
oásis de democracia e liberdade é atacado não só por seus vizinhos bárbaros mas
pelo suposto mundo desenvolvido.
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