Neste último domingo o
primeiro ministro de Benjamin Netanyahu criticou duramente a comunidade
internacional e a ONU por seu silêncio ao lançamento de mísseis da Faixa de
Gaza para Israel. Pela enésima vez, neste final de semana a sirene foi ouvida
na cidade costeira de Ashkelon, levando milhares de residentes de volta aos
abrigos.
Netanyahu disse que a
hipocrisia está se espalhando pelo mundo, mas ela não irá amarrar as mãos de
Israel que irá continuar a proteger seus cidadãos.
O problema é que esta
hipocrisia não se limita a ataques de mísseis de Gaza. Há um verdadeiro tsunami
antissemita mascarado de anti-Israelismo através do mundo.
Nesta semana, Stéphane
Richard, Presidente da companhia de telefonia francesa Orange, sócia da empresa
israelense Partners, disse numa conferência no Cairo, que estava pronto
a sair de Israel “amanhã de manhã” se pudesse. Israel reagiu imediatamente
protestando junto ao governo francês que detém 25% da Orange. Richard prontamente
pediu desculpas e declarou que a Orange está em Israel para ficar.
Mas é indesculpável usar o
ódio a uma nação para angariar simpatia junto à um novo mercado. Hoje,
infelizmente, políticos, acadêmicos e homens de negócio expressam seu antissemitismo,
fantasiado de anti-israelismo, livremente. É o politicamente correto. Como na
segunda guerra aonde milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, ninguém se
incomoda com os massacres perpetrados pelo Estado Islâmico, Al-Qaeda, Boko
Haram, ou al-Shabab. Cristãos crucificados, meninas estupradas, crianças
decapitadas, pilotos queimados vivos, mulheres apedrejadas, tudo isso é
relegado ao segundo plano. O que interessa ao mundo é boicotar Israel!
Depois de uma semana de
vitórias avassaladoras no Iraque e na Síria, hoje foi reportado que o Estado Islâmico
estaria recrutando peritos em armas químicas; mas, além do aquecimento global,
Obama está preocupado é com o fato de que Israel se recusa a fazer mais
concessões para convencer os palestinos “oprimidos” a retornar à mesa de
negociação e alcançarem seu estado.
Esta situação é muito
preocupante, pois vemos que capacidade de Israel de se defender militarmente
está diretamente limitada pela capacidade dela se defender diplomaticamente.
Israel não pode mais vencer seus inimigos sob pena de ser duramente castigada e
ameaçada com boicotes pelo mundo.
Esta guerra diplomática está
sendo conduzida pelo movimento pelo Boicote, Desinvestimento e Sanções ou BDS, que
prega que qualquer uso de força por Israel contra palestinos é inerentemente
imoral e ilegal. Antes limitado às ações militares, hoje este movimento cobre
absolutamente todos os aspectos da vida de Israel, colocando em questão seu
próprio direito de existir.
Somente na semana passada,
falamos na tentativa de expulsar Israel da FIFA liderada por Jibril Rajoub, um
terrorista com sangue nas mãos que passou 15 anos na cadeia e hoje é o presidente
da Federação de Futebol Palestina. Este pilar da comunidade de Ramallah é um
antissemita declarado e defensor da Irmandade Muçulmana e do Hamas.
Também na semana que passou, o
sindicato nacional dos estudantes da Inglaterra votou sua adesão ao boicote.
Isto quer dizer que agora, os protestos e demonstrações diários contra Israel
nas universidades britânicas ocorrerão baixo à respeitável bandeira do
sindicato.
Nesta ultima terça feira o
governo holandês emitiu um aviso para seus cidadãos em viajem para Israel para
tomarem cuidado com judeus que vivem além da linha verde pois eles constituem
uma ameaça a visitantes!
A Liga Anti-Defamação reportou
um aumento em 38% nos eventos anti-Israel nos campus das universidades
americanas. Mais de 520 eventos anti-Israel no último ano.
E aí temos a ONU que deu
status oficial ao Centro para o Retorno Palestino, uma organização do Hamas
europeu. Este status dará a terroristas a oportunidade de participarem de
eventos oficiais da ONU, de usarem os cartões oficiais e terem acesso
irrestrito aos prédios da organização. Notem que a mesma comissão se recusou a
dar o mesmo status ao ZAKA, uma ONG israelense que dá primeiros socorros às
vitimas de terrorismo em Israel e no mundo. Outra iniciativa da ONU é incluir
Israel na lista negra dos países em conflito que causam mal a crianças junto
com o Boko Haram, o Estado Islâmico, a al-Qaeda e o Talibã(!)
E no Brasil, o professor-doutor
José Fernando Schlosser,
pró-reitor
de Pós-graduação da Universidade Federal da Santa Maria (UFSM) no Estado do Rio
Grande do Sul, decidiu fazer circular um memorando solicitando a todos os
chefes de programas de pós-graduação, uma relação de alunos e professores
israelenses que participam destes cursos, para finalidade de boicote.
Na última década, ativistas
pró-Israel têm travado uma luta inglória contra estas organizações que promovem
o boicote. Isto porque os líderes deste movimento dizem querer isolar e humilhar
Israel como um meio de pressioná-la a fazer a paz. Isto é uma mentira absoluta. Uma falácia. Este movimento é
uma manifestação puramente antissemita, antijudaica, que nega qualquer direito
do povo judeu à autodeterminação.
Você não pode apoiar a paz e
boicotar negócios ou empresas que empregam palestinos ou fazem negócios com
judeus em todas as partes de Israel. Você não pode apoiar a paz boicotando estudantes
e professores israelenses que se dedicam a promover seu conhecimento nas mais
diversas áreas para o melhoramento do mundo. Mas enquanto a palavra “paz” for
usada, os ingênuos continuarão sob a impressão de que o movimento é somente
contra os judeus da Judeia, Samária e Jerusalem do Leste.
Contra isso, Israel fica
incapacitada. E seus inimigos sabem disso. Vários países europeus, inclusive a
Suiça, durante esta semana, se deram conta que estão financiando organizações
que têm o único objetivo deslegitimar Israel. Assim foi com Quebrando o
Silêncio, que recebeu mais de $65 mil dólares dos suíços para “revelar” supostos
crimes dos soldados israelenses, em testemunhos anônimos.
Esta é mais uma guerra dos
palestinos feita através de procuradores acadêmicos mas financiada por países
árabes e governos supostamente amigos de Israel.
É por isso que a resposta de
Israel à empresa Orange foi tão importante. Netanyahu disse que não aceitava os
pedidos de desculpa e iria rever a posição de seu governo quanto ao contrato
com a empresa francesa. Quando começar a doer no bolso destes demagogos, então
quem sabe, alguma razão voltará. Talvez já seja tarde mas o BDS é uma ameaça
estratégica muito importante porque quanto mais forte ele se tornar, menor será
a habilidade de Israel de se defender militarmente e maior será sua
vulnerabilidade econômica. Este movimento deverá ser derrotado passo a passo
numa ofensiva que nós, cidadãos do mundo, temos que liderar. Para começar,
avisar os boicotadores que eles serão boicotados. Não compraremos mais seus
produtos, escreveremos nos jornais e protestaremos nas suas portas.
Não será fácil, mas isto é
algo que nós podemos fazer. Nossa voz será ouvida aonde houver alguém que quiser
boicotar Israel.
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