Sunday, March 20, 2016

O Começo do Fim do Acordo Nuclear - 20/3/2016

No último dia 9 de março, o Irã lançou dois mísseis balísticos com alvos situados a 1.400 quilômetros da base com a frase “Israel precisa ser destruída” pintada em Hebraico. A distância entre Teerã e Jerusalem é de 1.800 quilômetros.

O general iraniano Amir Ali Haji Zada, comandante da divisão aérea das Forças Revolucionarias disse que os mísseis pertenciam aos palestinos, aos libaneses, aos sírios, aos iraquianos, ao mundo islâmico e a todos os povos oprimidos do mundo.

Quanta magnanimidade!!! 

Outro, o brigadeiro-general Hossein Salami, complementou dizendo que Israel irá entrar em colapso muito em breve e se gabou da enorme reserva de mísseis que o Irã tem, prontos a serem lançados.

Muito rápido os Estados Unidos estão descobrindo sua trágica impotência em face deste acordo nuclear com o Irã. Estes dois testes claramente violaram as restrições impostas pela ONU e a América sugeriu a imposição de novas sanções contra os mulás. Mas de repente os americanos se deram conta que por causa do acordo assinado em junho, a imposição de novas sanções tornou-se impossível.

Nunca houve qualquer ligação entre os programas nuclear e de mísseis balísticos do Irã. No começo das negociações, o problema foi levantado. O Irã ameaçou se retirar da mesa e então os Estados Unidos decidiram abandonar a questão acreditando que a ONU já tinha imposto restrições suficientes ao programa balístico. Mas no acordo final, todas estas restrições foram suspensas. A União Europeia, por exemplo, tinha provisões robustas contra os mísseis balísticos que foram revogadas com o acordo.

A embaixadora americana Samantha Power na ONU disse que o teste merecia uma resposta do Conselho de Segurança. Mas o embaixador russo objetou dizendo que ele não violara a resolução 2231 adotada como parte do acordo nuclear.

A resolução 2231 do Conselho de Segurança revogou as seis resoluções precedentes que objetivavam restringir os programas nucleares e balísticos do Irã. Em particular, revogou a resolução 1929 que estabelecia que o “Irã está proibido de engajar em qualquer atividade relativa a misseis balísticos capazes de carregar ogivas nucleares, incluindo o lançamento usando tecnologia balística e que os Estados deveriam adotar as medidas necessárias para prevenir a transferência de tecnologia e assistência técnica ao Irã, relativa a estas atividades.” Esta linguagem clara e dura, foi substituída pela resolução 2231 que diz simplesmente que o “Irã é chamado a se abster de atividade relacionada com mísseis balísticos capazes de carregar armas nucleares incluindo o lançamento usando tecnologia balística até a data do oitavo aniversario do acordo nuclear ou até a data em que a Agencia Nuclear de Energia Atômica submeta um relatório confirmando a Conclusão Abrangente, o que ocorrer primeiro”.

Quer dizer, o que antes era “o Irã está proibido” agora é “o Irã fará um esforço para se abster”. De algum modo, na pressa para assinar um acordo que fosse aceitável para o Irã, os Estados Unidos diluíram a linguagem sobre os mísseis balísticos ao ponto dela se tornar irrelevante.

Há ainda o fato da Rússia ter se comprometido a entregar ao Irã o moderníssimo sistema S-300 de defesa antimísseis, algo que havia sido cancelado por causa das prévias resoluções. O Irã então não só tem a capacidade de atacar, mas de se defender de qualquer resposta à sua agressão. Com o poder de veto a novas sanções, Putin hoje está segurando todas as cartas em relação aos mulás. Este foi o presentão dado a Moscou  pelos Estados Unidos através deste acordo mal negociado. 

Incidentes como este nos fazem perguntar: se o Irã pode se safar de testes com mísseis balísticos por causa da linguagem completamente ineficaz do acordo, e se o Irã pode de fato ignorar a recomendação para se abster de tal atividade, contrariamente ao que Obama declara, então, este acordo não vale o papel em que está escrito!

Eu já havia dito isto no passado, inclusive quando apontei para uma cláusula do acordo em que os Estados Unidos e os outros signatários se comprometem a proteger o Irã de qualquer ataque exterior às suas usinas nucleares.

Este acordo negociado por John Kerry, um político de carreira e burocrata que até o acordo nuclear, teve como maior conquista, casar com a milionária herdeira do grupo Heinz do ketchup mais vendido na América. Outra conquista deste imbecil foi declarar esta semana, que os assassinatos em massa de cristãos e yazidis pelo Estado Islâmico foi genocídio. Sério???

O que levou o secretário de estado a esta conclusão depois de dois anos sentado no muro assistindo o avanço destes bárbaros? Será que foram os vídeos do leilão de meninas de 3 anos de idade vendidas como escravas sexuais? Ou fotos de crianças cristãs crucificadas por serem cristãs? Ou será as centenas de decapitados, milhares de executados ou os milhões de refugiados que levaram Kerry a esta conclusão?

A razão realmente não importa, e sabem porquê? Porque isto não fará qualquer diferença na política americana. Com todo o genocídio, até o final do ano passado os Estados Unidos tinham aceito somente 53 cristãos refugiados da síria. Sabem quantos muçulmanos? Mais de 2.100. Mas a declaração faz um bom circo para a mídia.

Ontem houve mais um ataque terrorista na Turquia. Um homem bomba se explodiu no meio de um shopping center em Istambul popular com turistas. Três israelenses e dois americanos morreram e outros 10 israelenses foram feridos alguns em estado grave. Isto não seria nem noticiário de primeira página, não fosse a reação da parlamentar turca e diretora de comunicação digital do presidente Tarcip Erdogan, Irem Atkas que twitou que desejava que todos os israelenses feridos morressem.

Este é o tipo de comentário de uma mulher parlamentar, de um país que se diz suficientemente civilizado para se tornar membro da União Europeia? Estes eram turistas que vieram aquecer a economia da Turquia tão afetada por recentes ataques, gastando em hotéis, restaurantes, ajudando a criar empregos no país. Ela é sim, representante desta barbárie islâmica que quer nos levar de volta à pré-história.

Hoje vivemos uma era em que o que você diz importa. Tudo se torna público e sujeito à uma reação do público. Nos Estados Unidos o povo está apoiando Donald Trump por estar cansado de burocratas que só querem pontos em suas carreiras e não medem as consequências de acordos mal escritos que podem levar o mundo à devastação. Opiniões como da parlamentar turca desejando a morte dos israelenses feridos no ataque em Istambul, tornam-se noticias internacionais, e afetam a decisão de turistas que gostariam de visitar a Turquia mas escolhem um outro país menos exposto ao terrorismo.

No Brasil, ouvimos incrédulos os grampos publicados na semana passada e a tentativa do governo de obstruir a justiça nomeando Lula para um cargo de ministro.

Em particular, a Folha de São Paulo, nesta última sexta-feira, publicou um editorial asinino, ousando fazer a defesa legal de quem, sinceramente, encontra-se indefensável. O jornal disse que “o imperioso combate à corrupção não pode avançar à revelia das garantias individuais e das leis em vigor no país.” Que “tal lembrança deveria ser desnecessária num Estado democrático de Direito, mas ela se torna relevante diante de recentes atitudes do juiz federal Sergio Moro, em geral cioso de seus deveres e limites.”
Que “talvez contaminado pela popularidade adquirida entre os que protestam contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Moro despiu-se da toga e fez o povo brasileiro saber que se sentia "tocado pelo apoio às investigações".

Desde quando o interesse individual se sobrepõe ao interesse da sociedade? Há incontáveis artigos nos códigos civil e penal que colocam o direito da sociedade acima do indivíduo. O direito de expressão não permite alguém gritar “fogo” num teatro colocando em risco a vida dos que lá se encontram. Quando o Estado quer construir uma obra pública, pode desapropriar o imóvel do individuo! E outros tantos exemplos.

Ora, o gênio do juiz Sergio Moro foi ter feito tudo com provas e não o vejo passando o tempo dando entrevistas ou procurando o holofote ou o microfone. O jornal pergunta, se as escutas eram irrelevantes para a acusação criminal, porque foram divulgadas?

Foram divulgadas porque são de interesse público! O povo quer saber o que os dirigentes estão fazendo com o dinheiro dos seus impostos que estão entre os maiores do mundo e sem qualquer retorno em educação, saúde, transporte, trabalho e oportunidades! O povo brasileiro acordou e está exigindo a prestação de contas! Se assim não fosse, o presidente americano Richard Nixon não teria sofrido impeachment, Color tampouco e outros tantos políticos e funcionários públicos envolvidos em corrupção.

É um absurdo que um jornal como a Folha de São Paulo, que alegadamente vendeu pesquisas mentirosas para influenciar as últimas eleições, venha supostamente defender a credibilidade de um judiciário, que francamente, tirando o Sergio Moro, nunca colocou corrupto nenhum na cadeia por muito tempo.

Temos que dar um basta a isso. Exigimos transparência. O funcionário público, seja um gari de rua ou um presidente, é empregado do povo e deve responder a ele. Quando alguém se elege, deve sim sofrer um escrutínio muito maior do que outro cidadão porque a ele é confiado o futuro da nação na forma de seu erário.

Temos que mudar esta mentalidade de reverência para com estes “doutores” no saque dos cofres públicos. “Doutores” que nem curso primário têm. Que tal revogarmos o “desacato à autoridade” e criarmos uma pena por “desrespeito ao cidadão”?

Só assim o povo poderá assegurar um governo que não dilapida seus impostos, roubando sua dignidade e seu futuro e que trabalhará para dar às gerações seguintes uma vida melhor do que as anteriores.


Fica aí registrado o meu protesto.

Sunday, March 13, 2016

As Vitorias da Hezbollah - 13/3/2016

Duas semanas atrás, a Arábia Saudita e outros países do Golfo Árabe listaram a Hezbollah como um grupo terrorista. No processo os sauditas cancelaram os 3 bilhões de dólares em ajuda ao fictício exército libanês. Na verdade este é um reconhecimento que o Líbano se tornou de fato uma colônia do Irã e que a Hezbollah tem de fato controle do país.

A Hezbollah e seus patrões no Irã não parecem de modo algum incomodados. Para eles isto equivale a uma rendição dos sunitas. Hoje o Líbano é da Hezbollah e dos xiitas.

Como pode ser que um grupo terrorista, sem força aérea ou tanques, como o exército libanês, tenha conseguido dominar o Líbano? Porque diferentemente do exército, a Hezbollah não vê qualquer problema em destruir o Líbano se for do interesse do Irã.

Até 1986, o Líbano tinha uma minoria xiita de 20%. Hoje alguns dizem que eles formam 40% da população, o Irã tendo pagado muitos sunitas para se converterem ao xiismo e dado incentivos para outros xiitas se mudarem para o Líbano.

A Hezbollah foi criada em 1982 com o suposto objetivo de defender o sul do Líbano de Israel. Esta foi sua propaganda através dos anos convencendo os libaneses sunitas e cristãos, a apoiarem o grupo. Mesmo quando seu líder Hassan Nasrallah causou a destruição de Beirute em 2006, depois de provocar uma guerra com Israel, os libaneses continuaram a defende-los.

Foi preciso uma guerra civil na Síria para desmascarar a Hezbollah. Israel não está envolvida, mas milhares de seus militantes foram enviados para a Síria para defenderem Assad dos insurgentes sunitas e do Estado Islâmico. Estes militantes, se voltarem vivos, serão mais experientes e perigosos para Israel.

Hoje o estado judeu precisa olhar para as lições do passado, e não repetir os erros cometidos, especialmente com sua política na Síria e no Líbano.

Em Maio de 2000, o então primeiro ministro Ehud Barak, decidiu retirar o exército de Israel incondicionalmente do sul Líbano. Esta rendição foi arquitetada pelo esquerdista Yossi Beilin que acreditava que se Israel saísse do sul do Líbano, a Hezbollah perderia sua razão de existir. Estes libaneses então se distanciariam do Irã e transformariam o grupo num simples partido político. Esta teoria foi detonada, quando em 2006, Israel foi atacada por milhares de mísseis da Hezbollah e 121 soldados e 43 civis israelenses perderam a vida defendendo o país.  

Mas aí a esquerda teve outra ideia. Até o ano 2000 os Estados Unidos estavam tentando negociar uma paz entre Israel e a Síria, na qual Israel devolveria os Altos do Golan. Ehud Olmert decidiu que se apaziguasse a Siria, devolvendo o Golan, ela se distanciaria do Irã. Em 2008 Olmert, por intermédio da Turquia, anunciou que sairia completamente do Golan em troca de um acordo de paz. Afortunadamente, a Síria recusou. Bashar Assad decidiu que Golan não era suficiente. Ele exigiu de Israel todo o território que se estende até Tiberias, para provar aos árabes que Israel tinha capitulado. A teoria de Olmert era totalmente infundada e irreal e consequentemente o apaziguamento falhou.

A infatigável esquerda, no entanto, concatenou outra solução: a internacionalização. Isto é baseado na resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU que enviou tropas da UNIFIL para o sul do Líbano. Estas tropas da ONU teriam, teoricamente, que substituir o exército de Israel e prevenir agressões na fronteira norte assim como evitar o rearmamento da Hezbollah. Hoje vemos que esta substituição foi completamente ineficaz. As agressões da Hezbollah continuam de tempos em tempos e há duas semanas Nasrallah se gabou de poder causar um cataclisma em Israel se lançasse mísseis nos depósitos de produtos químicos em Haifa. É estimado que ele tenha mais de 100 mil mísseis apontados para Israel. Foi sob a vigilancia da UNIFIL que três  soldados israelenses foram sequestrados em 2000 e outros dois mortos e sequestrados em 2006.

A decisão dos países sunitas do Golfo Árabe, seguida do Conselho de Cooperação do Golfo e nesta semana da Liga Árabe de banir a Hezbollah de fato vindicou Israel. Mas toda esta evidência não trouxe qualquer dose de realidade para sua esquerda. Ela quer continuar com as mesmas políticas de retirada unilateral, apaziguamento e internacionalização em relação aos palestinos. E os resultados devastadores continuam acontecendo.

Benjamin Franklyn disse que loucura é você repetir a mesma coisa esperando um resultado diferente. Israel já tentou o apaziguamento com os acordos de Oslo, já tentou a retirada incondicional em Gaza e hoje, a esquerda está advogando pela internacionalização, inclusive de Jerusalem.

Isto seria a maior vitória para Mahmoud Abbas. Ver Israel perder a soberania em sua cidade mais sagrada. Em Israel a loucura é tanta que face à condenação da Hezbollah pelo mundo arabe sunita, os membros árabes da Knesset israelense - que são sunitas - condenaram a Arábia Saudita e os outros países do golfo, defendendo a Hezbollah!!! Os mesmos árabes que sofreram bombardeamentos do grupo terrorista durante a guerra de 2006! 

De 1982 a 2000, Israel conseguiu impedir que a Hezbollah tomasse o poder ao manter controle sobre a faixa de segurança no sul do Líbano. Por 28 anos, Israel evitou que os palestinos se tornassem uma sociedade terrorista dedicada à destruição do seu povo ao manter a autoridade civil e de segurança na Judeia e Samaria. E funcionou.

Hoje vemos adolescentes com tesouras sairem às ruas para matar judeus.  Para nós eles são patéticos mas em sua sociedade eles são heróis. Na semana passada um estudante americano que nem era judeu foi morto em Yafo durante a visita de Biden a Tel Aviv. Quando Biden se encontrou com Abbas, o palestino prestou condolências ao vice-presidente, mas se recusou a condenar o ataque. Um ataque que ele próprio incitou.

Israel não tem alternativa a não ser lidar com este tipo de terrorismo caso a caso. O patético é vermos diariamente artigos nos jornais exigindo que Israel faça a paz. Que Israel tome as rédeas da economia palestina. Que Israel resolva o problema de desemprego na Judeia e Samária; que Israel faça isso e Israel faça aquilo. Nunca, nunca é exigido que a Autoridade Palestina assuma a responsabilidade por seus atos e seu futuro.

É como uma mulher que quer casar com um homem que não quer casar com ela e de fato, é violento com ela. Apesar dela chamar a polícia para evitar que ele a mate, ela ainda faz ofertas para se casar com ele. Ele recusa.

É uma situação impossivel, mas o mundo exige que Israel faça de tudo para convencer os palestinos a aceita-la e fazer a paz. Como Israel quer a paz, é sobre ela que colocam a pressão. Se só Israel fizesse uma concessão, ou algumas concessões. Se só Israel deixasse de querer ser o estado judeu no meio do mundo árabe.

Israel não tem alternativa a não ser continuar a governar seus inimigos. Isto não traz qualquer gratificação, premios ou trofeus. Ao contrario, isto só traz condenações e criticas. Mas este é o preço que Israel tem que pagar por sua liberdade.

Queria ainda dividir com os leitores algo que me emocionou muito na semana passada. A rede PBS tem um programa que investiga as raizes de pessoas famosas.

O último programa foi sobre Dustin Hoffman, o ator americano ganhador de 2 Oscars. Dustin nunca soube quem eram seus avós paternos. O apresentador lhe disse que eles eram Frank e Esther Hoffman, judeus da Ucrania que imigraram para os Estados Unidos no começo do século 20.

Quando Frank ouviu que judeus da Ucrania estavam sendo mortos em pogroms, ele voltou para salvar seus pais Sam e Libba Hoffman.

Ele nunca os encontrou. Frank foi preso e morto pelos bolshevistas. Seu pai Sam foi preso e morto. Mas Libba conseguiu sobreviver cinco anos num campo de concentração e fugir para a Argentina. De lá ela foi para os Estados Unidos nos anos 30. Ela conseguiu chegar na América aos 62 anos, sem um braço, quase cega e com começo de senilidade. Ela foi a heroina da familia.

Ao ouvir isso, Dustin Hoffman se desfez em lágrimas e disse que se alguém perguntar quem ele é, daqui por diante ele dirá que é Judeu. Em honra a estas pessoas que passaram pelo inferno para que ao final, ele pudesse nascer num país livre.

É com muito orgulho que recebemos Dustin Hoffman como o membro mais novo de nossa tribo.



Sunday, March 6, 2016

Obama, Clinton e o Discurso Político - 6/3/2016

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitará Israel na semana que vem. Em sua última viagem, mal havia descido do avião foi condenando Israel por ter aprovado a construção de casas para ortodoxos em Ramat Shlomo, um bairro judaico de Jerusalem situado ao longo da linha de armistício de 1949. Apesar do propósito desta vinda ser a situação na região, especialmente a vulnerabilidade da Jordânia ao Estado Islâmico, não há dúvida que Biden deixará claro que a política anti-israelense de Obama irá continuar até ele sair da presidência no final deste ano.

Recentemente, Obama expressou seu descontentamento com a aprovação de novos projetos habitacionais mesmo os direcionados igualmente para judeus e árabes. Ele exigiu mais projetos exclusivamente para árabes em Jerusalem e condenou a demolição de construções árabes ilegais na Judeia e Samaria. A política de Obama é clara: negar aos judeus o direito de propriedade e ao governo de Israel, a soberania sobre não-judeus.

Isto até o final do ano, mas talvez mais além. A campanha da provável herdeira de Obama, Hillary Clinton está se esforçando ao máximo para pintar a candidata como uma grande amiga de Israel. Tirando os meses que precederam sua eleição ao Senado em 2000, em que precisava do voto judaico, Hillary nunca foi amiga de Israel.

Em seu livro, A Evita Americana, o autor Christopher Anderson, conta que Hillary sempre foi fã de Yasser Arafat e dos palestinos. Ele conta um episódio em que ela se recusou a entrar na casa de um político importante que apoiava seu marido porque ele tinha uma Menorá na porta. Quando se tornou primeira dama, ela foi a primeira a pedir a criação de um estado palestino e quem não se lembra de seu encontro com Suha Arafat? A esposa do terrorista alegou que Israel estaria usando gás tóxico para matar palestinos e Clinton, ao seu lado, acenava sua concordância.

Como secretária de estado, seu comportamento em relação a Israel ainda foi pior. Foi ela quem exigiu o congelamento de construções de judeus em 2009, incluindo pela primeira vez, Jerusalem na disputa. Em 2011 ela tentou deslegitimar Israel como uma nação democrática por causa das acomodações no transporte público para os religiosos que separaram mulheres de homens. Em seu livro “Duras Escolhas” qualquer um pode ler suas posições anti-Israel. Em um trecho em que ela conta uma visita ao estado judeu, Hillary descreve “quando deixamos a cidade e visitamos Jericó, na Cisjordânia, tive meu primeiro vislumbre da vida baixo à ocupação onde os palestinos tiveram negado a dignidade e autodeterminação que os americanos tomam como normal”. Nada sobre terrorismo, incitação, ou sobre o fato de Arafat ter recusado receber 98% da Cisjordânia, negociado por seu marido.

Mas pode ser que Clinton não possa assumir a presidência, mesmo se ganhar as eleições. O FBI está investigando milhares de e-mails classificados como sigilosos e mais que sigilosos que ela teria enviado e recebido no seu servidor pessoal contra a lei federal americana. Nesta semana, Bryan Pagliano, que montou o servidor na casa de Clinton em NY, recebeu imunidade para prestar depoimento.  

Além disso, há a Líbia. Clinton fez de tudo para remover Qaddafi do poder apesar dos protocolos da Casa Branca avisar que isto seria um desastre. Clinton havia contratado privadamente o amigo Sidney Blumenthal como consultor apesar de Obama ter expressamente proibido. Blumenthal deu as cartas na Líbia, muito menos interessado em livrar o povo da tirania e mais preocupado em assegurar uma participação nas riquezas do país. Em 11 de setembro de 2012, a embaixada americana foi atacada, o embaixador e outros quatro americanos foram mortos. Vergonhosamente, Clinton correu para culpar um vídeo no Youtube pelo ataque.

Hoje a Líbia está tomada por jihadistas e se tornou uma base importante do Estado Islâmico. E Clinton tem a cara-de-pau de dizer que ela é a pessoa com a maior experiência para liderar a América! Como primeira-dama ela tentou impor um programa e saúde, até as autoridades a colocarem no seu lugar. Como senadora por Nova Iorque, não fez absolutamente nada. E sua maior iniciativa como secretária de estado foi um desastre de proporções épicas.

Estamos vivendo uma era de agressão islâmica não vista desde a época de Maomé. Grupos terroristas agem como estados e estados patrocinam o terrorismo. As consequências da pressão americana para que Israel se retire da Judeia e Samaria e ainda de metade de Jerusalem, são lúgubres. Cada vez que Israel deixou qualquer território, os jihadistas reclamaram vitória e foram de fato, considerados vencedores pelos árabes.
  
A estabanada retirada do Líbano em 2000 foi tida como vitória da Hezbollah que em seguida, estacionou mais de 100 mil mísseis na fronteira norte. A retirada de Gaza em 2005 foi acompanhada pelo grito de vitória do Hamas e os propulsionou a ganhar as eleições palestinas em 2006. Israel já passou por duas guerras com o Hamas. E ainda mais preocupante, o vácuo criado na saída, é preenchido por radicais islâmicos expondo Israel a mais perigos.

Mas nada disso está sendo considerado por Obama ou por Clinton. Eles nem mesmo se importam como a América é vista no mundo islâmico! Os americanos ainda não se refizeram das imagens de seus marinheiros ajoelhados e usados como propaganda pelos mulás enquanto o secretario John Kerry agradecia a hospitalidade iraniana. E é por isso que o povo está acolhendo candidatos que não são parte da corriola política de Washington como Trump, Ted Cruz e Sanders.

Há um cansaço e impaciência com o discurso político vazio, que usa palavras dúbias e emotivas. Trump diz que vai retornar a América a sua grandiosidade. Todo o mundo entende isto. Aí Clinton diz que ela quer fazer a América um país completo. E seus seguidores aplaudem como se fosse a melhor ideia do século. O que isto quer dizer?

Nós no Brasil conhecemos muito bem estes discursos cheios de promessas feitas com palavras que não querem dizer nada. E não posso deixar de falar sobre os eventos desta sexta-feira, em que o ex-presidente Lula foi chamado a depor.

Há fatos incontroversos. Um deles é que o Brasil está quebrado. Centenas de negócios estão fechando e milhares de pessoas engrossando a fila dos desempregados. Em Nova Iorque e Miami conseguimos sentir um influxo anormal de brasileiros, procurando emprego e meios para ficar no país. Os mais afluentes estão usando seus últimos recursos para se mudarem do Brasil.

E quem está saindo são os empreendedores, os jovens universitários, profissionais liberais, aqueles que geravam empregos e faziam o Brasil crescer. Mas estes últimos governos supostamente “socialistas” acabaram com esta classe com a enorme carga tributária, os regulamentos massacrantes e a opressão do fisco. No Brasil tornou-se vergonhoso ser bem sucedido honestamente.

Temos que aprender com a história e o que já foi tentado no passado. Se o socialismo fosse bom, a União Soviética não teria se despedaçado, Cuba estaria cheia de milionários, a China teria continuado fechada ao mundo e a Venezuela estaria num mar de prosperidade. E os Estados Unidos não teriam 11 milhões de ilegais procurando meios para ficar no país. Como disse Margareth Thatcher, “o problema com o socialismo é que eventualmente ele acaba com o dinheiro dos outros para gastar”.

O sistema capitalista também tem defeitos, mas ele é livre. Um capitalismo responsável assegura que todos tenham as mesmas oportunidades mesmo que o resultado seja desigual. A desigualdade é boa porque incentiva cada indivíduo a se superar.

Hoje na América o povo está se mostrando farto dos regulamentos impostos em cima de regulamentos. Eles querem como presidente um homem de negócios, que saiba gerar empregos. E a fórmula é simples: reduzir a carga tributária substancialmente, dar subsídios para o investimento estrangeiro, e deixar os empregadores e empregados negociarem livremente seu contrato de trabalho sem todas as exigências trabalhistas. É isso que todos os candidatos republicanos estão pregando. A mesma fórmula que Ronald Reagan usou para levar a América a um período único de prosperidade. 

Mas para isso dar certo no Brasil, tem que haver também uma mudança de mentalidade. O brasileiro tem que entender que qualquer forma de corrupção, causa um dano irreparável ao país e ao futuro de seus filhos. Acho que nenhum pai sonha que seu filho seja um corrupto bem sucedido. Estes políticos em Brasília que vemos cantar o Hino Nacional entendem que os filhos deste solo não devem violar a mãe gentil? Bilhões de dólares que poderiam ser usados na educação, saúde, transporte enviados para o exterior? Sabem o que é um bilhão de dólares? Imaginem gastar 4 milhões de reais por ano durante mil anos!!! Dá para entender a magnitude do dano?

Na América se temos reclamações podemos escrever ao senador do nosso estado identificando-se simplesmente como “contribuinte”. Isto porque há um claro entendimento que o contribuinte é quem manda. É ele quem paga o salário do político. Os políticos trabalham para o povo e não vice-versa.

Thomas Jefferson, o terceiro presidente americano, disse em 1787 que uma nação de carneiros terá um governo de lobos. O povo brasileiro, que é um povo tão especial, criativo, feliz e generoso, não pode continuar a ser roubado de seu futuro. Chegou a hora de dar um basta àqueles que querem usar o cargo público para se enriquecer e no processo, empobrecer todos a sua volta.