Sunday, December 31, 2023

Recapitulando 2023 - 31/12/2023

 

Pensei hoje, sendo dia 31 de dezembro, falar do que foi 2023 e as lições que fomos forçados a aprender com tudo o que passamos.

A primeira lição é: não subestime a esquerda.

Com o colapso da União Soviética e a revelação da sua pobreza, corrupção e atraso, a esquerda já não podia pregar o comunismo idílico. Hoje já não se ouve falar da luta de classes e a não ser alguns que ainda dormem no sótão empoeirado, não chamam mais seus correligionários de “companheiro”.

A esquerda então mudou a retórica, conseguindo dividir o mundo entre opressores e oprimidos. E todo o ocidente e países que promovem os princípios de liberdade, hoje são rotuladas como “opressores”. Todos os outros, por mais vis, genocidas, misóginos, homofóbicos, violentos que sejam, são coitados “oprimidos”.

A segunda lição, é entendermos que nem todas as pessoas pensam como nós, têm os mesmos valores, têm os mesmos objetivos para sua sociedade ou mesmo para seus filhos. A ideia que cada ser humano quer as mesmas coisas independente de sua cultura e de sua educação é uma mentira. Não são todas as sociedades que querem que suas filhas estudem ou que seus filhos não sejam mártires. O Hamas não pensou duas vezes em chacinar crianças em seus berços, estuprar mulheres na frente de seus maridos para depois matá-las ou arrastá-las para Gaza ou as queimarem junto com seus maridos e filhos. E tudo isso sancionado por sua cultura. Duvidam?

Então vejam: a professora Suad Saleh da prestigiosa Universidade Islâmica de Al-Azhar no Egito em um programa de tv em 12 de setembro de 2014, ela discutiu o conceito islâmico de "aqueles a quem você possui". Falando na TV Hayat, a professora Saleh disse que os muçulmanos que capturam mulheres numa guerra legítima contra os seus inimigos podem possuí-las e fazer sexo com elas como escravas. “Para humilhá-las”, ela disse. “Essas mulheres se tornam propriedade do comandante do exército, ou de um muçulmano, e ele pode fazer sexo com elas”. Isso é uma mulher defendendo a violência contra outras mulheres, não há cem anos atrás. Mas no século 21. Mesma cultura? Acho que não.

E ela não está só. Imediatamente depois do massacre de 7 de outubro, milhares saíram às ruas defendendo as ações do Hamas pregando o genocídio do povo judeu, cantando do rio ao mar, a Palestina será livre. 90% não sabia que rio ou qual mar de que estavam falando e nem mesmo que os 8 milhões de judeus de Israel vivem entre este Rio e este Mar. E tudo muito bem organizado por grupos de esquerda. E se a esquerda saiu às ruas é porque os judeus são opressores e culpados, e os palestinos têm que então ser os oprimidos. Se os palestinos mataram, estupraram, torturaram e sequestraram é por causa de algo que Israel fez a eles.

A terceira lição então é que fraqueza gera agressão. A América e o Ocidente, em sua visão errônea da realidade, decidiram se afastar das zonas de conflito, achando que havia chegado a hora de cada país tomar seu próprio rumo e ser dono de seu próprio destino. Uma retórica linda, mas vazia demais.

A América saiu do Afeganistão e entregou o país, com bilhões em armamentos a bárbaros que não saíram do século VII. De forma menos dramática, com seu silêncio, o mundo ratificou a invasão da Georgia pela Rússia em 2008. Como ninguém falou nada, em 2014, a Rússia invadiu a Crimeia. O mundo também ficou quieto. Aí em 2022 ela decidiu invadir toda a Ucrânia. E isso afetou as rotas no Mar Negro, os preços mundiais da farinha de trigo, de fertilizantes e outros produtos da região. A guerra pode estar ocorrendo em outro continente, mas afeta nossos bolsos aqui em casa. Tudo porque o mundo mostrou fraqueza.

Outra lição é que numa disputa só existem duas opções: apaziguamento e dissuasão. Não há uma terceira.

O apaziguamento foi tentado repetidamente pela América, países do ocidente e por Israel, sem sucesso. Barack Obama levantou sanções contra o Irã, achando que isso iria trazer os aiatolás para a comunidade das nações. Ele não entendeu a mentalidade iraniana de superioridade e de sua missão como catalisador do fim dos tempos.

Em vez disso, Teerã aumentou sua capacidade de produção de uranio, fincou sua presença no Iraque, consolidou seu domínio na Síria e Líbano e financiou o golpe dos xiitas Houthis no Iêmen, além de expandir sua influência na Venezuela e outros países na América do Sul e na Asia. E até Israel tentou apaziguar o Hamas com malas de dólares, achando que podia reformar estes terroristas da Faixa de Gaza.

Nos anos da administração Trump, vimos o Irã diminuir suas atividades, mas assim que Biden assumiu a presidência americana, e fez sua prioridade a volta ao acordo nuclear com os mulás, eles retomaram suas atividades em ritmo dobrado plantando bases na Síria, armando, treinando e financiando o Hamas no sul de Israel, o Hezbollah no norte, as milicias iraquianas e os Houthis no Iêmen.

Ninguém tinha seriamente se preocupado com os Houthis até que eles começaram a atacar navios que se adentravam o Mar Vermelho em direção ao Canal de Suez e também ao porto de Eilat em Israel e Akaba na Jordânia. A desculpa é que estavam atacando navios israelenses ou de propriedade de israelenses.

Notem que o mar vermelho e o canal de Suez são responsáveis por 30% de todo o transporte de containers do mundo. A pirataria deste procurador iraniano está não só causando uma ruptura no comércio internacional, mas o aumento dos preços de mercadorias, dos fretes e dos seguros marítimos. Mas tudo é desculpado porque os Houthis não são brancos ocidentais e eles hasteam a bandeira palestina às suas lanchas antes de tomarem os navios.  

Durante os últimos 25 anos, a esquerda procurava um inimigo comum para unir todas as causas e encontrou o antissionismo.

É aí que o Islamismo, com seu ódio visceral à modernidade e ao Ocidente, entra como um aliado da esquerda e os muçulmanos passam a ser os novos injustiçados.

E isso explica por que temos Queers prós palestinos, apesar dos palestinos matarem gays. Ou feministas anti-estupro apoiarem o Hamas, e até os que pregam que não haverá justiça ambiental se a Palestina não for livre do rio ao mar.

O ataque de 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas, um grupo terrorista islâmico, deveria ter provocado uma onda de solidariedade às vítimas, mas o que se viu na esquerda foi ou o apoio explícito ao Hamas ou, de novo, justificativas para os atos de terror como “colonialismo” e “apartheid” por parte de Israel contra os palestinos.

Como a escritora e filósofa Catarina Rochamonte escreveu: “Seis milhões de judeus exterminados não foi o suficiente para transformá-los em minoria oprimida, merecedora da compaixão e da solidariedade mundial, após o ataque de um grupo tão ou mais perverso do que os nazistas. Pelo contrário, em uma inversão moral perversa, a extrema esquerda criou a narrativa do judeu nazista e do Estado genocida, que estaria praticando um novo holocausto contra os palestinos.

É preciso refletir sobre o que leva aqueles que supostamente defendem as minorias a ficarem ao lado do mundo árabe-muçulmano que reúne várias nações riquíssimas e mais de 1 bilhão de indivíduos contra um pequeno Estado e um pequeno povo que não ultrapassa os 15 milhões de pessoas.

E esta é a última lição de 2023. Da mesma forma que o nazismo encantou o mundo com sua superioridade ariana na década de 30, a esquerda junto com o radicalismo islâmico está angariando apoio para suas ações nefastas usando o papel de vítima. Não podemos deixar isso nos intimidar. Israel construiu um Estado próspero e moderno, no modelo das bem sucedidas democracias liberais do Ocidente, longe das teocracias vizinhas do Oriente Médio. O problema é que Israel está só para se defender. E ela sempre esteve só para se defender. Israel não pode se dar ao luxo de continuar apaziguando o inimigo. Ela tem que retomar o poder de dissuasão contra seus inimigos.

E cabe a nós também defender Israel para que ela nunca mais adote o papel de eterna vítima da crueldade do mundo.

Desejo a todos vocês, um super 2024, cheio de saúde, paz, sucesso, e boas notícias.

Sunday, December 24, 2023

Os Judeus Como Colonos Brancos - 24/12/2023

 

Esta semana que passou foi uma das mais duras que eu possa lembrar. Mas também foi uma semana com muito reconhecimento e agradecimento.

Desde o dia 7 de outubro vimos dezenas de missões de países do mundo inteiro virem a Israel para prestar solidariedade ou simplesmente, para verem com seus próprios olhos o que sobrou das comunidades do sul depois do massacre cometido pelo Hamas.

Grupos de chefes de estado, parlamentares, jornalistas e até celebridades como Elon Musk, Ivanka Trump e seu marido Jerod Kushner, a atriz Debra Messing, todos estes chegaram e foram. E eu ficava no aguardo para ver se alguém do país no qual nasci, iria vir para estender a mão. Infelizmente, isso não aconteceu até que junto com amigos no Brasil, conseguimos juntar um grupo muito especial e então sai com eles para registrar a devastação das comunidades, o testemunho das famílias dos raptados e das que perderam filhos na guerra e ver as evidências da incomparável barbárie à qual a desceu a humanidade no dia 7 de outubro.

Por isso, antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer o Senador Carlos Viana, as deputadas federais Carla Zambelli de São Paulo e Cristiane Lopes de Rondônia, que mostraram uma tremenda coragem em vir a Israel no meio de uma guerra para prestarem sua solidariedade. Agradeço também o empresário Otavio Fakhuri que além de vir a Israel, patrocinou a vinda de vários jornalistas. Não tenho palavras para agradecer a vinda dos jornalistas Cristina Graeml da Gazeta do Povo, Alexandre Pittoli da Radio Auri Verde de Bauru, Gerson Gomes da TV Flórida de Miami, a influenciadora Desirée Rugani que mostrou ser uma jornalista com todas as letras. E em especial queria agradecer a Pastora Jane Silva, presidente da Comunidade Internacional Brasil-Israel que fez tudo acontecer.

Não vou descrever aqui o que vimos porque basicamente é o que ouvimos de vários relatos. Mas posso dizer sem qualquer hesitação que a realidade é muito pior do que o que a mente pode imaginar num relato ouvido.

E a origem deste ódio resta sobre o antissemitismo milenar que ainda assola o mundo. Quem pensou, no dia 8 de maio de 1945, um dia depois da rendição incondicional alemã aos aliados, que o antissemitismo iria desaparecer como por mágica, estava muito enganado.

Este antissemitismo, apesar de ter se tornado politicamente incorreto nas décadas seguintes ao Holocausto, continuou a infectar a Europa debaixo do pano, por trás das cortinas. Se Israel pensava que seria aceita na comunidade das nações como uma igual, lhe aguardava uma grande decepção.

O mundo votou sim pela partilha do que sobrou do Mandato da Palestina, do qual 78% tinham ido para criar a Jordânia. A partilha deu aos judeus apenas uma faixa estreita entre Tel Aviv e Haifa, outra faixa na fronteira síria e parte do deserto do Negev e teria sido preciso relocar as comunidades judaicas milenares de Jerusalem, Sfat, Tiberias, Hebron e outras cidades para fazer este plano funcionar. E mesmo assim, os judeus aceitaram. Os árabes recusaram esta partilha e atacaram os judeus assim que os ingleses saíram. E nenhum só país. Nem os que se gabam hoje de terem sido os primeiros a reconhecerem o novo Estado de Israel, como os Estados Unidos, ofereceram qualquer ajuda. Foi somente a mão de D-us que impediu que apenas três anos após o Holocausto, ocorresse um outro extermínio, dos 600 mil judeus que lutaram sozinhos contra 5 exércitos árabes.  

E hoje, ser antissemita não é mais politicamente incorreto. E ele nem esperou que os corpos das vítimas do 7 de outubro, idosos, deficientes, homens, mulheres, crianças, bebês e até fetos esfriassem, para sair às ruas e apoiar os que perpetraram esta barbárie.

E esta transformação, acreditem, começou na ONU.

Em 2001, depois de concluírem que não era possível vencer Israel militar, diplomática ou economicamente, os antissemitas se reuniram em Durban na famigerada conferência contra o racismo para criar uma nova linguagem para difamar Israel perante o mundo. Tudo isso, formulado pelo Irã, um dos regimes mais opressivos e sanguinários da terra. Foi nesta conferência que os termos “genocida” e “apartheid” foram usados pela primeira vez para rotular Israel.

Estas calúnias mentirosas são agora usadas regularmente em campus universitários, em parlamentos, veículos de mídia e nas ruas de todo o mundo. Mas poucos sabem que são palavreados retirados do manual dos aiatolás. A visão geral hoje é que Israel é uma espécie de implante colonial europeu no coração do mundo árabe.

Em primeiro lugar, e mais importante, o povo judeu é o povo indígena à esta terra, a Terra de Israel, onde a nossa língua, civilização e cultura foram formadas, e é o oposto direto da mentira colonialista. Houve uma presença judaica ininterrupta nesta terra desde tempos imemoriais.

Ao contrário, o nosso retorno foi sem dúvida a maior vitória contra o colonialismo da história da humanidade. Desde que a soberania judaica foi quebrada pela última vez há dois mil anos, todos os invasores que vieram de longe, sejam romanos, rashidun, omíadas, abássidas, fatimidas, seljúcidas, cruzados, mamelucos, otomanos ou britânicos, conquistaram, ocuparam e colonizaram a terra e o povo que moravam aqui.

O povo judeu foi o último e único povo a conferir a este território um estatuto de estado independente e soberano há dois mil anos e de novo em 1948. Todos os outros apenas adicionaram este território aos seus impérios ou colônias.

Sim, muitos judeus vieram de outros lugares, porque os seus antepassados foram escravizados por estes colonizadores e levados à força para longe, para a diáspora. No entanto, o Povo Judeu, independentemente de onde residisse, nunca se esqueceu da sua pátria nacional, rezando e ansiando por ela todos os dias, 3 vezes por dia!

Ainda, os judeus sempre viveram no Oriente Médio, incluindo na Terra de Israel, durante os últimos dois mil anos, muito antes da conquista islâmica e da ocupação árabe da região a partir do século VII. Estes judeus, dos quais sou uma descendente orgulhosa, nunca viveram na Europa.

Meus antepassados viveram aqui em Jerusalem, e no que hoje conhecemos como Síria e Líbano, séculos antes do nascimento de Maomé. Como podemos então ser “colonizadores”?

Os judeus que viveram sob o Islão foram forçados a se submeterem ao dhimismo, um estatuto de segunda ou terceira classe num sistema de medo e terror patrocinados pelo Estado, pagando impostos de um povo subjugado e sendo forçado a viver em guetos. O tipo de pogrom que Israel sofreu em 7 de outubro era perpetuado regularmente contra os judeus que viviam no Médio Oriente e no Norte de África ao longo dos séculos.

Em 1948, assim que ocorreu a partilha da ONU, quase que da noite para o dia um milhão de judeus foram forçados a abandonar suas casas no mundo árabe e islâmico. Muitos, como meus pais, chegaram ao Brasil como refugiados, sem conhecer a língua, sem dinheiro, sem conhecidos. Outros conseguiram chegar em Israel que os acolheu, lhes deu cidadania, liberdade e finalmente a igualdade a que tinham direito. Ninguém na ONU teve a ideia de formar uma organização especial para os judeus refugiados como o fizeram imediatamente com os palestinos, criando a UNRWA.

Os líderes judeus não intimidaram a comunidade internacional para que gastasse dezenas de milhares de milhões de dólares para os utilizar como arma política até hoje. Não recorreram à violência, ao terrorismo ou a “qualquer meio necessário” para obter compensação para as comunidades de onde foram arrancados, para os bens que foram deixados e roubados e para o derramamento de sangue e a humilhação que sofreram.

Os antissemitas, anti-Israel nos campus universitários gostariam que ninguém soubesse sobre os judeus que viveram na Terra de Israel e no resto do Oriente Médio, porque isso destrói seus falsos paradigmas e mentiras. Destrói a própria pedra fundamental deles, de que Israel é uma inserção europeia colonialista.

Especialmente depois da recente pesquisa que mostrou que dois terços dos jovens americanos entre os 18 e os 24 anos acreditam que os judeus são opressores e devem ser tratados como opressores, precisamos mostrar repetidamente os fatos históricos de quem é o nativo, e quem é o invasor.

O sionismo não é apenas um dos movimentos de libertação dos mais justos, de um povo indígena, mas também o mais bem sucedido da história. Um povo que retornou à sua terra ancestral, restaurou suas tradições e sua língua ancestral, que há séculos era considerada morta.

E é este movimento que deveria ser festejado por todos. Não o movimento terrorista assassino que não trouxe nada de positivo nem para o mundo, nem para seu próprio povo que se titula “povo palestino”.

 

Sunday, December 10, 2023

Mais Uma Resolução Vergonhosa da ONU - 10/12/23

 

Muitas coisas aconteceram esta semana, que seriam importantes discutirmos aqui. Uma foi o questionamento das presidentes das 3 mais prestigiosas universidades americanas: Harvard, UPenn e MIT sobre se o chamado pelo genocídio de judeus violava o código de conduta de suas instituições. As três responderam que “dependia do contexto”. Se houvesse uma campanha contra gays ou afro-americanos, temos certeza de que a resposta não seria “depende do contexto”. Mas isso fica para outra vez.

Outro evento importante que ocorreu esta semana foi a resolução submetida pelos Emirados Árabes ao Conselho de Segurança, contra Israel, exigindo um cessar-fogo imediato, com a invocação de um artigo rarissimamente usado, o Artigo 99 que estabelece que “O Secretário Geral (no nosso caso Antonio Guterrez), pode trazer ao Conselho de Segurança qualquer assunto que, em sua opinião, pode ameaçar a manutenção da paz e segurança internacional”.

Notem que este artigo não foi invocado nem quando um genocídio ocorria em Rwanda quando 800 mil Tutsis foram mortos, ou em Darfur aonde meio milhão pereceram numa guerra que já dura 20 anos com vários países africanos envolvidos. Ou quando a Rússia invadiu a Ucrânia, alvejando civis indiscriminadamente, gerando uma crise de milhões de mortos e milhões de refugiados que continua até hoje. Não. É só quando judeus se defendem é que o mundo se levanta escandalizado. Graças a Deus, a administração Biden resolveu no último minuto vetar a resolução. Foi o único a votar contra. Até a Inglaterra decidiu se abster. Todos os outros países, incluindo a França, a China, a Rússia e infelizmente até o Brasil, votaram a favor.   Um cessar-fogo imediato em Gaza, durante a ofensiva do exército de Israel contra terroristas do Hamas daria vitória ao Hamas.

O secretário-geral António Guterres, declarou na sexta-feira que nenhum lugar em Gaza era seguro para os civis, e que estávamos perante um “pesadelo humanitário em espiral” e um cessar-fogo humanitário em Gaza era imperativo.

Bem, no dia 6 de outubro tínhamos um cessar-fogo. E até quando o Jihad Islâmico enviou mísseis contra Israel, Israel teve o cuidado de somente alvejar alvos do Jihad Islâmico e não do Hamas achando erroneamente, que o grupo terrorista tinha se reformado, que queria realmente reconstruir Gaza e governar a Faixa.

Foi o Hamas que enviou 4.500 mísseis para Israel naquele sábado fatídico, adentrou o território soberano de Israel e cometeu o maior massacre de judeus desde o Holocausto. E lembro que foi o Hamas quem não quis renovar a pausa do avanço israelense, soltando mais reféns. Só Deus sabe como estão as 17 moças e mulheres ainda em catividade, incluindo Shiri Bibas com seus dois filhos, Ariel de 4 anos e Kfir de 10 meses. A comunidade internacional quer um cessar-fogo? Arrangem para que todos os reféns sejam soltos imediatamente!

O enviado palestino à ONU, Riyad Mansour, disse ao Conselho de Segurança que o veto significava que “milhões de vidas palestinas estavam em jogo”. Sim, e isso é culpa de quem?

Ezzat El-Reshiq, membro do gabinete político do Hamas, condenou o veto dos EUA como “desumano”. É só ouvir o testemunho dos reféns soltos para ver o que é desumano. É desumano estuprar meninas impúberes. É desumano sequestrar civis, incluindo bebês, crianças e idosos. É desumano não dar acesso à organizações internacionais para verificarem se estes reféns estão em vida e como estão sendo tratados. É desumano mantê-los em lugares insalubres sem tomar banho por 2 meses. E é desumano não dar a eles comida, dar água contaminada para beber e deixá-los em túneis sem luz do sol por mais de 2 meses.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse em comunicado que “Um cessar-fogo só será possível com o retorno de todos os reféns e a destruição do Hamas”.

No Irã, o principal patrocinador do Hamas, o porta-voz do Ministério do Exterior, Nasser Kanaani, disse que "mais uma vez, o governo dos EUA demonstrou que é o principal ator na matança de civis palestinos, especialmente mulheres e crianças, e na destruição da infra-estrutura vital de Gaza.”

Esse é o representante do governo que mata moças por não colocarem o véu corretamente, jogam gays dos tetos de prédios e opositores do regime são enforcados em guindastes e que desde maio deste ano, preside o Fórum Social do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Pessoal, não há dois lados nesta guerra. E não há vários atores. Existe Israel, lutando por sua sobrevivência e há o Irã, por trás de todos os ataques contra Israel.

É só ver. O Hamas hoje está na vanguarda. Mas o Hezbollah, o braço do Irã no Líbano, continua atacando o norte de Israel. Os Houthis do Yemen, dissidentes shiitas patrocinados pelo Irã, continuam a enviar mísseis balísticos fabricados no Irã, para o sul de Israel e ontem ameaçaram interceptar todo e qualquer navio que se direcionasse para o porto de Eilat. Não importa se fosse de ajuda humanitária para Gaza ou não.

Dá para entender? Os Houthis estão seguindo ordens do Irã e querem interceptar qualquer navio no mar vermelho, até os que beneficiariam a população de Gaza. O Egito abriu fogo sobre refugiados árabes que tentaram atravessar para o país fugindo da guerra. O Hamas continua a lançar mísseis todos os dias, incluindo hoje, quando enviou uma barragem contra o sul do país. E o responsável pela situação humanitária definida como catastrófica pela ONU é quem? Israel é claro.

Agora me digam se isso não é puro antissemitismo?

E quando perguntamos que solução teríamos? Como papagaios a resposta é sempre: a solução de dois estados, é claro! Só que já tivemos esta solução implementada e não funcionou! Israel saiu de Gaza completamente, até retirando seus mortos em 2005. Até 2007 tudo estava aberto e os palestinos até construíram um aeroporto. Mas em 2007 o Hamas foi eleito com a plataforma não de construir um país, mas de simplesmente de destruir Israel e aí começaram os ataques.

Que país aceitaria ser alvo de ataques de mísseis contra sua população civil diariamente sem retaliar? Que país aceitaria ter 1400 de seus cidadãos massacrados, estuprados, queimados e degolados e ainda ter que se preocupar se o inimigo está confortável e tem os serviços básicos para continuar a atacar…?  Que país concordaria em ter 240 de seus civis sequestrados, submetidos à fome, falta de remédios, torturados e mantidos em subterrâneos e dar prioridade à “ajuda humanitária” aos seus inimigos?

O mundo ficou louco??? Onde está a claridade moral? Onde está a vergonha na cara? Infelizmente, pela resposta das presidentes das mais altas universidades do mundo, as fazedoras dos futuros líderes, a moral não está lugar algum que possa ser encontrada.

E é por isso que Israel tem que fechar seus olhos e ouvidos ao mundo e fazer o que precisa. Estamos lutando não contra um povo longínquo. Estamos defendendo nossa casa, nossa família, nossos filhos e nosso futuro. E não há imperativo moral maior que este.

 

 

Sunday, December 3, 2023

O Tratamento "Proporcional" em Conflitos - 03/12/2023

 

Bom dia!

Hoje começamos novamente agradecendo a soltura de mais reféns, de mais crianças, algumas mães e cidadãos israelenses de dupla nacionalidade russa e francesa.

Mas como sabemos o coração tem quatro ventrículos. Um está cheio de agradecimento. O outro ainda está cheio de tristeza pelos mortos em 7 de outubro e os jovens soldados que até agora perderam suas vidas. Uma outra parte do coração continua com esperança de que os outros reféns, velhinhos, jovens, soldados, soldadas e é claro, crianças e bebês como Ariel de quatro anos, Kfir Bibas de dez meses e os pais dos dois sejam solto.

No meu último ventríloquo está o ultraje, o protesto, o escândalo pela reação do mundo, seus líderes e suas organizações fúteis.

A primeira, a ONU Mulher, só agora, dois meses depois e após muitos protestos, publicou uma nota condenando o ataque do Hamas e a prática de estupro e abuso sexual de mulheres e meninas. Pouco demais e tarde demais.

A segunda, a UNRWA, é uma verdadeira vergonha e deveria ser não só desmantelada, mas seus empregados e diretores colocados na cadeia. Só nesta semana o exército descobriu um deposito com centenas de mísseis, metralhadoras, munições, vestes e outros materiais de guerra nos armazéns da UNRWA. Um dos reféns soltos disse que tinha ficado preso no sótão da casa de um professor da UNRWA que só dava comida a ele quando ele chorava inconsolável de fome.

A outra é a Cruz Vermelha. Só de pensar nas dezenas de amigos, inclusive eu, que doava regularmente para a Cruz Vermelha, me dói. Esta organização, além de ser um Uber que em vez de taxis, passeia de ambulância, não serve para nada. Dezenas de reféns levados para Gaza são idosos que precisam dos remédios que tomam. A Cruz Vermelha se recusou, sim, escutaram bem, se recusou a entregar (não era dar), a entregar os remédios ao Hamas para que chegassem nas mãos dos reféns. E a “desculpa”? É que eles só podem fazer algo quando “convidados”. Eles não podem tomar a iniciativa.

Teve uma carta que circulou na internet nestes dias mostrando a hipocrisia, as duas caras da Cruz Vermelha datada de 1944 quando diz que “depois de ter visitado Auschwitz, ela não encontrou evidências de instalações para o extermínio de pessoas”. Organização inútil. Se alguém ainda contribui, recomendo que usem seu dinheiro de forma mais construtiva.

A ONU em geral, só condena Israel pela falta de proporcionalidade, um fetiche que como o jornalista Douglas Murray disse, só se aplica a Israel. Numa guerra nunca há proporcionalidade. Será que a América colocou o teto de 2,977 pessoas para matar no Afeganistão, o número de mortos em 11 de setembro? Acho que não. De fato, 243 mil pessoas foram mortas. Onde ficou a proporcionalidade?

Ou será que os aliados levaram uma calculadora para contar quantos civis alemães ou japoneses poderiam matar no máximo, para se manterem “proporcionais” à ameaça deles? É só ver quantos civis morreram em Hiroshima e Nagazaki para ter certeza, que a tal da “proporcionalidade” nunca foi levantada em nenhum conflito conhecido na história, exceto, em relação a Israel.

Isso sem falar da invasão da Ucrânia pela Rússia que continua a bombardear alvos civis e todo o mundo acho que tudo bem. É parte da guerra. Vilarejos inteiros exterminados, mulheres ucranianas estupradas, crianças ucranianas sequestradas e enviadas para a Sibéria para “reeducação” e nesta semana a Rússia aprovou uma lei criminalizando a prática homossexual. Toda a comunidade LGBTQA e o resto do alfabeto, agora é fora da lei. E este regime de terror ainda tem o poder de veto no Conselho de Segurança.

Ok. Que tal então Israel começar a usar a proporcionalidade, tratando os palestinos em seu poder, do mesmo modo que os palestinos tratam os israelenses?

E digo palestinos porque como vimos esta semana, pelas declarações de Jibril Rajoub da Autoridade Palestina em Ramallah, eles só estão esperando a hora propícia para fazer a mesma coisa que o Hamas fez, na Judeia e Samaria. E já tivemos vários exemplos. Vamos começar com o linchamento do vendedor de brinquedos Yossi Avrahami e o motorista de caminhão Vadim Nurzhitz em 2000 porque eles erraram o caminho e acabaram entrando em Ramallah. Depois tivemos centenas de ataques na Judeia e Samaria e aqui em Jerusalem, o último nesta semana quando dois irmãos árabes metralharam o ponto de ônibus da saída de Jerusalem na hora do rush da manhã.

O apoio da Autoridade Palestina ao Hamas é palpável. Imediatamente após o massacre de 7 de outubro, Mahmoud Abbas separou milhões de dólares para pagar para as famílias dos terroristas, vivos ou mortos. Esta política de pagar para matar chegou à um ponto que um dos terroristas a ser solto por Israel na troca por reféns israelenses, se recusou a deixar a cadeia dizendo que ia perder o salário.

Então vamos lá. Proporcionalidade.

Para isso Israel teria que passar uma lei que qualquer judeu que matasse um palestino iria receber ele e sua família, um salário polpudo ad eterno. Ainda, Israel não forneceria água, eletricidade e energia para Gaza se o mesmo não fosse devolvido em espécie para Israel. O mesmo com as centenas de caminhões de alimentos, medicamentos e outra “ajuda”. Aliás, num destes caminhões de “medicamentos” foram encontrados 5 drones com capacidade de levar explosivos. Ainda bem que há inspeções de Israel mas fico imaginando quandos carregamentos destes não foram pegos.

Depois, tratamento médico em Israel, nem pensar. Sabem que foi Israel quem salvou a vida deste famigerado Yehya Sinouar? Ele estava com câncer na cadeia e um médico israelense lhe salvou a vida. Que agradecimento hein? E também a irmã de Ismayil Hanyeh. Acreditam que ela se tratou em Israel…? E ainda, Mahmoud Abbas e sua esposa foram internados em tempos diferentes em hospitais em Tel Aviv para tratamento.

Sabem qual foi a equivalência que o Hamas deu para a refém Mia Schem? Mandaram um veterinário operar na mão dela. Ela, que estava estudando para ser artista gráfica não sabe se voltará a usar a mão direita dela. Que tal daqui para a frente Israel enviar veterinários para tratar dos doentes em suas cadeias?

Isso provavelmente faria com que Israel fosse suspensa do Youtube. Sabem porque? Porque de acordo com as diretivas do aplicativo, chamar alguém de animal é proibido. Podem ler lá. E foi pela razão que eu disse que se os terroristas do Hamas se comportavam como animais, Israel teria que trata-los como tal, é que a Rádio Bandeirantes cancelou a Hora Israelita. Então falar não pode. Mas mandar um veterinário tratar de uma moça ferida quando Gaza está supostamente cheia de hospitais, isso pode.

Pegar uma família inteira com dois bebês, isso pode. Torturar crianças, forçando-as a assistir horas de vídeos do massacre e apontar a metralhadora em suas cabeças quando choram, isso pode. Fazer idosas dormiram no chão, sem remédios, sem comida, sem luz do sol por 57 dias, isso pode. Vamos lembrar de tudo isso quando vieram nos falar na tal da “proporcionalidade” e para que tenhamos pena dos palestinos “inocentes”. Os mesmos inocentes que quando encontraram o refém Rony Krivoy, depois que ele tinha conseguido escapar, o entregaram de novo nas mãos do Hamas.

É a hipocrisia do mundo. Mas sabem o que? Os israelenses começaram a entender que a pressão do mundo só existe quando você a deixa te afetar. Israel aprendeu com este massacre que não pode depender de ninguém. E judeus ao redor do mundo estão aprendendo o mesmo. Assim, desta vez, podem mandar a pressão que for, Israel finalmente aprendeu a dizer não.

Israel desta vez tem que terminar o trabalho que começou, acabar com o Hamas e trazer de volta os 134 reféns que continuam em Gaza.