Depois da Copa do Mundo, voltamos ao esporte preferido de Washington e da
Europa: a crítica ou condenação de Israel. De cada incidente ou
de cada iniciativa de política externa, e porque não, também de sua política
interna.
O novo
governo de Israel, que será finalmente formado nesta semana,
terá que se manter muito firme contra esta tendência cada vez mais descarada. E para isso, o mundo usa termos que parecem inofensivos e até mesmo
justos. Um dos
termos mais usados para atacar Israel recentemente, é a exigência de uma
“prestação de contas”. O porta-voz
do Departamento de Estado dos EUA disse no mês passado que os EUA exigiriam
"uma prestação de contas" de
Israel em relação a quase todos os incidentes de tiroteio na Cisjordânia e que iria questionar as
mudanças nas regras de engajamento da IDF (ou seja, regulamentos de fogo
aberto) na Judéia e Samaria. Imaginem a
ousadia!!!!
Mas aí, o FBI conseguiu elevar ainda mais o nível da ousadia
ao anunciar sua própria investigação sobre o assassinato do jornalista da Al
Jazeera Shirin Abu Akleh durante um tiroteio entre o exército de
Israel e
terroristas palestinos em maio. Quer dizer, o que Biden quer, é ver alguns
soldados israelenses enforcados, ou
melhor, crucificados para que
todos possam ver.
Até Lapid, que ainda lidera o governo de esquerda de Israel, não
conseguiu se conter e declarou que “ninguém vai ditar nossas instruções de abertura de fogo
quando estivermos lutando por nossas vidas. Não permitirei que um soldado combatente
que defendeu sua vida baixo ao fogo de terroristas seja processado
apenas para recebermos aplausos no exterior”.
Falando num tom de
insolência semelhante,
diplomatas de 19 países europeus exigiram explicações de Israel sobre o fechamento dos
escritórios de sete organizações não-governamentais palestinas que Israel
classificou como frentes
terroristas afiliadas à Frente
Popular para a Libertação da Palestina. Os diplomatas europeus declararam
descaradamente que não aceitavam a designação de Israel, reclamando que não
haviam recebido “nenhuma evidência” para validar essa afirmação. Ora, me poupem! Desde quando um país soberano, como Israel precisa
pedir permissão para qualquer um para se defender e designar quem quer que seja
como terrorista? Não vi nenhum deles
condenar o Irã por designar como terroristas contra D-us, não menos, e enforcar
jogadores de futebol, médicos e outros civis inocentes por protestarem contra o
regime.
Diplomatas
americanos e europeus também começaram a questionar as
operações de segurança
de Israel e o desenvolvimento de bairros judaicos em Jerusalém como em Shimon Hatzadik, Ir David e, claro, o Har HaBayit (o Monte
do Templo). E com relação
ao último, esses “corajosos” críticos
estrangeiros têm muito a dizer sobre a resposta da polícia israelense aos arruaceiros árabes,
mas muito pouco a dizer sobre a transformação do local pela Wakf/Autoridade
Palestina em um campo armado para guerra aberta contra Israel. Isso para não
mencionar o incitamento regular contra os judeus e Israel do púlpito da Al Aqsa todas as
sextas-feiras.
A coisa anda tão esquizofrênica, que na semana passada, na reunião do mês do Conselho de Segurança da ONU sobre
assuntos israelense-palestinos, o representante americano, Robert Wood, exigiu que Israel aloque recursos iguais para
combater “extremistas israelenses” e terroristas palestinos. É. vocês ouviram direito...
Isso
remonta ao discurso do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em uma
conferência do grupo de extrema esquerda J Street no mês passado sobre a violência
na Judéia e Samaria “perpetrada por palestinos e colonos israelenses” de acordo com ele.
À primeira
vista, isso soa bem, legal e razoável, porque quem é a favor de “perpetradores
violentos” e quem é contra a “igualdade”? Exceto que isso não é nem legal nem razoável! Isso é cegueira moral! O tipo de
postura supostamente neutra e
autoritária que deliberadamente ignora a diferença entre bombeiros e
incendiários. Afinal,
Blinken sabe, ou deveria saber, que Israel não tolera a violência e procura
evitar baixas civis sempre que possível, enquanto a Autoridade Palestina
glorifica e recompensa em vez de
punir os terroristas.
É
irritante ouvir repetidamente o Departamento de Estado americano e outras autoridades ocidentais constantemente apelarem para “todos os lados exercerem moderação”.
Embora soe razoável e, sim, “imparcial”, essencialmente esta é uma declaração
hostil a Israel. Basicamente, é um aviso a Israel de que não deve responder aos
ataques palestinos. Eles estão igualando o
terrorismo a ações antiterroristas.
Por exemplo: em vez de
condenar Mahmoud Abbas, por usar repetidamente o libelo “Al-Aqsa está em perigo”
para fomentar a violência, o Departamento de Estado só se manifesta depois que
os muçulmanos palestinos se revoltam no Monte do Templo e Israel é forçada a
responder. Quando
isso aconteceu em abril, o porta-voz do Departamento de Estado disse com ar triste “pedimos a todos os lados que exerçam
moderação, evitem ações e retórica provocativas e preservem o status quo
histórico no Haram al-Sharif/Monte do Templo”.
Notem que o
Departamento de Estado usa o nome árabe para o Monte, mas nunca o termo hebraico
original, Har HaBayit. E ignora o fato de que são os palestinos que há muito tempo tentam
mudar o chamado
status quo no monte sagrado.
Blinken também começou a dizer que os EUA “esperam” que Israel cumpra os
princípios democráticos, “incluindo o respeito pelos direitos da comunidade
LGBT e a administração igualitária da justiça para todos os cidadãos de
Israel”. Mas ele nunca falou nada sobre a falta de direitos da comunidade LGBT
palestina ou dos abusos
extremos dos direitos humanos cometidos pela Autoridade Palestina. Nem sobre as
abomináveis políticas de direitos humanos dos países muçulmanos – incluindo o
Catar, onde milhares de trabalhadores estrangeiros morreram para construir os
complexos da Copa e para onde Blinken foi para assistir os jogos.
Ah, e esta
semana, o pacote de ajuda externa aos palestinos
será enviado ao
Congresso, incluindo uma provisão de US$75 milhões para a UNRWA. Nada foi dito sobre o
fato de que na semana passada, outro túnel de ataque terrorista foi
descoberto embaixo de uma das
escolas da UNRWA em Gaza, ilustrando mais uma vez a cumplicidade dessa agência
corrupta em permitir que o Hamas use crianças como escudos humanos.
Enquanto
isso, autoridades americanas e ocidentais não têm qualquer problema em se reunir regularmente com extremistas
palestinos como Hussein al-Sheikh, que está emergindo como o número dois de Mahmoud Abbas.
Al-Sheikh passou 11 anos em uma prisão israelense por suas atividades
terroristas. Ele promoveu Mahmoud al-Habbash como conselheiro de assuntos
religiosos e neste mês,
al-Habbash comparou os judeus que visitam o Monte do Templo em Jerusalém com
“aqueles a quem Alá amaldiçoou… e fez deles macacos e porcos”.
Se isso não fosse o suficiente, saiu mais um relatório sobre o cru
anti-semitismo que corre como um esgoto a céu aberto nos livros de AP e em suas
ondas de rádio. O Departamento de Estado não teve nada a dizer sobre isso. Esse antisemitismo
cru em Ramallah é o verdadeiro “extremismo” que encoraja a juventude palestina
a matar israelenses. A imparcialidade do Departamento de Estado que equivale a
um viés cego contra Israel é o verdadeiro “extremismo” que alimenta o conflito
palestino-israelense.
Com tudo isso, a grande preocupação da América e dos Europeus é com este novo governo supostamente “ultranacionalista,
extremista, racista e supremacista” de Binyamin Netanyahu, Aryeh Deri, Bezalel
Smotrich, e Itamar
Ben-Gvir. A Europa nós já sabemos o que ela pensa mas a América
deveria se olhar no espelho antes de criticar Israel. O descaramento, a falta
de respeito e a hipocrisia passaram dos limites.