Durante as preces da manhã numa sinagoga em
Jerusalém na última terça-feira dois palestinos com intenção de perpetrarem um
massacre entraram armados de facas, machados e revolveres. Eles conseguiram
matar quatro rabinos e um policial druzo antes de serem mortos pela polícia.
Imediatamente este ato foi reportado como
vingança pela morte de um motorista de ônibus árabe, que trabalhava para uma
companhia israelense. Só que depois da autópsia, presenciada por um patologista
árabe, foi confirmado que o motorista se havia suicidado. Nos canais árabes, seus
pais insistiram que ele havia sido morto por judeus. Tumultos em todo o país se seguiram.
É compreensível que pais se recusem a acreditar
que seu filho tenha cometido suicídio. Mas o que aconteceu com a mídia depois
foi um verdadeiro circo. Especialmente nos maiores canais como CNN, BBC e CBS.
A CNN começou com a manchete “4 isralenses e dois palestinos mortos em
Jerusalém”. Isto é o mesmo que dizer “3 mil americanos e 8 sauditas morreram em
Nova Iorque em 11 de setembro”. Há uma ética em jornalismo e não se equaliza as
vítimas aos terroristas. Logo depois,
como para “concertar”, a CNN publicou que as mortes ocorreram num ataque a uma “mesquita”
em Jerusalém.
A manchete da CBC foi que a “polícia de
Jerusalém matou dois depois de um ataque aparente a uma sinagoga”. Nada sobre
os judeus mortos. A BBC por sua vez, negou que os atacantes poderiam ser
árabes. Sua manchete lia que a “Sinagoga de Jerusalém atacou e matou quatro
israelenses”. Quando o ministro Naftali Bennett foi entrevistado e quis mostrar
a foto de um dos rabinos mortos, o entrevistador da BBC pediu a ele para ele
guarda-la, pois ninguém queria vê-la.
O único canal que transmitiu a festa que
explodiu em Gaza, Ramallah, Belem e outras cidades palestinas, depois do
massacre foi a FoxNews. Aliás que ao que parece, deixou de ser transmitida no
Brasil.
Há meses que os árabes, incitados por discursos
de Mahmoud Abbas e outros perpetram atos de terror. Abbas está se retirando da
vida política e não conseguiu deixar qualquer legado histórico. Ele não fez a prometida
paz e nunca foi o grande terrorista como Yasser Arafat. Ele nunca conseguiu sair
da sombra de seu antecessor. Sua única arma para deixar qualquer marca
histórica é o elemento religioso e com ele, pode atear o fogo em toda a região.
Ele quer ser lembrado como o defensor dos lugares santos muçulmanos mas entrará
para a história como aquele que incendiou Jerusalém.
De acordo com seus discursos, para Abbas a mera
presença de um judeu em Jerusalém é um ato contra o Islão. Eles querem comparar
a capital de Israel a Mecca aonde nenhum não- muçulmano pode entrar, nem mesmo
na periferia. A televisão palestina oficial repete diariamente em programas de
crianças, noticiários e variedades que os judeus são descendentes de porcos e
macacos e portanto sua mera presença impurifica, mancha os locais santos muçulmanos.
Não só isso, mas eles agora também invocam o
direito de dizer que judeus também não podem entrar nas igrejas cristãs para não
suja-las com sua presença.
Há anos Yehuda Glick, uma pessoa gentil, amiga
de todos, judeus, muçulmanos e cristãos, prega somente uma coisa: o direito de
todos de subirem ao Monte do Templo e rezarem ao Senhor. Abbas denunciou seus
esforços e quase o assassinaram há algumas semanas atrás. Hoje é um pecado
rezar para Deus. No Monte do Templo ou em uma sinagoga em Jerusalém.
Esta alegação que o Monte do Templo e a
Mesquita al-Aqsa é “santa” é pura falácia. Os palestinos hoje fazem picnics no
lugar. Meninos árabes usam a explanada para jogarem futebol, usando os arcos do
Domo Dourado como gol. Dentro da mesquita eles empilham armas e granadas. No
último confronto quebraram os adornos de madeira para usarem como bastões
contra a polícia. Queria ver algum deles ousar fazer tais coisas na Caaba em
Meca.
Tudo isso tem a ver mesmo com o Jihad Islâmico
global, a demonização e desumanização da pessoa do judeu, a negação da ligação
dos judeus com o Monte do Templo, e por tabela, com Israel como um todo.
E inexplicavelmente o mundo inteiro, aceita a
versão dos fatos apresentadas pelos palestinos! E os governos do ocidente que
deveriam denunciar o racismo palestino, a inflexibilidade nas negociações e as
declarações puramente mentirosas como Israel estar expulsando os palestinos da
mesquita para reconstruir o Templo em seu lugar, continuam a condenar Israel.
Mas como fazer para restaurar o poder de
dissuasão de Israel? Desde os acordos de Oslo, os palestinos têm visto todas as
concessões israelenses como sinais de fraqueza. Ninguém espera que jovens que
foram educados na convivência pacífica cometam massacres. Estes sinais de
fraqueza foram a luz verde para os líderes palestinos criarem gerações de
crianças e jovens na cultura da morte e do martírio.
Da transferência de controle sobre a população
palestina nos centros populacionais da Judea e Samária, à expulsão forçada dos
judeus de Gaza, à repetida libertação de terroristas das prisões, à contínua
transferência de centenas de milhões de shekels em impostos para a Autoridade
Palestina, à não cobrança de eletricidade e água que Israel continua a fornecer
a Gaza, Israel tem mostrado a cada momento que em vez dos palestinos serem
punidos por matarem judeus, eles serão recompensados por suas atrocidades.
Israel em grande parte é limitada no que pode
fazer. A União Européia e a administração Obama estão obcecados com a idéia de
fortalecer os palestinos contra Israel independente do que está acontecendo na
região.
Somente algumas horas depois do massacre na
sinagoga em Jerusalém, o parlamento espanhol decidiu de prosseguir com uma
votação para reconhecer o “estado da Palestina”. Claramente os espanhóis não se
importam quem são os palestinos ou as atrocidades que cometem. Por suas
próprias razões internas, inclusive a grande população árabe imigrante no país,
eles decidiram que seu apoio aos palestinos está no topo de suas prioridades.
Do mesmo modo, a condenação de meia boca
expressada pelo presidente Obama seguido ao massacre que custou a vida de três
americanos, reflete a mesma ideologia. Com os corpos ainda quentes, Obama pediu
para ambos os palestinos e israelenses para se conterem.
Mas logo depois, Obama não conseguiu conter sua
hostilidade patente contra Israel. Quando Netanyahu anunciou a destruição das
casas dos terroristas e a construção de mais moradias em bairros judeus de
Jerusalém, o Departamento de Estado americano foi rápido em condenar e rejeitar
o direito dos judeus de construírem em sua capital.
Interessante para os ouvintes saberem que esta
ideia de destruir casas de terroristas não foi nunca de Israel. De fato, esta é
uma lei do Mandato Britânico que os ingleses usavam contra os judeus
nacionalistas. E como Israel não pode mudar a lei dos locais considerados
“ocupados”, então tem que aplicar esta punição. Mas como vimos, o mundo não
quer saber destas legalidades ou ser lembrado que foram os ingleses que
estabeleceram tal punição.
Foi ao mesmo tempo chocante e triste ver canais
reputados de noticias como a CNN, a MSNBC, a CBS e a BBC fazerem de tudo para
explicar o massacre na sinagoga como parte de um ciclo de violência levando sua
audiência a acreditar que o ataque fora justificado. Para mim ficou demonstrada
a devoção da mídia às narrativas mentirosas sobre a culpa de Israel como fonte absoluta
de todos os problemas do Oriente Médio. Estes canais preferem destruir suas
reputações profissionais do que falar a verdade.
E esta retórica é engolida pela elite americana
e europeia fazendo qualquer passo que Israel tome para defender seu país e o
direito de judeus de viverem em sua capital, seja rebatido com uma condenação
automática e caluniosa.
Abbas pensa que está dando sua última cartada
tentando virar a opinião pública contra Israel por uma suposta causa religiosa.
Como se a reconstrução do Templo fosse o maior insulto. Os dois mil anos de
preces no exílio foram para a reconstrução do Templo em Jerusalém não para ir
às praias de Tel Aviv. Hoje judeus de todo o mundo estão voltando para a Terra
Santa mas infelizmente a simples ideia de reconstrução do Templo é vista como
uma loucura, um prelúdio para a terceira guerra mundial. E apesar de Israel reiterar que o status quo
não será mudado, o mundo inteiro está se levantando contra Jerusalém.
Estamos de fato vivendo a era do cumprimento
das profecias. E se o profeta Isaias estiver correto, a reconstrução do Templo
em vez de trazer a guerra, trará a paz. Ele diz que somente quando a Casa do
Senhor estiver construída em seu Monte é que as espadas serão convertidas em
enxadas e as flechas em foice e nenhum povo se levantará mais contra outro.
Talvez precisemos pensar nisso. A ideia da reconstrução do Templo talvez não seja uma má
ideia.
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