Sunday, March 6, 2016

Obama, Clinton e o Discurso Político - 6/3/2016

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitará Israel na semana que vem. Em sua última viagem, mal havia descido do avião foi condenando Israel por ter aprovado a construção de casas para ortodoxos em Ramat Shlomo, um bairro judaico de Jerusalem situado ao longo da linha de armistício de 1949. Apesar do propósito desta vinda ser a situação na região, especialmente a vulnerabilidade da Jordânia ao Estado Islâmico, não há dúvida que Biden deixará claro que a política anti-israelense de Obama irá continuar até ele sair da presidência no final deste ano.

Recentemente, Obama expressou seu descontentamento com a aprovação de novos projetos habitacionais mesmo os direcionados igualmente para judeus e árabes. Ele exigiu mais projetos exclusivamente para árabes em Jerusalem e condenou a demolição de construções árabes ilegais na Judeia e Samaria. A política de Obama é clara: negar aos judeus o direito de propriedade e ao governo de Israel, a soberania sobre não-judeus.

Isto até o final do ano, mas talvez mais além. A campanha da provável herdeira de Obama, Hillary Clinton está se esforçando ao máximo para pintar a candidata como uma grande amiga de Israel. Tirando os meses que precederam sua eleição ao Senado em 2000, em que precisava do voto judaico, Hillary nunca foi amiga de Israel.

Em seu livro, A Evita Americana, o autor Christopher Anderson, conta que Hillary sempre foi fã de Yasser Arafat e dos palestinos. Ele conta um episódio em que ela se recusou a entrar na casa de um político importante que apoiava seu marido porque ele tinha uma Menorá na porta. Quando se tornou primeira dama, ela foi a primeira a pedir a criação de um estado palestino e quem não se lembra de seu encontro com Suha Arafat? A esposa do terrorista alegou que Israel estaria usando gás tóxico para matar palestinos e Clinton, ao seu lado, acenava sua concordância.

Como secretária de estado, seu comportamento em relação a Israel ainda foi pior. Foi ela quem exigiu o congelamento de construções de judeus em 2009, incluindo pela primeira vez, Jerusalem na disputa. Em 2011 ela tentou deslegitimar Israel como uma nação democrática por causa das acomodações no transporte público para os religiosos que separaram mulheres de homens. Em seu livro “Duras Escolhas” qualquer um pode ler suas posições anti-Israel. Em um trecho em que ela conta uma visita ao estado judeu, Hillary descreve “quando deixamos a cidade e visitamos Jericó, na Cisjordânia, tive meu primeiro vislumbre da vida baixo à ocupação onde os palestinos tiveram negado a dignidade e autodeterminação que os americanos tomam como normal”. Nada sobre terrorismo, incitação, ou sobre o fato de Arafat ter recusado receber 98% da Cisjordânia, negociado por seu marido.

Mas pode ser que Clinton não possa assumir a presidência, mesmo se ganhar as eleições. O FBI está investigando milhares de e-mails classificados como sigilosos e mais que sigilosos que ela teria enviado e recebido no seu servidor pessoal contra a lei federal americana. Nesta semana, Bryan Pagliano, que montou o servidor na casa de Clinton em NY, recebeu imunidade para prestar depoimento.  

Além disso, há a Líbia. Clinton fez de tudo para remover Qaddafi do poder apesar dos protocolos da Casa Branca avisar que isto seria um desastre. Clinton havia contratado privadamente o amigo Sidney Blumenthal como consultor apesar de Obama ter expressamente proibido. Blumenthal deu as cartas na Líbia, muito menos interessado em livrar o povo da tirania e mais preocupado em assegurar uma participação nas riquezas do país. Em 11 de setembro de 2012, a embaixada americana foi atacada, o embaixador e outros quatro americanos foram mortos. Vergonhosamente, Clinton correu para culpar um vídeo no Youtube pelo ataque.

Hoje a Líbia está tomada por jihadistas e se tornou uma base importante do Estado Islâmico. E Clinton tem a cara-de-pau de dizer que ela é a pessoa com a maior experiência para liderar a América! Como primeira-dama ela tentou impor um programa e saúde, até as autoridades a colocarem no seu lugar. Como senadora por Nova Iorque, não fez absolutamente nada. E sua maior iniciativa como secretária de estado foi um desastre de proporções épicas.

Estamos vivendo uma era de agressão islâmica não vista desde a época de Maomé. Grupos terroristas agem como estados e estados patrocinam o terrorismo. As consequências da pressão americana para que Israel se retire da Judeia e Samaria e ainda de metade de Jerusalem, são lúgubres. Cada vez que Israel deixou qualquer território, os jihadistas reclamaram vitória e foram de fato, considerados vencedores pelos árabes.
  
A estabanada retirada do Líbano em 2000 foi tida como vitória da Hezbollah que em seguida, estacionou mais de 100 mil mísseis na fronteira norte. A retirada de Gaza em 2005 foi acompanhada pelo grito de vitória do Hamas e os propulsionou a ganhar as eleições palestinas em 2006. Israel já passou por duas guerras com o Hamas. E ainda mais preocupante, o vácuo criado na saída, é preenchido por radicais islâmicos expondo Israel a mais perigos.

Mas nada disso está sendo considerado por Obama ou por Clinton. Eles nem mesmo se importam como a América é vista no mundo islâmico! Os americanos ainda não se refizeram das imagens de seus marinheiros ajoelhados e usados como propaganda pelos mulás enquanto o secretario John Kerry agradecia a hospitalidade iraniana. E é por isso que o povo está acolhendo candidatos que não são parte da corriola política de Washington como Trump, Ted Cruz e Sanders.

Há um cansaço e impaciência com o discurso político vazio, que usa palavras dúbias e emotivas. Trump diz que vai retornar a América a sua grandiosidade. Todo o mundo entende isto. Aí Clinton diz que ela quer fazer a América um país completo. E seus seguidores aplaudem como se fosse a melhor ideia do século. O que isto quer dizer?

Nós no Brasil conhecemos muito bem estes discursos cheios de promessas feitas com palavras que não querem dizer nada. E não posso deixar de falar sobre os eventos desta sexta-feira, em que o ex-presidente Lula foi chamado a depor.

Há fatos incontroversos. Um deles é que o Brasil está quebrado. Centenas de negócios estão fechando e milhares de pessoas engrossando a fila dos desempregados. Em Nova Iorque e Miami conseguimos sentir um influxo anormal de brasileiros, procurando emprego e meios para ficar no país. Os mais afluentes estão usando seus últimos recursos para se mudarem do Brasil.

E quem está saindo são os empreendedores, os jovens universitários, profissionais liberais, aqueles que geravam empregos e faziam o Brasil crescer. Mas estes últimos governos supostamente “socialistas” acabaram com esta classe com a enorme carga tributária, os regulamentos massacrantes e a opressão do fisco. No Brasil tornou-se vergonhoso ser bem sucedido honestamente.

Temos que aprender com a história e o que já foi tentado no passado. Se o socialismo fosse bom, a União Soviética não teria se despedaçado, Cuba estaria cheia de milionários, a China teria continuado fechada ao mundo e a Venezuela estaria num mar de prosperidade. E os Estados Unidos não teriam 11 milhões de ilegais procurando meios para ficar no país. Como disse Margareth Thatcher, “o problema com o socialismo é que eventualmente ele acaba com o dinheiro dos outros para gastar”.

O sistema capitalista também tem defeitos, mas ele é livre. Um capitalismo responsável assegura que todos tenham as mesmas oportunidades mesmo que o resultado seja desigual. A desigualdade é boa porque incentiva cada indivíduo a se superar.

Hoje na América o povo está se mostrando farto dos regulamentos impostos em cima de regulamentos. Eles querem como presidente um homem de negócios, que saiba gerar empregos. E a fórmula é simples: reduzir a carga tributária substancialmente, dar subsídios para o investimento estrangeiro, e deixar os empregadores e empregados negociarem livremente seu contrato de trabalho sem todas as exigências trabalhistas. É isso que todos os candidatos republicanos estão pregando. A mesma fórmula que Ronald Reagan usou para levar a América a um período único de prosperidade. 

Mas para isso dar certo no Brasil, tem que haver também uma mudança de mentalidade. O brasileiro tem que entender que qualquer forma de corrupção, causa um dano irreparável ao país e ao futuro de seus filhos. Acho que nenhum pai sonha que seu filho seja um corrupto bem sucedido. Estes políticos em Brasília que vemos cantar o Hino Nacional entendem que os filhos deste solo não devem violar a mãe gentil? Bilhões de dólares que poderiam ser usados na educação, saúde, transporte enviados para o exterior? Sabem o que é um bilhão de dólares? Imaginem gastar 4 milhões de reais por ano durante mil anos!!! Dá para entender a magnitude do dano?

Na América se temos reclamações podemos escrever ao senador do nosso estado identificando-se simplesmente como “contribuinte”. Isto porque há um claro entendimento que o contribuinte é quem manda. É ele quem paga o salário do político. Os políticos trabalham para o povo e não vice-versa.

Thomas Jefferson, o terceiro presidente americano, disse em 1787 que uma nação de carneiros terá um governo de lobos. O povo brasileiro, que é um povo tão especial, criativo, feliz e generoso, não pode continuar a ser roubado de seu futuro. Chegou a hora de dar um basta àqueles que querem usar o cargo público para se enriquecer e no processo, empobrecer todos a sua volta.



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