Sunday, July 22, 2012

Porque a Hezbollah? 22/07/2012


O ataque de quarta-feira na Bulgaria foi uma dolorosa lembrança de que uns 70 anos depois do Holocausto os judeus mais uma vez não estão seguros no mundo. O fato de não vermos atos como este todos os dias é devido somente ao esforço sobre humano dos serviços de segurança e não do enfraquecimento do inimigo.

Imediatamente após o ataque, que se deu no 18º. Aniversário do ataque ao Centro Comunitário Judaico AMIA em Buenos Aires, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu apontou o dedo para o Irã e seu grupo terrorista em chefe, a Hezbollah.

É muito raro que um chefe de estado faça acusações tão categóricas contra qualquer um, ainda mais um governo, antes de ter em mãos os resultados das investigações. Mas qualquer um que leia os jornais e preste um mínimo de atenção ao que se passa no mundo, sabe que há uma guerra entre o Irã e o mundo ocidental e que se os Ayatollahs colocarem suas mãos em armas nucleares, poderão aniquilar o mundo livre ou exigir sua submissão.

Alguns comentaristas jogaram a possibilidade de Netanyahu ter dito que a guerra do Irã é contra o Ocidente para preparar o terreno para uma ação militar conjunta contra as instalações nucleares iranianas.

Acho isso pouco provável. Aqueles “aliados” que deveriam estar preocupados em coordenar tal ação militar estão muito atarefados com os fúteis e improdutivos “diálogos” com Teherã, enquanto os mullas marcham direto para o enriquecimento do urânio.

Sim, estou falando da administração Obama. Mesmo se pudessemos acreditar por um minuto que os Estados Unidos não deixarão os iranianos adiar o momento da verdade indefinidamente, com tantas coisas aparentemente mais urgentes, Israel não consegue que o mundo dê prioridade para o problema da bomba iraniana.   

Ao norte de Israel, a Síria está transferindo seu arsenal de armas químicas para a Hezbollah no sul do Líbano e os Estados Unidos pediram hoje a Netanyahu de não fazer um ataque preventivo à este arsenal para não dar a Assad uma oportunidade de unir os sírios. Quer dizer, para Obama então é mais importante depor Assad do que proteger Israel de um ataque com armas químicas.

E ao sul de Israel a instabilidade do Egito e sua aproximação com o Hamas complica e estica as defesas do estado judeu. Hoje o gaseoduto entre o Egito, Israel e a Jordania, foi explodido pela enésima vez.

Enquanto isso, a secretária de estado Hillary Clinton está ocupada com discursos sobre as dificuldades econômicas do Oriente Médio – apesar deles estarem sentados sobre o petróleo – e como os Estados Unidos continuarão a enviar bilhões de dólares dos seus contribuintes para a região.

Netanyahu sabe que o objetivo principal do Irã é alcançar uma hegemonia com seus vizinhos para liderar uma coalisão muçulmana contra o ocidente restaurando o califato que existia antes da Primeira Guerra Mundial. Uma idéia que ainda é negada e tida como absurda pelo mundo livre. Assim Netanyahu precisa martelar e reiterar o perigo de um Irã nuclear mesmo se Ahmadinejad diz que está pronto a “negociar”.

Alguns analistas disseram que este ataque na Bulgaria reflete a frustração da Hezbollah em não conseguir vencer Israel no campo de batalha e de ter outros ataques prevenidos na India, Georgia, Tailandia, Azerbaijão, Turquia, Chipre e Grécia.

Algus outros disseram que este ataque foi em retaliação ao assassinato do terrorista Imad Mughniyeh em Fevereiro 2008 que a Hezbollah atribui ao Mossad.

Mughniyeh era um agente senior da Hezbollah responsável por espetaculares ataques terroristas contra alvos Israelenses e Americanos como o ataque ao quartel americano no Líbano em1983 e o ataque à embaixada israelense em Buenos Aires em 1992.

Acho que a desculpa ao ataque, definida como“retaliação” não cabe aqui. Israel negou te-lo matado e ele pode ter sido morto por qualquer outra facção rival do Líbano. Mughniyeh morreu por ter dedicado sua vida a planejar e a cometer assassinatos em massa contra os “infiéis” do Ocidente.

A diferença é que a Hezbollah, nesta semana, alvejou um grupo de turistas israelenses num ônibus na Bulgária, como parte de uma estratégia global antisemita de aniquilar ou subjugar judeus. A mesma estratégia que levou Mohamed Mehra a executar uma menina de 9 anos e outros inocentes em Toulouse. O mesmo objetivo do Irã.

A Hezbollah não precisa de uma desculpa para perpetrar um ato de Guerra. Nem Israel poderia fazer algo diferente para evitar a ira dos mullas e seus agentes. É o infinito ódio à própria existência dos judeus e de Israel que faz com que os seguidores de Nasrallah prendam bombas aos próprios corpos e morram só para matar alguns judeus. E isso foi verdade muito antes de Mughniyeh partir deste mundo e ainda o seria se estivesse vivo.

Hoje a França comemorou os 70 anos da prisão e deportação de mais de 13 mil judeus de Paris para Auschwitz e morte. Destes, somente 100 sobreviveram. O presidente francês hoje lembrou a vergonha que seu país teria que carregar já que nenhum soldado alemão participara da operação - conduzida totalmente por policiais franceses. Desde 1995 nenhum presidente francês pensou em marcar desta data. E o antisemitismo volta, com toda a força e com toda a racionalização possível.

E é isso que Netanyahu tem tentando transmitir aos líderes da Europa e Estados Unidos sem qualquer sucesso. Pura e simplesmente. Sem tentar dissecar, analisar, comentar, arrumar explicações ou desculpas para cada evento, cada ataque, em separado. Elas só servem para que o mundo continue a culpar Israel não só por árabes mortos mas por seus próprios mortos também.

Sunday, July 15, 2012

Armando a Irmandade na Síria - 15/07/2012


A secretária de estado norte-americana Hillary Clinton está no Cairo visitando o novo presidente Mohamed Morsi. Há 2 semanas atrás perante milhares de pessoas, Morsi prometeu libertar o Sheikh Omar Abdel Rahman, lider do grupo Gamaa Al-Islamia responsável pelo assassinato de Anwar Sadat em 1981. O Sheikh foi o mentor do assassinato do Rabbi Meir Kahane em Nova Iorque em 1990, do primeiro ataque às Torres Gêmeas em 1993 e de uma tentativa de assassinato de Hosni Mubarak. Ele também tinha planos de explodir locais estratégicos de Nova Iorque como os túneis Holland e Lincoln e as sedes do FBI e da ONU. Por tudo isto pegou prisão perpétua nos Estados Unidos.

Nos dias que antecederam sua viagem, Hillary Clinton havia planejado fazer um discurso sobre a importância da democracia. Mas todas as versões foram rejeitadas. Hoje a administração americana está na desconfortável posição de querer patrocinar a democracia na região e ao mesmo tempo não ferir os sentimentos da Irmandade Muçulmana com quem quer manter um relacionamento. E o problema não se atém ao Egito.

A administração Obama vazou a informação de que teria um time da CIA no sul da Turquia abastecendo a oposição da Síria com rifles automáticos, granadas, munições e armas anti-tanques.

Pelo artigo publicado no jornal The New York Times, o time tem que assegurar que as armas não acabem nas mãos da Al-Qaeda apesar de estarem sendo entregues por uma rede um tanto obsura da Irmandade Muçulmana Síria. A mesma que foi massacrada pelo finado Hafez Al-Assad, pai do atual presidente e que se auto-declara anti-americana, antisemita e jihadistas.  

Não é possível que esta administração continue a dividir o mundo em mocinhos e bandidos. Al-Qaeda bandidos, outros grupos islâmicos radicais e revolucionários Mocinhos. “Mocinhos” na cabeça ingênua deste pessoal do Departamento de Estado e Pentágono significa aqueles que têm potencial de se tornarem “moderados”.  

O fato de todas estas armas estarem indo para as mãos da Irmandade Muçulmana, significa que eles terão o poder de derrubar o governo primeiro e depois dominar o resto da oposição.

Apesar da Al-Qaeda reclamar a autoria de massacres de cristãos e Alawitas pelo mundo árabe, a Irmandade Muçulmana não fica atrás. É só ver seu plano de converter forçosamente os cristãos coptas do Egito ao islamismo.

De acordo com o mesmo artigo do The New York Times, a Arábia Saudita, Qatar e a Turquia estariam pagando por estas armas. Mas são os Estados Unidos que estão sendo usados para armar desproporcionalmente estes radicais islâmicos na Síria.

Há alguns no ocidente que querem manter o regime de Bashar al-Assad porque sua saída poderá trazer algo pior como um regime islâmico radical sunita. Há outros mais ingênuos que acreditam que se o regime cair há a chance de um regime melhor para o povo Sírio e para os interesses americanos tomar seu lugar. Há ainda outros que acham que o problema não tem solução e o melhor é deixar o pessoal se matar, enfraquecendo o regime e reduzindo o poder estratégico do Irã.  

Mas ninguém quer ver os Estados Unidos ajudar a criar outro governo radical islâmico, determinado ao jihad contra a América e mais provavelmente contra Israel. Ninguém quer ver um estado salafista se unir a outros governos radicais como a Tunisia, o Egito, Gaza, a oposição da Jordânia - que acabou de anunciar o boicote às eleições parlamentares -  e os sunitas do Líbano que já estão em confronto com a Hezbollah – e formarem um bloco para desestabilizar o Oriente Médio.  

Mas na cabeça torcida desta administração, se ajudarem a montar este bloco, ele poderá se contrapor ao Irã e assim fortalecer os interesses americanos. É, do mesmo modo que nos anos 80 os americanos armaram os Talibãs no Afganistão para se livrarem dos russos achando que ao final eles se aliariam aos Estados Unidos.

Enquanto isso, esta administração não perde uma oportunidade para criticar seu único verdadeiro aliado na região: Israel. Netanyahu comissionou um grupo liderado pelo Juiz da Suprema Corte de Israel Edmond Levy para investigar a legalidade das cidades e vilarejos judaicos na Judéia e Samária e criar um guia para as futuras construções de judeus na região.

A conclusão do grupo foi que estas comunidades são completamente legais.  E isso não é novidade. Desde 1922 a Liga das Nações deu aos judeus o Mandato da Palestina incluindo a Judéia, a Samária, e Jerusalém para construirem seu país. Mas dados os incessantes ataques aos direitos dos judeus, liderados pela administração Obama, Netanyahu sentiu a necessidade de renovar a legitimidade de Israel sobre estas áreas.

A resposta americana foi vitriólica dizendo que apesar das comunidades poderem ser legais os Estados Unidos não reconhecem sua legitimidade. Então vejamos: a Administração Obama não tem qualquer problema em patrocinar alguém que promete libertar um terrorista responsável indiretamente pela morte de 3 mil americanos. Também não tem qualquer problema em receber na Casa Branca membros do grupo terrorista que hoje fazem parte do governo egípcio. Mas para o governo eleito de Israel reunir um grupo de peritos para determinar se o país está agindo dentro da lei Internacional, ao permitir que judeus vivam numa terra que palestinos insistem deve ser Judenrein, isto é uma afronta?

A disparidade de tratamento não pode ser mais clara. A política de se curvar aos islamistas continua apesar de não ter alcançado um só resultado positivo para a América. Quem duvida que isto acabará mal?

Mas a situação está cada vez pior. A administração Obama está promovendo o islamismo radical sunita em vez de lutar contra ele.

Voltando para a Síria, não é preciso ser profeta para saber o que vai acontecer. Vamos acordar um dia e a Síria estará sendo governada por mais uma ditadura dedicada à destruição dos interesses americanos, ao jihad contra Israel e a impor o islamismo radical pelo mundo afora. Eles irão suprimir violentamente o povo Sírio e promover a expulsão da população cristã do país.

E quando este dia chegar, ele não será o resultado de uma política americana que falhou mas de uma estratégia americana que deu certo: de colocar no poder os maiores inimigos da América depois do Irã.

Sunday, July 1, 2012

O Antisemitismo Islamico e a Mídia - 1/72012


Agora já sabemos: a Irmandade Muçulmana é senhora do Egito. A grande questão é como o novo presidente Mohamed Morsi poderá resolver o paradoxo que o acordo de paz com Israel representa para a ideologia deste grupo islâmico radical.

Uma das promessas de campanha que o elegeu foi de cancelar ou no mínimo, re-examinar o tratado de paz com Israel. A Irmandade Muçulmana tem como objetivo maior a restauração do Califado Islamico que eles chamam de Estados Unidos dos Árabes com capital em Jerusalem. Em seus discursos Morsi nunca deixou de repetir o mantra do grupo: “o Korão é a Constituição, o Jihad é o caminho e a morte por Allah sua maior aspiração”.

No entanto, em inglês, a estória é outra. Em Dezembro de 2011, ele afirmou ao senador americano John Kerry que o Egito tinha a obrigação de honrar os acordos assinados.

Então o que fica: a revisão ou o cumprimento do tratado de paz com Israel? Numa entrevista há um mês atrás, ele explicou a discrepância: Para que o Egito continue a respeitar o acordo, Israel por seu lado, teria que respeitar “todos” seus acordos. Para Israel há 2 acordos: o de paz com o Egito e o acordo com os palestinos. Como para Morsi Israel não tem mantido suas obrigações para com os palestinos, então o Egito não precisaria manter o seu acordo de paz com Israel.

Mas isto é uma besteira. O próprio tratado de paz estabelece no seu Artigo VI(2) que “as partes se obrigam a cumprir suas obrigações em boa-fé independentemente de qualquer ação ou omissão de qualquer outra parte ou de qualquer instrumento estranho à este Acordo.” Mas a comunidade internacional obviamente não sabe destes detalhes.

Os Estados Unidos, como intermediários, se obrigaram a tomar todas as medidas para garantir que as partes observassem o Acordo de Paz. O que a América fará se Morsi decidir colocar o Acordo com Israel na mesa para ser renegociado ou num referendo nacional?

Agora tudo depende do que a Irmandade Muçulmana acha que pode fazer. Apesar da plataforma profundamente antisemita que é consenso geral, a vitória apertada da Irmandade mostra que metade da população não concorda com a imposição da lei islâmica no país. Os partidos seculares do Egito e a imprensa jordaniana e palestina têm expressado ira e desapontamento pelo apoio e reconhecimento da administração Obama à Irmandade Muçulmana.

Agora Morsi e seu governo terão que equilibrar seu profundo ódio aos judeus e à existência de Israel com os limites impostos pela comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos. Como cumprir o que prometeu em sua campanha sem ameaçar a continua ajuda americana que alimenta milhões de egípcios?

Os outros países da região estarão prestando atenção. A mídia e líderes muçulmanos já não se incomodam com o politicamente correto e publicam artigos abertamente anti-semitas. Não mais sob a máscara do anti-sionismo mas profundamente anti-judaicos. É o que aconteceu esta semana no Irã.

Apesar de ter uma das maiores populações judaicas num país muçulmano, o vice-presidente do Irã disse num forum das Nações Unidas contra as drogas que os Judeus controlam o tráfego internacional de entorpecentes. Ele disse que os judeus vendem drogas para cumprir um mandato do Talmud: “de destruir qualquer um que se oponha aos judeus”. Para ele, a conspiração é obvia já que segundo suas fontes, não existem judeus drogados. Ele chegou ao ponto de dizer que “a Republica Islamica do Irã pagará qualquer um que encontrar um só sionista viciado. Eles não existem. Esta é a prova do seu envolvimento no tráfego de drogas”.

E a reação da mídia à este discurso? Os jornais do mundo livre ou não se incomodaram ou tentaram minimizar o efeito destas palavras. De acordo com o jornal the New York Times, o vice-presidente não odeia judeus, só os sionistas. Seu reporter, Thomas Erdbrink não mediu esforços para nos convencer que tirando esta pequena aberração, o regime iraniano é perfeitamente respeitável.

Nós sabemos que este não é o caso. O Supremo Líder rotinamente se refere à Israel como um câncer que deve ser removido. Vários jornalistas escreveram sobre os discursos antisemitas do vice-presidente Mohamed-Reza Rahimi como prova de que o Irã não pode adquirir armas nucleares.

É óbvio que um regime de fanáticos religiosos que procura efetuar  um genocídio messiânico não pode adquirir armas nucleares.

Mas da mesma forma que Hitler chegou a ser nomeado “O Homem do Ano” pela revista Time em 1939, os jornalistas de hoje continuam a desconsiderar ataques antisemitas de líderes fanáticos que prometem aniquilar o povo judeu.

70 anos mais tarde, nada une mais os muçulmanos do que o ódio aos judeus e mesmo assim, o antisemitismo é o assunto menos divulgado do planeta.

A mídia ocidental acha que o mundo islâmico deve ser apaziguado e que devemos encontrar meios para acomodar a Irmandade Muçulmana e o Irã. Reportar ataques antisemitas não ajuda. Outros dizem que o ódio aos judeus é justificável por causa dos palestinos.

Ambas as desculpas para o ódio aos judeus são escandalosas. E a contínua presença de dignatários estrangeiros dando legitimidade à Teherã é ainda pior.

Se Rahimi tivesse direcionado seu ódio à qualquer outro povo, raça, credo, estado ou cor, nenhum diplomata ocidental teria ficado para escutar outra palavra saída desta latrina. A mídia, por seu lado, em vez de denunciar o racismo, a discriminação e a campanha de incitação contra os judeus, ela colabora com os perpetradores.

Nesta última terça-feira, o New York Times publicou um artigo sobre os esforços dos palestinos de Battir, um vilarejo ao sul de Jerusalem, que quer que seu sistema de irrigação em terraços da época romana, seja reconhecido pela UNESCO como herança mundial. Eles dizem que se isso não acontecer, Israel poderá construir a barreira de separação pelo vilarejo e danificar o sistema. Só que o sistema não é romano. É judaico da época do segundo templo. Battir é a pronuncia árabe de Betar, o local aonde Bar-Kochba liderou a última batalha dos judeus contra o Império Romano.

Como sempre, o New York Times não falou nada disso pois feriria o nacionalismo palestino e levantaria questões sobre o direito dos judeus à terra. Assim, tudo bem fazer uma reportagem errada. E eu que pensava que a mídia estava aí para reportar os fatos e não redesenhar verdades.

São órgãos da mídia como a revista Time e o jornal The New York Times, de certa respeitabilidade que se sentem no direito de negar, reportar mal ou enganosamente a razão mais importante por trás dos eventos do Oriente Médio hoje: o ódio islâmico aos judeus. O mesmo ódio que levou os nazistas a exterminarem 6 milhões de homens, mulheres e crianças. O mesmo ódio que temos a obrigação de combater por todos os meios possíveis. Só depende de nós.