No último dia 9 de março, o Irã lançou dois
mísseis balísticos com alvos situados a 1.400 quilômetros da base com a frase
“Israel precisa ser destruída” pintada em Hebraico. A distância entre Teerã e
Jerusalem é de 1.800 quilômetros.
O general iraniano Amir Ali Haji Zada,
comandante da divisão aérea das Forças Revolucionarias disse que os mísseis pertenciam
aos palestinos, aos libaneses, aos sírios, aos iraquianos, ao mundo islâmico e
a todos os povos oprimidos do mundo.
Quanta magnanimidade!!!
Outro, o brigadeiro-general Hossein Salami,
complementou dizendo que Israel irá entrar em colapso muito em breve e se gabou
da enorme reserva de mísseis que o Irã tem, prontos a serem lançados.
Muito rápido os Estados Unidos estão
descobrindo sua trágica impotência em face deste acordo nuclear com o Irã.
Estes dois testes claramente violaram as restrições impostas pela ONU e a
América sugeriu a imposição de novas sanções contra os mulás. Mas de repente os
americanos se deram conta que por causa do acordo assinado em junho, a
imposição de novas sanções tornou-se impossível.
Nunca houve qualquer ligação entre os
programas nuclear e de mísseis balísticos do Irã. No começo das negociações, o
problema foi levantado. O Irã ameaçou se retirar da mesa e então os Estados
Unidos decidiram abandonar a questão acreditando que a ONU já tinha imposto
restrições suficientes ao programa balístico. Mas no acordo final, todas estas
restrições foram suspensas. A União Europeia, por exemplo, tinha provisões
robustas contra os mísseis balísticos que foram revogadas com o acordo.
A embaixadora americana Samantha Power na
ONU disse que o teste merecia uma resposta do Conselho de Segurança. Mas o
embaixador russo objetou dizendo que ele não violara a resolução 2231 adotada
como parte do acordo nuclear.
A resolução 2231 do Conselho de Segurança
revogou as seis resoluções precedentes que objetivavam restringir os programas
nucleares e balísticos do Irã. Em particular, revogou a resolução 1929 que
estabelecia que o “Irã está proibido de engajar em qualquer atividade
relativa a misseis balísticos capazes de carregar ogivas nucleares, incluindo o
lançamento usando tecnologia balística e que os Estados deveriam adotar as
medidas necessárias para prevenir a transferência de tecnologia e assistência
técnica ao Irã, relativa a estas atividades.” Esta linguagem clara e dura,
foi substituída pela resolução 2231 que diz simplesmente que o “Irã é
chamado a se abster de atividade relacionada com mísseis balísticos capazes de
carregar armas nucleares incluindo o lançamento usando tecnologia balística até
a data do oitavo aniversario do acordo nuclear ou até a data em que a Agencia
Nuclear de Energia Atômica submeta um relatório confirmando a Conclusão
Abrangente, o que ocorrer primeiro”.
Quer dizer, o que antes era “o Irã está
proibido” agora é “o Irã fará um esforço para se abster”. De algum modo, na
pressa para assinar um acordo que fosse aceitável para o Irã, os Estados Unidos
diluíram a linguagem sobre os mísseis balísticos ao ponto dela se tornar
irrelevante.
Há ainda o fato da Rússia ter se comprometido
a entregar ao Irã o moderníssimo sistema S-300 de defesa antimísseis, algo que
havia sido cancelado por causa das prévias resoluções. O Irã então não só tem a
capacidade de atacar, mas de se defender de qualquer resposta à sua agressão.
Com o poder de veto a novas sanções, Putin hoje está segurando todas as cartas
em relação aos mulás. Este foi o presentão dado a Moscou pelos Estados Unidos através deste acordo mal
negociado.
Incidentes como este nos fazem perguntar:
se o Irã pode se safar de testes com mísseis balísticos por causa da linguagem
completamente ineficaz do acordo, e se o Irã pode de fato ignorar a
recomendação para se abster de tal atividade, contrariamente ao que Obama
declara, então, este acordo não vale o papel em que está escrito!
Eu já havia dito isto no passado, inclusive
quando apontei para uma cláusula do acordo em que os Estados Unidos e os outros
signatários se comprometem a proteger o Irã de qualquer ataque exterior às suas
usinas nucleares.
Este acordo negociado por John Kerry, um
político de carreira e burocrata que até o acordo nuclear, teve como maior
conquista, casar com a milionária herdeira do grupo Heinz do ketchup mais
vendido na América. Outra conquista deste imbecil foi declarar esta semana, que
os assassinatos em massa de cristãos e yazidis pelo Estado Islâmico foi
genocídio. Sério???
O que levou o secretário de estado a esta
conclusão depois de dois anos sentado no muro assistindo o avanço destes
bárbaros? Será que foram os vídeos do leilão de meninas de 3 anos de idade
vendidas como escravas sexuais? Ou fotos de crianças cristãs crucificadas por
serem cristãs? Ou será as centenas de decapitados, milhares de executados ou os
milhões de refugiados que levaram Kerry a esta conclusão?
A razão realmente não importa, e sabem
porquê? Porque isto não fará qualquer diferença na política americana. Com todo
o genocídio, até o final do ano passado os Estados Unidos tinham aceito somente
53 cristãos refugiados da síria. Sabem quantos muçulmanos? Mais de 2.100. Mas a
declaração faz um bom circo para a mídia.
Ontem houve mais um ataque terrorista na
Turquia. Um homem bomba se explodiu no meio de um shopping center em Istambul popular
com turistas. Três israelenses e dois americanos morreram e outros 10
israelenses foram feridos alguns em estado grave. Isto não seria nem noticiário
de primeira página, não fosse a reação da parlamentar turca e diretora de
comunicação digital do presidente Tarcip Erdogan, Irem Atkas que twitou que
desejava que todos os israelenses feridos morressem.
Este é o tipo de comentário de uma mulher
parlamentar, de um país que se diz suficientemente civilizado para se tornar
membro da União Europeia? Estes eram turistas que vieram aquecer a economia da
Turquia tão afetada por recentes ataques, gastando em hotéis, restaurantes,
ajudando a criar empregos no país. Ela é sim, representante desta barbárie
islâmica que quer nos levar de volta à pré-história.
Hoje vivemos uma era em que o que você diz
importa. Tudo se torna público e sujeito à uma reação do público. Nos Estados
Unidos o povo está apoiando Donald Trump por estar cansado de burocratas que só
querem pontos em suas carreiras e não medem as consequências de acordos mal
escritos que podem levar o mundo à devastação. Opiniões como da parlamentar
turca desejando a morte dos israelenses feridos no ataque em Istambul, tornam-se
noticias internacionais, e afetam a decisão de turistas que gostariam de
visitar a Turquia mas escolhem um outro país menos exposto ao terrorismo.
No Brasil, ouvimos incrédulos os grampos
publicados na semana passada e a tentativa do governo de obstruir a justiça
nomeando Lula para um cargo de ministro.
Em particular, a Folha de São Paulo, nesta
última sexta-feira, publicou um editorial asinino, ousando fazer a defesa legal
de quem, sinceramente, encontra-se indefensável. O jornal disse que “o
imperioso combate à corrupção não pode avançar à revelia das garantias
individuais e das leis em vigor no país.” Que “tal lembrança deveria ser
desnecessária num Estado democrático de Direito, mas ela se torna relevante
diante de recentes atitudes do juiz federal Sergio Moro, em geral cioso de seus
deveres e limites.”
Que “talvez contaminado pela
popularidade adquirida entre os que protestam contra o governo da presidente
Dilma Rousseff (PT), Moro despiu-se da toga e fez o povo brasileiro saber que
se sentia "tocado pelo apoio às investigações".
Desde quando o interesse individual se
sobrepõe ao interesse da sociedade? Há incontáveis artigos nos códigos civil e
penal que colocam o direito da sociedade acima do indivíduo. O direito de
expressão não permite alguém gritar “fogo” num teatro colocando em risco a vida
dos que lá se encontram. Quando o Estado quer construir uma obra pública, pode
desapropriar o imóvel do individuo! E outros tantos exemplos.
Ora, o gênio do juiz Sergio Moro foi ter
feito tudo com provas e não o vejo passando o tempo dando entrevistas ou
procurando o holofote ou o microfone. O jornal pergunta, se as escutas eram
irrelevantes para a acusação criminal, porque foram divulgadas?
Foram divulgadas porque são de interesse
público! O povo quer saber o que os dirigentes estão fazendo com o dinheiro dos
seus impostos que estão entre os maiores do mundo e sem qualquer retorno em
educação, saúde, transporte, trabalho e oportunidades! O povo brasileiro
acordou e está exigindo a prestação de contas! Se assim não fosse, o presidente
americano Richard Nixon não teria sofrido impeachment, Color tampouco e outros tantos
políticos e funcionários públicos envolvidos em corrupção.
É um absurdo que um jornal como a Folha de
São Paulo, que alegadamente vendeu pesquisas mentirosas para influenciar as
últimas eleições, venha supostamente defender a credibilidade de um judiciário,
que francamente, tirando o Sergio Moro, nunca colocou corrupto nenhum na cadeia
por muito tempo.
Temos que dar um basta a isso. Exigimos
transparência. O funcionário público, seja um gari de rua ou um presidente, é
empregado do povo e deve responder a ele. Quando alguém se elege, deve sim
sofrer um escrutínio muito maior do que outro cidadão porque a ele é confiado o
futuro da nação na forma de seu erário.
Temos que mudar esta mentalidade de
reverência para com estes “doutores” no saque dos cofres públicos. “Doutores”
que nem curso primário têm. Que tal revogarmos o “desacato à autoridade” e
criarmos uma pena por “desrespeito ao cidadão”?
Só assim o povo poderá assegurar um governo
que não dilapida seus impostos, roubando sua dignidade e seu futuro e que trabalhará
para dar às gerações seguintes uma vida melhor do que as anteriores.
Fica aí registrado o meu protesto.
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