Sunday, November 24, 2013

Um Momento Chamberlain - 24/11/2013

Hoje de manhã acordamos para um momento Chamberlain. Com os mesmos sorrisos, apertos de mão e tapinhas nas costas trocados quando o primeiro ministro inglês abandonou os Sudetos checos para Hitler em 1938 - supostamente para evitar a guerra - os líderes do mundo nos asseguraram nesta madrugada que a situação com o Irã estava salva e que Israel e os países do Golfo Árabe estavam finalmente seguros.  

John Kerry logo tomou o pódio para explicar que este foi um acordo interino, válido por apenas 6 meses pelo qual o Irã concordara em suspender o enriquecimento de urânio acima de 5% e se comprometera a desmantelar a infraestrutura técnica para enriquecimento a níveis maiores contra um relaxamento modesto das sanções internacionais. Além disso, o Irã teria concordado em neutralizar sua reserva de urânio já enriquecido a 20% e abrir suas usinas para inspeção e monitoramento da Agência Internacional de Energia Atômica.

O “relaxamento modesto” das sanções referido por Kerry significa que os Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, China e Russia, os chamados P5, não imporão novas sanções. As sanções existentes contra certos setores da economia iraniana seriam suspensas além do Irã receber 7.2 bilhões de dólares em fundos congelados.

Obama descreveu este acordo como o “primeiro passo para uma solução compreensiva” e que se o Irã não cumprisse com suas obrigações, ele poderia ser anulado e as sanções restituídas.

Pela experiência de todos os acordos interinos que Israel assinou e não cumpridos pelos palestinos, gostaria de saber se um só foi anulado e a situação revertida. Todos os acordos interinos, infelizmente, uma vez implantados, não há caminho de volta.

Alguns senadores americanos já reagiram ao acordo. Mark Kirk to estado de Illinois disse que este era um presente de bilhões de dólares ao maior patrocinador do terrorismo mundial em troca de concessões cosméticas e Marco Rubio da Florida que disse que este acordo é um insulto aos aliados americanos que já duvidam do comprometimento americano com sua segurança.

Obama ainda pediu ao Congresso americano para não aprovar novas sanções contra o Irã para não minar este acordo que na opinião dele “impede o Irã de construir uma arma nuclear”.

O novo presidente Hassan Rouhani endossou o acordo na televisão nacional hoje dizendo que o mundo finalmente reconhecera os “direitos do Irã à energia nuclear” mesmo que esta linguagem não esteja contida no acordo.

Hoje sentimos a falta de um Churchill. Alguém carismático que pudesse galvanizar a opinião pública a entender que apesar do mundo  dizer que este é um bom acordo, não é a coisa certa a fazer.

A única voz solitária foi a do primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu que chamou o acordo de um “erro histórico”.

A cegueira mundial face ao projeto nuclear iraniano não é o único problema aqui. O próprio comportamento da comunidade internacional sobre o Irã é problemático. Nesta última quarta-feira, às vésperas da assinatura deste acordo, o Supremo líder do Irã, Ayatolah Ali Khamenei, falou sobre Israel usando expressões como “cães sionistas” que não iriam “sobreviver”.  Nenhuma só palavra por qualquer uma das potências presentes nas negociações em Genebra foi proferida em protesto.

Quando jornalistas questionaram as delegações europeias e americana sobre as palavras violentas usadas por Khamenei, as delegações escolheram simplesmente ignora-las. Porque estragar a nova realidade com fatos?? Afinal, não temos hoje um novo Irã com sorrisos doces de Rouhani??

Teerã se deu conta que Washington e Moscou estavam desesperados por um acordo e por isso Khamenei não poupou a língua com este discurso inflamatório.

Enquanto pensamos que o Irã foi trazido à mesa de negociação pelas sanções e posição de força que elas geraram, foi o desespero de Obama, de Catherine Ashton, e de Lavrov que forçou a capitulação do ocidente. As sanções serão levantadas e como ocorreu com a Coréia do Norte, elas não serão revertidas mesmo com os testes nucleares que não tardarão a vir por parte do Irã.

Mas este acordo dá a estes diplomatas ansiosos pelo glamour das câmeras a oportunidade de voltarem para seus países como vitoriosos. John Kerry continuará a retratar Netanyahu como um rejeicionista e que nenhum acordo seria bom o suficiente para Israel. Esta será a desculpa que a América usará daqui a 6 meses quando os palestinos abandonarem a mesa de negociação.

E o que acontecerá??

A lógica de Netanyahu será vindicada: daqui a 6 meses o ocidente assinará um mau acordo qualquer que seja ele porque Obama não vê outra coisa a não ser agradar os Ayatolas.

Com toda esta retórica de anulação do acordo em 6 meses, se o Irã não cumprir com sua parte, Kerry e seus negociadores querem ser vistos pelo Congresso americano como “protetores” de seus aliados. Os iranianos, com seus discursos venenosos, também querem parecer agressivos e duros. Os franceses querem que os sauditas apreciem sua firmeza e lhes dêem alguns contratos lucrativos. O mesmo com a China. A Russia quer preservar seu lucrativo relacionamento com o Irã, suas bases na Síria e tentar semear boa vontade com países sunitas.

Kissinger uma vez disse que a política externa americana é só uma manifestação da política interna e ela só tem um propósito: extrair milhagem com os eleitores.

Depois que os eleitores de cada país se convencerem que cada um de seus representantes foram os vencedores nas negociações, as partes se encontrarão mais uma vez em Genebra para assinarem um acordo final que retirará por completo qualquer pressão dos Ayatolas abrindo o caminho deles para a bomba nuclear.

Se a história nos serve de guia, a profecia de Netanyahu irá se cumprir. É muito raro que nações se sentem à mesa e não consigam chegar a qualquer acordo. Mas às vezes as diferenças não podem ser superadas. Apesar de muito difícil, isto ainda pode acontecer, especialmente em se tratando de um acordo ruim acompanhado da retórica ofensiva e beligerante que estamos vendo do Irã.


Agora, a única coisa que temos a fazer é esperar que somente um acordo que exija o desmantelamento completo do programa nuclear do Irã seja assinado daqui a 6 meses e que se este não for o caso, que Israel, com seus novos “aliados” do Golfo Árabe, possam cooperar para fazê-lo sozinhos.

Sunday, November 17, 2013

O Fim da Liderança da América - 17/11/2013

Mais de um século atrás, o filósofo espanhol George Santayana escreveu que “aqueles que se recusam a lembrar o passado, estarão condenados a repeti-lo”. Ele poderia muito bem estar se referindo a John Kerry e a subsecretária de Estado para assuntos políticos, Wendy Sherman sobre seus pronunciamentos sobre o Irã esta semana.
Na semana passada, mostrei como o Secretário de Estado John Kerry havia finalmente removido sua máscara de “amigo de Israel” para revelar as verdadeiras intenções da administração Obama. Nesta semana o tema é o fim da liderança da América especialmente no Oriente Médio.
Depois de chamar os bairros judaicos de Jerusalém e as comunidades de judeus na Judeia e Samaria de “ilegítimas” Kerry e Sherman disseram ao Comitê dos Bancos do Congresso americano para “não acreditarem no que Israel diz sobre o Irã” como se todo o ódio dos Ayatollahs desde 1979, os ataques terroristas que deixaram dúzias de americanos mortos e os cânticos de "morte ao Grande Satã" fossem uma mera miragem de um passado distante. 
Kerry então rapidamente fez a mala e viajou para Genebra para finalizar um acordo meio negociado com os iranianos. Felizmente, os franceses mostraram mais frieza e concluíram que um não acordo era melhor que um mau acordo. Eles então se opuseram ao fim das sanções contra o Irã que oferecera somente medidas cosméticas que não afetariam sua capacidade de produzir uma bomba nuclear.  
Desde que assumiu o Departamento de Estado John Kerry não fez outra coisa a não ser por os pés pelas mãos e a decisão deliberada da França em Genebra pôs efetivamente um fim à liderança que a América manteve nos assuntos do mundo desde o colapso da União Soviética.
Para um país ser líder, especialmente um que quer ditar o futuro de outras nações, precisa ter poder e credibilidade. Antes de Obama, a América era a nação mais poderosa do mundo. Mas as políticas de desarmamento unilateral, de retirada de tropas sem um plano sucessório no Iraque e no Afeganistão, de submissão aos humores de outros países e organizações como a ONU ou OTAN, reduziram o poder dos Estados Unidos, permitindo que outras nações muito menos democráticas ou qualificadas preenchessem o vácuo. Hoje vemos russos e chineses concluindo acordos com o Egito e a Arábia Saudita, além de outros países do golfo árabe.
Tinha sobrado a credibilidade, mas esta foi destruída na semana passada.
Em sua grosseira tentativa de convencer Israel e os países árabes de aceitarem este acordo com o Irã, Kerry mentiu.  Ele afirmou que o acordo era limitado à liberação de 5 bilhões de dólares em bens iranianos em troca do congelamento temporário do programa nuclear do Irã. Mas os ingleses e franceses informaram os israelenses e sauditas que longe de só liberar bens iranianos, o acordo também acabava com as sanções sobre os setores de petróleo e gás e outras industrias iranianas.
A posição Americana em aceitar este acordo que nem mesmo reduziria a velocidade com a qual Teherã continua a enriquecer urânio, e as mentiras de Kerry a seus principais aliados na região, acabou de destruir o pouco que restava da credibilidade americana depois de seu apoio à Irmandade Muçulmana no Egito e suas desastrosas ações ou falta delas na Síria.
O acordo não saiu não por causa dos iranianos ou desta administração americana. Não saiu por que a França vetou um acordo que abria o caminho para um Irã nuclear. O preço que Estados Unidos irão pagar por este apaziguamento do Irã é a perda da liderança do mundo. Uma perda que aumenta se pensarmos que as ações americanas deram legitimidade a este governo do Irã, endossaram os planos nucleares dos Ayatollahs e humilharam Israel e a Arábia Saudita, os principais inimigos do Irã.
Se fosse tão fácil conseguir dobrar o Irã, com a simples liberação de alguns bilhões de dólares de seu próprio dinheiro, porque administrações passadas não o fizeram?? Porque todas as administrações passadas, desde a tomada da embaixada americana em 1979 chegaram à conclusão que o preço de uma relação com Teherã era simplesmente alto demais e incluía vender todos seus demais aliados. E isso causaria a perda da credibilidade da América ao redor do globo.
Em outras palavras, para gozar de um relacionamento com o Irã, os Estados Unidos teriam que abandonar Israel, o Egito, a Arábia Saudita, o Iraque, a Jordânia e todos os outros países do Golfo Árabe, do Kuwait aos Emirados.
E é exatamente isso o que está acontecendo. Obama não é candidato à reeleição. Ele não se importa com o que acontecerá depois dele. Ele poderia muito bem repetir o que disse Luis XV da França: Depois de mim, o dilúvio! Quem perdeu a credibilidade não foi ele, foram os Estados Unidos. Quem ficou irremediavelmente enfraquecida diplomaticamente e perdeu a liderança cultivada por mais de duas décadas foi a América. A prova disto é vermos seus aliados tomarem seus próprios rumos pois não mais confiam que o Tio Sam virá em seu socorro.
Vários países em tumulto estão se voltando para a Russia e a China para a compra de armas e hoje há rumores que Israel estaria ativamente trabalhando com a Arábia Saudita para um possível ataque ao Irã.
As cenas da América ao lado de Israel nos últimos 45 anos  em face ao ódio árabe parece que chegaram ao fim. Mas chegaram ao fim pelas próprias mãos da América que deliberadamente decidiu bombardear sua aliança com o Estado Judeu.
E como disse na semana passada, este processo também gerou uma carta branca para os palestinos aumentarem a violência e não fazerem qualquer concessão que permita um acordo com Israel. Um recruta foi morto enquanto dormia num ônibus esta semana por um palestino de 16 anos e três irmãos foram indiciados pela chacina de um coronel aposentado. Os irmãos declararam que mataram o sexagenário como um “presente” para suas famílias.
Por um lado, é muito desencorajante ver os judeus americanos, ainda enamorados de Obama, dizerem que Netanyahu quer trazer o apocalipse e que teria que ser mais flexível para permitir um acordo com o Irã.
Por outro lado, a única maneira de salvar a liderança da América hoje seria uma ação do Congresso para endurecer as sanções contra o Irã e porque não, aprovar ajuda econômica para as comunidades judaicas  além da linha verde em desafio às sanções europeias. Isto mostraria que as ações radicais de Obama não representam a vontade do povo americano e talvez assim, o próximo presidente possa restaurar a sanidade à política exterior dos Estados Unidos.

Se o Congresso tomar esta iniciativa, salvaguardará talvez um mínimo de credibilidade da América para dar uma chance à próxima administração recuperá-la. Até lá só teremos que contar os dias para Obama sair da Casa Branca.

Monday, November 11, 2013

O Fim da Duplicidade de Kerry - 10/11/2013

Até esta semana, a maioria da opinião mundial era que o Secretário de Estado americano John Kerry era um cara legal. Ingênuo, mas legal. Seu otimismo contagioso nos deu a impressão, desde o começo do ano, que um acordo de paz com os palestinos era iminente.

Mas nesta última terça-feira, para horror dos israelenses, descobrimos um novo Kerry. Numa entrevista para as televisões de Israel e palestinas, Kerry se mostrou antipático, ameaçador, preconceituoso, abstraído à falta de confiança transmitida pelos líderes palestinos e perigosamente cego à situação explosiva que ele mesmo está criando.

Repetindo a linha palestina, Kerry não mostrou qualquer apreciação pelas posições de Israel ou às suas preocupações, além de uma vaga alusão à “segurança” do Estado Judeu.

Mas ele foi direto e específico sobre Israel ficar isolado e sobre uma terceira intifada se Israel não permitir a rápida criação de uma “Palestina inteira” e der fim à “ocupação” da Judeia, Samaria e Jerusalém. Isto é o que chamamos de profecia auto-realizável.

É muito possível que os palestinos usem o colapso das negociações como uma desculpa para mais violência. Mas a verdade é que eles nem esperaram o colapso para voltarem a atacar israelenses como vimos nas últimas semanas. E agora, eles têm o selo de aprovação do Secretário de Estado americano.

Kerry finalmente colocou na mesa a visão de Obama  sobre Israel. Esta visão prega que se o estado judeu não sucumbir à todas as exigências palestinas e internacionais e se retirar completamente da Judeia, Samaria e Jerusalém, então os Estados Unidos se unirão à campanha de deslegitimar e isolar Israel.

Na prática Kerry está dizendo aos palestinos para se assegurarem que as negociações falhem e então Israel será forçada a capitular em tudo. Agora os palestinos sabem exatamente o que fazer. Eles nunca quiseram se limitar à um mini estado,  como caracterizado pelos negociadores palestinos Saeb Erekat  e Ahmad Khalidi. O que eles sempre quiseram foi a palestina do rio Jordão ao Mediterrâneo e a ilegitimidade de Israel, juntamente com a campanha de afunda-la demograficamente e oprimi-la diplomaticamente.

Estrategicamente não há qualquer boa razão para os palestinos aceitarem qualquer acordo com Israel. Mahmoud Abbas seria tolo se aceitasse limitar as ambições palestinas quando tudo está indo tão bem para o seu lado. O boicote da União Européia, a clara mostra de partidarismo da América, seu reconhecimento na ONU, enfim, estão conseguindo levantar todo o mundo contra Israel. Se Abbas assinar um acordo de paz, estaria conferindo a legitimidade que Kerry diz Israel está perdendo...

Assim os palestinos estão mantendo suas exigência máximas para empurrar Israel para o canto da punição americana, para o isolamento que tanto “preocupa” Kerry e ao final conseguir ainda mais concessões.

A investida de Kerry na mídia irá somente encorajar a intransigência palestina e tirar o processo de paz de qualquer cenário realista.

Nos últimos 30 anos, os israelenses mudaram suas visões sobre o conflito com os palestinos de modo radical. Foram de negar a criação de um estado palestino, à reconhecer suas aspirações nacionais. De insistir na soberania e controles exclusivos de Israel sobre a Judeia, Samaria e Gaza a aceitar um estado palestino desmilitarizado nestas áreas. Israel já evacuou Gaza, permitindo a ascensão de um governo palestino na Faixa e lhes transmitiu o governo de mais de 95 porcento dos residentes da Judeia e Samaria. Israel fez 3 ofertas concretas de criação de um estado palestino à Autoridade Palestina.

A resposta palestina a tudo isso foi se manter absolutamente irredutível em suas demandas por mais absurdas que sejam, como inundar Israel própria com 5 milhões de palestinos refugiados e continuamente ameaçar mais violência se tais exigências não forem aceitas.

Esta política de só colocar pressão em Israel não funciona. Se funcionasse, já teríamos um acordo há muito tempo. Isto porque Israel está lutando por sua sobrevivência e não pode comprometer sua segurança para agradar uma comunidade internacional que de fato, gostaria de vê-la destruída.

Se esta política não funciona, por que não mudá-la??? Por que não passa pela cabeça dos líderes mundiais colocarem pressão sobre os palestinos para variar? Por quê é tabu atacar suas  exigências maximalistas?

Kerry deveria estar limitando as expectativas palestinas para trazê-los à um compromisso. Deveria reconhecer publicamente os laços históricos do povo judeu com a terra de Israel, incluindo a Judeia, Samaria e especialmente Jerusalém e a legitimidade de sua presença no Oriente Médio como um estado judeu.

Kerry deveria estar dando entrevistas à imprensa exigindo que os palestinos renunciem ao direito ao retorno dos seus “refugiados” para dentro de Israel própria e acabem de uma vez por todas com sua política de glorificação de homens-bomba e de fabricantes de mísseis que têm como único propósito matar civis israelenses. Kerry deveria sem dúvida condenar a propaganda anti-semita e anti-Israel que permeia as ondas de rádio e televisão palestinas.

E deveria deixar claro aos palestinos que se eles não aceitarem um compromisso com Israel, o mundo ficará do lado do estado judeus e não tolerará a violência  que estão prometendo.

Em vez disso, Kerry escolheu lançar um ataque frontal a Netanyahu e a todos os israelenses que de acordo com ele, “teimosamente se sentem seguros e estão indo bem economicamente”, reavivando noções anti-semitas que judeus só pensam em dinheiro.
Nesta situação perguntamos, o que pode fazer Israel??

O ex-embaixador de Israel na ONU, Dore Gold, publicou um artigo interessante esta semana dizendo que é preciso lembrar ao mundo o que manda a resolução 242 da ONU. Esta é a famosa resolução aprovada logo após a guerra dos 6 dias, que fala sobre a retirada de Israel de territórios conquistados. A batalha sobre a linguagem desta resolução não foi apenas um exercício de legalês mas algo necessário pois todo o mundo na época concordava que a linha de Armistício de 1949 era inaceitável e deixaria Israel para sempre vulnerável a ataques.

Assim a cláusula recomendou a retirada de territórios levando em conta as necessidades de segurança das partes. Sem entrar no mérito de Israel e judeus terem o direito histórico, legal e moral à Judeia, Samaria e Jerusalém, Israel tem que cobrar do mundo o que ele próprio decidiu há 46 anos atrás. 

Enquanto o mundo e o Sr. Kerry estão livres para expressarem sua opinião, se gostam ou não de Israel ou de judeus, não estão livres para modificarem os fatos históricos. Estes são os fatos e ponto final.


Não seria uma estratégia definitiva mas se Israel ficar firme em seus direitos e convicções, mandará uma poderosa mensagem. E na situação em que estamos, isto seria pelo menos um bom começo.