Monday, September 29, 2014

Confraternizando com Tiranos - 28/09/2014

O tão esperado discurso de Obama nas Nações Unidas veio e passou. O presidente americano resolveu se concentrar na situação da Ucrânia e mais uma vez exaltar o que ele chama de verdadeiro islamismo. O Islão que ele conhece é “uma religião de paz”. Em relação ao Estado Islâmico ele disse que “nenhum deus permite este tipo de terror”, de estuprar meninas, crucificar crianças cristãs, matar minorias de fome ou enterradas vivas, assassinar em massa os capturados, decapitar inocentes e distribuir os vídeos para chocar o mundo.

Se o presidente fosse muçulmano ou um estudioso das religiões, ele poderia até ter as credenciais para fazer tais afirmações.  De fato, quem tem as credenciais para decidir o que é ou não islâmico, tristemente é o autoproclamado califa do E.I., Abu Bakr al-Baghdadi que tem mestrado e doutorado em estudos islâmicos.

Para provar que a América não está em guerra contra o Islão, Obama decidiu honrar o Sheik Abdallah Bin Bayyah que disse que era preciso “declarar a guerra à guerra para que o resultado fosse a paz sobre a paz”. Ele parece ter esquecido que este Sheik em 2004 era vice-presidente de um grupo radical que emitiu uma fatwah contra os soldados americanos conclamando os muçulmanos a mata-los no Iraque. Esta é a segunda vez que Obama cita este Sheik sendo que na primeira vez em março, o Departamento de Estado emitiu desculpas pelos elogios feitos à ele.

Obama não mede esforços para minimizar as críticas ao islão. Ele sequer ouve o que dizem seus próprios conselheiros. Um deles, o diretor executivo do Conselho das Relações Americanas-Islâmicas, Nihad Awad, afirmou  esta semana na Fox News que é errado falar em islamismo radical ou moderado. Tudo é o mesmo islamismo!

E acreditamos que ele esteja certo. Por isso é tão chocante ver a foto do Secretário de Estado Americano John Kerry todo sorridente ao lado dos líderes árabes da Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Bahrain estampada nos jornais americanos. Cinco anos depois do discurso no Cairo, Obama quer formar uma aliança contra o Estado Islâmico com os regimes mais despóticos, atrasados e chauvinistas da face da terra. Os valores democráticos Americanos foram devidamente enviados ao espaço a título de conveniência.

Estes sheiks que têm dúzias de esposas e centenas de filhos, vivendo em total reclusão passam suas sextas-feiras assistindo amputações e decapitações de supostos criminosos por crimes como “bruxaria”. Em alguns destes países mulheres não podem dirigir um carro e nem mesmo sair de casa sem estarem acompanhadas e supervisionadas por um homem de sua família.

E Obama os exalta como o “futuro do Oriente Médio”. Mas não é só a América. Fotos da ex-representante da União Europeia em assuntos estrangeiros, Catherine Ashton, sorrindo, brincando e se aconchegando ao ministro do exterior do Irã Mohammad Javad Zarif abundam na internet. O mesmo Irã que enforca gays em guindastes, que condena a morte qualquer um que se converta ao cristianismo e que recentemente condenou seis jovens que colocaram sua versão da canção Happy do Pharell Williams a seis meses de prisão e 91 chibatadas cada um - por ser anti-islâmico.

Como é que isso acontece? Como é que líderes do ocidente não só toleram estes regimes terríveis, mas apreciam a companhia destes tiranos com as mãos cheias de sangue? Como é possível que os bastiões da democracia, aqueles que defendem a igualdade para as mulheres, que se orgulham de participar de paradas gays, que aboliram a escravidão há mais de 200 anos e dizem lutar pela justiça social são os mesmos que sorriem ao lado dos que apedrejam mulheres suspeitas de adultério, continuam a praticar a escravidão e confiscam o passaporte de estrangeiros forçando-os a condições sub-humanas de trabalho?

No passado, líderes iam ao rádio ou à televisão e explicava ao povo, que a situação exigia dar a mão ao diabo para derrotar um mal maior. Foi assim com a aliança entre a América e a União Soviética para derrotar a Alemanha nazista. Mas hoje, vemos reverência, adoração, tolerância e até amor para com estes tiranos. Alguém esqueceu como Obama se curvou ao príncipe saudita em sua primeira visita ao reino?

Obama colocou ênfase no fato de que o ocidente hoje precisa dos sauditas e outros países do golfo pérsico, inclusive Qatar, o maior patrocinador destes grupos radicais, para derrotar o Estado Islâmico. A verdade é que estes países precisam mais do ocidente do que o inverso.

É o Ocidente que consome seu petróleo que mantêm seu luxuoso estilo de vida. Estes líderes sabem que não têm como se defender se atacados pelo Estado Islâmico e contam com o Ocidente também para isso.  O mínimo que podem fazer é pagarem por uma ou outra base de treinamento e autorizarem aviões de combate a aterrissarem em seu território.

O Irã por seu lado é suspeito de ter criado o Estado Islâmico pois até agora foi o único país que se beneficiou de seu avanço. Em troca de seu apoio, os Ayatollahs querem menos restrições ao seu programa nuclear. Mas hoje pode ser que o criador se torne vítima de sua criação. O Estado Islâmico efetivamente cortou a hegemonia Shiita que ia do Irã até a Síria e está sistematicamente destruindo todos os lugares santos da seita.
Será que seria muito pedir que em troca da ajuda militar do ocidente estes países introduzissem reformas e direitos civis?

No ocidente aprendemos os valores da democracia e de levantarmos a voz contra a tirania, mas falar qualquer coisa contra as práticas medievais destes Sheiks é ser islamofobico. Isso pode ofendê-los.

E daí? E se eles ficarem ofendidos? Temos que amordaçar a livre expressão com medo de manifestações violentas como as dos cartoons de Maomé?


Temos que parar de sermos hipócritas. De dizermos que somos pela democracia quando abraçamos líderes antidemocráticos. Temos que continuar a denunciar estas práticas medievais que hoje não mais estão longe de nós. Judeus são perseguidos na Europa e dois dias atrás uma americana em solo americano foi decapitada por um muçulmano. O mundo está cada vez mais selvagem e cheio de abusos e crimes contra a humanidade, mas alguns entre nós têm que preservar a memória do que poderia ser e esperar que tanto o Estado Islâmico quanto estes tiranos encontrem o destino que merecem.


Wednesday, September 17, 2014

Entre Políticos e Líderes - 14/09/2014

Parece que é um evento semanal. Num vídeo de 2 minutos e meio, intitulado “Mensagem aos Aliados da América”, o carrasco do Estado Islâmico, com o rosto coberto, mas falando um inglês perfeito com sotaque londrino, decapita mais um refém. Desta vez, o escocês David Haines, não era um jornalista, mas um voluntário que foi ajudar a população sofrida da Síria. No mesmo vídeo, o assassino ameaça matar outro refém inglês, se a Inglaterra continuar a apoiar os Estados Unidos.

David Cameron, primeiro ministro inglês imediatamente convocou uma reunião de emergência para chegar a uma estratégia, mas ao final, a política venceu: a Inglaterra não irá participar diretamente nas ações militares mas dará somente apoio logístico. Ele disse que estes não são muçulmanos mas monstros.

Obama também preferiu considerações políticas em sua resposta ao Estado Islâmico. Na quarta-feira, um dia antes do aniversário dos ataques de 11 de setembro, o presidente Obama disse que atacaria o grupo onde estivessem. Mas hoje, dias mais tarde, nada foi feito. Obama quis deixar claro que o que o Estado Islâmico prega, não é islamismo. Cameron disse islamismo é uma religião de paz. Mas nem um nem o outro explicam como tantos muçulmanos nascidos e criados no ocidente, com todas as vantagens, estão se juntando a este grupo aos milhares.

Obama e Cameron são políticos. Foi ao dizer o que o povo queria ouvir que eles foram eleitos. Mas ser um político bem sucedido está longe de ser um líder, alguém a ser lembrado pela história. Um verdadeiro líder nem sempre diz o que os outros querem ouvir. E um líder não se esquiva de tomar decisões difíceis, muitas vezes, até contra o que o seu eleitorado quer porque é o que ele acredita ser o certo.

Com o fim da segunda guerra mundial, não tivemos a necessidade de líderes como Churchill ou Roosevelt. Mas hoje, o mal está de novo à solta. Ele não se mostra como uma nação que quer dominar a outra por simples razões econômicas. Ele brande a bandeira da religião e justifica atos horrendos em nome de um deus.

E para combater este mal é preciso não só de coragem, mas de claridade moral para definir e reconhece-lo onde estiver.

Poucos no Brasil conhecem o senador americano Ted Cruz do estado do Texas. Cruz é filho de um imigrante de Cuba, que chegou aos Estados Unidos com 17 anos e lavou pratos para sobreviver. Seu filho Ted, com puro esforço pessoal, conseguiu entrar nas melhores escolas americanas inclusive em Harvard aonde se formou em direito. Ele é o próprio retrato do sonho americano.

Na quarta-feira Cruz também fez um discurso. Ele foi convidado a falar no jantar inaugural da organização Em Defesa dos Cristãos que se propõe a defender os direitos dos cristãos perseguidos no Oriente Médio.

Os organizadores do jantar provavelmente esperavam que Cruz iria falar da opressão sofrida hoje pelos cristão e a necessidade do Congresso americano trabalhar para defendê-los. Ele ganharia os esperados aplausos e iria para casa. Nenhum deles poderia imaginar que Cruz iria se referir ao antissemitismo que nutre muitos destes árabes cristãos.

Mas Cruz decidiu tomar o caminho mais difícil e falou duras verdades. Ele disse que aqueles que “odeiam Israel também odeiam a América e que aqueles que odeiam os judeus também odeiam os cristãos. E todo aquele que odeia Israel e o povo judeu não está seguindo os ensinamentos de Cristo.”  Ele continuou dizendo que os cristãos do Oriente Médio não tinham maiores amigos do que Israel e que o Estado Islâmico, al-Qaeda, Hamas e Hezbollah, junto com a Síria e o Irã eram todos partes do mesmo câncer, assassinando do mesmo modo cristãos e judeus. Ódio é ódio e assassinato é assassinato”.

A resposta da audiência foi uma grande vaia. Cruz disse que depois de alguns minutos ele não teve escolha e declarou que se aqueles cristãos não estavam do lado de Israel e dos judeus, então ele não poderia ficar do lado deles. Aí ele desceu do pódio e foi embora.

Esta foi a atitude de um verdadeiro líder. Ele poderia ter tomado o caminho mais fácil, ganhado aplausos, fama e apoio de mais esta comunidade, consolidando seu futuro político. Mas Cruz teve a claridade moral de reconhecer que é o mesmo islamismo que oprime e persegue os cristãos e os judeus e só a união destes que são perseguidos poderá trazer a vitória contra grupos como o Estado Islâmico. Esta claridade moral lhe deu a coragem de enfrentar aquela audiência de frente.

Em contrapartida, tivemos o discurso do presidente Obama que continua a manter a posição tomada em 2009 no Cairo. Nunca o presidente Obama mencionou o ódio dos muçulmanos aos infiéis, cristãos ou judeus. Em nenhum momento ele falou do radicalismo islâmico, patrocinado e  enaltecido nos países do Oriente Médio e em nenhum momento Obama falou do terrorismo islâmico ou da visão jihadista que levou à perda de tantas vidas inocentes.

Em vez disso, através de sua presidência, Obama negou a existência do jihad, sua ideologia, e o fato que esta força e não outra, estava moldando os eventos no mundo. E seu discurso da quarta-feira não foi uma exceção.

Obama deixou claro que não estava em guerra contra o islamismo. Que sua estratégia é de usar de operações contra-terroristas com o fez no Yemen e Somalia. Como se nestes países a estratégia teria funcionado. Hoje a Somalia é dominada pelo grupo Al-Shabab e o Yemen pela Al-Qaeda da Península Árabe. Também no Iraque e na Síria esta estratégia irá causar a derrota dos Estados Unidos.

O Estado Islâmico não é uma mera organização terrorista. Ele controla um território maior que a Bélgica, com cidades, poços de petróleo e muito dinheiro. Este grupo usa a mesma violência e terror que os bárbaros usaram para destruir o império romano.  Quando confrontado com exércitos, o grupo luta e ganha. Operações de contra-terrorismo não irão vencê-lo.

E apesar de dizer que os membros do Estado Islâmico são únicos em sua brutalidade, Obama se recusa a reconhecer a verdadeira natureza desta ameaça e confrontá-la. Ele acha que esta guerra não é sua, que ele foi eleito para retirar as tropas americanas e não enviar mais soldados para o Oriente Médio. E ele sabe que não será fácil conseguir o apoio de outros países contra o Estado Islâmico por causa da natureza ideológica do inimigo.


Obama não poderá liderar uma guerra até a vitória contra o jihad islâmico - que hoje ameaça a humanidade - porque ele simplesmente rejeita a claridade moral que lhe daria a coragem de fazê-lo. As pesquisas de opinião sobre a qualidade de sua liderança são as piores de todos os presidentes americanos. Nossa única esperança é elegermos alguém como Ted Cruz nas próximas eleições para que a claridade moral retorne ao seio da nação americana. 

Wednesday, September 10, 2014

Obama, o E.I. e o Politicamente Correto - 7/9/2014

Já sabemos que não há limites para a depravação do Estado Islâmico. Nesta semana, o grupo publicou novas imagens horrendas e brutais de seu tratamento de pessoas que não comungam de sua versão do islamismo. Primeiro, o grupo mostrou a execução de 250 soldados sírios depois de obrigados a desfilarem quase nus no deserto. Notem que estes soldados eram muçulmanos.

Em seguida, o grupo publicou as imagens de mais uma decapitação, desta vez de um soldado kurdo, também muçulmano. O vídeo intitulado: “Uma mensagem em sangue para os líderes da aliança kurda-americana” começa com 15 homens vestidos de laranja, como o E.I. gosta de vestir suas vítimas, suplicando por suas vidas ao presidente regional kurdo Massud Barzani.

Estes últimos vídeos não ganharam a atenção da mídia, pois, como sempre, muçulmanos trucidando outros muçulmanos não é notícia. Só quando judeus ou cristãos podem ser culpados ou vitimados.

Com estes vídeos, o E.I. continua a aterrorizar a população e os exércitos locais, ganhando mais terreno. A Jordânia anunciou que soldados do Estado Islâmico já se infiltraram no país. Os beduínos da Península do Sinai revelaram que estão sendo treinados por eles a perpetrarem ataques tanto contra o Egito, como contra Israel. E por falar em Israel, pelo menos 10 árabes israelenses se juntaram ao E.I. na Síria e um grupo de palestinos tirou uma foto no topo do Monte do Templo com a bandeira do grupo.

Do outro lado da moeda, temos Obama. Nesta semana ele conseguiu confundir os comentaristas dos maiores canais de notícias americanos como a CNN, MSNBC e FOX, com suas ideias sobre o Estado Islâmico. Na quarta-feira, falando da Estônia, Obama declarou que sua estratégia era claramente de degradar e destruir o grupo. Imediatamente em seguida ele disse que o objetivo era de “encolher a esfera de influência do Estado Islâmico, seu financiamento, sua capacidade militar, ao ponto de se torná-lo um problema gerenciável”. Em outros discursos ele disse que iria atrás dos responsáveis pela decapitação dos jornalistas até que justiça fosse feita.

Na mesma quarta-feira o vice-presidente Joe Biden, também falou do Estado Islâmico. Mas a sua foi uma mensagem totalmente desconectada da do seu chefe. Falando do estaleiro em Portsmouth, Biden disse que os Estados Unidos iriam atrás do ISIS até os portões do inferno!

Então qual é? É destruí-los, torna-los um problema gerenciável, segui-los até as portas do inferno ou prendê-los e julgá-los num tribunal qualquer??

Desculpem-me os politicamente corretos mas chegou a hora de dizer aonde está o problema.

Nós estamos lidando aqui com um problema religioso que Obama e sua administração veem como um caso de polícia.

Estes terroristas são fundamentalmente muçulmanos. Não somos nós no ocidente que queremos colocar o rótulo. São eles que decapitam, torturam, estupram, escravizam e querem criar um califado mundial eliminando os infiéis como nós, citando versos do Al-Corão. São eles que se chamam Estado Islâmico, Jihad Islâmico, ou Movimento de Resistência Islâmica como é o nome do Hamas.

Hoje todos os manuais de policia americanos e do FBI não incluem qualquer referência ao terrorismo islâmico. Em vez disso, o relatório do FBI sobre o que ameaça a América hoje, se limita a 8 grupos, incluindo anarquistas, separatistas negros, extremistas do meio-ambiente e de direitos dos animais, ativistas ante ou pró-aborto e nacionalistas porto-riquenhos. Isto apesar do ataque na Maratona de Boston no ano passado ter sido perpetrado por muçulmanos em nome do Islão.

Esta política tem diretamente a ver com a ideologia do presidente dos Estados Unidos. Ele acredita firmemente que o mundo está melhor por causa dele. No começo da semana passada ele chegou a dizer que a América está menos perigosa agora do que há 20 anos atrás, 25 anos ou 30 anos atrás, no mesmo dia em que a Inglaterra aumentava o nível de alerta no país. E que “a situação hoje não é nada comparável aos desafios da Guerra Fria” (????). Seu discurso chegou a alarmar um comentarista do Washington Post.

Parece que receber o Prêmio Nobel da Paz antes da hora e sem merecê-lo mexe um pouco com a cabeça. Ou ele não dá atenção aos relatórios de inteligência que recebe todos os dias ou ele não está vivendo neste planeta.

Mas como filho de muçulmano, tendo crescido num país muçulmano, Obama não esconde seu bloqueio em chamar estes islâmicos de terroristas. Para ele, eles têm que ser presos e trazidos perante um tribunal para serem julgados por crimes específicos como homicídio. Um simples caso de polícia. Ele não vê ou não quer ver a ameaça global incendiada pelo fervor religioso sem que se ouça qualquer voz muçulmana discordante.

Vocês podem imaginar quantos cristãos não se levantariam se alguém tentasse restabelecer a Inquisição em um país qualquer? Mas os chamados “moderados” muçulmanos estão quietos. E quietos eles são irrelevantes.

Como notei na semana passada, Obama disse que ao final estes grupos perdem porque estão do lado errado da História. Parece que é por causa disto que ele se recusa a agir. Obama afirma que ações militares da América só causam mais ressentimento. Em outras palavras, se os Estados Unidos se defenderem, causarão mais ataques contra seus cidadãos. Agora podemos entender sua relutância em agir como um verdadeiro chefe-de-estado.

Ele acha que se ficar sentado e não atacar, o Estado Islâmico vai acabar se destruindo pois está do “lado errado da História”. Já pensaram se Churchill ou Roosevelt tivessem tido a mesma atitude na Segunda Guerra Mundial?

Obama não tem uma estratégia para lidar com o Estado Islâmico mas quer torná-lo um problema gerenciável. Gerenciável como? Isto não é um hotel! Quantas decapitações, estupros ou massacres por dia seriam aceitáveis para ele??

Obama, acorde. Não se esconda atrás de uma retórica vazia pois será lembrado não só como o pior presidente americano mas como o que mais causou dano ao mundo. Sua ideologia e sentimentos pessoais devem ser postos de lado agora e uma ação decisiva deve ser tomada para bombardear este grupo de modo implacável e eliminá-los completamente da face da terra.

Sim, não estou sendo politicamente correta. Vou ser criticada e rotulada como de “extrema direita”, “islamofobica”, etc. Tudo bem.

Para terminar, vou plagiar a Rachel Sheherazade, a corajosa jornalista brasileira do SBT, que foi condenada de modo duríssimo por defender cidadãos que amarraram um bandido a um poste, como se amarrar alguém que está cometendo um crime fosse uma violação aos seus direitos humanos e não um ato totalmente legítimo e legal.

Usando a sua frase, estou instando aos que defendem “os direitos” destes muçulmanos radicais, para “adotarem seu terrorista”. Não estou “lançando” esta campanha pois ela já foi lançada há tempos e já conta com muitos “patrocinadores”. Infelizmente...


Tuesday, September 2, 2014

Derrotando as Piores Pessoas do Mundo - 31/08/2014

O Departamento de Estado Americano anunciou esta semana que dezenas, senão centenas de americanos estão entre os 12 mil jihadistas estrangeiros de 50 países lutando ao lado do Estado Islâmico. Três morreram esta semana na Síria. São americanos, franceses, ingleses, alemães, italianos e australianos que poderão trazer o jihad para suas casas proximamente.

O Estado Islâmico continua na ofensiva após ter tomado uma grande parte do Iraque e da Síria, dois países que já se encontram severamente fragmentados pela luta interna.  E seu objetivo também é chegar à Israel.

Neste final de semana vimos o al-Nusra ligado à Al-Qaeda, atacar a força filipina de paz da ONU e tomar mais de 40 soldados reféns nos Altos do Golan, prontificando uma mobilização de Israel.

A situação regional se complicou bastante com a ofensiva do ISIS. Israel tem agora como vizinhos o Hamas ao sul, e a Al-Qaeda e o Estado Islâmico ao norte.  Mas a complicação também afeta os outros países da região e curiosamente está unindo velhos inimigos, pelo menos momentaneamente. No Oriente Médio o velho provérbio que diz que “o inimigo do meu inimigo é meu amigo” não se aplica.

Hoje a Arábia Saudita e o Irã, apesar de serem inimigos mortais, estão em consultas pois os dois veem o Estado Islâmico como uma ameaça existencial para seus governos. Israel e o Egito nunca estiveram tão próximos.

A Autoridade Palestina chegou a criticar o Hamas severamente esta semana pelas execuções sumárias de supostos “colaboradores” e “críticos” de seu governo. Como já disse no passado, o Hamas, o Al-Nusra e o Estado Islâmico usam da mesma selvageria, baseada numa interpretação bárbara e medieval da lei islâmica para consolidarem seu poder.

O Hamas no passado recebia o suporte financeiro da Arábia Saudita e o Egito possibilitava seu armamento.  Depois da tomada do governo egípcio pela Irmandade Muçulmana, o Qatar e a Turquia se tornaram seus principais patrocinadores. E se não fossem eles, o Hamas teria implodido junto com a deposição de Morsi no Egito.

A guerra do Hamas contra Israel foi uma tentativa de Qatar e da Turquia de fortalecerem a Irmandade Muçulmana na região, e quem sabe, faze-la voltar ao poder no Egito.

Mas se o Hamas foi efetivamente derrotado, sofrendo 50 dias de bombardeamento, e não conseguindo que Israel se curvasse a qualquer de suas exigências apesar de suas “paradas da vitória”, hoje o Qatar e a Turquia estão trabalhando vigorosamente para reabilitar o grupo.

E a única forma de fazê-lo é pressionar o ocidente contra Israel. Com seus contratos bilionários de compra de armas e articulações por trás dos bastidores, o Qatar e a Turquia querem que os Estados Unidos e a União Europeia forcem Israel e o Egito a abrirem as fronteiras de Gaza. Isto dará à Irmandade Muçulmana uma vitória estratégica importantíssima.

Se o Hamas puder importar mais mísseis, armas, munições e cimento para seus túneis, todo o sudoeste de Israel se tornará inabitável incluindo as maiores cidades de Ashkelon, o porto de Ashdod e até mesmo Beer Sheva. O Egito estará ameaçado pelo apoio do Hamas aos radicais islâmicos do Sinai. A Jordânia adicionará ainda mais esta ameaça pois o Estado Islâmico já está nas suas fronteiras.

Enquanto tudo isso acontece, a maior potência do mundo liderada por Barack Obama admite publicamente que não tem uma “estratégia para lidar com o Estado Islâmico” na Síria. Para Obama, a dois anos do final de seu mandato, o mais importante é não ser visto como parceiro de Bashar al-Assad.

Repetindo o mantra dos pacifistas, Obama disse que não há solução militar americana para o problema do Estado Islâmico que hoje domina um território quatro vezes o de Israel. Não, também não há uma solução diplomática a ser negociada com um grupo bárbaro que acredita que ganhará o céu massacrando inocentes. O que sobra é uma solução militar local, com o apoio dos Estados Unidos. E esta estratégia já funcionou no Iraque na retomada do reservatório de água e no resgate dos Yazidis.

A aversão de Obama à guerra foi resolvida neste contexto pela necessidade de proteger diplomatas americanos no Iraque e evitar um genocídio. E o envolvimento americano precisa continuar. Este Estado Islâmico conseguiu se expandir por causa da pura violência e atrocidades cometidas por eles causando soldados iraquianos e sírios de simplesmente fugirem. Foi assim que conseguiram capturar Mosul, Tikrit, poços de petróleo, o reservatório de água do Iraque e o norte da Síria.

Mas o grupo é ainda limitado em número de pessoas, e precisa ser erradicado agora. Os Estados Unidos precisam autorizar uma campanha aérea para destruir completamente o Estado Islâmico.

Estas são as piores pessoas do mundo. Eles decapitam crianças e mulheres, vendem prisioneiros como escravos, especialmente meninas e mulheres para serem estupradas, crucificam membros de outras religiões e colocam as imagens orgulhosamente no YouTube. Eles não são o inimigo regular que está atrás de terra e poder. São loucos fanáticos, que comemoram o derramamento de sangue e glorificam o corte da garganta de inocentes como um sacramento.

Obama precisa entender que sua reação passiva à decapitação do jornalista e ativista James Foley seguida de um jogo de golfe só encorajou estes fanáticos. Ele perdeu uma grande oportunidade de recuperar o poder de dissuasão e agir decisivamente contra este grupo.

Israel sabe o que isto quer dizer. Israel não deu uma só vitória ao Hamas durante os 50 dias, bombardeando e indo atrás de seus líderes de forma incessante. Peritos dizem que levará 20 anos para reconstruir Gaza. Mas Israel recuperou o poder de dissuasão e o Hamas pensará duas vezes antes de atacar de novo, se conseguir manter o poder.

Israel é a primeira linha de defesa do mundo e a ONU, os Estados Unidos e a União Europeia deveriam lhe dar apoio e suporte em vez de condena-la a cada oportunidade. É a própria sobrevivência do mundo livre que depende disto.

Obama disse que gente como os membros do Estado Islâmico “ao final são derrotadas”. Mas o “final” pode estar ainda muito longe e pode vir somente depois de milhões de mortos, como aconteceu na Segunda Guerra Mundial.  O papel daqueles que amam a liberdade e não querem ver o mundo subjugado por esta força do mal é de lutar para trazer este “final” o quanto antes.