Sunday, June 21, 2020

O Que Realmente Quer o Black Lives Matter - 21/06/2020


Depois de se cansarem de quebrar lojas que agora estão fortemente protegidas, os manifestantes do Black Lives Matter (BLM) em toda a América e até na Europa, decidiram voltar sua ira contra os indefesos símbolos culturais e históricos que eles consideram racistas. Nenhum livro, filme, peça ou monumento foi poupado.

Na semana passada, como havia comentado, a HBO tirou do ar o clássico “E o Vento Levou”, e a Paramount cancelou a nova temporada do show COPS. Agora, o Estado de Minnesota removeu os livros de Mark Twain e Harper Lee dos currículos de suas escolas. Empresas que vendem marcas clássicas de alimentos como o arroz Uncle Ben’s e o tradicional xarope para panquecas Aunt Jemima, decidiram retirá-los das prateleiras porque em seu rótulo há fotos de negros que eles dizem ser “ofensivos”. Estas marcas existem há mais de 130 anos! Para a minha geração isso é ridículo. Estas fotos invocam a imagem produtos caseiros feitos com esmero. E é a minha geração que compra estes produtos, não a turba dos politicamente corretos.

As estátuas dos fundadores da América, George Washington e Thomas Jefferson foram desfiguradas. Até a estátua de Francis Key que escreveu o hino nacional americano e a do General Ulisses Grant que ganhou a guerra civil que acabou com a escravidão nos Estados Unidos foram tombadas e queimadas. Hoje nada mais é sagrado, e tudo se tornou justificável quando se trata de supostas “ofensas” pessoais ou políticas desta geração que não sabe o que quer dizer contexto histórico dos valores morais.

A ignorância tão prevalecente entre nossos estudantes mostra que muitos não têm qualquer ideia de quem sejam as figuras que estão destruindo. Mas conseguem recitar o nome de cada membro da família Kardashian e os slogans e chavões existentes no mundo em que vivem. É verdade! tanto George Washington como Thomas Jefferson tinham escravos. Mas George Washington combateu a racionalização da escravidão e Thomas Jefferson, o terceiro presidente americano, criminalizou o trafico internacional e defendeu a emancipação gradual dos escravos.  

Em Birmingham, Alabama, manifestantes atacaram a base do Monumento aos Soldados e Marinheiros Confederados, obrigando o prefeito a enviar um guindaste para remover o obelisco de 16 metros. Em Richmond, Virgínia, estátuas de lideres confederados foram derrubadas juntamente com a estátua de Cristóvão Colombo, que não só foi derrubada mas foi arrastada para um lago, onde o grande navegador foi, ironicamente, afogado.

Os monumentos confederados estão limitados ao sul, mas os monumentos de Colombo estão em toda parte, e a psicose que agora domina os EUA os tornou alvos justos. Aqui na cidade de Nova Iorque, só não derrubaram a estátua de Colombo porque os ítalos-americanos fizeram uma barreira para protegê-lo.

Todos nós sabemos aonde isso começou. Os afro-americanos se sentem desiguais, inseguros e irritados, junto com milhões de brancos que compartilham sua ira. Atacar monumentos provocantes é uma maneira de demonstrar esses sentimentos mesmo que estas pessoas estejam mortas há mais de 150 anos.

A questão não é onde começa o espírito iconoclasta da América, mas onde ele termina. A resposta é que está indo para lugares ruins, minando os próprios valores de liberdade e igualdade que os manifestantes pretendem defender.

Infelizmente, isso não interessa à multidão enlouquecida, que escolheu um caminho que, logo logo tornará infame qualquer coisa que comemore alguém porque convenhamos, ninguém é perfeito. Os vândalos têm o monopólio da história e somente eles podem decidir quem fica e quem vai.  

O problema é que, como vimos, uma vez que se permite a destruição de somente isso, somente hoje, a multidão continuará a buscar outras coisas, a qualquer momento. Foi assim que começamos: com protestos nas ruas, em desafio ao toque de recolher do corona que passou à quebradeira e saques e agora se voltou aos símbolos da história americana.

Foi assim que depois de Washington e Jefferson, Columbus virou alvo. Ele não era estadista nem general, e não tinha pretensão de mudar a história. Ele era apenas um marinheiro, cuja viagem ousada revelou o continente aonde seus colonizadores lutaram pela liberdade como ninguém na história humana jamais o fez.

Pode algum destes vândalos afirmar que fez qualquer fração do que estes homens fizeram pela liberdade e igualdade? Eles não podem. Mas conseguiram que sua idiotice chegasse a Londres aonde picharam a estátua de Winston Churchill. Como os outros, Churchill não era perfeito, mas liderou a guerra mais heróica, resoluta e sangrenta contra o racismo. Será que apenas um dos vândalos que pichou a sua imagem consegue chegar aos seus pés? Não mesmo.

Não estou dizendo que não há necessidade de um sério debate sobre o tipo de conceitos que nossa sociedade deseja promover ou desencorajar. Pelo contrário, as democracias lidam regularmente com essa questão. Mas se simplesmente derrubarmos o que ocorreu de errado no passado, estaremos fadados a repeti-lo. Hoje, o problema não é o debate, a troca de ideias, mas o silêncio a que fomos reduzidos pela esquerda que, não podendo ganhar qualquer argumento racional, quer simplesmente destruir o que foi construido. Qualquer um que abra a boca com uma opinião diversa ou até uma solução diferente é sumariamente silenciado.

Um artigo na seção de arquitetura do jornal Philadelphia Inquirer, sobre o dano que a destruição de edifícios iria causar às minorias de sua cidade causou um alvoroço. A autora, Inga Saffron não escolheu a manchete que foi: “Edificios também são importantes”. Vocês não imaginam as criticas e ameaças que o jornal recebeu apesar do artigo dizer com todas as letras que vidas são mais importantes que estruturas que podem ser reconstruídas. O jornal e a autora tiveram que pedir desculpas e a coluna recebeu um novo título: “A destruição de prédios fere desproporcionalmente as pessoas que os manifestantes querem defender”.

A irracionalidade e a discriminação piora quando se trata da comunidade judaica. Aqui em NY, no bairro de Brooklyn, residentes judeus usaram alicates para cortar uma fechadura que fechava um parquinho de crianças na noite segunda-feira. Eles decidiram fazer isso depois que milhares de manifestantes se reuniram no local um dia antes para expressar apoio a negros transexuais. Vou repetir: milhares se reuniram no bairro judaico ortodoxo para apoiar negros transexuais com todo o apoio da mídia e da prefeitura. Ninguém falou de distanciamento social, uso de máscaras, ou corona.

Mas quando a noticia do cadeado chegou aos seus ouvidos, a reação do prefeito e de seus porta-vozes foi insana: perguntaram que “exemplo os judeus estavam dando aos seus filhos ao cortarem cadeados contra a autoridade da Prefeitura?”. Que exemplo?? Esta é boa!

Uma coisa posso garantir: não havia nenhuma destas crianças judias no meio dos saques e da violência aos brancos e ao comércio em geral. Nenhuma delas jamais foi vista cuspindo em algum policial ou jogando garrafas incendiárias nos carros da polícia, ambulâncias ou carros de bombeiros. Esta é a educação que estas crianças judias recebem de suas famílias.

Mas vamos um pouco mais além. O movimento Black Lives Matter abriga ativistas que não só são contra os Estados Unidos e querem destruí-la mas também Israel, alegando que as forças armadas israelenses treinam a polícia americana na arte da brutalidade - uma habilidade que ela aprimora nos pescoços dos palestinos indefesos.

O movimento BLM não se importa de ser explorado para esse fim, uma vez que usa os palestinos em sua própria campanha contra o tio Sam e o Estado judeu do "apartheid".

O triste é que os próprios palestinos não importam. Só aqueles que derramam o sangue judeu e recebem salários milionários enquanto os lideres embolsam os bilhões em ajuda internacional. E pior, se os moradores de Ramallah e Gaza saíssem para protestar e quebrassem retratos de ídolos terroristas, derrubassem carros da polícia e exigissem democracia e direitos civis, eles também seriam submetidos a tortura igual ou pior da que sofreu George Floyd.

Pessoal, o caos atual não tem nada a ver com querer que o governo ou a polícia dos EUA valorize a vida dos afro-americanos. É, antes, uma revolução fomentada por radicais com uma só agenda: destruir a civilização ocidental. Será que eles realmente acreditam que esta quebradeira irá resultar em uma sociedade melhor? Se sim, isso prova o quanto são ignorantes. Como se isso já não tivesse ficado bem claro até agora.



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