Há um ditado que diz que tudo que começa com os judeus, nunca termina com os judeus.
É
sabido que os judeus são o “canário da mina” da história. Em todas as culturas
e continentes, onde os judeus floresceram, as sociedades ao seu redor também
floresceram. Onde os judeus enfrentaram perseguição e expulsão, a história
mostra, foi o prelúdio das forças sombrias que se apoderaram, degradaram, e,
muitas vezes, destruíram a sociedade local. E não por causa da influência
judaica em si. É que quando uma sociedade é tolerante, livre e protetora de
suas minorias, ela é automaticamente próspera. As pessoas têm vontade de criar,
de construir, de expandir seus negócios.
Os exemplos
deste fenômeno são numerosos e profundos. A era de ouro das comunidades
judaicas na Espanha, por exemplo, também foi uma era de sucesso sem precedentes
do Reino. A expulsão dos judeus resultou num declínio fatal para o país. Os
judeus foram fundamentais para a vibrante vida intelectual, artística e
econômica da Alemanha nos séculos 18, 19 e 20. O ódio maligno e irracional de
Hitler não apenas dizimou os judeus europeus, mas também destruiu a Alemanha e
dezenas de milhões de vidas em toda a Europa.
Com essas
lições de história em mente, como devemos ver o crescente antissemitismo na
América hoje? Como algo inevitável que os judeus têm enfrentado desde sempre?
Como algo pontual que temos que condenar? Ou como um perigo para a América – e
os valores fundamentais que têm sido a base da ascensão deste país?
São os três.
Mas o perigo para a América é inegável. Temos sim que nos preocupar com a
maneira com a qual o antissemitismo reflete perigos mais amplos.
Quando tudo
isso começou? Após o Holocausto, o antissemitismo foi politicamente incorreto
na América por cerca de 30 anos, mas um novo tipo de antissemitismo começou a
se originar na esquerda, especialmente nas universidades na década de 1960,
logo após a vitória milagrosa de Israel na Guerra dos Seis Dias. Foi essa
vitória em 67, e a nova aliança militar que Israel formou com América, que, na
cabeça dos esquerdistas, transformou o estado judeu, de Davi lutando contra
Golias em um cão colonialista e imperialista.
De xodó da
esquerda, com uma economia socialista, os kibutzim, os moshavim e uma luta por
sua sobrevivência contra todas as expectativas, assim que Israel se aliou com a
América que eles odeiam, a esquerda se voltou contra ela.
Os quatro
principais impulsionadores do antissemitismo na América – a direita radical dos
neonazistas e skinheads, a esquerda ativista como Alexandra Ocasio Cortês, os
muçulmanos radicais e os supremacistas negros, como Louis Farrakhan – todos
também odeiam a América. Todos esses grupos e seus apoiadores procuram minar
seus valores centrais de liberdade de expressão, democracia, direitos
individuais, igualdade e pluralismo religioso. E todos eles veem os judeus –
que desde sempre defendem esses valores – como alvos fáceis.Todos usam os
judeus para provar que a América não tem nada de excepcional, nenhum mérito, e
que ela é a culpada pelos males do mundo.
Embora o ódio
aos judeus por supremacistas negros seja um fenômeno americano recente, a
direita radical, a esquerda e os muçulmanos radicais odiaram os judeus por
centenas ou milhares de anos. Cada um deles promovendo sua própria versão do
antissemitismo clássico que resultou em libelos de sangue, pogroms, massacres e
finalmente, o holocausto.
Na década de
1970, os movimentos da Esquerda pró União Soviética e China, começaram a formar
alianças com grupos muçulmanos radicais porque ambos se posicionaram contra os
valores ocidentais.
Apesar do
fato de serem naturalmente desalinhados em seus sistemas de crenças e
ideologias, essa parceria estratégica conhecida como aliança vermelho-verde é
baseada em princípios antiocidentais, antiamericanos e antissionistas. Essa
aliança se firmou na América na década de 1980, principalmente em
universidades.
A Teoria
Crítica da Raça (TCR), enraizada no marxismo, começou a se formar na mesma
época, alegando que os brancos são inerentemente e irremediavelmente racistas e
se beneficiam de várias “estruturas de poder” sistematicamente racistas.
Organizações
alinhadas à TCR começaram a corroer os princípios fundamentais que fizeram dos
Estados Unidos um país excepcional, substituindo o compromisso da América com
direitos individuais e igualdade, meritocracia, estado de direito, tolerância,
pluralismo, liberdade de expressão e capitalismo de livre mercado por políticas
centradas em um mundo dividido racialmente e violento, imerso em teorias da
conspiração e polarização política.
E no meio do
caos, o objetivo é conseguir o controle do país. É só ver a política da abertura
das fronteiras de Biden e seus democratas, trazendo as gangues criminosas, os
traficantes de drogas que só no ano passado custaram a vida de mais de 100 mil
americanos, tráfego de mulheres e crianças, a eliminação da fiança para
criminosos, a legalização das drogas, tudo que em 2 anos transformou as cidades
em que vivemos. Quem chega em NY hoje, não pode deixar de notar o cheiro de
maconha que permeia o ar, os sem-teto e pedintes nas ruas e aqueles com
problemas mentais nas plataformas de metrô.
Por seu lado,
os muçulmanos também passaram a promover ideologias radicais na América,
argumentando que grupos marginalizados e oprimidos (como eles ...) devem se
unir contra os opressores, que incluem Israel e o Judeus.
E se o antigo
antissemitismo não fosse o suficiente, agora temos um novo tipo! Este Novo
Antissemitismo, começou no início do século 21 com o Movimento de Boicote,
Desinvestimento e Sanções (BDS). Com a aliança islamo-esquerdista por trás
dele, o BDS, tem a agenda específica de demonizar o povo judeu e destruir o
Estado de Israel. O problema é que este movimento rapidamente saiu das margens
da sociedade e entrou no mainstream. Organizações da sociedade civil,
universidades americanas e políticos da esquerda hoje endossam o BDS.
Por trás do
BDS, sempre existiu um ódio ardente pela América, seu excepcional caráter
liberal democrático e capitalista e sua influência mundial.
Com os judeus
americanos incapazes de montar uma defesa eficaz contra o BDS devido ao nosso
pequeno número, divisão e aversão ao conflito, o BDS ganhou popularidade nos
últimos vinte anos, normalizando o antissemitismo como parte integrante do
antiamericanismo.
O BDS e a TCR
estão agora intimamente ligados por meio de uma outra teoria da esquerda: a
“Interseccionalidade” que está sendo implementada agressivamente nos locais de
trabalho e nas escolas por meio de políticas adjacentes ao TCR. Uma delas
chegou até a Ordem dos Advogados de Nova Iorque tornando obrigatório aos
advogados fazerem um curso de pelo menos uma hora a cada dois anos, em
Diversidade, Equidade e Inclusão. Os americanos desde tenra idade estão sendo
doutrinados para ver a América como intrinsecamente má, que deve ser totalmente
refeita de acordo com os padrões social-comunistas e de raça.
Embora os
judeus sejam um dos principais alvos desses grupos, o alvo final sempre foi a
América.
Os judeus
americanos precisam criar alianças com outros americanos focados em ajudar o
público a entender que o antissemitismo que espalha BDS, TCR, Estudos Étnicos e
políticas de Diversidade Equidade e Inclusão são, antes de mais nada, uma
ameaça aos valores americanos tradicionais de família, liberdade de expressão,
de negócio, de congregação, de religião e inclusive de nos vermos livres da
intromissão do governo em nossas vidas.
Nada menos
que o futuro da América – e da comunidade judaica americana – está em jogo.