Acabou 2022 e
hoje começamos 2023. Infelizmente não começamos com o pé direito.
Na Ucrânia a
população “festejou” a passagem do ano em bunkers depois de barragens de
mísseis terem sido lançados sobre a população civil pela Rússia no último dia
do ano. E ninguém fala nada.
O Talibã, no
Afeganistão, proibiu as mulheres de trabalharem fora de casa, inclusive as que
fornecem serviços para mulheres, como professoras, médicas, e também de
frequentarem a universidade. O mundo não
só ficou quieto - tirando algumas expressões de “preocupação”- mas o
Afeganistão continua como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas
faz sentido, já que pela lei afegã, as mulheres não são seres humanos, mas
propriedade dos homens de sua família.
Neste final de
ano o Irã continuou a julgar manifestantes contra seu regime opressivo que
matou Mahsa Amini por não usar o hijab corretamente e executou por enforcamento
um rapaz de 23 anos apenas 3 semanas depois dele ser preso. Mas só agora, e
depois de muita pressão de ONGs, o Irã foi expulso da Comissão da ONU sobre o Status
das Mulheres. Mas foi só desta comissão...
Nos Estados
Unidos a situação não está melhor. Enquanto a inflação continua desenfreada, as
fronteiras estão completamente abertas e milhões de pessoas continuam a entrar
sem qualquer checagem produzindo uma onda de sem-teto insustentável para as
comunidades do sul do país e até em NY. Junto com a onda migratória, drogas
estão sendo trazidas e mais de 75 mil americanos em 2022 morreram de overdose.
Para piorar a situação, fraudes gigantescas, como a quebra da FTX, a reforma da
Justiça penal que eliminou a fiança, novas leis que descriminalizaram o roubo
em lojas, a censura pelo FBI da mídia conservadora americana, mostram o total
declínio moral do país.
Sete fornecedores
de componentes do Iphone da Apple usaram trabalho forçado dos uighurs, a minoria
muçulmana da China que colocou mais de um milhão deles em campos de
“reeducação”. A Apple continua usando estes fornecedores. Vocês viram alguém
protestar contra a China? Eu também não.
Israel continua a
ser brutalizada pelas organizações internacionais, supostamente defensoras de
um não-povo chamado palestino, que é formado de árabes vindos da Arabia e de
outros países vizinhos. Para fechar o ano, a Assembleia Geral da ONU votou na
sexta-feira para buscar uma declaração da Corte Internacional Penal, sobre as “consequências
legais da ocupação, assentamento e anexação de território palestino”. O que por
si só é um absurdo legal.
Primeiramente, o
território histórico da Palestina engloba tanto Israel como a Jordânia. A
Jordânia ficou com quase 80% da terra e adotou o novo nome para se distanciar da
“Palestina”. Em 1948, na invasão árabe depois da criação de Israel, a Jordânia
abocanhou a Cisjordânia - os territórios históricos da Judeia e Samaria - e o
Egito tomou Gaza. Em 1964, o egípcio Yasser Arafat criou a OLP para “libertar”
o território que estava com os judeus, declarando em sua constituição que
desistia de qualquer reclamação relativa à Cisjordânia e Gaza. Três anos
depois, com a vitória de Israel na Guerra dos Seis Dias, estes territórios, de
onde surgiu o povo Judeu, passaram a ser governados por Israel e somente aí se
tornaram o foco dos árabes e da ONU para marretar Israel.
Para isso, os
árabes então, criaram esta nacionalidade que até então era dos judeus. Os
judeus eram chamados palestinos e os árabes eram “árabes”. Israel tomou o
território da Jordânia que o havia tomado do Mandato Britânico, que o havia
tomado do Império Otomano turco. Nunca Israel tomou qualquer território de uma
nação chamada palestina e de acordo com o direito internacional, é Israel quem
tem o melhor título de propriedade desta terra já que ela sempre teve,
continuamente, uma comunidade judaica no local, desde a destruição do Segundo
Templo por Roma.
A mesma Roma que foi
destruída e não existe mais. Mas todos os elementos que causaram a sua
destruição estão aí de volta.
A falta de lei e
ordem e o gasto indiscriminado dos impostos com desperdício e corrupção. Vemos
o governo Biden usando de legislação que supostamente deveria promover a
infraestrutura para pagar apoiadores políticos e suas causas. Para isso ele
imprimiu e continua a imprimir dinheiro causando a inflação que vemos hoje. Biden
cortou projetos vitais em nome da mudança climática para agradar sua base,
criando milhares de desempregados que se tornaram uma carga para o governo. As
fronteiras abertas e falta de segurança permitindo a invasão dos povos
bárbaros. É o que está acontecendo nos Estados Unidos, na Europa e até no
Brasil com milhões de refugiados que serão uma carga para o país em moradia,
saúde, educação e integração. Isso tudo causou o declínio econômico que no
final destruiu o império romano.
Mas a maior causa
subjacente que destruiu o império romano e que está minando as democracias de
hoje é a falência da moral. Ninguém mais fala em moral no mundo.
A falência da moral
se dá quando alguém se envolve em tomar riscos que, se não derem certo, uma
outra pessoa pagará o preço. Foi isso que ocorreu com a Enron, com o Madoff,
com a FTX agora e com as maiores crises econômicas da história moderna,
causando bilhões de dólares em perdas, especialmente dos pequenos investidores
que colocaram suas economias com estes investidores inescrupulosos.
A mesma coisa com
as promessas dos governos europeus e americano de investir em negócios que não
dão certo, matando a indústria existente – como a de energia - ou tornando-se
dependente de estados ditatoriais somente para promover sua ideologia. Quem irá
pagar a conta ao final? Não são estes líderes que tem seu futuro assegurado
pelos gordos salários e dinheiro feito enquanto no poder. Será o povo,
novamente.
É essa
mentalidade de tirar vantagem, de aproveitar o que dá enquanto pode sem se
preocupar com o outro, com o país ou com o futuro de seus filhos e netos. Essa
é a falência moral.
A quebra da
unidade familiar, o foco nos sentimentos da minoria em detrimento da maioria, a
crise econômica, as drogas, enfim, uma situação que como com os bárbaros, só
traz alento para os inimigos do Ocidente.
Hoje as pessoas
mais pobres têm uma qualidade de vida e longevidade muito maiores do que as
pessoas ricas de há 100 anos. E isso foi possível por que os mercados eram
baseados em princípios morais. Eles fizeram as escolas, concederam a liberdade
de expressão e de imprensa, os costumes, as tradições, os modelos morais que
influenciaram as pessoas.
Infelizmente hoje
quando a mídia idolatra o dominador, relativiza o que é certo e o que é errado,
quando a crença na religião é considerada ofensiva e quando líderes perdem todo
o sentido de honra e vergonha e não há nada que eles não façam para se apegarem
ao poder. Isso é a queda do Império Romano.
Precisamos
acordar e demandar uma prestação de contas dos nossos líderes e responsabilizá-los
pessoalmente por cada decisão errada que tomam. Se não fizermos isso
rapidamente, não será somente bens e dinheiro que perderemos. Será também nossa
liberdade, confiança e decência. Coisas que tem valor. Não preço.
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