Monday, June 30, 2014

O Funeral da Politica de Obama - 29/06/2014

Numa entrevista para a Fox News esta semana, o general americano Jack Keane afirmou que estamos a alguns meses de outro ataque terrorista nos Estados Unidos, perpetrado desta vez pelo grupo ISIS ou Estado Islamico do Iraque e Síria. Outro filhote da Al-Qaeda.

Cinco anos depois de sua aplaudida apresentação no Cairo, a visão do Presidente Obama é desnudada revelando sua profunda ignorância, arrogância e no mínimo, ingenuidade. É isso o que acontece quando um amador inexperiente é posto no leme do país mais poderoso do mundo.

Parece que foi ontem que o presidente declarava que tinha vindo “procurar um novo começo entre os muçulmanos e a América”. Foi há apenas 5 anos atrás. Neste pouco tempo Obama conseguiu destruir as relações dos Estados Unidos com todos os países do Oriente Médio e arremessar a região no caos. Os que Obama tentou apaziguar perderam todo o respeito e seus aliados perderam toda a confiança na America. E de acordo com uma pesquisa de opinião feita por não outro que o New York Times e a CBS publicada nesta semana, a maioria dos americanos, incluindo democratas do seu partido, perdeu a fé na capacidade do presidente de liderar o país especialmente na política exterior. E para isso, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz!

Seus discursos vazios em conteúdo mas repletos de frases pretensiosas acenderam a esperança dos grupos radicais que acolheram com alegria suas declarações que o “islamismo é parte da América” e que “nenhum país pode impor seu sistema a outro”; ridicularizando governos que “banem algumas roupas que as muçulmanas devem vestir”, comparando as reclamações palestinas com a luta dos escravos americanos e exigindo a suspensão de toda a construção por judeus na Judéia, Samária e Jerusalem.

Citando o al-Corão, ele pediu desculpas ao Irã por um golpe de estado em 1953, prometeu fechar a prisão de Guantanamo e estabeleceu um prazo para retirar as tropas americanas do Iraque e do Afeganistão sem consultar os governos locais. Na época, estas declarações causaram trepidação na Arábia Saudita e no resto do Golfo Árabe, mas o dano parecia restrito à pessoa de Obama, visto desde então como alguém frívolo e ingênuo. As frases de efeito mas sem qualquer plano de ação concreto, sem coordenação com líderes locais e sem consultação com peritos sobre as consequencias de tal retórica, fizeram da política externa dos Estados Unidos uma zombaria generalizada.

O consenso agora é que os interesses estratégicos americanos estão seriamente danificados, e uma reforma geral é imperativa para restaurar alguma forma de intimidação destes radicais islâmicos e os estados que os patrocinam.

O fracasso da diplomacia Obama está chegando no seu ápice no Iraque, mas suas perdas estratégicas começaram já no Egito. A visita de Kerry esta semana ao Cairo foi uma humiliação. Tendo tomado o lado dos islamistas e suspendida a ajuda ao Egito durante o governo interino do General Abdel Fattah al-Sisi, Kerry veio anunciar sem fanfarra, a retomada da ajuda americana.

Ao falar de suas idéias - da Universidade do Cairo para o mundo, Obama não entendeu que estava ajudando a derrubar um dos seus maiores aliados e que sua ideologia estava sendo interpretada como traição. Depois do maltrato sofrido por Obama, Mubarak se voltou para a Russia que agarrou esta oportunidade estratégica e lhe forneceu aviões com sistemas avançados e mísseis. A conclusão é que Obama não trouxe o Egito mais próximo da democracia, perdeu a confiança de seus líderes e lhe abriu as portas para a influência russa.

A falta de compreensão das leis do jogo do poder se repetiu na Síria. Desta vez, o que estava na reta não era influência e lealdade mas o cumprimento do prometido. Seria uma coisa para a América se declarar neutra na guerra civil da Síria e ficar quieto enquanto Bashar Assad gaseava seu povo. Mas prometer usar a força e depois agir como se não fosse com ele, provou que Obama não só não é páreo para o jogo mas não conhece nem mesmo as suas regras.

Esta conduta fortaleceu os bandidos do mundo mandando um recado poderoso: que daí para a frente, eles poderiam fazer o que quisessem. E foi isso exatamente o que aconteceu. O primeiro teste de Obama foi a Coreia do Norte quando ela fez um teste nuclear, uma semana antes do discurso no Cairo. A falta de resposta a uma provocação tão drástica foi registrada por todos através do mundo, do ex-presidente da Venezuela Hugo Chavez à Vladimir Putin, passando por Hu Jintao e Xi Jinping da China.

Se a política de Obama era a de exigir democracia, então porque não fazer a mesma exigência para a Arábia Saudia, Kuwait e Qatar? E se os manifestantes têm a simpatia do presidente para derrubar o governo, porque não apoiar a maioria shiita no Bahrain ou a oposição no Irã e na Siria?

Sim, presidente Obama, o Oriente Médio é um lugar muito complicado e ninguém lhe pediu para simplifica-lo ou resolver todos os seus problemas. Mas o Sr. quis mostrar que sabe melhor o que é bom para os outros. Hoje, o funeral desta sua política pode ser assistido ao vivo no Iraque.

Durante meses o exército americano avisou Obama do avanço do ISIS no Iraque recomendando que o grupo fosse exterminado com drones ainda nas montanhas. Obama se recusou. Agora que estão nas cidades vence-los será quase impossível.

25 Bilhões de dólares e quase 4.500 soldados americanos mortos para trazerem a democracia ao Iraque, tudo em vão. Estamos assistindo a emergência do primeiro estado al-Qaeda da história. Um estado que controlará uma das maiores fontes de petróleo do mundo. Obama não entendeu que soldados sunitas, mesmo vestindo uniformes do Estado do Iraque não iriam lutar contra insurgentes sunitas. Que o soldado shiita ao seu lado, é ainda seu inimigo. Que o Iraque, assim como a Síria e o Líbano, foram estados criados artificialmente juntando tribos inimigas e dividindo tribos aliadas para facilitar o controle das forças coloniais.

A América tem um só inimigo e não é um governo qualquer. É o islamismo radical. Governantes como Putin, Sisi, ou o Rei Abdullah da Arábia Saudita não são santos para com seus povos mas eles não alvejam a América. O Islamismo sim.

Talvez, ao aceitar o novo presidente do Egito, Obama tenha começado a entender isso. E talvez, ao aceitar a resignação de Martin Indik como enviado especial para negociar a paz entre os palestinos e Israel, ele se tenha dado conta que exigir de Israel a evacuação de judeus da Judéia, Samária e Jerusalém, iria criar outro Iraq, ou outra Gaza.


Neste momento não há solução para o Oriente Médio. Para lidar com o que acontece a curto prazo já é preciso muita imaginação. Tentar faze-lo a longo prazo como Obama o quer, mostra que além de ingênuo, ignorante e arrogante, ele não tem qualquer imaginação. 


Sunday, June 22, 2014

O Sequestro dos Adolescentes e o Anti-Semitismo Generalizado - 22/06/2014

Três meninos judeus foram sequestrados por terroristas palestinos há 10 dias atrás, quando tentavam pegar uma carona da escola para suas casas. Para a mídia internacional, o sequestro foi absolutamente culpa deles.

Durante toda esta semana, o site Honest Reporting, documentou como a CNN, a Sky News, o Christian Science Monitor, o jornal The Guardian e outros veículos literalmente acusaram Eyal Yifrach, Gil-Ad Shaer e Naftali Frankel não só por se tornarem vítimas mas por causarem uma inconveniencia aos palestinos.

Judeus não têm direito de estarem em qualquer lugar que os Palestinos exigem judenrein, ou livre de judeus. E os palestinos exigem que Gush Etzion seja limpa de todos os seus judeus. Os meninos, que ousaram ir estudar lá, estavam pedindo para serem sequestrados ou mortos.

O pior é que a culpa não pára com as vítimas. Na tentativa de resgatar os meninos, o governo de Israel cometeu um crime inesculpável, contra, vejam só, a “unidade dos palestinos”.

Ao procurar os meninos, Israel teria “desestabilizado as relações com os palestinos e desafiado a habilidade do novo governo de manter unidas facções políticas disparatadas e reunir a Cisjordânia e Gaza depois de 7 anos de separação”. Esta foi a conclusão da jornalista Jodi Rudoren do New York Times. Só para deixar claro, as facções disparatadas são a Fatah e o Hamas.

A jornalista continua sua matéria descrevendo a amargura de Kayed Jaber, um residente de Hebron, com as buscas que poderiam afetar o casamento da sua filha nesta segunda-feira. Nada sobre os meninos sequestrados.

Seth Mandel, da revista Commentary disse bem que “se o governo de união pode sobreviver somente se puder levar a cabo ataques terroristas contra Israel sem resposta ou consequências, então este não é um governo mas uma quadrilha de terroristas sadistas”.

Netanyahu diz ter provas cabais de que o Hamas está por trás dos sequestros. O mesmo Hamas que foi designado como grupo terrorista pelo Departamento de Estado Americano e pela União Européia. O mesmo Hamas que declarou a guerra contra os judeus do mundo inteiro e tem incitado, indoutrinado e treinado palestinos para matar judeus desde a sua fundação em 1988.

A Fatah por seu lado, desde que os três desapareceram, tem glorificado e celebrado o sequestro em sua página oficial do Facebook e em seu jornal oficial. No Facebook a Fatah retratou os meninos como ratos presos numa vara de pescar. Outros jornais palestinos zombaram dos sequestrados e do exército que está a sua procura.

O “moderado” Mahmoud Abbas não pediu para os palestinos pararem de comemorar o sequestro, nem condenou este ato brutal contra crianças. Ao contrário, ativistas da Fatah pediram para os lojistas da vicinidade do sequestro destruirem qualquer video que tivessem em suas câmeras de segurança para impedir o exército de identificar os sequestradores ou localizar os meninos. O que torna a Fatah de fato, cúmplice deste ato odioso.

Quando estes jornalistas como Rudoren se olham no espelho o que eles vêem?

Certamente não cúmplices de assassinos ou sequestradores. Eles se dizem campeões da paz. O mesmo vai para a União Européia e a administração Obama que até agora não condenaram o sequestro. A ONU foi ainda mais além dizendo que não tinha qualquer prova de que o sequestro teria ocorrido!!!

Todos eles dizem querer a paz, uma vida melhor para todos.

Então como justificam esta conduta repreensível de Abbas? Em vez de exigir que ele assuma a responsabilidade pelas ações dos seus parceiros no governo de União e convencê-los a soltar as crianças sequestradas, Abbas e seus comparsas do “campo da paz” põe a culpa em Israel e nos três meninos!

O que está acontecendo aqui?

Num artigo para o Jerusalem Post nesta semana, a jornalista Caroline Glick talvez tenha chegado à conclusão correta: o mundo está novamente numa onda anti-semita generalizada.

Ela aponta para vários eventos que estão ocorrendo sem qualquer nexo mas que ao final prova esta tendência.

Duas semanas antes dos sequestros, o prestigioso Metropolitan Opera de Nova Iorque patrocinado em grande parte por judeus, decidiu produzir uma ópera contemporânea chamada “A Morte de Klinghoffer” que romantiza as vidas dos terroristas da OLP que sequestraram o navio Achille Lauro em 1985 e mataram Leon Klinghoffer, um judeu americano de 69 anos e paralítico, que foi jogado ao mar em sua cadeira de rodas. Entre as canções da ópera estão referências a “encontrar judeus que engordam” e “você sabe que eles trapaceam” e outras preciosidades como estas. Eles chamam isso de arte. A ópera irá também estrear em outras cidades dos Estados Unidos.

Na América isso não é mais surpresa. Nas Universidades os professores e diretorias invariavelmente tomam o lado dos esquerdistas anti-semitas e ativistas muçulmanos contra estudantes judeus.

A Igreja Presbiteriana e outras denominações protestantes lideram o movimento de boicote a Israel negando-lhe qualquer direito, mesmo os direitos humanos. E na Europa, o antisemitismo não é mais usado para justificar ataques somente a israelenses, mas a judeus europeus e com toda impunidade.

Somente na última semana, judeus em Paris sofreram quatro ataques violentos. Adolescentes judeus foram perseguidos na rua por alguém armado com um machado. Outro adolescente foi atacado com um taser. Outros dois adolescentes foram espreiados com gás lacrimogênio por três homens de origem norte-africana, e no domingo passado, dois homens se aproximaram de uma sinagoga atirando com uma arma automática. Nenhum destes eventos recebeu qualquer cobertura significativa da mídia.

E assim, três adolescentes são sequestrados por terroristas palestinos e a culpa é deles. Um idoso em sua cadeira de rodas é jogado ao mar e isso é arte; adolescentes judeus são violentamente atacados nas ruas da Europa e o mundo ignora.

Outro menino de 13 anos foi morto hoje quando estava no caminhão de seu pai no norte de Israel. O caminhão foi atingido por um míssel vindo da Síria que procurava alvos especificamente civis. O fato desta criança ser árabe israelense, não pareceu incomodar os terroristas. Mais uma criança vítima de um ato bárbaro.

Há realmente um padrão de comportamento aqui. E ele não tem nada a ver com a paz. E se este padrão não for denunciado a cada momento, a história se repetirá. Este é o nosso dever se não quisermos que nossa geração seja lembrada como cúmplice de mais uma injustiça da história contra o povo judeu.



Wednesday, June 18, 2014

O Uso de Crianças na Guerra do Hamas - 15/06/2014

Em Outubro de 2011 estavamos todos unidos e emocionados assistindo ao vivo a soltura do soldado israelense Gilad Shalit das mãos do Hamas. Depois de 5 anos e 4 meses de angústia, preces e promessas, vimos o soldado magro, vestido como um palestino ser devolvido à sua familia e ao seu país. Em troca, Israel soltou milhares de prisioneiros palestinos, o que fez o Hamas prometer continuar com os sequestros para obter mais solturas e quem sabe, outras vantagens dos israelenses.

Desde então, dezenas de tentativas de sequestros, não só de soldados mas de civis inclusive de mulheres, crianças, ocorreram. A mídia não considera tentativas mal-sucedidas notícia mas desde o ano passado foram 44 tentativas de sequestro de judeus.

E finalmente, o que mais temíamos desde Outubro de 2011 aconteceu. Três estudantes judeus, dois de 16 e um de 19 anos foram sequestrados na quinta à noite. Um deles cidadão americano. O sequestro teria acontecido na região de Gush Etzion na Judéia.

Imediatamente ao ser noticiado, uma festa irrompeu em Gaza, com doces distribuidos nas ruas. Na sexta-feira e sábado Israel estava em preces e à busca dos três. No sábado a noite o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou os palestinos do sequestro e responsabilizou o governo de união da Autoridade Palestina que junto com o Hamas são os principais promotores de incitação e ódio dos palestinos contra Israel.

Já na quarta-feira passada, choveram mísseis vindos de Gaza. Israel tentou responsabilizar o governo palestino de União, lembrando que Abbas havia afirmado que o novo governo iria honrar todos os acordos anteriores.

Imediatamente e infelizmente, o governo de Obama disse que a Autoridade Palestina não era responsável pelo ataque já que a realidade é que a Faixa de Gaza estava ainda nas mãos do Hamas. Então aonde está a união? Aonde está a desculpa para negociar com o Hamas?

A posição americana foi confirmada pela Comunidade Européia e o resultado? O sequestro dos três estudantes no dia seguinte.

Abbas disse que não poderia ser responsável já que a região do sequestro na Judéia estava sob o controle de segurança de Israel. Isto é o mesmo que dizer que os palestinos não são responsáveis por suicidas que se explodem em Tel Aviv.

A identidade dos terroristas ainda não é conhecida mas hoje Netanyahu afirmou que eles são afiliados ao Hamas e portanto, este crime é diretamente resultante deste governo de união. Os esforços agora para achar os três depende sobretudo da inteligência interna de Israel, ou o Shabak.

Mas a questão que está queimando o lábio de todos é se estes meninos estão vivos ou não. O problema é que a demora da coordenação entre a polícia e o exército pode ter dado tempo aos sequestradores para levar os três para Gaza e aí teremos o mesmo cenário de Gilad Shalit que não pode ser resgatado pelas forças de Israel.

No entanto, não é fácil levar 3 reféns de uma vez através de fronteiras. A suposição é que eles ainda estejam na Judéia e Samária, em algum lugar secreto, provavelmente subterrâneo.

Nunca em toda a história sangrenta do conflito entre Israel e os palestinos tivemos 3 israelenses sequestrados no mesmo evento. Isto indica uma operação bem planejada e executada de modo profissional. Os terroristas provavelmente convenceram ou forçaram os meninos a entrarem em seu carro como ocorreu várias vezes no passado. Em tentativas anteriores, os palestinos se diziam israelenses, falando hebraico fluentemente, vestindo-se até como judeus ortodoxos. A idade dos meninos pode também ter sido um fator.

Este sequestro não aconteceu num vácuo. Além de todo o reconhecimento e legitimidade dados ao Hamas nas últimas semanas nesta suposta reconciliação e governo de União, há o fato de que mais de 200 palestinos condenados em Israel por crimes contra a segurança do estado, estão fazendo intermitentes greves de fome, gerando protestos diários nas comunidades palestinas. Tudo isso, junto com as próximas eleições para a liderança da Autoridade Palestina, leva o Hamas a atos ousados para conquistar a opinião pública palestina na Judéia e Samária.

Nos últimos 30 anos, o sequestro de soldados e civis se mostrou o melhor método para soltar prisioneiros. Todos os governos de Israel juraram nunca se render aos terroristas, somente para capitularem e soltarem milhares deles inclusive aqueles com sangue de vítimas israelenses nas mãos.

Isso levou o governo de Israel a instaurar um comitê especial que ao final recomendou limitar o número de prisioneiros a serem trocados. Mas o gabinete de Netanyahu nunca adotou a recomendação pois tiraria a flexibilidade do seu governo em negociar.

Agora parece que chegou a hora da verdade para Bibi. O seu gabinete prefere uma operação militar para libertar os meninos sequestrados em vez de se render mais uma vez às exigências dos terroristas. Mas isso irá depender das informações de inteligência que Israel conseguir, o que até agora não parece ser muita.

Mas se uma operação militar não for viável, Netanyahu terá que tomar uma decisão muito difícil sob pressão das familias e do público para mais uma vez libertar centenas de terroristas. E Netanyahu sabe que a cada soltura, os terroristas ficam mais incentivados para promoverem outros sequestros e a colocarem as vidas de outros israelenses em perigo.

Ninguém pode negar o sofrimento destas familias. Não há uma só casa em Israel ou um só lar judaico no mundo que não simpatize com sua causa e angústia. Como judeus, nosso conceito de responsabilidade mútua é algo impregnado em nossa consciência. O sofrimento destas familias é o nosso sofrimento coletivo.

Desde os acordos de Oslo em 1993, quase 2 mil israelenses perderam suas vidas, pagando o ultimo preço pela liberdade do povo judeu. Os Israelenses lidam com ameaças todos os dias. Há tentativas constantes de infligir dano seja com mísseis, sequestro, ou até pedras jogadas contra carros em movimentos. Algumas são evitadas por atos da inteligência, outras por cidadãos alertas, muitas por pura sorte.


Então sim, a liberdade tem um preço. Vamos rezar e esperar que neste caso estes meninos possam ser localizados em vida e que no domingo que vem possamos fazer um editorial comemorando os milagres com os quais Deus abençoa seu povo e seu mensageiro, o exército de Israel.

Thursday, June 5, 2014

A Contribuição da ONU à Paz - 01/06/2014

Abbas irá anunciar amanhã o seu governo de união com o Hamas. E apesar de ser considerada uma organização terrorista por ambos, os Estados Unidos e a Europa já avisaram que sim, eles negociarão com o Hamas no governo de união palestina.

Graças a D-us, Israel tomou uma decisão mais lúcida! Ela avisou que não negociará mais com Abbas, a não ser que o Hamas aceite separadamente as condições do Quarteto, uma das quais é reconhecer o direito de Israel de existir.

Por seu lado, o Parlamento Inglês abriu uma investigação sobre o dinheiro que vai para a UNRWA. A única agência da ONU para tratar de um só grupo de refugiados: os palestinos. Vale a pena lembrar que a ONU tem uma outra agência que supostamente dá assistência a todos os outros refugiados do mundo, o Alto Comissariado para Refugiados. A diferença? O Alto Comissariado lida com 33 milhões de refugiados em 116 países, tem 6,260 empregados em 262 escritórios espalhados pelo mundo.

A UNRWA tem hoje menos que 5 milhões de refugiados registrados em 5 lugares: Gaza, na Cisjordânia, Síria, Líbano e Jordânia sendo que Gaza e a Cisjordânia são considerados Palestina e portanto, palestinos não deveriam ser refugiados em seus próprios locais de origem. Então digamos que refugiados mesmo estão na Síria, Líbano e Jordânia.  Na Síria eles são uns 500 mil, no Líbano 450 mil e na Jordânia, que também era parte do Mandato da Palestina, uns 2 milhões. Total, uns 3 milhões. Agora, querem saber quanto dinheiro é gasto por cada uma destas agências? O Alto Comissariado, para os seus 33 milhões de refugiados em 116 países gastou em 2008 1.5 bilhão de dólares. A UNRWA? 1.1 bilhões. Em contraste dos 6 mil empregados do Alto Comissariado, a UNRWA emprega 28 mil pessoas.

Se ficasse por aí, menos mal, mas além da UNRWA, os palestinos têm outras agências na ONU. Uma é a Divisão dos Direitos Palestinos, a DPR, e outra é a UNISPAL, Sistema de Informação sobre a Questão da Palestina. No mês passado, as duas organizaram um encontro internacional sobre a Questão de Jerusalem na Turquia. O convite notava que o objetivo desta “conferência” era de “fortalecer o apoio internacional para uma solução justa e permanente na questão de Jerusalem”.

Só que o maior patrocinador desta conferência foi o Comite do Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, outra agência da ONU. Quem estava querendo imparcialidade para a questão de Jerusalém, pode esquecer. A DPR recebeu nada menos que 6 milhões de dólares da ONU para organizar este encontro. Só que paz e reconciliação entre judeus e palestinos estava longe da agenda. Seu propósito, o mesmo que o da conferência sobre o racismo, foi de desacreditar e deslegitimar Israel com a cobertura das Nações Unidas. A mesma ONU que como membro do Quarteto se comprometeu a promover a resolução pacífica deste conflito e deveria se manter objetiva, honesta e imparcial neste processo.

A ONU não deveria estar abrigando iniciativas como estas nos seus mais altos escalões que só aumentam as expectativas palestinas para níveis impraticáveis e irrealistas.

De fato, no começo do mês, o embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, publicamente condenou estas agências, especialmente a UNRWA, dizendo que elas “alimentam promessas falsas e legitimam mitos perigosos”. O pior é que elas perpetuam o problema dos refugiados.

Prosor disse que ouviu inúmeras vezes que os assentamentos são o maior obstáculo para a paz quando o chamado “direito de retorno” que procura inundar Israel com milhões de supostos refugiados é o que emperra as negociações. Este “direito de retorno”, sinônimo para a destruição de Israel.

Através da UNRWA, a ONU alimenta esta fantasia contida nos livros e textos escolares, nas colônias de férias e nos programas para crianças palestinas na televisão e outros veículos de mídia.

É importante saber que se a UNRWA foi criada em 1949, em 1965 ela removeu seu objetivo de reinstalar os palestinos refugiados. Isto criou uma classe de refugiados só aplicável para os palestinos. Nenhum outro povo, que se fixou em outros países continua a ter seus filhos, netos, bisnetos registrados como refugiados. Se assim fosse, toda a colonia judaica no Brasil hoje seria de refugiados!

Os 28 mil que trabalham para a UNRWA têm interesse em perpetuar o problema em vez de resolve-lo. Aqueles que dão dinheiro para estas agências têm que repensar se é de seu interesse continuar enviando centenas de milhões de dólares para manter esta ficção.
Outra consequência importante é que se a UNRWA se encarrega da educação, alimentação e vestimenta dos palestinos, a Autoridade Palestina não precisa se incomodar. No mês passado houve uma greve de um mês do pessoal da UNRWA e os palestinos tiveram que sair para a quebradeira pois os serviços básicos cessaram.

Quase 2 milhões de chamados refugiados palestinos moram na Judeia e Samária. Você pensaria que a Autoridade Palestina teria que assumir alguma responsabilidade por eles. Em vez disso, ela se contenta em usar esta população como peão em seu jogo político em vez de criar um futuro melhor para ela.

A coisa está tão fora de controle que palestinos com nacionalidade e passaporte jordaniano, mantêm seu status de refugiados e recebem “ajuda” da UNRWA. Não há qualquer precedente ou paralelo na história da humanidade para isso. A comunidade internacional escolheu manter esta população de refugiados até que a Assembléia Geral decida que o conflito entre Israel e os árabes está resolvido de modo satisfatório para ela. Só então a UNRWA cessará de existir.

Nós sabemos quando isso irá acontecer… Nunca.

A mentalidade da Nakba (da catastrophe da criação do estado de Israel) está plantada dentro da cabeça destes refugiados e do resto dos palestinos. A incitação, as mentiras e as falsas esperanças continuam a dominar as manchetes e suas vidas.

A mesma incitação ao ódio que permea os sites e canais jihadistas convencendo até ocidentais a perpetrarem crimes hediondos. Esta semana um ataque suicida na Síria foi cometido por um americano que cresceu na Flórida. Hoje acordamos com a notícia de que o terrorista do Museu Judaico na Bélgica fora apreendido. Mehdi Namush, um cidadão francês também lutou na Síria e agora trouxe seu jihad para a Europa.

85% do dinheiro da UNRWA vem dos países do ocidente mas infelizmente o politicalismo correto paralisa seu desejo de investigar e agir. É um erro crasso para os Estados Unidos e a Europa aceitarem negociar com o Hamas mesmo indiretamente. Não há negociação com o Hamas. Na verdade, não houve muita negociação com a Autoridade Palestina tampouco, e tanto um como o outro têm que entender que numa negociação é isso: você não leva tudo o que quer.

Enquanto a comunidade internacional continuar cegamente a bater na mesma tecla do unilateralismo palestino, a paz não aparecerá tão logo no horizonte e não chegará nenhum dia mais cedo.