Sunday, June 28, 2020

Anexar ou Não Anexar - Esta é a Questão... 28/06/2020


Um dos assuntos mais discutidos nas últimas semanas nos círculos diplomáticos internacionais é a proposta de extensão da soberania de Israel sobre as cidades e vilarejos judaicos localizados na Judeia e Samaria. De acordo com a proposta de plano de paz de Trump, o governo de Israel terá o apoio americano para estender sua soberania a partir desta próxima quarta-feira, 1º de julho. E com a aproximação desta data, as vozes ao redor do mundo estão se tornando cada vez mais altas. E para colocar mais lenha no fogo, a palavra preferida para descrever esta ação é “anexação” e que ela seria magicamente “contra a lei internacional”.

A ignorância continua desenfreada e a mídia está mais do que feliz em pular neste trem.

Anexação, de acordo com a lei internacional, é “a aquisição pela força por um estado do território de um outro estado”. Aí temos dois elementos: a agressão de um estado, e a aquisição de território do estado atacado. Então vejamos:

1.       Desde a sua criação, Israel só esteve envolvida em guerras defensivas, portanto nunca houve “agressão” contra seus vizinhos. Um território adquirido em uma guerra é legítimo e não contrario à lei internacional.

2.       A Judeia e Samaria nunca fizeram parte de um estado desde a destruição da Judeia pelos Romanos no ano 70 da nossa era.

Contra o primeiro argumento, os adoradores de Mahmoud Abbas dizem que foi Israel quem atacou primeiro em 1967. Isto é verdade se não levarmos em conta vários ataques de guerrilha e a imensa concentração de tropas da Síria no norte, do Egito no sul e da Jordânia ao leste, prontos para atacar. Israel avisou várias vezes que o fechamento do estreito de Tirana seria considerado um ato de guerra e mesmo assim, o Egito decidiu fechá-lo aos navios israelenses. Portanto, o primeiro ato de guerra foi feito pelo inimigo e não Israel.

Contra o segundo argumento, não há muito o que discutir. Depois da destruição pelos romanos e exilio de muitos judeus, a Judeia e Samaria se tornaram enclaves do império bizantino cristão. Aí foram invadidos pelos muçulmanos, recapturadas em parte pelos cruzados, sucumbiram aos mongóis até que, em 1516 foi capturada pelos turcos otomanos. O Império Otomano turco governou as regiões por três séculos até que foram tomadas pelo Egito só para logo serem devolvidas ao Sultão turco. Depois de serem derrotados na Primeira Grande Guerra, o Império Otomano foi desmantelado e seus territórios divididos. Em 1917, o governo britânico emitiu a Declaração Balfour e um mês depois capturou Jerusalem dos turcos. A Liga das Nações nomeou a Inglaterra para governar as regiões com o Mandato de lá estabelecer um lar nacional judaico. Este era o Mandato Britânico. Nunca houve um estado árabe soberano na Palestina.
  
Com o estabelecimento do Estado de Israel, e a recusa categórica de todos os estados árabes de aceitarem a partilha, a Jordânia, junto com os exércitos de outros 6 países árabes, dois exércitos irregulares e voluntários estrangeiros do Paquistão ao Sudão, invadiram a Judeia e Samaria. Por 19 anos, de 1948 a 1967 a Jordânia governou essas regiões e em 1950 as anexou ilegalmente (aí sim, por ter sido o agressor). Durante estes anos os judeus tiveram suas sinagogas na cidade velha de Jerusalem queimadas e saqueadas e o acesso aos lugares santos do judaísmo proibido a judeus. Turistas que visitavam a cidade tinham que apresentar um certificado de batismo ou outra prova que não eram judeus. Em 1967, na guerra dos Seis Dias, Israel libertou estas áreas. Em 1988, a Jordânia, com uma cara de pau indescritível, decidiu desanexar a Judeia e Samaria e nomeou a OLP como sua sucessora. Isto é como um ladrão que coloca o produto do roubo em seu testamento com a esperança que a vitima não possa mais recorrer à justiça.

E é por isso que Israel tem melhor titulo de propriedade da Judeia e Samaria que qualquer outro país. Estas regiões não pertenciam a ninguém até 1967; através da história houve uma presença judaica ininterrupta nestas áreas - mesmo que em pequenos números - e os laços históricos e religiosos inquebrantáveis para o povo judeu são indiscutíveis.

Isto posto, o plano de Trump não prevê a anexação de toda a Judeia e Samaria por Israel. O que temos é a extensão de soberania israelense às comunidades judaicas que se localizam lá, e no Vale do Jordão Tudo isso soma apenas 30%, deixando 70% para um possível estado palestino. Mesmo assim, como estamos vendo, os palestinos ameaçam violência, os estados árabes ameaçam interromper a cooperação, os europeus ameaçam sanções e alguns democratas americanos ameaçam uma reavaliação de seus laços com o estado judeu.

Com todas estas ameaças, por que Israel faria esta extensão de soberania?

Primeiro porque temos um presidente americano que deu a luz verde. Porque daqui a cinco meses Trump pode ser derrotado nas eleições, e um governo do democrata anti-Israel Joe Biden certamente irá bloquear qualquer ação de Israel neste sentido. Então, é agora ou nunca.

Os que são contra dizem que como é bem possível que Trump perca a eleição em novembro, e a “anexação” pode ser um tiro pela culatra com a próxima administração.

Ainda, alguns questionam por que fazer isso quando temos um status quo há 53 anos? Não é a melhor coisa, mas também não é o fim do mundo. Porque balançar o barco? O que muda é o status legal do território. Enquanto Israel não estender sua soberania, as áreas continuarão sob domínio militar. Sim, a lei israelense se estende aos israelenses que vivem lá, aos indivíduos, mas não à terra. Residentes que querem construir têm que pedir permissão ao exército. Israel não pode aplicar uma série de leis para o beneficio publico porque a lei anterior aplicável é a lei jordaniana. A aplicação da soberania mudaria isso.

Mas mais importante, no âmbito diplomático, a extensão de soberania deixaria claro para todos que chegou a hora de abandonar sonhos de uma retirada completa de Israel às linhas de 1967 - que Abba Eban chamou de "linhas de Auschwitz". Israel definiria de uma vez por todas o que é vital para sua segurança e identidade nacional. E sim, colocaria uma pedra na falácia da solução de dois estados, com a criação de um estado palestino com sua capital em Jerusalem e o retorno de milhões de refugiados para Israel própria, que o mundo chegou à acreditar ser a única solução.

No nível de segurança, não há o que discutir. O vale do Jordão cria uma barreira entre Israel e qualquer possível invasão do leste (entenda-se o Irã); os blocos de assentamentos ao redor de Jerusalém protegem a capital. Além disso, as comunidades na cordilheira da Samaria, com vista para a planície costeira, são essenciais para impedir que um dia misseis sejam lançados de lá - ao estilo de Gaza - nas cidades israelenses e no aeroporto internacional.

Ao nível religioso e histórico, também fica claro que as áreas que estão sendo incorporadas fazem parte do coração bíblico que Deus prometeu ao povo judeu.

O problema é que este plano também tem seu lado negativo. Ao aceitar estender sua soberania a 30% da Judeia e Samaria, Israel estará também aceitando a criação de um estado palestino nos 70% restantes. E isso é muito preocupante.

Mas a história nos mostra, sempre podemos contar com uma coisa entre os palestinos: eles não perdem uma só ocasião de perderem uma ocasião. Foi talvez ingênuo acreditar que a Autoridade Palestina aceitaria qualquer plano que desse a eles menos que 100% do que eles reivindicam.

Para os críticos, há dois bons argumentos em favor desta “anexação”: primeiro é que como dizemos em inglês: “being there, done that”, ou seja, “já estive lá e já fiz isso”. Muitas vezes no passado os palestinos e o mundo ameaçaram que se certos passos fossem tomados, o mundo iria tremer e queimar, a guerra seria inevitável, etc., etc. Mas quando essas ações foram tomadas, a terra não tremeu nem queimou - o exemplo mais recente, a transferência da Embaixada americana para Jerusalém em 2018.

Segundo, é precisamente porque já esperamos tanto, fizemos tantas ofertas, estendemos tanto a mão, na esperança que uma solução pudesse ser encontrada, que agora é hora de acabar com a ilusão de que a paz pode ser alcançada desistindo ainda mais da nossa pátria histórica e estabelecendo outro país dentro dela. Chegou a hora de dizermos “Eretz Yisrael l'Am Yisrael”, “A Terra de Israel pertence à Povo de Israel” de acordo com a promessa bíblica feita por Deus ao povo judeu.

Já desistimos de muito. Toda a Palestina tinha que servir para o estabelecimento do Estado judeu. Em 1946, 77% do território foi usado para criar a Jordânia. Os judeus aceitaram. Em 1947, o plano de partilha da ONU cortou pela metade estes 23% que sobraram. Os judeus aceitaram. Mas dos meros 12.88% que ficaram, 60%, eram terras desérticas do Negev. De todo o Mandato da Palestina, os judeus só receberiam 5% para seu estado e assim mesmo aceitaram. Os árabes não. Depois de 72 anos, vemos o que Israel construiu e o que eles construíram.

Netanyahu, tem que aproveitar essa janela de oportunidade para garantir que seu legado histórico complete o que o primeiro-ministro Menachem Begin começou e estenda a soberania do Estado de Israel ao máximo. 

A próxima oportunidade poderá aparecer somente com a chegada do Messias.





Sunday, June 21, 2020

O Que Realmente Quer o Black Lives Matter - 21/06/2020


Depois de se cansarem de quebrar lojas que agora estão fortemente protegidas, os manifestantes do Black Lives Matter (BLM) em toda a América e até na Europa, decidiram voltar sua ira contra os indefesos símbolos culturais e históricos que eles consideram racistas. Nenhum livro, filme, peça ou monumento foi poupado.

Na semana passada, como havia comentado, a HBO tirou do ar o clássico “E o Vento Levou”, e a Paramount cancelou a nova temporada do show COPS. Agora, o Estado de Minnesota removeu os livros de Mark Twain e Harper Lee dos currículos de suas escolas. Empresas que vendem marcas clássicas de alimentos como o arroz Uncle Ben’s e o tradicional xarope para panquecas Aunt Jemima, decidiram retirá-los das prateleiras porque em seu rótulo há fotos de negros que eles dizem ser “ofensivos”. Estas marcas existem há mais de 130 anos! Para a minha geração isso é ridículo. Estas fotos invocam a imagem produtos caseiros feitos com esmero. E é a minha geração que compra estes produtos, não a turba dos politicamente corretos.

As estátuas dos fundadores da América, George Washington e Thomas Jefferson foram desfiguradas. Até a estátua de Francis Key que escreveu o hino nacional americano e a do General Ulisses Grant que ganhou a guerra civil que acabou com a escravidão nos Estados Unidos foram tombadas e queimadas. Hoje nada mais é sagrado, e tudo se tornou justificável quando se trata de supostas “ofensas” pessoais ou políticas desta geração que não sabe o que quer dizer contexto histórico dos valores morais.

A ignorância tão prevalecente entre nossos estudantes mostra que muitos não têm qualquer ideia de quem sejam as figuras que estão destruindo. Mas conseguem recitar o nome de cada membro da família Kardashian e os slogans e chavões existentes no mundo em que vivem. É verdade! tanto George Washington como Thomas Jefferson tinham escravos. Mas George Washington combateu a racionalização da escravidão e Thomas Jefferson, o terceiro presidente americano, criminalizou o trafico internacional e defendeu a emancipação gradual dos escravos.  

Em Birmingham, Alabama, manifestantes atacaram a base do Monumento aos Soldados e Marinheiros Confederados, obrigando o prefeito a enviar um guindaste para remover o obelisco de 16 metros. Em Richmond, Virgínia, estátuas de lideres confederados foram derrubadas juntamente com a estátua de Cristóvão Colombo, que não só foi derrubada mas foi arrastada para um lago, onde o grande navegador foi, ironicamente, afogado.

Os monumentos confederados estão limitados ao sul, mas os monumentos de Colombo estão em toda parte, e a psicose que agora domina os EUA os tornou alvos justos. Aqui na cidade de Nova Iorque, só não derrubaram a estátua de Colombo porque os ítalos-americanos fizeram uma barreira para protegê-lo.

Todos nós sabemos aonde isso começou. Os afro-americanos se sentem desiguais, inseguros e irritados, junto com milhões de brancos que compartilham sua ira. Atacar monumentos provocantes é uma maneira de demonstrar esses sentimentos mesmo que estas pessoas estejam mortas há mais de 150 anos.

A questão não é onde começa o espírito iconoclasta da América, mas onde ele termina. A resposta é que está indo para lugares ruins, minando os próprios valores de liberdade e igualdade que os manifestantes pretendem defender.

Infelizmente, isso não interessa à multidão enlouquecida, que escolheu um caminho que, logo logo tornará infame qualquer coisa que comemore alguém porque convenhamos, ninguém é perfeito. Os vândalos têm o monopólio da história e somente eles podem decidir quem fica e quem vai.  

O problema é que, como vimos, uma vez que se permite a destruição de somente isso, somente hoje, a multidão continuará a buscar outras coisas, a qualquer momento. Foi assim que começamos: com protestos nas ruas, em desafio ao toque de recolher do corona que passou à quebradeira e saques e agora se voltou aos símbolos da história americana.

Foi assim que depois de Washington e Jefferson, Columbus virou alvo. Ele não era estadista nem general, e não tinha pretensão de mudar a história. Ele era apenas um marinheiro, cuja viagem ousada revelou o continente aonde seus colonizadores lutaram pela liberdade como ninguém na história humana jamais o fez.

Pode algum destes vândalos afirmar que fez qualquer fração do que estes homens fizeram pela liberdade e igualdade? Eles não podem. Mas conseguiram que sua idiotice chegasse a Londres aonde picharam a estátua de Winston Churchill. Como os outros, Churchill não era perfeito, mas liderou a guerra mais heróica, resoluta e sangrenta contra o racismo. Será que apenas um dos vândalos que pichou a sua imagem consegue chegar aos seus pés? Não mesmo.

Não estou dizendo que não há necessidade de um sério debate sobre o tipo de conceitos que nossa sociedade deseja promover ou desencorajar. Pelo contrário, as democracias lidam regularmente com essa questão. Mas se simplesmente derrubarmos o que ocorreu de errado no passado, estaremos fadados a repeti-lo. Hoje, o problema não é o debate, a troca de ideias, mas o silêncio a que fomos reduzidos pela esquerda que, não podendo ganhar qualquer argumento racional, quer simplesmente destruir o que foi construido. Qualquer um que abra a boca com uma opinião diversa ou até uma solução diferente é sumariamente silenciado.

Um artigo na seção de arquitetura do jornal Philadelphia Inquirer, sobre o dano que a destruição de edifícios iria causar às minorias de sua cidade causou um alvoroço. A autora, Inga Saffron não escolheu a manchete que foi: “Edificios também são importantes”. Vocês não imaginam as criticas e ameaças que o jornal recebeu apesar do artigo dizer com todas as letras que vidas são mais importantes que estruturas que podem ser reconstruídas. O jornal e a autora tiveram que pedir desculpas e a coluna recebeu um novo título: “A destruição de prédios fere desproporcionalmente as pessoas que os manifestantes querem defender”.

A irracionalidade e a discriminação piora quando se trata da comunidade judaica. Aqui em NY, no bairro de Brooklyn, residentes judeus usaram alicates para cortar uma fechadura que fechava um parquinho de crianças na noite segunda-feira. Eles decidiram fazer isso depois que milhares de manifestantes se reuniram no local um dia antes para expressar apoio a negros transexuais. Vou repetir: milhares se reuniram no bairro judaico ortodoxo para apoiar negros transexuais com todo o apoio da mídia e da prefeitura. Ninguém falou de distanciamento social, uso de máscaras, ou corona.

Mas quando a noticia do cadeado chegou aos seus ouvidos, a reação do prefeito e de seus porta-vozes foi insana: perguntaram que “exemplo os judeus estavam dando aos seus filhos ao cortarem cadeados contra a autoridade da Prefeitura?”. Que exemplo?? Esta é boa!

Uma coisa posso garantir: não havia nenhuma destas crianças judias no meio dos saques e da violência aos brancos e ao comércio em geral. Nenhuma delas jamais foi vista cuspindo em algum policial ou jogando garrafas incendiárias nos carros da polícia, ambulâncias ou carros de bombeiros. Esta é a educação que estas crianças judias recebem de suas famílias.

Mas vamos um pouco mais além. O movimento Black Lives Matter abriga ativistas que não só são contra os Estados Unidos e querem destruí-la mas também Israel, alegando que as forças armadas israelenses treinam a polícia americana na arte da brutalidade - uma habilidade que ela aprimora nos pescoços dos palestinos indefesos.

O movimento BLM não se importa de ser explorado para esse fim, uma vez que usa os palestinos em sua própria campanha contra o tio Sam e o Estado judeu do "apartheid".

O triste é que os próprios palestinos não importam. Só aqueles que derramam o sangue judeu e recebem salários milionários enquanto os lideres embolsam os bilhões em ajuda internacional. E pior, se os moradores de Ramallah e Gaza saíssem para protestar e quebrassem retratos de ídolos terroristas, derrubassem carros da polícia e exigissem democracia e direitos civis, eles também seriam submetidos a tortura igual ou pior da que sofreu George Floyd.

Pessoal, o caos atual não tem nada a ver com querer que o governo ou a polícia dos EUA valorize a vida dos afro-americanos. É, antes, uma revolução fomentada por radicais com uma só agenda: destruir a civilização ocidental. Será que eles realmente acreditam que esta quebradeira irá resultar em uma sociedade melhor? Se sim, isso prova o quanto são ignorantes. Como se isso já não tivesse ficado bem claro até agora.



Sunday, June 14, 2020

O Fim da America Como a Conhecemos - 15/06/2020


Infelizmente estamos assistindo ao fim da América e muitos judeus de todo o país estão considerando deixa-lá.


 Mais um negro americano foi morto por um policial nesta semana, desta vez na cidade de Atlanta. Mas diferentemente de George Floyd, Raychard Brooks alegadamente estava bêbado, dormindo em seu carro bloqueando a entrada de um restaurante drive-thru. Quando a polícia chegou ele roubou o taser de um deles e ao tentar usa-lo foi baleado. Mas não importa. O restaurante aonde isto aconteceu foi ateado em fogo e a violência aumentou. A chefe de polícia da cidade, Erika Shields demitiu sumariamente o policial que atirou, sem mesmo ouvi-lo, e em seguida resignou sua posição.

Uma grande porção deste país perdeu completamente a cabeça. Estão pensando como crianças, imaginando como seu mundo seria perfeito se não houvesse professores ou pais.  Eles acham que ninguém precisa da polícia... até precisar da polícia.

No meio da cidade de Seattle, nasceu um novo país, chamado CHAZ. Os arruaceiros, comandados por um musico de rap invadiram e tomaram seis quarteirões quadrados da cidade, incluindo a delegacia local enxotando os policiais de lá. A prefeita da cidade ordenou que a polícia se rendesse. Quando perguntaram a ela quando retomaria o bairro ela disse que não sabia.

Agora, hipocritamente, membros da Antifa, do Blacks Lives Matter estabeleceram uma fronteira, controlando quem entra e sai – lembram como estes esquerdistas eram contra o muro que Trump queria com o México? E ainda, estão armados, exercendo seu direito constitucional. A mídia insiste em dizer que o lugar mais parece uma feira pacífica com musica, comida e muitas drogas. É mentira. Os negócios locais devem pagar proteção ou serem destruídos. As chamadas de emergência por estupro, roubo e agressões triplicaram, mas a policia não pode responder.

Não é só a falta de segurança em geral, os ataques à policia, ao sentimento de estar sendo apontado nas ruas pelo simples fato de ser branco. Nesta semana uma moça branca foi obrigada a se ajoelhar na rua por um ativista e a pedir desculpas pelo privilegio de ter nascido branca. Ele filmou todo o incidente e postou nas mídias sociais.

O grupo visceralmente antissemita dos Hebreus Israelitas Negros instalou um palanque aonde brancos foram “encorajados” a se prostrarem e a beijarem suas botas.

Hoje, não só você não pode dizer a coisa errada. Se seu parente, disser algo errado, você vai perder seu emprego. É o que aconteceu com o jogador de futebol da Serbia Aleksandar Katai, que jogava no Los Angeles Galaxy. A mulher dele que estava em Chicago, chamou os manifestantes de “manada” numa mensagem em serbio. Ele perdeu o contrato com o time.

Você também não pode falar a coisa certa sem parecer condescendente e paternalista. Os democratas do Congresso, liderados por Nancy Pelosi, cada um vestindo um xale ganês, se ajoelhou em solidariedade aos negros. Foram denunciados por terem se apropriado de um símbolo da cultura axanti que nada tem a ver com esta baderna. 

Você também não pode se omitir. Ficar quieto significa que você é racista.

Shows de televisão sobre o trabalho da policia, como COPS, foram cancelados. A HBO tirou do ar o filme clássico “E o Vento Levou”, que ganhou 8 Oscars em 1940 incluindo o primeiro dado a um afro-americano Hattie McDaniel como melhor atriz coadjuvante. E tudo isso porque o filme não reflete os valores de hoje sobre a escravidão.

Em Nova Iorque 700 policiais foram feridos nestas manifestações que a mídia diz serem “pacíficas”. 375 milhões interações por ano entre a população e a polícia, a grande maioria com sucesso. Mas o que vale é somente aquela uma que deu horrivelmente errado.

Nesta semana, a CNN entrevistou Lisa Bender, a presidente da Câmara dos Vereadores da cidade de Minneapolis, aonde George Floyd foi morto, pois ela decidiu que o melhor seria desmantelar o departamento de polícia da cidade. Não reformar a polícia, mas desmantela-la completamente. Quando lhe perguntaram o que as pessoas deveriam fazer se no meio da noite a sua casa fosse invadida, ela disse que muitos tinham lhe feito a mesma pergunta mas para ela, a vontade de ligar para a policia "vem de uma posição de privilegio branco". Para ela então temos que aceitar sermos assaltados, estuprados e mortos, porque, se chamarmos a polícia, é um sinal de privilégio branco.

Mas ainda pior que isso, é a onda de antissemitismo que está acompanhando esta triste situação. Em Los Angeles a coisa está insustentável.

Graffiti nas paredes de uma sinagoga dizia "Palestina Livre" e "f *** Israel". Uma estátua de Raoul Wallenberg, o diplomata sueco que salvou milhares de judeus húngaros dos nazistas, foi manchada com slogans anti-semitas.  Juntamente com as sinagogas, os edifícios e lojas de propriedade dos judeus foram pichados com slogans antissemitas e muitos deles foram saqueados.

O distrito de Fairfax de Los Angeles, considerado o bairro judeu da cidade, foi particularmente alvejado pelo vandalismo. Paul Koretz, atual vereador do distrito disse no domingo passado, que “o ataque à nossa comunidade ... foi cruel e criminoso”, "Enquanto assistíamos aos incêndios e saques, o que não foi divulgado pela mídia, foram os crimes e incidentes antissemitas”. Sob o pretexto de protestos, os antissemitas soltaram as correias do ódio.

Ontem em Paris, em apoio ao movimento americano, manifestantes contra o racismo gritaram slogans antissemitas, incluindo "judeus sujos" e carregaram cartazes dizendo "Israel, laboratório de violência policial" em um comício na Place de la République.

Além dos cânticos, para os quais os manifestantes levantaram os punhos, também usavam camisetas com a inscrição "Justiça para a Palestina" e agitaram bandeiras palestinas no evento. Os cartazes erguidos no alto incluíam "Pare os massacres de Israel. Liberdade e justiça para a Palestina".

Na sexta-feira em Londres, o rabino Alter Yaakov Schlesinger foi esfaqueado múltiplas vezes em Stoke Newington, um bairro conhecidamente ortodoxo e aonde no dia anterior vários posters haviam sido afixados dizendo: “Basta de Brutalidade do Estado. Basta ao Apartheid Israelense.”

Na semana passada, uma organização americana chamada de Campanha pelos Direitos dos Palestinos dos EUA, também culpou a morte de vários afro-americanos em Israel, alegando que o exercito israelense treina oficiais da polícia americana em táticas que levam a violações dos direitos humanos. O grupo twittou: "As forças armadas de Israel treinam a polícia dos EUA em táticas de policiamento racista e repressivo, que sistematicamente têm como alvo corpos de negros e marrons”. Isto além dos vários cartoons aonde George Floyd aparece com a kefyiah árabe.

Como estamos vendo, essa mania de "culpar Israel" ou "culpar os judeus" é prevalente. Até em manifestações legítimas, que nada têm a ver com o Oriente Médio. Extremistas anti-Israel da esquerda tentam promover a propaganda de que todos os males do mundo são produzidos por democracias brancas privilegiadas, como os EUA e Israel. Extremistas islâmicos usam qualquer desculpa para demonizar Israel. Extremistas da extrema-direita tentam culpar os judeus por todos os males do mundo. Uma antiga expressão polonesa diz que: "Se houver problemas no mundo, os judeus devem estar por trás". Hoje isso foi expandido pela esquerda e extremistas islâmicos para incluir o estado-nação do povo judeu, como culpado do capitalismo à destruição do meio ambiente e à violência policial.

Mas não podemos ignorar aqueles - mesmo se forem uma minoria - que transformaram esses protestos em ataques fanáticos contra Israel. O fanatismo sem resposta só cresce em tamanho e intensidade em meio ao silêncio.

Sim, temos que protestar, e protestar veementemente, contra a injustiça que George Floyd e outros homens e mulheres afro-americanos sofreram nas mãos de policiais. Mas não é porque isto é importante agora que temos que nos calar contra outras injustiças. Agora também é hora de falar contra aqueles que sequestraram essa história trágica de Floyd para dar vazão ao mais antigo preconceito contínuo conhecido pela humanidade: o antissemitismo.




Sunday, June 7, 2020

A Incivilidade dos Protestos nos Estados Unidos - 7/6/2020


A semana que passou foi vitoriosa para o caos. A violência da esquerda disfarçada de justiça e a mídia ajudando com o disfarce. As imagens que vimos dia após dia pela televisão e pela janela pareciam cenas de filmes de ficção científica mostrando o fim do mundo e a quebradeira geral.

Aqueles filmes que nos faziam perguntar, como aquela sociedade teria chegado a este ponto. Seria a superpopulação? O fim dos recursos naturais? O que?

Não conheço alguém que tenha levado aqueles filmes a sério. Sempre pensamos que nossas sociedades eram muito mais estáveis e inteligentes no gerenciamento de nossas vidas. Eu estava errada.

A depuração aconteceu não pelos adeptos de Donald Trump que a esquerda caviar, atrás dos muros de seus condomínios fechados, acusa de ser um Hitler. Não. O caos veio da esquerda. A mesma que tem repreendido o presidente por não cumprir as regras de distanciamento e uso de máscara.

Mas quando se trata de protestar, todos devem sair às ruas, gritar, cuspir uns nos outros, não usar máscara e esquecer da distancia social. A causa é mais importante. Aqueles que não saem às ruas para protestar a horrível morte de George Floyd são racistas.

Quero deixar bem claro que não estou minimizando o que aconteceu com George Floyd. Muito pelo contrario. Acho que o crime que o policial deveria ser acusado é assassinato em primeiro grau, com a intenção de matar a vítima. Floyd não foi preso por um ato violento. Ele foi preso por supostamente ter usado uma nota falsa de $20 para comprar cigarros e comida durante uma pandemia. Depois de algemá-lo com os braços para trás e jogá-lo ao chão, o policial passou 9 minutos apertando o pescoço de Floyd com seu joelho, mesmo com seus colegas pedindo para virá-lo para que ele pudesse respirar, mesmo com os passantes pedindo para ele tirar o joelho e o próprio Floyd implorando mais de 22 vezes gemendo que não podia respirar. A cada vez Derek Chauvin disse não, mesmo após Floyd estar sangrando pelo nariz e boca, desacordado, provavelmente já morto.

Houve tempo o suficiente durante estes 9 minutos para que Derek Chauvin formasse a intenção de matar Floyd. Tudo foi filmado e as imagens não mentem. O assassinato de Floyd foi um ato inaceitável a qualquer nível.

Mas não se protesta um ato de violência contra um membro de uma minoria destruindo negócios, igrejas, consultórios médicos e moradias desta ou de outras minorias.

E isto está se passando há mais de uma semana principalmente nos redutos democratas e mais liberais do país. Em NY, na California, em Chicago, Seattle e até na capital do país Washington D.C. aonde prefeitos e governadores democratas reinam.

Estes filhotes das universidades americanas mais famosas aonde se paga mais de R$360 mil reais de anuidade escolar, eles aprenderam que o bem sucedido é o ativista de causas sociais. Ser bem sucedido de outro modo é vergonhoso. Então eles estão sempre perguntando: “O que o outro tem que eu não tenho e como faço para tomar dele?”

E enquanto a violência e destruição dos Estados Unidos continua, vimos a desconexão entre os atos de vandalismo e a cobertura da mídia que se resumiu a perguntar: aonde está escrito que manifestantes tem que ser bem educados e pacíficos?

De dia, a mídia cobre alguns protestos comportados. Mas a noite, o caos reina. E então o cidadão comum foi às ruas com seu telefone, e registrou as surras dadas nos que queriam proteger seus negócios, os incêndios de edifícios que abrigam minorias, os ataques à policia e toda a 5ª avenida coberta de tapumes e arame farpado. Tudo o que a CNN e o New York Times não queriam que víssemos. Mas todos nós vimos a loucura aumentar, não só a violência mas a incitação à violência pelos políticos que querem proteger seus cargos apoiando os arruaceiros.   

Incluindo o candidato à presidência Joe Biden que criou um fundo de $20 milhões de dólares (mais de 120 milhões de reais) para pagar a fiança dos saqueadores presos.

Estes políticos patéticos que se dizem liberais e progressistas, no meio desta pandemia, deixam você saquear, mas não ir às compras. Deixam queimar uma igreja, mas não ir a missa. Não podemos mandar os filhos para a escola, mas podemos – não, devemos - leva-los aos protestos. Protestos que agora exigem a redução do orçamento da polícia ou até a abolição da policia de uma vez. Imaginem só.

Todos nós vimos o que aconteceu com Floyd e ninguém, ninguém disse “Ah, isso foi ok. Mas falar sobre abolir a policia?

A hipocrisia é tanta que o comentarista esportivo Chris Palmer elogiou em seu Twitter a queima de um edifício inteiro que abrigava pessoas de baixa renda em Minneapolis dizendo: Queimem esta coisa toda, queimem! Mas quando os saqueadores chegaram às portas de seu condomínio fechado, ele mudou o tom, chamando a policia aos gritos: “tirem estes animais do meu bairro, façam eles voltarem de onde vieram”.

E ninguém levanta o fato de que os prefeitos, inclusive o prefeito democrata de Minneapolis, aonde Floyd foi morto, são os que controlam a polícia e os principais responsáveis por suas ações.

Há cinco dias, o governador de NY Andrew Cuomo twittou que “há aqueles que querem obscurecer as linhas entre protestos pacíficos e legítimos e os saqueadores. E o presidente está entre eles. Ele quer que assistam os vídeos dos saques não da morte de George Floyd.” Então, enquanto Nova Iorque está implodindo, seu governador pensa que o maior problema é as pessoas verem a implosão!

Vamos agradecer a mídia por anos de divisão racial, os anos em que cidades como Nova Iorque foram governadas por uma maquina democrata corrupta, décadas de romance com os movimentos radicais e de ataque ao sistema americano, décadas de ódio ao cidadão comum que só quer alcançar o sonho americano de prosperidade.

E atenção, temos uma nova palavra, a nova “causa” para tudo isso é o “racismo sistêmico” da América. Mas o que é isso além de palavras vazias? Aqui na América a discriminação é ilegal. Cada empresa tem um departamento de diversidade para contratar minorias. Nós tivemos um presidente negro eleito duas vezes por brancos. Antes da pandemia tínhamos o menor índice de desemprego entre os negros na história recentes dos Estados Unidos. Trump fez a reforma carcerária. Em muitos lugares minorias são a maioria da força policial. A América é o país mais diverso racialmente e com o maior sucesso. E passamos os últimos 12 dias enlutados pela morte de um afro-americano que não conhecíamos e seu enterro será televisado. Que sociedade com “racismo sistêmico” faria isso?

É verdade. Há racismo na América. Mas o sistema é estruturado para combatê-lo e não promovê-lo. Mas se dissermos que estamos progredindo, a esquerda e a mídia não terão motivo para promover a divisão da sociedade. Somente com esta divisão a esquerda conseguirá consolidar seu poder, especialmente antes da eleição presidencial de novembro, colocando a culpa nos republicanos racistas enquanto brigamos entre nós.

A vida de um negro não vale mais ou menos porque foi morto por um branco. Centenas de negros são mortos todos os dias por outros negros, inclusive policiais negros. Vamos chorar por George Floyd e protestar pela injustiça de sua morte de modo civilizado. Todas a vidas são importantes, assim como são suas moradas, seus empregos, seu ganha pão e sua segurança.