Friday, November 28, 2014

Massacre em Jerusalém - 23/11/2014

Durante as preces da manhã numa sinagoga em Jerusalém na última terça-feira dois palestinos com intenção de perpetrarem um massacre entraram armados de facas, machados e revolveres. Eles conseguiram matar quatro rabinos e um policial druzo antes de serem mortos pela polícia.  

Imediatamente este ato foi reportado como vingança pela morte de um motorista de ônibus árabe, que trabalhava para uma companhia israelense. Só que depois da autópsia, presenciada por um patologista árabe, foi confirmado que o motorista se havia suicidado. Nos canais árabes, seus pais insistiram que ele havia sido morto por judeus.  Tumultos em todo o país se seguiram.

É compreensível que pais se recusem a acreditar que seu filho tenha cometido suicídio. Mas o que aconteceu com a mídia depois foi um verdadeiro circo. Especialmente nos maiores canais como CNN, BBC e CBS. A CNN começou com a manchete “4 isralenses e dois palestinos mortos em Jerusalém”. Isto é o mesmo que dizer “3 mil americanos e 8 sauditas morreram em Nova Iorque em 11 de setembro”. Há uma ética em jornalismo e não se equaliza as vítimas aos terroristas.  Logo depois, como para “concertar”, a CNN publicou que as mortes ocorreram num ataque a uma “mesquita” em Jerusalém.

A manchete da CBC foi que a “polícia de Jerusalém matou dois depois de um ataque aparente a uma sinagoga”. Nada sobre os judeus mortos. A BBC por sua vez, negou que os atacantes poderiam ser árabes. Sua manchete lia que a “Sinagoga de Jerusalém atacou e matou quatro israelenses”. Quando o ministro Naftali Bennett foi entrevistado e quis mostrar a foto de um dos rabinos mortos, o entrevistador da BBC pediu a ele para ele guarda-la, pois ninguém queria vê-la.

O único canal que transmitiu a festa que explodiu em Gaza, Ramallah, Belem e outras cidades palestinas, depois do massacre foi a FoxNews. Aliás que ao que parece, deixou de ser transmitida no Brasil.

Há meses que os árabes, incitados por discursos de Mahmoud Abbas e outros perpetram atos de terror. Abbas está se retirando da vida política e não conseguiu deixar qualquer legado histórico. Ele não fez a prometida paz e nunca foi o grande terrorista como Yasser Arafat. Ele nunca conseguiu sair da sombra de seu antecessor. Sua única arma para deixar qualquer marca histórica é o elemento religioso e com ele, pode atear o fogo em toda a região. Ele quer ser lembrado como o defensor dos lugares santos muçulmanos mas entrará para a história como aquele que incendiou Jerusalém.

De acordo com seus discursos, para Abbas a mera presença de um judeu em Jerusalém é um ato contra o Islão. Eles querem comparar a capital de Israel a Mecca aonde nenhum não- muçulmano pode entrar, nem mesmo na periferia. A televisão palestina oficial repete diariamente em programas de crianças, noticiários e variedades que os judeus são descendentes de porcos e macacos e portanto sua mera presença impurifica, mancha os locais santos muçulmanos.

Não só isso, mas eles agora também invocam o direito de dizer que judeus também não podem entrar nas igrejas cristãs para não suja-las com sua presença.

Há anos Yehuda Glick, uma pessoa gentil, amiga de todos, judeus, muçulmanos e cristãos, prega somente uma coisa: o direito de todos de subirem ao Monte do Templo e rezarem ao Senhor. Abbas denunciou seus esforços e quase o assassinaram há algumas semanas atrás. Hoje é um pecado rezar para Deus. No Monte do Templo ou em uma sinagoga em Jerusalém.

Esta alegação que o Monte do Templo e a Mesquita al-Aqsa é “santa” é pura falácia. Os palestinos hoje fazem picnics no lugar. Meninos árabes usam a explanada para jogarem futebol, usando os arcos do Domo Dourado como gol. Dentro da mesquita eles empilham armas e granadas. No último confronto quebraram os adornos de madeira para usarem como bastões contra a polícia. Queria ver algum deles ousar fazer tais coisas na Caaba em Meca.

Tudo isso tem a ver mesmo com o Jihad Islâmico global, a demonização e desumanização da pessoa do judeu, a negação da ligação dos judeus com o Monte do Templo, e por tabela, com Israel como um todo.

E inexplicavelmente o mundo inteiro, aceita a versão dos fatos apresentadas pelos palestinos! E os governos do ocidente que deveriam denunciar o racismo palestino, a inflexibilidade nas negociações e as declarações puramente mentirosas como Israel estar expulsando os palestinos da mesquita para reconstruir o Templo em seu lugar, continuam a condenar Israel.

Mas como fazer para restaurar o poder de dissuasão de Israel? Desde os acordos de Oslo, os palestinos têm visto todas as concessões israelenses como sinais de fraqueza. Ninguém espera que jovens que foram educados na convivência pacífica cometam massacres. Estes sinais de fraqueza foram a luz verde para os líderes palestinos criarem gerações de crianças e jovens na cultura da morte e do martírio.

Da transferência de controle sobre a população palestina nos centros populacionais da Judea e Samária, à expulsão forçada dos judeus de Gaza, à repetida libertação de terroristas das prisões, à contínua transferência de centenas de milhões de shekels em impostos para a Autoridade Palestina, à não cobrança de eletricidade e água que Israel continua a fornecer a Gaza, Israel tem mostrado a cada momento que em vez dos palestinos serem punidos por matarem judeus, eles serão recompensados por suas atrocidades.

Israel em grande parte é limitada no que pode fazer. A União Européia e a administração Obama estão obcecados com a idéia de fortalecer os palestinos contra Israel independente do que está acontecendo na região.

Somente algumas horas depois do massacre na sinagoga em Jerusalém, o parlamento espanhol decidiu de prosseguir com uma votação para reconhecer o “estado da Palestina”. Claramente os espanhóis não se importam quem são os palestinos ou as atrocidades que cometem. Por suas próprias razões internas, inclusive a grande população árabe imigrante no país, eles decidiram que seu apoio aos palestinos está no topo de suas prioridades.

Do mesmo modo, a condenação de meia boca expressada pelo presidente Obama seguido ao massacre que custou a vida de três americanos, reflete a mesma ideologia. Com os corpos ainda quentes, Obama pediu para ambos os palestinos e israelenses para se conterem.

Mas logo depois, Obama não conseguiu conter sua hostilidade patente contra Israel. Quando Netanyahu anunciou a destruição das casas dos terroristas e a construção de mais moradias em bairros judeus de Jerusalém, o Departamento de Estado americano foi rápido em condenar e rejeitar o direito dos judeus de construírem em sua capital.

Interessante para os ouvintes saberem que esta ideia de destruir casas de terroristas não foi nunca de Israel. De fato, esta é uma lei do Mandato Britânico que os ingleses usavam contra os judeus nacionalistas. E como Israel não pode mudar a lei dos locais considerados “ocupados”, então tem que aplicar esta punição. Mas como vimos, o mundo não quer saber destas legalidades ou ser lembrado que foram os ingleses que estabeleceram tal punição.

Foi ao mesmo tempo chocante e triste ver canais reputados de noticias como a CNN, a MSNBC, a CBS e a BBC fazerem de tudo para explicar o massacre na sinagoga como parte de um ciclo de violência levando sua audiência a acreditar que o ataque fora justificado. Para mim ficou demonstrada a devoção da mídia às narrativas mentirosas sobre a culpa de Israel como fonte absoluta de todos os problemas do Oriente Médio. Estes canais preferem destruir suas reputações profissionais do que falar a verdade.

E esta retórica é engolida pela elite americana e europeia fazendo qualquer passo que Israel tome para defender seu país e o direito de judeus de viverem em sua capital, seja rebatido com uma condenação automática e caluniosa.

Abbas pensa que está dando sua última cartada tentando virar a opinião pública contra Israel por uma suposta causa religiosa. Como se a reconstrução do Templo fosse o maior insulto. Os dois mil anos de preces no exílio foram para a reconstrução do Templo em Jerusalém não para ir às praias de Tel Aviv. Hoje judeus de todo o mundo estão voltando para a Terra Santa mas infelizmente a simples ideia de reconstrução do Templo é vista como uma loucura, um prelúdio para a terceira guerra mundial.  E apesar de Israel reiterar que o status quo não será mudado, o mundo inteiro está se levantando contra Jerusalém.


Estamos de fato vivendo a era do cumprimento das profecias. E se o profeta Isaias estiver correto, a reconstrução do Templo em vez de trazer a guerra, trará a paz. Ele diz que somente quando a Casa do Senhor estiver construída em seu Monte é que as espadas serão convertidas em enxadas e as flechas em foice e nenhum povo se levantará mais contra outro. Talvez precisemos pensar nisso. A ideia da reconstrução do Templo talvez não seja uma má ideia.

Monday, November 10, 2014

A Terceira Intifada - 09/11/2014

A pergunta feita nos últimos dias em Israel é se estamos frente a uma terceira intifada. Primeiro, um árabe terrorista tentou assassinar Yehuda Glick, um ativista pelos direitos de todas as religiões rezarem no Monte do Templo. Depois, em resposta à tentativa de apreensão seguida de morte do terrorista, Jerusalém se tornou palco de vários ataques de pedras contra carros israelenses e dois incidentes distintos em que árabes jogaram suas vans contra passageiros em pontos de ônibus matando dois.

A mídia retratou Yehudah Glick como um ativista de extrema direita. Quando muitos da esquerda israelense nunca tiveram qualquer relacionamento com palestinos, Yehudah mantém diálogo e amizades com árabes. Para ele, todos têm o direito de subir ao Monte do Templo e rezar para Deus. Muçulmanos, Cristãos e Judeus. Por isso ele foi chamado de Gandhi israelense. Alguém sábio, antiviolência e cheio de compaixão.

Mas a verdadeira questão é por que os palestinos resolveram começar uma intifada agora.

Por mais de uma década, aceitamos de olhos fechados que Mahmoud Abbas era o líder palestino mais aberto e razoável que os israelenses poderiam encontrar. O melhor parceiro para a paz; o moderado com o qual o grande acordo poderia ser feito. Israelenses se convenceram desta premissa e até hoje, a esquerda a defende.

Mas aí tivemos o Abbas, que simplesmente levantou da mesa de negociações depois de Ehud Olmert lhe ter oferecido 96% de todo o território conquistado por Israel em 1967 e mais 4% em troca de terras, inclusive metade de Jerusalém e temos Abbas que recusou negociar com Benjamin Netanyahu mesmo depois de ele ter congelado todas as construções na Judéia e Samaria por 10 meses.

Aí houve vazamentos que Abbas teria feito um acordo sobre o número de refugiados que retornariam para Israel própria, sobre Jerusalém e fronteiras. Imediatamente Abbas negou que tal acordo tivesse sido alcançado e desde então, ele assumiu a postura agressiva e falsa de todos os maximalistas palestinos – a postura mais longínqua possível de um parceiro da paz.

Desde então Abbas tem usado todos os fóruns internacionais para vomitar sua retórica extremista contra Israel, procurando criminalizar o estado judeu. Quando ele fala aos palestinos ele legitima e glorifica o terrorismo como resistência justificada. Ele se aproximou do Hamas e do Irã, explicitamente rejeitando qualquer compromisso nos assuntos-chave que poderiam levar a um acordo de paz com Israel.

Suas passagens nas Nações Unidas atestam para seu radicalismo.  Em 2011, na Assembléia Geral ele chamou Israel de “brutal”, “agressiva”, “racista”, “apartheid”, “horrenda” e uma ocupadora militar “colonial”. Acusou Israel de limpeza étnica e de assassinar civis palestinos com artilharia e força aérea.

Ele ainda declarou que a exigência de Israel de ser reconhecida como um estado judeu iria “transformar o conflito regional num conflito religioso e ameaçar o futuro de 1.5 milhão de palestinos cristãos e muçulmanos, cidadãos israelenses”. Ele falou sobre o elo histórico dos cristãos e muçulmanos à Terra Santa, mas negou que existisse qualquer elo dos judeus. E ao falar de 63 anos de ocupação, ele abriu o jogo. Para ele, não é só a ocupação a partir de 1967, mas a decorrente da criação do Estado de Israel.

Em 2012 Abbas procurou forçar o mundo a declarar seu estado “Palestina” sem chegar a um acordo. Ele pediu à comunidade internacional para “impor uma solução” mais uma vez acusando Israel de “limpeza étnica”, “terrorismo”, “racismo”, “incitação” e “apartheid”.

Em 2013, novamente na Assembleia Geral, Abbas disse que Israel estaria preparando uma nova “nakba” contra os palestinos. Ele pediu para a ONU penalizar a própria existência de Israel como uma força ocupadora em todo o território palestino e ameaçou pedir seu indiciamento na Corte Penal Internacional.

Subsequentemente, Abbas jurou nunca reconhecer Israel como o estado nacional do povo judeu, de nunca desistir do chamado “direito do retorno” dos palestinos a Israel própria, de nunca aceitar o controle da segurança de Israel no Vale do Jordão, de nunca aceitar que qualquer judeu viva na Judéia ou Samaria e de nunca aceitar a soberania de Israel sobre qualquer parte da Cidade Velha de Jerusalém, incluindo o Muro das Lamentações.

Em setembro deste ano, Abbas foi mais uma vez para a ONU acusar Israel de genocídio dos palestinos de Gaza, nunca mencionando as centenas de mísseis lançados em Israel. Abbas disse que em vez de concertar uma “injustiça histórica” cometida em 1948 com a Nakba (note 1948 e não 1967), Israel teria cometido “crimes de guerra absolutos” e imposto um “estado de terror”. Para ele, os judeus teriam que revogar a criação do estado de Israel em 1948 para retificar o que ele chama de “injustiça histórica”.

Mesmo Tzipi Livni foi forçada a reconhecer este discurso como “horrível”. O Departamento de Estado americano declarou o discurso “imprestável” e “preocupante”, mas não censurou Abbas como se apressa a fazê-lo com Israel.

Abbas está chegando ao final de sua liderança e quer deixar um legado qualquer. Ele decidiu que será lembrado como um herói político e religioso que liderou a revolta palestina para defender a mesquita de Al-Aqsa no Monte do Templo.

Para chegar a este objetivo, Abbas tem conclamado e incitado os palestinos a promoverem violência em Jerusalém. Em 17 de outubro na rede de televisão oficial palestina ele disse que “os palestinos precisavam prevenir de todas as formas que os colonos entrassem no Nobre Santuário. Que os judeus não têm nenhum direito de entrar e profana-lo. Precisamos confronta-los e defender nossos lugares santos”. Como se Israel tivesse tomado o Monte do Templo. A linguagem usada é muito esclarecedora. Abbas se refere aos “colonos” que “profanam” o Monte do Templo.

Seguindo ordens de Abbas, o ministro do exterior palestino espalhou rumores mentirosos sobre planos israelenses de destruir ou de “judaizar” a mesquita de Al-Aqsa, o que quer que isso seja. “Ele disse que os planos incluíam recrutar colonos para tomarem a mesquita e realizar seus “rituais talmúdicos” no local”. Rituais talmúdicos é a forma jocosa com a qual os palestinos se referem às preces dos judeus, em seu lugar santo.

Era inevitável que algum palestino decidisse matar Yehudah Glick, o advogado-mor da liberdade de culto no Monte do Templo. A retórica de Abbas foi diretamente responsável por este ataque, dando-lhe a aprovação presidencial. Abbas e não Israel tem hoje interesse de transformar o Monte do Templo no campo de batalha entre o estado judeu e o mundo árabe.

No dia 1º de novembro, Abbas escreveu uma "carta de encorajamento e apoio" à família de Moatez Hijazi, o terrorista que tentou assassinar Glick. Ele chamou Hijazi um mártir que teria ascendido ao céu ao defender os lugares santos muçulmanos. Abbas descreveu a morte de Hijazi como um "crime abominável" cometido por uma "gangue de terroristas do exercito israelense de ocupação". Só para esclarecer, a família Hijazi é originária do Hejaz, na Arábia Saudita e não é palestina.

Abbas está se distanciando de qualquer compromisso, está encorajando a violência, está venerando terroristas e promovendo a criminalização de Israel internacionalmente mas para o mundo, a esquerda israelense e administração Obama ele continua a ser o modelo para a paz . O que será necessário para acordar esta gente e faze-los procurar outras opções?

Esta é uma questão importante por uma razão histórica simples. Israel sofreu o mesmo tratamento por Yasser Arafat durante os acordos de Oslo. Na época a administração Clinton também fechou os olhos para a incitação, o antissemitismo e o patrocínio de ataques terroristas por Arafat. Tudo era válido para manter o processo de paz.

Os que denunciavam as ações de Arafat eram chamados “inimigos da paz”. Suas ações eram apenas para “consumo interno” e o mundo precisava se concentrar em avançar o acordo de paz. O mesmo processo patético que está se repetindo com Abbas.

O extremismo é ignorado, a obstrução rejeitada e críticos são ostracizados. Mas nesta semana, Abbas se desmascarou a si próprio. Ele não se importa com a vida dos palestinos. Eles são apenas peões de uso pessoal de alguém que nunca pretendeu criar qualquer estado. No final de sua carreira Abbas quer entrar para a história como Nero, um imperador que pereceu nas chamas da cidade que ele próprio incendiou.

Monday, October 20, 2014

Kerry e a Mentirosa Ligação entre o Estado Islâmico e Israel

No seu último discurso na ONU, o presidente Obama enfatizou mais de uma vez que o ocidente não está em guerra com o islamismo. Que a América nunca declararia guerra ao Islamismo. Isso como se dependesse dele ou dos Estados Unidos declararem guerra a uma religião para que ela existisse.

O que Obama não levou em conta foi a declaração de guerra do islamismo contra o ocidente, contra o cristianismo, e não precisamos nem falar do judaísmo. Para o Estado Islâmico membros de outras religiões como o budismo, xintoísmo, zoroastrismo, religiões africanas são todos pagãos, a serem convertidos, mortos ou escravizados.

O sucesso do Estado Islâmico até agora se deveu às suas estratégias de recrutamento, usando a internet, efeitos visuais, promessas de recompensas, além dos sucessos militares. Hoje o Estado Islâmico domina uma região maior que a Bélgica, rica em petróleo e seus terroristas estão às portas da capital do Iraque - Bagdá.

A capa da última edição da revista Dabiq, trás uma foto do Vaticano com a bandeira negra hasteada na Praça de São Pedro. No artigo, em inglês, o Estado Islâmico declara que não descansará até que isso aconteça. Na mesma edição eles trazem um artigo defendendo a escravidão especialmente das mulheres Yazidis do Iraque.

Em toda a revista, Israel não é mencionada. O Estado judeu, para eles é somente um pequeno obstáculo que deverá ser eliminado sem muito esforço. Seu objetivo é a dominação do mundo e a imposição de um califado global aonde a humanidade inteira se tornará muçulmana. Os judeus e cristãos que recusarem a conversão viverão como cidadãos de segunda classe pagando tributo e se não puderem, serão escravizados ou mortos.

Em nenhum momento o Estado Islâmico invocou o problema palestino ou a libertação da palestina. Como disse, seu foco é a Europa, os Estados Unidos e o resto do mundo livre.

Por isso, foi chocante ouvir o Secretário de Estado americano nesta quinta-feira, numa celebração do festival muçulmano de Eid Al Adha, dizer que um acordo de paz entre Israel e os palestinos é vital para derrotar o Estado Islâmico. Kerry disse que ele viajou extensivamente do Oriente Médio e no curso das discussões sobre a coalisão americana contra o grupo terrorista, “não houve um líder que não levantou, espontaneamente, a necessidade de um acordo de paz entre Israel e os palestinos porque essa é a causa do recrutamento e do ódio e da agitação nas ruas”.

Kerry foi mais além dizendo que “as pessoas precisam entender a ligação entre a causa palestina e o ISIS. E tem a ver com humilhação e negação e a ausência de dignidade”. Kerry se referiu à humilhação imposta aos palestinos que são árabes muçulmanos pelos israelenses judeus.

Ainda vamos ver os judeus culpados pela Ebola e o Aquecimento Global.

Este é mais um exemplo da ignorância e amadorismo que permeia esta administração americana.

A controle parcial de Israel sobre a Judéia e Samaria, é isto o que leva milhares de jovens europeus e americanos a se juntarem ao Estado Islâmico?

A que humilhação Kerry está se referindo? Aos ganhos de Israel em 1967 ou o fato de que desde a criação do Estado judeu os árabes não conseguiram ganhar uma guerra?

Que humilhação tinham sofrido os árabes em 1929 quando saíram às ruas e massacraram mais de uma centena de judeus em Hebron e Safed? Ou entre1936 e 1939 quando se revoltaram e sistematicamente atacaram judeus? Que humilhação poderia ter dado a idéia a Yasser Arafat, um egípcio, criar a OLP em 1964, três anos antes de qualquer “ocupação” israelense na Judéia, Samaria ou Gaza?

Infelizmente, as declarações de Kerry são apenas um sintoma de um mal muito maior. O antissemitismo mais uma vez permeia o mundo, às vezes direcionado aos judeus, mas muito mais politicamente correto hoje, direcionado a Israel.

A Suécia, que até alguns anos atrás era o bastião da neutralidade e racionalidade, decidiu jogar os Acordos de Oslo no lixo. Não é mais necessário negociar, pois os suecos decidiram reconhecer o estado palestino. É claro que esta declaração não foi para realmente ter qualquer impacto no Oriente Médio. O novo primeiro ministro sueco herdou problemas econômicos homéricos, devidos à política liberal de imigração que a Suécia defende. Há dez anos, havia menos de 100 mil muçulmanos no país, hoje há mais de 500 mil. Cidades inteiras, como o porto de Malmo, foram assoladas por muçulmanos que impuseram sua lei e a polícia nem mais entra no lugar. Está claro que esta declaração foi para apaziguar os novos “suecos” e desviar a atenção do eleitorado aos problemas reais que o país está sofrendo.

Em seus passos seguiu a Inglaterra. Mais uma vez, o voto no parlamento inglês reconhecendo o Estado Palestino não deve ter qualquer consequência real, nem na região nem para o governo inglês. Mas é mais um passo em direção a deslegitimar o Estado judeu e avançar a causa antissemita.

Esta causa também foi abraçada pela mídia. O jornal The New York Times, em um editorial na semana passada disse que o voto britânico mostra a “falta de paciência da Europa com as políticas israelenses”.

Mais uma vez, como se a decisão de paz dependesse somente do Estado Judeu. O raciocínio é que todo o conflito resta sobre as terras “ocupadas” por Israel em 1967. Assim, se Israel se retirar para as linhas de armistício de 1949 haverá a paz. Só que este raciocínio está completamente errado.

Primeiro, o partido palestino com maior apoio popular, o Hamas, rejeita qualquer noção da existência de Israel. Em 2000 com Barak, e mais tarde com Olmert, Israel ofereceu dar aos palestinos 97% do território em questão e os outros 3% em trocas de terras. Ambas as ofertas foram rejeitadas.

Atos de terrorismo então se tornam justificáveis. O aclamado “moderado” Mahmoud Abbas glorifica terroristas, incita os palestinos à violência e rejeita a soberania de Israel sobre cidades como Tel Aviv, Haifa e Acco. Neste final de semana ele disse que proibiria a presença de qualquer israelense no Monte do Templo para não “impurificar” o local.

O que é isso se não antissemitismo?

Quando Israel tenta se defender dos mísseis do Hamas bloqueando material de construção, é acusada de “ocupar” Gaza e quando se defende dos milhares de mísseis lançados sobre seus civis é acusada de cometer “crimes de guerra”.

A verdade é que se os palestinos apoiassem líderes voltados para a construção e não para a guerra; se tivessem exigido o fim da corrupção e dos grupos terroristas; se quisessem realmente criar instituições e infraestrutura para um estado em vez de adquirirem armas e continuarem sua auto vitimização, a paz teria sido feita há muito tempo atrás.


Ao apoiar o reconhecimento da Palestina sem negociação, a Inglaterra, a Suécia e a mídia, estão ignorando tudo isso. Eles preferem culpar injustamente Israel pelo conflito e fechar os olhos para os palestinos que continuam a perpetuá-lo.


Thursday, October 16, 2014

O Novo Round Entre Obama e Netanyahu - 12/10/14

O mundo está degringolando para uma catástrofe.

Os bilhões de dólares jogados na ONU nos últimos 69 anos, para assegurar o “nunca mais” foram em vão. Os genocídios continuam. E não só há 20 anos em Ruanda ou na Bósnia. Estou falando de hoje. O silêncio do mundo para o massacre que irá ocorrer a qualquer momento em Kobani na Síria é ensurdecedor. E não há um líder do mundo disposto a salvá-los.

A Turquia está ajudando os terroristas do Estado Islâmico a chacinar os curdos na Síria, porque os curdos querem a independência. Os soldados turcos não só ficam olhando para o avanço destes bárbaros a meio quilómetro de distância, mas impedem outros curdos de atravessarem a fronteira para lutarem ao lado de seus conterrâneos e salvarem os civis da cidade. Na semana passada vimos mais decapitações inclusive imagens horrendas de crianças de 2 anos decapitadas por estes energúmenos.

O pedido de ajuda dos Estados Unidos à Turquia contra o Estado Islâmico foi respondido com evasivas e exigências. Como membro da OTAN a Turquia tem a obrigação de contribuir com tropas e equipamento. O renomado professor de direito de Harvard, Alan Dershowitz defendeu neste final de semana a expulsão da Turquia da OTAN.

A Turquia não é estranha à limpeza étnica. Os turcos massacraram os Armênios em 1915, invadiram e expulsaram os gregos do norte de Chipre em 1974, e têm o costume de reprimir violentamente qualquer manifestação de nacionalismo dos curdos. Apesar deste currículo a Turquia tem o descaramento de condenar Israel pelo tratamento dos palestinos e exigir desculpas do Estado Judeu por suas ações contra o navio Mavi Marmara que levava ativistas e terroristas turcos dispostos a furar o bloqueio naval imposto por Israel a Gaza, de acordo com a lei internacional.

Por outro lado, temos uma crise com a Ebola e um segundo caso já foi confirmado nos Estados Unidos. Mesmo sem ter a preparação e medicação suficientes para combater uma epidemia, Obama decidiu que não irá suspender os voos vindos dos países afligidos pela doença. Lembram quando Obama mandou suspender todos os voos americanos para Israel porque um morteiro palestino aterrissou a uma milha do aeroporto Ben Gurion durante a guerra em julho?

Mas todas estas crises realmente não são importantes para o presidente americano. Ele está feliz participando “por trás” como ele mesmo diz. O que mais uma vez o fez agir foi a chance de condenar Israel. O fato de judeus terem comprado algumas propriedades de árabes no bairro de Silwan em Jerusalém e um projeto de expansão de um bairro do sul de Jerusalém com moradias para judeus e árabes ter passado um dos requisitos burocráticos. Esta foi a grande crise que ocupou a administração Obama na última semana.

Não é a primeira vez que esta administração critica Israel por planos de construção. Isto aconteceu quando Israel anunciou planos para construir na área E-1 de Maale Adumim em 2012, e quando deu permissão para construção um lote de terra dentro da municipalidade de Gush Etzion no mês passado. Nos dois casos, Israel engoliu as críticas.

Mas não desta vez.

Minutos depois de Netanyahu ter deixado a Casa Branca, o porta-voz de Obama Josh Earnest disse que “os Estados Unidos estão profundamente preocupados com reportagens de que Israel teria progredido com o processo de planejamento numa área sensível de Jerusalém do Leste.” Ele continuou dizendo que este passo é contrário ao objetivo de negociar um acordo permanente com os palestinos e manda uma mensagem inquietante se o projeto de construção for à frente”. O porta-voz avisou que este projeto de moradias “só trará condenações da comunidade internacional e distanciará Israel de seus aliados mais próximos, irá envenenar a atmosfera, não só com os palestinos mas com os governos árabes com os quais Netanyahu diz querer estabelecer relações e colocará em questão o comprometimento de Israel com a negociação pacífica de um acordo com os palestinos”. Sobre Silwan, o porta-voz condenou a “ocupação de moradias residenciais no bairro palestino em Jerusalém do Leste – perto da cidade velha – por indivíduos associados a uma organização que tem como objetivo aumentar as tensões entre Israelenses e palestinos”.

Wow! Tudo isto!! Não falaram tanto sobre o Estado Islâmico ou a Ebola!

A resposta de Netanyahu foi rápida e mordente. Em entrevistas a jornalistas israelenses e aos maiores canais de televisão americanos, o próprio primeiro-ministro e não alguém de sua administração, respondeu com um tom inequívoco e pouco diplomático que a administração americana deveria se informar melhor antes de criticar Israel. Sobre o projeto, ele esclareceu que uma grande porção dele era moradia para árabes e sobre Silwan ele rejeitou de modo categórico a premissa de que árabes têm o direito de comprar qualquer propriedade na Capital mas os judeus não.

Para Andrea Mitchell do MSNBC Netanyahu disse estar “chocado com a condenação americana e para a CBS ele disse que a crítica não refletia os ‘valores americanos’”. Ele disse que árabes do leste de Jerusalém, palestinos, compram milhares de apartamentos em bairros judeus no lado oeste da cidade. Ninguém diz para eles que eles não podem. Seria um escândalo nos Estados Unidos se em algum lugar houvesse uma lei proibindo judeus de comprar apartamentos.

Netanyahu continuou dizendo que “a ideia de impor uma limpeza étnica como condição para a paz, é um princípio que não pode ser tolerado. Deve ser condenado”.

Netanyahu é conhecido por sua ponderação e compostura. Ele sempre escolhe suas palavras com cuidado e nunca se altera em público.

Então por que esta resposta repentina e abrupta do Primeiro-Ministro que só fez irritar a Casa Branca? Por que ele decidiu comprar esta briga?

Porque a questão central aqui é Jerusalém. E Jerusalém é diferente. A sua mensagem não foi somente para Obama, mas para o povo americano e para os Europeus. Jerusalém é única porque é o coração e alma do povo judeu.

Esta foi a linha vermelha que Netanyahu traçou deixando claro que no seu comando, a cidade se manterá a capital indivisível do povo judeu e ele não irá se desculpar por, como acusam os árabes, de “judaizar” Jerusalém.

Netanyahu explicou que Silwan foi de fato, um bairro criado por judeus iemenitas, que tiveram que fugir dos massacres dos árabes. As casas destes iemenitas ainda existem e são hoje habitadas por árabes.

Netanyahu sabe que a maioria dos israelenses o apoia neste ponto. Mesmo os partidos de esquerda. Ele ganhou as eleições em 1996 contra Shimon Perez com o slogan que Perez dividiria a cidade.

Alguns perguntaram como pode Netanyahu desafiar de modo tão público os Estados Unidos, especialmente agora que Israel precisa do veto americano contra as tentativas de declaração do Estado Palestino na ONU. A resposta é simples.

Netanyahu realmente acredita o que diz sobre Jerusalém. Como um verdadeiro, ele colocou seus princípios acima da política, da diplomacia e da conveniência. Obama deveria aprender com ele e criar uma espinha dorsal para variar.

Mas Obama não se cansa de bater na mesma tecla e insanamente espera um resultado diferente. John Kerry está novamente na região tentando reiniciar as negociações entre Israel e os palestinos.

Em março Obama deu uma entrevista citando o sábio Hillel como para provar que Israel estava sem tempo para chegar a um acordo com os palestinos. Ele disse: “se não agora, quando? E se não você, Senhor Primeiro Ministro, então quem?”. Só que Obama deveria ter lido toda a citação. Hillel começa dizendo “Se eu não sou por mim, quem será por mim?” A inação de Obama nas crises do mundo está causando e causarão ainda muitas mortes e muitas mortes de americanos.


Obama deveria pensar nisto antes de criticar o primeiro ministro de Israel que só está fazendo o seu trabalho de defender os direitos de seus cidadãos de viver em sua eterna Capital, Jerusalém.

Monday, September 29, 2014

Confraternizando com Tiranos - 28/09/2014

O tão esperado discurso de Obama nas Nações Unidas veio e passou. O presidente americano resolveu se concentrar na situação da Ucrânia e mais uma vez exaltar o que ele chama de verdadeiro islamismo. O Islão que ele conhece é “uma religião de paz”. Em relação ao Estado Islâmico ele disse que “nenhum deus permite este tipo de terror”, de estuprar meninas, crucificar crianças cristãs, matar minorias de fome ou enterradas vivas, assassinar em massa os capturados, decapitar inocentes e distribuir os vídeos para chocar o mundo.

Se o presidente fosse muçulmano ou um estudioso das religiões, ele poderia até ter as credenciais para fazer tais afirmações.  De fato, quem tem as credenciais para decidir o que é ou não islâmico, tristemente é o autoproclamado califa do E.I., Abu Bakr al-Baghdadi que tem mestrado e doutorado em estudos islâmicos.

Para provar que a América não está em guerra contra o Islão, Obama decidiu honrar o Sheik Abdallah Bin Bayyah que disse que era preciso “declarar a guerra à guerra para que o resultado fosse a paz sobre a paz”. Ele parece ter esquecido que este Sheik em 2004 era vice-presidente de um grupo radical que emitiu uma fatwah contra os soldados americanos conclamando os muçulmanos a mata-los no Iraque. Esta é a segunda vez que Obama cita este Sheik sendo que na primeira vez em março, o Departamento de Estado emitiu desculpas pelos elogios feitos à ele.

Obama não mede esforços para minimizar as críticas ao islão. Ele sequer ouve o que dizem seus próprios conselheiros. Um deles, o diretor executivo do Conselho das Relações Americanas-Islâmicas, Nihad Awad, afirmou  esta semana na Fox News que é errado falar em islamismo radical ou moderado. Tudo é o mesmo islamismo!

E acreditamos que ele esteja certo. Por isso é tão chocante ver a foto do Secretário de Estado Americano John Kerry todo sorridente ao lado dos líderes árabes da Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Bahrain estampada nos jornais americanos. Cinco anos depois do discurso no Cairo, Obama quer formar uma aliança contra o Estado Islâmico com os regimes mais despóticos, atrasados e chauvinistas da face da terra. Os valores democráticos Americanos foram devidamente enviados ao espaço a título de conveniência.

Estes sheiks que têm dúzias de esposas e centenas de filhos, vivendo em total reclusão passam suas sextas-feiras assistindo amputações e decapitações de supostos criminosos por crimes como “bruxaria”. Em alguns destes países mulheres não podem dirigir um carro e nem mesmo sair de casa sem estarem acompanhadas e supervisionadas por um homem de sua família.

E Obama os exalta como o “futuro do Oriente Médio”. Mas não é só a América. Fotos da ex-representante da União Europeia em assuntos estrangeiros, Catherine Ashton, sorrindo, brincando e se aconchegando ao ministro do exterior do Irã Mohammad Javad Zarif abundam na internet. O mesmo Irã que enforca gays em guindastes, que condena a morte qualquer um que se converta ao cristianismo e que recentemente condenou seis jovens que colocaram sua versão da canção Happy do Pharell Williams a seis meses de prisão e 91 chibatadas cada um - por ser anti-islâmico.

Como é que isso acontece? Como é que líderes do ocidente não só toleram estes regimes terríveis, mas apreciam a companhia destes tiranos com as mãos cheias de sangue? Como é possível que os bastiões da democracia, aqueles que defendem a igualdade para as mulheres, que se orgulham de participar de paradas gays, que aboliram a escravidão há mais de 200 anos e dizem lutar pela justiça social são os mesmos que sorriem ao lado dos que apedrejam mulheres suspeitas de adultério, continuam a praticar a escravidão e confiscam o passaporte de estrangeiros forçando-os a condições sub-humanas de trabalho?

No passado, líderes iam ao rádio ou à televisão e explicava ao povo, que a situação exigia dar a mão ao diabo para derrotar um mal maior. Foi assim com a aliança entre a América e a União Soviética para derrotar a Alemanha nazista. Mas hoje, vemos reverência, adoração, tolerância e até amor para com estes tiranos. Alguém esqueceu como Obama se curvou ao príncipe saudita em sua primeira visita ao reino?

Obama colocou ênfase no fato de que o ocidente hoje precisa dos sauditas e outros países do golfo pérsico, inclusive Qatar, o maior patrocinador destes grupos radicais, para derrotar o Estado Islâmico. A verdade é que estes países precisam mais do ocidente do que o inverso.

É o Ocidente que consome seu petróleo que mantêm seu luxuoso estilo de vida. Estes líderes sabem que não têm como se defender se atacados pelo Estado Islâmico e contam com o Ocidente também para isso.  O mínimo que podem fazer é pagarem por uma ou outra base de treinamento e autorizarem aviões de combate a aterrissarem em seu território.

O Irã por seu lado é suspeito de ter criado o Estado Islâmico pois até agora foi o único país que se beneficiou de seu avanço. Em troca de seu apoio, os Ayatollahs querem menos restrições ao seu programa nuclear. Mas hoje pode ser que o criador se torne vítima de sua criação. O Estado Islâmico efetivamente cortou a hegemonia Shiita que ia do Irã até a Síria e está sistematicamente destruindo todos os lugares santos da seita.
Será que seria muito pedir que em troca da ajuda militar do ocidente estes países introduzissem reformas e direitos civis?

No ocidente aprendemos os valores da democracia e de levantarmos a voz contra a tirania, mas falar qualquer coisa contra as práticas medievais destes Sheiks é ser islamofobico. Isso pode ofendê-los.

E daí? E se eles ficarem ofendidos? Temos que amordaçar a livre expressão com medo de manifestações violentas como as dos cartoons de Maomé?


Temos que parar de sermos hipócritas. De dizermos que somos pela democracia quando abraçamos líderes antidemocráticos. Temos que continuar a denunciar estas práticas medievais que hoje não mais estão longe de nós. Judeus são perseguidos na Europa e dois dias atrás uma americana em solo americano foi decapitada por um muçulmano. O mundo está cada vez mais selvagem e cheio de abusos e crimes contra a humanidade, mas alguns entre nós têm que preservar a memória do que poderia ser e esperar que tanto o Estado Islâmico quanto estes tiranos encontrem o destino que merecem.


Wednesday, September 17, 2014

Entre Políticos e Líderes - 14/09/2014

Parece que é um evento semanal. Num vídeo de 2 minutos e meio, intitulado “Mensagem aos Aliados da América”, o carrasco do Estado Islâmico, com o rosto coberto, mas falando um inglês perfeito com sotaque londrino, decapita mais um refém. Desta vez, o escocês David Haines, não era um jornalista, mas um voluntário que foi ajudar a população sofrida da Síria. No mesmo vídeo, o assassino ameaça matar outro refém inglês, se a Inglaterra continuar a apoiar os Estados Unidos.

David Cameron, primeiro ministro inglês imediatamente convocou uma reunião de emergência para chegar a uma estratégia, mas ao final, a política venceu: a Inglaterra não irá participar diretamente nas ações militares mas dará somente apoio logístico. Ele disse que estes não são muçulmanos mas monstros.

Obama também preferiu considerações políticas em sua resposta ao Estado Islâmico. Na quarta-feira, um dia antes do aniversário dos ataques de 11 de setembro, o presidente Obama disse que atacaria o grupo onde estivessem. Mas hoje, dias mais tarde, nada foi feito. Obama quis deixar claro que o que o Estado Islâmico prega, não é islamismo. Cameron disse islamismo é uma religião de paz. Mas nem um nem o outro explicam como tantos muçulmanos nascidos e criados no ocidente, com todas as vantagens, estão se juntando a este grupo aos milhares.

Obama e Cameron são políticos. Foi ao dizer o que o povo queria ouvir que eles foram eleitos. Mas ser um político bem sucedido está longe de ser um líder, alguém a ser lembrado pela história. Um verdadeiro líder nem sempre diz o que os outros querem ouvir. E um líder não se esquiva de tomar decisões difíceis, muitas vezes, até contra o que o seu eleitorado quer porque é o que ele acredita ser o certo.

Com o fim da segunda guerra mundial, não tivemos a necessidade de líderes como Churchill ou Roosevelt. Mas hoje, o mal está de novo à solta. Ele não se mostra como uma nação que quer dominar a outra por simples razões econômicas. Ele brande a bandeira da religião e justifica atos horrendos em nome de um deus.

E para combater este mal é preciso não só de coragem, mas de claridade moral para definir e reconhece-lo onde estiver.

Poucos no Brasil conhecem o senador americano Ted Cruz do estado do Texas. Cruz é filho de um imigrante de Cuba, que chegou aos Estados Unidos com 17 anos e lavou pratos para sobreviver. Seu filho Ted, com puro esforço pessoal, conseguiu entrar nas melhores escolas americanas inclusive em Harvard aonde se formou em direito. Ele é o próprio retrato do sonho americano.

Na quarta-feira Cruz também fez um discurso. Ele foi convidado a falar no jantar inaugural da organização Em Defesa dos Cristãos que se propõe a defender os direitos dos cristãos perseguidos no Oriente Médio.

Os organizadores do jantar provavelmente esperavam que Cruz iria falar da opressão sofrida hoje pelos cristão e a necessidade do Congresso americano trabalhar para defendê-los. Ele ganharia os esperados aplausos e iria para casa. Nenhum deles poderia imaginar que Cruz iria se referir ao antissemitismo que nutre muitos destes árabes cristãos.

Mas Cruz decidiu tomar o caminho mais difícil e falou duras verdades. Ele disse que aqueles que “odeiam Israel também odeiam a América e que aqueles que odeiam os judeus também odeiam os cristãos. E todo aquele que odeia Israel e o povo judeu não está seguindo os ensinamentos de Cristo.”  Ele continuou dizendo que os cristãos do Oriente Médio não tinham maiores amigos do que Israel e que o Estado Islâmico, al-Qaeda, Hamas e Hezbollah, junto com a Síria e o Irã eram todos partes do mesmo câncer, assassinando do mesmo modo cristãos e judeus. Ódio é ódio e assassinato é assassinato”.

A resposta da audiência foi uma grande vaia. Cruz disse que depois de alguns minutos ele não teve escolha e declarou que se aqueles cristãos não estavam do lado de Israel e dos judeus, então ele não poderia ficar do lado deles. Aí ele desceu do pódio e foi embora.

Esta foi a atitude de um verdadeiro líder. Ele poderia ter tomado o caminho mais fácil, ganhado aplausos, fama e apoio de mais esta comunidade, consolidando seu futuro político. Mas Cruz teve a claridade moral de reconhecer que é o mesmo islamismo que oprime e persegue os cristãos e os judeus e só a união destes que são perseguidos poderá trazer a vitória contra grupos como o Estado Islâmico. Esta claridade moral lhe deu a coragem de enfrentar aquela audiência de frente.

Em contrapartida, tivemos o discurso do presidente Obama que continua a manter a posição tomada em 2009 no Cairo. Nunca o presidente Obama mencionou o ódio dos muçulmanos aos infiéis, cristãos ou judeus. Em nenhum momento ele falou do radicalismo islâmico, patrocinado e  enaltecido nos países do Oriente Médio e em nenhum momento Obama falou do terrorismo islâmico ou da visão jihadista que levou à perda de tantas vidas inocentes.

Em vez disso, através de sua presidência, Obama negou a existência do jihad, sua ideologia, e o fato que esta força e não outra, estava moldando os eventos no mundo. E seu discurso da quarta-feira não foi uma exceção.

Obama deixou claro que não estava em guerra contra o islamismo. Que sua estratégia é de usar de operações contra-terroristas com o fez no Yemen e Somalia. Como se nestes países a estratégia teria funcionado. Hoje a Somalia é dominada pelo grupo Al-Shabab e o Yemen pela Al-Qaeda da Península Árabe. Também no Iraque e na Síria esta estratégia irá causar a derrota dos Estados Unidos.

O Estado Islâmico não é uma mera organização terrorista. Ele controla um território maior que a Bélgica, com cidades, poços de petróleo e muito dinheiro. Este grupo usa a mesma violência e terror que os bárbaros usaram para destruir o império romano.  Quando confrontado com exércitos, o grupo luta e ganha. Operações de contra-terrorismo não irão vencê-lo.

E apesar de dizer que os membros do Estado Islâmico são únicos em sua brutalidade, Obama se recusa a reconhecer a verdadeira natureza desta ameaça e confrontá-la. Ele acha que esta guerra não é sua, que ele foi eleito para retirar as tropas americanas e não enviar mais soldados para o Oriente Médio. E ele sabe que não será fácil conseguir o apoio de outros países contra o Estado Islâmico por causa da natureza ideológica do inimigo.


Obama não poderá liderar uma guerra até a vitória contra o jihad islâmico - que hoje ameaça a humanidade - porque ele simplesmente rejeita a claridade moral que lhe daria a coragem de fazê-lo. As pesquisas de opinião sobre a qualidade de sua liderança são as piores de todos os presidentes americanos. Nossa única esperança é elegermos alguém como Ted Cruz nas próximas eleições para que a claridade moral retorne ao seio da nação americana. 

Wednesday, September 10, 2014

Obama, o E.I. e o Politicamente Correto - 7/9/2014

Já sabemos que não há limites para a depravação do Estado Islâmico. Nesta semana, o grupo publicou novas imagens horrendas e brutais de seu tratamento de pessoas que não comungam de sua versão do islamismo. Primeiro, o grupo mostrou a execução de 250 soldados sírios depois de obrigados a desfilarem quase nus no deserto. Notem que estes soldados eram muçulmanos.

Em seguida, o grupo publicou as imagens de mais uma decapitação, desta vez de um soldado kurdo, também muçulmano. O vídeo intitulado: “Uma mensagem em sangue para os líderes da aliança kurda-americana” começa com 15 homens vestidos de laranja, como o E.I. gosta de vestir suas vítimas, suplicando por suas vidas ao presidente regional kurdo Massud Barzani.

Estes últimos vídeos não ganharam a atenção da mídia, pois, como sempre, muçulmanos trucidando outros muçulmanos não é notícia. Só quando judeus ou cristãos podem ser culpados ou vitimados.

Com estes vídeos, o E.I. continua a aterrorizar a população e os exércitos locais, ganhando mais terreno. A Jordânia anunciou que soldados do Estado Islâmico já se infiltraram no país. Os beduínos da Península do Sinai revelaram que estão sendo treinados por eles a perpetrarem ataques tanto contra o Egito, como contra Israel. E por falar em Israel, pelo menos 10 árabes israelenses se juntaram ao E.I. na Síria e um grupo de palestinos tirou uma foto no topo do Monte do Templo com a bandeira do grupo.

Do outro lado da moeda, temos Obama. Nesta semana ele conseguiu confundir os comentaristas dos maiores canais de notícias americanos como a CNN, MSNBC e FOX, com suas ideias sobre o Estado Islâmico. Na quarta-feira, falando da Estônia, Obama declarou que sua estratégia era claramente de degradar e destruir o grupo. Imediatamente em seguida ele disse que o objetivo era de “encolher a esfera de influência do Estado Islâmico, seu financiamento, sua capacidade militar, ao ponto de se torná-lo um problema gerenciável”. Em outros discursos ele disse que iria atrás dos responsáveis pela decapitação dos jornalistas até que justiça fosse feita.

Na mesma quarta-feira o vice-presidente Joe Biden, também falou do Estado Islâmico. Mas a sua foi uma mensagem totalmente desconectada da do seu chefe. Falando do estaleiro em Portsmouth, Biden disse que os Estados Unidos iriam atrás do ISIS até os portões do inferno!

Então qual é? É destruí-los, torna-los um problema gerenciável, segui-los até as portas do inferno ou prendê-los e julgá-los num tribunal qualquer??

Desculpem-me os politicamente corretos mas chegou a hora de dizer aonde está o problema.

Nós estamos lidando aqui com um problema religioso que Obama e sua administração veem como um caso de polícia.

Estes terroristas são fundamentalmente muçulmanos. Não somos nós no ocidente que queremos colocar o rótulo. São eles que decapitam, torturam, estupram, escravizam e querem criar um califado mundial eliminando os infiéis como nós, citando versos do Al-Corão. São eles que se chamam Estado Islâmico, Jihad Islâmico, ou Movimento de Resistência Islâmica como é o nome do Hamas.

Hoje todos os manuais de policia americanos e do FBI não incluem qualquer referência ao terrorismo islâmico. Em vez disso, o relatório do FBI sobre o que ameaça a América hoje, se limita a 8 grupos, incluindo anarquistas, separatistas negros, extremistas do meio-ambiente e de direitos dos animais, ativistas ante ou pró-aborto e nacionalistas porto-riquenhos. Isto apesar do ataque na Maratona de Boston no ano passado ter sido perpetrado por muçulmanos em nome do Islão.

Esta política tem diretamente a ver com a ideologia do presidente dos Estados Unidos. Ele acredita firmemente que o mundo está melhor por causa dele. No começo da semana passada ele chegou a dizer que a América está menos perigosa agora do que há 20 anos atrás, 25 anos ou 30 anos atrás, no mesmo dia em que a Inglaterra aumentava o nível de alerta no país. E que “a situação hoje não é nada comparável aos desafios da Guerra Fria” (????). Seu discurso chegou a alarmar um comentarista do Washington Post.

Parece que receber o Prêmio Nobel da Paz antes da hora e sem merecê-lo mexe um pouco com a cabeça. Ou ele não dá atenção aos relatórios de inteligência que recebe todos os dias ou ele não está vivendo neste planeta.

Mas como filho de muçulmano, tendo crescido num país muçulmano, Obama não esconde seu bloqueio em chamar estes islâmicos de terroristas. Para ele, eles têm que ser presos e trazidos perante um tribunal para serem julgados por crimes específicos como homicídio. Um simples caso de polícia. Ele não vê ou não quer ver a ameaça global incendiada pelo fervor religioso sem que se ouça qualquer voz muçulmana discordante.

Vocês podem imaginar quantos cristãos não se levantariam se alguém tentasse restabelecer a Inquisição em um país qualquer? Mas os chamados “moderados” muçulmanos estão quietos. E quietos eles são irrelevantes.

Como notei na semana passada, Obama disse que ao final estes grupos perdem porque estão do lado errado da História. Parece que é por causa disto que ele se recusa a agir. Obama afirma que ações militares da América só causam mais ressentimento. Em outras palavras, se os Estados Unidos se defenderem, causarão mais ataques contra seus cidadãos. Agora podemos entender sua relutância em agir como um verdadeiro chefe-de-estado.

Ele acha que se ficar sentado e não atacar, o Estado Islâmico vai acabar se destruindo pois está do “lado errado da História”. Já pensaram se Churchill ou Roosevelt tivessem tido a mesma atitude na Segunda Guerra Mundial?

Obama não tem uma estratégia para lidar com o Estado Islâmico mas quer torná-lo um problema gerenciável. Gerenciável como? Isto não é um hotel! Quantas decapitações, estupros ou massacres por dia seriam aceitáveis para ele??

Obama, acorde. Não se esconda atrás de uma retórica vazia pois será lembrado não só como o pior presidente americano mas como o que mais causou dano ao mundo. Sua ideologia e sentimentos pessoais devem ser postos de lado agora e uma ação decisiva deve ser tomada para bombardear este grupo de modo implacável e eliminá-los completamente da face da terra.

Sim, não estou sendo politicamente correta. Vou ser criticada e rotulada como de “extrema direita”, “islamofobica”, etc. Tudo bem.

Para terminar, vou plagiar a Rachel Sheherazade, a corajosa jornalista brasileira do SBT, que foi condenada de modo duríssimo por defender cidadãos que amarraram um bandido a um poste, como se amarrar alguém que está cometendo um crime fosse uma violação aos seus direitos humanos e não um ato totalmente legítimo e legal.

Usando a sua frase, estou instando aos que defendem “os direitos” destes muçulmanos radicais, para “adotarem seu terrorista”. Não estou “lançando” esta campanha pois ela já foi lançada há tempos e já conta com muitos “patrocinadores”. Infelizmente...