Sunday, December 31, 2023

Recapitulando 2023 - 31/12/2023

 

Pensei hoje, sendo dia 31 de dezembro, falar do que foi 2023 e as lições que fomos forçados a aprender com tudo o que passamos.

A primeira lição é: não subestime a esquerda.

Com o colapso da União Soviética e a revelação da sua pobreza, corrupção e atraso, a esquerda já não podia pregar o comunismo idílico. Hoje já não se ouve falar da luta de classes e a não ser alguns que ainda dormem no sótão empoeirado, não chamam mais seus correligionários de “companheiro”.

A esquerda então mudou a retórica, conseguindo dividir o mundo entre opressores e oprimidos. E todo o ocidente e países que promovem os princípios de liberdade, hoje são rotuladas como “opressores”. Todos os outros, por mais vis, genocidas, misóginos, homofóbicos, violentos que sejam, são coitados “oprimidos”.

A segunda lição, é entendermos que nem todas as pessoas pensam como nós, têm os mesmos valores, têm os mesmos objetivos para sua sociedade ou mesmo para seus filhos. A ideia que cada ser humano quer as mesmas coisas independente de sua cultura e de sua educação é uma mentira. Não são todas as sociedades que querem que suas filhas estudem ou que seus filhos não sejam mártires. O Hamas não pensou duas vezes em chacinar crianças em seus berços, estuprar mulheres na frente de seus maridos para depois matá-las ou arrastá-las para Gaza ou as queimarem junto com seus maridos e filhos. E tudo isso sancionado por sua cultura. Duvidam?

Então vejam: a professora Suad Saleh da prestigiosa Universidade Islâmica de Al-Azhar no Egito em um programa de tv em 12 de setembro de 2014, ela discutiu o conceito islâmico de "aqueles a quem você possui". Falando na TV Hayat, a professora Saleh disse que os muçulmanos que capturam mulheres numa guerra legítima contra os seus inimigos podem possuí-las e fazer sexo com elas como escravas. “Para humilhá-las”, ela disse. “Essas mulheres se tornam propriedade do comandante do exército, ou de um muçulmano, e ele pode fazer sexo com elas”. Isso é uma mulher defendendo a violência contra outras mulheres, não há cem anos atrás. Mas no século 21. Mesma cultura? Acho que não.

E ela não está só. Imediatamente depois do massacre de 7 de outubro, milhares saíram às ruas defendendo as ações do Hamas pregando o genocídio do povo judeu, cantando do rio ao mar, a Palestina será livre. 90% não sabia que rio ou qual mar de que estavam falando e nem mesmo que os 8 milhões de judeus de Israel vivem entre este Rio e este Mar. E tudo muito bem organizado por grupos de esquerda. E se a esquerda saiu às ruas é porque os judeus são opressores e culpados, e os palestinos têm que então ser os oprimidos. Se os palestinos mataram, estupraram, torturaram e sequestraram é por causa de algo que Israel fez a eles.

A terceira lição então é que fraqueza gera agressão. A América e o Ocidente, em sua visão errônea da realidade, decidiram se afastar das zonas de conflito, achando que havia chegado a hora de cada país tomar seu próprio rumo e ser dono de seu próprio destino. Uma retórica linda, mas vazia demais.

A América saiu do Afeganistão e entregou o país, com bilhões em armamentos a bárbaros que não saíram do século VII. De forma menos dramática, com seu silêncio, o mundo ratificou a invasão da Georgia pela Rússia em 2008. Como ninguém falou nada, em 2014, a Rússia invadiu a Crimeia. O mundo também ficou quieto. Aí em 2022 ela decidiu invadir toda a Ucrânia. E isso afetou as rotas no Mar Negro, os preços mundiais da farinha de trigo, de fertilizantes e outros produtos da região. A guerra pode estar ocorrendo em outro continente, mas afeta nossos bolsos aqui em casa. Tudo porque o mundo mostrou fraqueza.

Outra lição é que numa disputa só existem duas opções: apaziguamento e dissuasão. Não há uma terceira.

O apaziguamento foi tentado repetidamente pela América, países do ocidente e por Israel, sem sucesso. Barack Obama levantou sanções contra o Irã, achando que isso iria trazer os aiatolás para a comunidade das nações. Ele não entendeu a mentalidade iraniana de superioridade e de sua missão como catalisador do fim dos tempos.

Em vez disso, Teerã aumentou sua capacidade de produção de uranio, fincou sua presença no Iraque, consolidou seu domínio na Síria e Líbano e financiou o golpe dos xiitas Houthis no Iêmen, além de expandir sua influência na Venezuela e outros países na América do Sul e na Asia. E até Israel tentou apaziguar o Hamas com malas de dólares, achando que podia reformar estes terroristas da Faixa de Gaza.

Nos anos da administração Trump, vimos o Irã diminuir suas atividades, mas assim que Biden assumiu a presidência americana, e fez sua prioridade a volta ao acordo nuclear com os mulás, eles retomaram suas atividades em ritmo dobrado plantando bases na Síria, armando, treinando e financiando o Hamas no sul de Israel, o Hezbollah no norte, as milicias iraquianas e os Houthis no Iêmen.

Ninguém tinha seriamente se preocupado com os Houthis até que eles começaram a atacar navios que se adentravam o Mar Vermelho em direção ao Canal de Suez e também ao porto de Eilat em Israel e Akaba na Jordânia. A desculpa é que estavam atacando navios israelenses ou de propriedade de israelenses.

Notem que o mar vermelho e o canal de Suez são responsáveis por 30% de todo o transporte de containers do mundo. A pirataria deste procurador iraniano está não só causando uma ruptura no comércio internacional, mas o aumento dos preços de mercadorias, dos fretes e dos seguros marítimos. Mas tudo é desculpado porque os Houthis não são brancos ocidentais e eles hasteam a bandeira palestina às suas lanchas antes de tomarem os navios.  

Durante os últimos 25 anos, a esquerda procurava um inimigo comum para unir todas as causas e encontrou o antissionismo.

É aí que o Islamismo, com seu ódio visceral à modernidade e ao Ocidente, entra como um aliado da esquerda e os muçulmanos passam a ser os novos injustiçados.

E isso explica por que temos Queers prós palestinos, apesar dos palestinos matarem gays. Ou feministas anti-estupro apoiarem o Hamas, e até os que pregam que não haverá justiça ambiental se a Palestina não for livre do rio ao mar.

O ataque de 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas, um grupo terrorista islâmico, deveria ter provocado uma onda de solidariedade às vítimas, mas o que se viu na esquerda foi ou o apoio explícito ao Hamas ou, de novo, justificativas para os atos de terror como “colonialismo” e “apartheid” por parte de Israel contra os palestinos.

Como a escritora e filósofa Catarina Rochamonte escreveu: “Seis milhões de judeus exterminados não foi o suficiente para transformá-los em minoria oprimida, merecedora da compaixão e da solidariedade mundial, após o ataque de um grupo tão ou mais perverso do que os nazistas. Pelo contrário, em uma inversão moral perversa, a extrema esquerda criou a narrativa do judeu nazista e do Estado genocida, que estaria praticando um novo holocausto contra os palestinos.

É preciso refletir sobre o que leva aqueles que supostamente defendem as minorias a ficarem ao lado do mundo árabe-muçulmano que reúne várias nações riquíssimas e mais de 1 bilhão de indivíduos contra um pequeno Estado e um pequeno povo que não ultrapassa os 15 milhões de pessoas.

E esta é a última lição de 2023. Da mesma forma que o nazismo encantou o mundo com sua superioridade ariana na década de 30, a esquerda junto com o radicalismo islâmico está angariando apoio para suas ações nefastas usando o papel de vítima. Não podemos deixar isso nos intimidar. Israel construiu um Estado próspero e moderno, no modelo das bem sucedidas democracias liberais do Ocidente, longe das teocracias vizinhas do Oriente Médio. O problema é que Israel está só para se defender. E ela sempre esteve só para se defender. Israel não pode se dar ao luxo de continuar apaziguando o inimigo. Ela tem que retomar o poder de dissuasão contra seus inimigos.

E cabe a nós também defender Israel para que ela nunca mais adote o papel de eterna vítima da crueldade do mundo.

Desejo a todos vocês, um super 2024, cheio de saúde, paz, sucesso, e boas notícias.

Sunday, December 24, 2023

Os Judeus Como Colonos Brancos - 24/12/2023

 

Esta semana que passou foi uma das mais duras que eu possa lembrar. Mas também foi uma semana com muito reconhecimento e agradecimento.

Desde o dia 7 de outubro vimos dezenas de missões de países do mundo inteiro virem a Israel para prestar solidariedade ou simplesmente, para verem com seus próprios olhos o que sobrou das comunidades do sul depois do massacre cometido pelo Hamas.

Grupos de chefes de estado, parlamentares, jornalistas e até celebridades como Elon Musk, Ivanka Trump e seu marido Jerod Kushner, a atriz Debra Messing, todos estes chegaram e foram. E eu ficava no aguardo para ver se alguém do país no qual nasci, iria vir para estender a mão. Infelizmente, isso não aconteceu até que junto com amigos no Brasil, conseguimos juntar um grupo muito especial e então sai com eles para registrar a devastação das comunidades, o testemunho das famílias dos raptados e das que perderam filhos na guerra e ver as evidências da incomparável barbárie à qual a desceu a humanidade no dia 7 de outubro.

Por isso, antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer o Senador Carlos Viana, as deputadas federais Carla Zambelli de São Paulo e Cristiane Lopes de Rondônia, que mostraram uma tremenda coragem em vir a Israel no meio de uma guerra para prestarem sua solidariedade. Agradeço também o empresário Otavio Fakhuri que além de vir a Israel, patrocinou a vinda de vários jornalistas. Não tenho palavras para agradecer a vinda dos jornalistas Cristina Graeml da Gazeta do Povo, Alexandre Pittoli da Radio Auri Verde de Bauru, Gerson Gomes da TV Flórida de Miami, a influenciadora Desirée Rugani que mostrou ser uma jornalista com todas as letras. E em especial queria agradecer a Pastora Jane Silva, presidente da Comunidade Internacional Brasil-Israel que fez tudo acontecer.

Não vou descrever aqui o que vimos porque basicamente é o que ouvimos de vários relatos. Mas posso dizer sem qualquer hesitação que a realidade é muito pior do que o que a mente pode imaginar num relato ouvido.

E a origem deste ódio resta sobre o antissemitismo milenar que ainda assola o mundo. Quem pensou, no dia 8 de maio de 1945, um dia depois da rendição incondicional alemã aos aliados, que o antissemitismo iria desaparecer como por mágica, estava muito enganado.

Este antissemitismo, apesar de ter se tornado politicamente incorreto nas décadas seguintes ao Holocausto, continuou a infectar a Europa debaixo do pano, por trás das cortinas. Se Israel pensava que seria aceita na comunidade das nações como uma igual, lhe aguardava uma grande decepção.

O mundo votou sim pela partilha do que sobrou do Mandato da Palestina, do qual 78% tinham ido para criar a Jordânia. A partilha deu aos judeus apenas uma faixa estreita entre Tel Aviv e Haifa, outra faixa na fronteira síria e parte do deserto do Negev e teria sido preciso relocar as comunidades judaicas milenares de Jerusalem, Sfat, Tiberias, Hebron e outras cidades para fazer este plano funcionar. E mesmo assim, os judeus aceitaram. Os árabes recusaram esta partilha e atacaram os judeus assim que os ingleses saíram. E nenhum só país. Nem os que se gabam hoje de terem sido os primeiros a reconhecerem o novo Estado de Israel, como os Estados Unidos, ofereceram qualquer ajuda. Foi somente a mão de D-us que impediu que apenas três anos após o Holocausto, ocorresse um outro extermínio, dos 600 mil judeus que lutaram sozinhos contra 5 exércitos árabes.  

E hoje, ser antissemita não é mais politicamente incorreto. E ele nem esperou que os corpos das vítimas do 7 de outubro, idosos, deficientes, homens, mulheres, crianças, bebês e até fetos esfriassem, para sair às ruas e apoiar os que perpetraram esta barbárie.

E esta transformação, acreditem, começou na ONU.

Em 2001, depois de concluírem que não era possível vencer Israel militar, diplomática ou economicamente, os antissemitas se reuniram em Durban na famigerada conferência contra o racismo para criar uma nova linguagem para difamar Israel perante o mundo. Tudo isso, formulado pelo Irã, um dos regimes mais opressivos e sanguinários da terra. Foi nesta conferência que os termos “genocida” e “apartheid” foram usados pela primeira vez para rotular Israel.

Estas calúnias mentirosas são agora usadas regularmente em campus universitários, em parlamentos, veículos de mídia e nas ruas de todo o mundo. Mas poucos sabem que são palavreados retirados do manual dos aiatolás. A visão geral hoje é que Israel é uma espécie de implante colonial europeu no coração do mundo árabe.

Em primeiro lugar, e mais importante, o povo judeu é o povo indígena à esta terra, a Terra de Israel, onde a nossa língua, civilização e cultura foram formadas, e é o oposto direto da mentira colonialista. Houve uma presença judaica ininterrupta nesta terra desde tempos imemoriais.

Ao contrário, o nosso retorno foi sem dúvida a maior vitória contra o colonialismo da história da humanidade. Desde que a soberania judaica foi quebrada pela última vez há dois mil anos, todos os invasores que vieram de longe, sejam romanos, rashidun, omíadas, abássidas, fatimidas, seljúcidas, cruzados, mamelucos, otomanos ou britânicos, conquistaram, ocuparam e colonizaram a terra e o povo que moravam aqui.

O povo judeu foi o último e único povo a conferir a este território um estatuto de estado independente e soberano há dois mil anos e de novo em 1948. Todos os outros apenas adicionaram este território aos seus impérios ou colônias.

Sim, muitos judeus vieram de outros lugares, porque os seus antepassados foram escravizados por estes colonizadores e levados à força para longe, para a diáspora. No entanto, o Povo Judeu, independentemente de onde residisse, nunca se esqueceu da sua pátria nacional, rezando e ansiando por ela todos os dias, 3 vezes por dia!

Ainda, os judeus sempre viveram no Oriente Médio, incluindo na Terra de Israel, durante os últimos dois mil anos, muito antes da conquista islâmica e da ocupação árabe da região a partir do século VII. Estes judeus, dos quais sou uma descendente orgulhosa, nunca viveram na Europa.

Meus antepassados viveram aqui em Jerusalem, e no que hoje conhecemos como Síria e Líbano, séculos antes do nascimento de Maomé. Como podemos então ser “colonizadores”?

Os judeus que viveram sob o Islão foram forçados a se submeterem ao dhimismo, um estatuto de segunda ou terceira classe num sistema de medo e terror patrocinados pelo Estado, pagando impostos de um povo subjugado e sendo forçado a viver em guetos. O tipo de pogrom que Israel sofreu em 7 de outubro era perpetuado regularmente contra os judeus que viviam no Médio Oriente e no Norte de África ao longo dos séculos.

Em 1948, assim que ocorreu a partilha da ONU, quase que da noite para o dia um milhão de judeus foram forçados a abandonar suas casas no mundo árabe e islâmico. Muitos, como meus pais, chegaram ao Brasil como refugiados, sem conhecer a língua, sem dinheiro, sem conhecidos. Outros conseguiram chegar em Israel que os acolheu, lhes deu cidadania, liberdade e finalmente a igualdade a que tinham direito. Ninguém na ONU teve a ideia de formar uma organização especial para os judeus refugiados como o fizeram imediatamente com os palestinos, criando a UNRWA.

Os líderes judeus não intimidaram a comunidade internacional para que gastasse dezenas de milhares de milhões de dólares para os utilizar como arma política até hoje. Não recorreram à violência, ao terrorismo ou a “qualquer meio necessário” para obter compensação para as comunidades de onde foram arrancados, para os bens que foram deixados e roubados e para o derramamento de sangue e a humilhação que sofreram.

Os antissemitas, anti-Israel nos campus universitários gostariam que ninguém soubesse sobre os judeus que viveram na Terra de Israel e no resto do Oriente Médio, porque isso destrói seus falsos paradigmas e mentiras. Destrói a própria pedra fundamental deles, de que Israel é uma inserção europeia colonialista.

Especialmente depois da recente pesquisa que mostrou que dois terços dos jovens americanos entre os 18 e os 24 anos acreditam que os judeus são opressores e devem ser tratados como opressores, precisamos mostrar repetidamente os fatos históricos de quem é o nativo, e quem é o invasor.

O sionismo não é apenas um dos movimentos de libertação dos mais justos, de um povo indígena, mas também o mais bem sucedido da história. Um povo que retornou à sua terra ancestral, restaurou suas tradições e sua língua ancestral, que há séculos era considerada morta.

E é este movimento que deveria ser festejado por todos. Não o movimento terrorista assassino que não trouxe nada de positivo nem para o mundo, nem para seu próprio povo que se titula “povo palestino”.

 

Sunday, December 10, 2023

Mais Uma Resolução Vergonhosa da ONU - 10/12/23

 

Muitas coisas aconteceram esta semana, que seriam importantes discutirmos aqui. Uma foi o questionamento das presidentes das 3 mais prestigiosas universidades americanas: Harvard, UPenn e MIT sobre se o chamado pelo genocídio de judeus violava o código de conduta de suas instituições. As três responderam que “dependia do contexto”. Se houvesse uma campanha contra gays ou afro-americanos, temos certeza de que a resposta não seria “depende do contexto”. Mas isso fica para outra vez.

Outro evento importante que ocorreu esta semana foi a resolução submetida pelos Emirados Árabes ao Conselho de Segurança, contra Israel, exigindo um cessar-fogo imediato, com a invocação de um artigo rarissimamente usado, o Artigo 99 que estabelece que “O Secretário Geral (no nosso caso Antonio Guterrez), pode trazer ao Conselho de Segurança qualquer assunto que, em sua opinião, pode ameaçar a manutenção da paz e segurança internacional”.

Notem que este artigo não foi invocado nem quando um genocídio ocorria em Rwanda quando 800 mil Tutsis foram mortos, ou em Darfur aonde meio milhão pereceram numa guerra que já dura 20 anos com vários países africanos envolvidos. Ou quando a Rússia invadiu a Ucrânia, alvejando civis indiscriminadamente, gerando uma crise de milhões de mortos e milhões de refugiados que continua até hoje. Não. É só quando judeus se defendem é que o mundo se levanta escandalizado. Graças a Deus, a administração Biden resolveu no último minuto vetar a resolução. Foi o único a votar contra. Até a Inglaterra decidiu se abster. Todos os outros países, incluindo a França, a China, a Rússia e infelizmente até o Brasil, votaram a favor.   Um cessar-fogo imediato em Gaza, durante a ofensiva do exército de Israel contra terroristas do Hamas daria vitória ao Hamas.

O secretário-geral António Guterres, declarou na sexta-feira que nenhum lugar em Gaza era seguro para os civis, e que estávamos perante um “pesadelo humanitário em espiral” e um cessar-fogo humanitário em Gaza era imperativo.

Bem, no dia 6 de outubro tínhamos um cessar-fogo. E até quando o Jihad Islâmico enviou mísseis contra Israel, Israel teve o cuidado de somente alvejar alvos do Jihad Islâmico e não do Hamas achando erroneamente, que o grupo terrorista tinha se reformado, que queria realmente reconstruir Gaza e governar a Faixa.

Foi o Hamas que enviou 4.500 mísseis para Israel naquele sábado fatídico, adentrou o território soberano de Israel e cometeu o maior massacre de judeus desde o Holocausto. E lembro que foi o Hamas quem não quis renovar a pausa do avanço israelense, soltando mais reféns. Só Deus sabe como estão as 17 moças e mulheres ainda em catividade, incluindo Shiri Bibas com seus dois filhos, Ariel de 4 anos e Kfir de 10 meses. A comunidade internacional quer um cessar-fogo? Arrangem para que todos os reféns sejam soltos imediatamente!

O enviado palestino à ONU, Riyad Mansour, disse ao Conselho de Segurança que o veto significava que “milhões de vidas palestinas estavam em jogo”. Sim, e isso é culpa de quem?

Ezzat El-Reshiq, membro do gabinete político do Hamas, condenou o veto dos EUA como “desumano”. É só ouvir o testemunho dos reféns soltos para ver o que é desumano. É desumano estuprar meninas impúberes. É desumano sequestrar civis, incluindo bebês, crianças e idosos. É desumano não dar acesso à organizações internacionais para verificarem se estes reféns estão em vida e como estão sendo tratados. É desumano mantê-los em lugares insalubres sem tomar banho por 2 meses. E é desumano não dar a eles comida, dar água contaminada para beber e deixá-los em túneis sem luz do sol por mais de 2 meses.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse em comunicado que “Um cessar-fogo só será possível com o retorno de todos os reféns e a destruição do Hamas”.

No Irã, o principal patrocinador do Hamas, o porta-voz do Ministério do Exterior, Nasser Kanaani, disse que "mais uma vez, o governo dos EUA demonstrou que é o principal ator na matança de civis palestinos, especialmente mulheres e crianças, e na destruição da infra-estrutura vital de Gaza.”

Esse é o representante do governo que mata moças por não colocarem o véu corretamente, jogam gays dos tetos de prédios e opositores do regime são enforcados em guindastes e que desde maio deste ano, preside o Fórum Social do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Pessoal, não há dois lados nesta guerra. E não há vários atores. Existe Israel, lutando por sua sobrevivência e há o Irã, por trás de todos os ataques contra Israel.

É só ver. O Hamas hoje está na vanguarda. Mas o Hezbollah, o braço do Irã no Líbano, continua atacando o norte de Israel. Os Houthis do Yemen, dissidentes shiitas patrocinados pelo Irã, continuam a enviar mísseis balísticos fabricados no Irã, para o sul de Israel e ontem ameaçaram interceptar todo e qualquer navio que se direcionasse para o porto de Eilat. Não importa se fosse de ajuda humanitária para Gaza ou não.

Dá para entender? Os Houthis estão seguindo ordens do Irã e querem interceptar qualquer navio no mar vermelho, até os que beneficiariam a população de Gaza. O Egito abriu fogo sobre refugiados árabes que tentaram atravessar para o país fugindo da guerra. O Hamas continua a lançar mísseis todos os dias, incluindo hoje, quando enviou uma barragem contra o sul do país. E o responsável pela situação humanitária definida como catastrófica pela ONU é quem? Israel é claro.

Agora me digam se isso não é puro antissemitismo?

E quando perguntamos que solução teríamos? Como papagaios a resposta é sempre: a solução de dois estados, é claro! Só que já tivemos esta solução implementada e não funcionou! Israel saiu de Gaza completamente, até retirando seus mortos em 2005. Até 2007 tudo estava aberto e os palestinos até construíram um aeroporto. Mas em 2007 o Hamas foi eleito com a plataforma não de construir um país, mas de simplesmente de destruir Israel e aí começaram os ataques.

Que país aceitaria ser alvo de ataques de mísseis contra sua população civil diariamente sem retaliar? Que país aceitaria ter 1400 de seus cidadãos massacrados, estuprados, queimados e degolados e ainda ter que se preocupar se o inimigo está confortável e tem os serviços básicos para continuar a atacar…?  Que país concordaria em ter 240 de seus civis sequestrados, submetidos à fome, falta de remédios, torturados e mantidos em subterrâneos e dar prioridade à “ajuda humanitária” aos seus inimigos?

O mundo ficou louco??? Onde está a claridade moral? Onde está a vergonha na cara? Infelizmente, pela resposta das presidentes das mais altas universidades do mundo, as fazedoras dos futuros líderes, a moral não está lugar algum que possa ser encontrada.

E é por isso que Israel tem que fechar seus olhos e ouvidos ao mundo e fazer o que precisa. Estamos lutando não contra um povo longínquo. Estamos defendendo nossa casa, nossa família, nossos filhos e nosso futuro. E não há imperativo moral maior que este.

 

 

Sunday, December 3, 2023

O Tratamento "Proporcional" em Conflitos - 03/12/2023

 

Bom dia!

Hoje começamos novamente agradecendo a soltura de mais reféns, de mais crianças, algumas mães e cidadãos israelenses de dupla nacionalidade russa e francesa.

Mas como sabemos o coração tem quatro ventrículos. Um está cheio de agradecimento. O outro ainda está cheio de tristeza pelos mortos em 7 de outubro e os jovens soldados que até agora perderam suas vidas. Uma outra parte do coração continua com esperança de que os outros reféns, velhinhos, jovens, soldados, soldadas e é claro, crianças e bebês como Ariel de quatro anos, Kfir Bibas de dez meses e os pais dos dois sejam solto.

No meu último ventríloquo está o ultraje, o protesto, o escândalo pela reação do mundo, seus líderes e suas organizações fúteis.

A primeira, a ONU Mulher, só agora, dois meses depois e após muitos protestos, publicou uma nota condenando o ataque do Hamas e a prática de estupro e abuso sexual de mulheres e meninas. Pouco demais e tarde demais.

A segunda, a UNRWA, é uma verdadeira vergonha e deveria ser não só desmantelada, mas seus empregados e diretores colocados na cadeia. Só nesta semana o exército descobriu um deposito com centenas de mísseis, metralhadoras, munições, vestes e outros materiais de guerra nos armazéns da UNRWA. Um dos reféns soltos disse que tinha ficado preso no sótão da casa de um professor da UNRWA que só dava comida a ele quando ele chorava inconsolável de fome.

A outra é a Cruz Vermelha. Só de pensar nas dezenas de amigos, inclusive eu, que doava regularmente para a Cruz Vermelha, me dói. Esta organização, além de ser um Uber que em vez de taxis, passeia de ambulância, não serve para nada. Dezenas de reféns levados para Gaza são idosos que precisam dos remédios que tomam. A Cruz Vermelha se recusou, sim, escutaram bem, se recusou a entregar (não era dar), a entregar os remédios ao Hamas para que chegassem nas mãos dos reféns. E a “desculpa”? É que eles só podem fazer algo quando “convidados”. Eles não podem tomar a iniciativa.

Teve uma carta que circulou na internet nestes dias mostrando a hipocrisia, as duas caras da Cruz Vermelha datada de 1944 quando diz que “depois de ter visitado Auschwitz, ela não encontrou evidências de instalações para o extermínio de pessoas”. Organização inútil. Se alguém ainda contribui, recomendo que usem seu dinheiro de forma mais construtiva.

A ONU em geral, só condena Israel pela falta de proporcionalidade, um fetiche que como o jornalista Douglas Murray disse, só se aplica a Israel. Numa guerra nunca há proporcionalidade. Será que a América colocou o teto de 2,977 pessoas para matar no Afeganistão, o número de mortos em 11 de setembro? Acho que não. De fato, 243 mil pessoas foram mortas. Onde ficou a proporcionalidade?

Ou será que os aliados levaram uma calculadora para contar quantos civis alemães ou japoneses poderiam matar no máximo, para se manterem “proporcionais” à ameaça deles? É só ver quantos civis morreram em Hiroshima e Nagazaki para ter certeza, que a tal da “proporcionalidade” nunca foi levantada em nenhum conflito conhecido na história, exceto, em relação a Israel.

Isso sem falar da invasão da Ucrânia pela Rússia que continua a bombardear alvos civis e todo o mundo acho que tudo bem. É parte da guerra. Vilarejos inteiros exterminados, mulheres ucranianas estupradas, crianças ucranianas sequestradas e enviadas para a Sibéria para “reeducação” e nesta semana a Rússia aprovou uma lei criminalizando a prática homossexual. Toda a comunidade LGBTQA e o resto do alfabeto, agora é fora da lei. E este regime de terror ainda tem o poder de veto no Conselho de Segurança.

Ok. Que tal então Israel começar a usar a proporcionalidade, tratando os palestinos em seu poder, do mesmo modo que os palestinos tratam os israelenses?

E digo palestinos porque como vimos esta semana, pelas declarações de Jibril Rajoub da Autoridade Palestina em Ramallah, eles só estão esperando a hora propícia para fazer a mesma coisa que o Hamas fez, na Judeia e Samaria. E já tivemos vários exemplos. Vamos começar com o linchamento do vendedor de brinquedos Yossi Avrahami e o motorista de caminhão Vadim Nurzhitz em 2000 porque eles erraram o caminho e acabaram entrando em Ramallah. Depois tivemos centenas de ataques na Judeia e Samaria e aqui em Jerusalem, o último nesta semana quando dois irmãos árabes metralharam o ponto de ônibus da saída de Jerusalem na hora do rush da manhã.

O apoio da Autoridade Palestina ao Hamas é palpável. Imediatamente após o massacre de 7 de outubro, Mahmoud Abbas separou milhões de dólares para pagar para as famílias dos terroristas, vivos ou mortos. Esta política de pagar para matar chegou à um ponto que um dos terroristas a ser solto por Israel na troca por reféns israelenses, se recusou a deixar a cadeia dizendo que ia perder o salário.

Então vamos lá. Proporcionalidade.

Para isso Israel teria que passar uma lei que qualquer judeu que matasse um palestino iria receber ele e sua família, um salário polpudo ad eterno. Ainda, Israel não forneceria água, eletricidade e energia para Gaza se o mesmo não fosse devolvido em espécie para Israel. O mesmo com as centenas de caminhões de alimentos, medicamentos e outra “ajuda”. Aliás, num destes caminhões de “medicamentos” foram encontrados 5 drones com capacidade de levar explosivos. Ainda bem que há inspeções de Israel mas fico imaginando quandos carregamentos destes não foram pegos.

Depois, tratamento médico em Israel, nem pensar. Sabem que foi Israel quem salvou a vida deste famigerado Yehya Sinouar? Ele estava com câncer na cadeia e um médico israelense lhe salvou a vida. Que agradecimento hein? E também a irmã de Ismayil Hanyeh. Acreditam que ela se tratou em Israel…? E ainda, Mahmoud Abbas e sua esposa foram internados em tempos diferentes em hospitais em Tel Aviv para tratamento.

Sabem qual foi a equivalência que o Hamas deu para a refém Mia Schem? Mandaram um veterinário operar na mão dela. Ela, que estava estudando para ser artista gráfica não sabe se voltará a usar a mão direita dela. Que tal daqui para a frente Israel enviar veterinários para tratar dos doentes em suas cadeias?

Isso provavelmente faria com que Israel fosse suspensa do Youtube. Sabem porque? Porque de acordo com as diretivas do aplicativo, chamar alguém de animal é proibido. Podem ler lá. E foi pela razão que eu disse que se os terroristas do Hamas se comportavam como animais, Israel teria que trata-los como tal, é que a Rádio Bandeirantes cancelou a Hora Israelita. Então falar não pode. Mas mandar um veterinário tratar de uma moça ferida quando Gaza está supostamente cheia de hospitais, isso pode.

Pegar uma família inteira com dois bebês, isso pode. Torturar crianças, forçando-as a assistir horas de vídeos do massacre e apontar a metralhadora em suas cabeças quando choram, isso pode. Fazer idosas dormiram no chão, sem remédios, sem comida, sem luz do sol por 57 dias, isso pode. Vamos lembrar de tudo isso quando vieram nos falar na tal da “proporcionalidade” e para que tenhamos pena dos palestinos “inocentes”. Os mesmos inocentes que quando encontraram o refém Rony Krivoy, depois que ele tinha conseguido escapar, o entregaram de novo nas mãos do Hamas.

É a hipocrisia do mundo. Mas sabem o que? Os israelenses começaram a entender que a pressão do mundo só existe quando você a deixa te afetar. Israel aprendeu com este massacre que não pode depender de ninguém. E judeus ao redor do mundo estão aprendendo o mesmo. Assim, desta vez, podem mandar a pressão que for, Israel finalmente aprendeu a dizer não.

Israel desta vez tem que terminar o trabalho que começou, acabar com o Hamas e trazer de volta os 134 reféns que continuam em Gaza.


Sunday, November 26, 2023

#Metoo! (Exceto se você for Judia) - 26/11/2023

 

Hoje é o 51º dia do ataque de 7 de outubro. E pela primeira vez, precisamos agradecer. Agradecer a Deus, às forças de segurança, os diversos governos, todo o time de médicos, enfermeiras e a todos que conseguiram que 26 crianças, algumas mães e avós fossem soltas na sexta e ontem à noite. Vários trabalhadores tailandeses também foram soltos depois de uma negociação entre a Tailândia e o Irã. Apesar das tentativas do Hamas de atrasar, colocar empecilhos de última hora, à meia-noite horário de Israel vimos a segunda leva de reféns atravessar para o Egito e depois Israel.

Desde as 4 da tarde os familiares dos reféns na lista do Hamas esperavam ansiosos por notícias. Mas o grupo terrorista decidiu “renegociar” o acordo, exigindo que Israel soltasse primeiro os presos mais antigos, depois pediu mais caminhões de gasolina. Depois o Hamas alegou que Israel tinha violado o acordo. Foi só quando o Qatar e o Egito confirmaram que Israel tinha cumprido sua parte, é que eles decidiram enviar os reféns. Mas quem violou o acordo foram eles.

O acordo tem a condição de que famílias não seriam separadas, isto é, mães têm que ser soltas com seus filhos, avós com netos, irmãos juntos, e assim por diante. Mas ontem, a refém Hila Rotem Shoshani de 13 anos foi solta sozinha. Sua mãe Raayah, continua com o Hamas ou que Deus nos guarde, ela foi morta pelo Hamas.

Outra refém, Maya Regev, de 21 anos, foi solta e imediatamente levada para o hospital para ser operada de urgência. Seu irmão Itai, de 18 anos, não foi solto.

A pergunta é: que tipo de gente entra em casas de famílias às 6:30 da manhã e arranca crianças e jovens de suas camas para levá-los como reféns e abusar deles?

Nestas semanas que seguiram ao ataque, o Shin Bet (a Agência de Segurança de Israel) extraiu informações super valiosas dos terroristas presos sobre as operações do Hamas, os objetivos pretendidos e as recompensas prometidas.

De acordo com o jornal Jerusalem Post, Israel interrogou mais de 105 terroristas que foram inicialmente presos no Sul, e outros 500 terroristas que foram presos posteriormente, muitos dos quais foram interrogados em tempo real no terreno em Gaza.

Foi através destes interrogatórios que Israel desmascarou o uso sistemático de hospitais, ambulâncias, mesquitas, escolas e outras instalações civis pela cúpula do Hamas, para lançar suas operações terroristas, para fabricar mísseis ou armazenar armas e munições.

Em 23 de outubro, o Shin Bet divulgou vídeos de seis interrogatórios separados de terroristas do Hamas capturados em 7 de outubro.

Cada um dos terroristas contou uma experiência ligeiramente diferente, mas o Shin Bet destacou alguns pontos em comuns. Todos os agentes do Hamas receberam instruções explícitas para matar, estuprar e raptar civis, incluindo idosos, bem como mulheres e crianças e filmar tudo com suas câmeras Go-Pro. Enquanto faziam isso, os seus comandantes superiores do Hamas permaneceram em áreas seguras em Gaza.

Um dos terroristas disse que seus superiores prometeram que: “Quem trouxesse um refém de volta [para Gaza] receberia 10 mil dólares e um apartamento”.

Todos disseram que o plano era assumir o controle das cidades, dos kibbutzim que atacaram e fixar posições ali assim que terminassem de matar e sequestrar os moradores. O vídeo divulgado pelo Shin Bet e pela polícia mostra os vários agentes do Hamas entrando em detalhes extremos sobre as suas atividades na manhã de 7 de outubro.

“As instruções eram para sequestrar mulheres e crianças”, disse um deles. Outro descreveu um encontro com um cadáver, dizendo: “O corpo dela estava caído no chão. Eu atirei nela e meu comandante gritou comigo por desperdiçar balas em um cadáver.” Deixaram claro que, quando se tratava de homicídio, não deviam distinguir entre civis e soldados.

E aí temos um aspecto que ninguém quer falar dele mas é preciso. E para aqueles que têm estômago fraco, podem desligar agora.

Como alguém que leu extensivamente sobre as práticas nazistas, a história não contada de escravidão e violência sexual cometida contra mulheres judias durante o Holocausto, reconheci o padrão. Pais mortos na frente dos filhos, crianças arrancadas dos pais, famílias desfeitas, mulheres despidas, humilhadas corporalmente, estupradas na frente de entes queridos e em público – essas formas de violência sexual foram táticas empregadas pelos nazistas, mas nunca foram documentadas. Crimes por quais, os nazistas nunca foram responsabilizados. O mundo olhou friamente para as mulheres judias então, como o está fazendo hoje.

Demorou mais de 50 anos desde o final da Segunda Guerra Mundial para que o Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) reconhecesse o estupro como uma arma de guerra e processasse os perpetradores como criminosos de guerra. Desde então, tem havido uma consciência crescente de como a violência baseada em gênero é usada para aterrorizar e romper a estrutura de uma sociedade e assim, cometer genocídio.

Desde 7 de outubro o silêncio dos grupos feministas, dos grupos como #Metoo, contra o abuso sexual, dos grupos de ativistas e ONGs de mulheres, inclusive da ONU Mulheres, tem sido ensurdecedor.

Mas para adicionar insulto à injuria, pior do que o silêncio foi o completo descaso com as mais de 1.400 vítimas civis do Hamas – que incluem cidadãos de mais de 40 países. A ONU Mulheres, por exemplo, esperou até 20 de outubro para emitir a sua primeira declaração, e vejam, apenas condenando Israel. Não fez qualquer menção às vítimas estupradas pelo Hamas em Israel, nem aos 250 mil civis israelenses que tiveram que deixar suas casas em Israel, nem pressionou pela ajuda humanitária aos reféns detidos pelo Hamas. Este flagrante duplo padrão não é apenas cruel, mas também zomba da ONU Mulheres.

O sentimento das mulheres israelense é que foram completamente traídas pela comunidade internacional, que soube se manifestar pelas mulheres yazidis traficadas pelo ISIS no Iraque e pelas mulheres na África Central e na República Democrática do Congo e o Sri Lanka.

Sim, elas sofreram com o tráfico, com estupros, mas o nível de crueldade e brutalidade do Hamas contra mulheres e crianças em Israel no 7 de outubro – não se compara a nada. Eu não estou exagerando. E tudo filmado pelos próprios perpetradores.

Entre as atrocidades estão o estupro coletivo até que os ossos pélvicos de moças fossem quebrados e suas pernas torcidas em posições não naturais, e a mutilação genital ao ponto que ao abrir os sacos, os técnicos forenses não conseguiam identificar o sexo dos corpos. O chefe da polícia de Israel, Kobi Shabtai, disse que a barriga de uma mulher grávida foi aberta e seu feto removido enquanto ela ainda estava viva, e que seios de mulheres foram cortados e jogados como se fossem bolas de vôlei. Houve também vários relatos de necrofilia e de assassinatos de moças enquanto estavam sendo estupradas.

E o mundo? Nada. Ninguém. Silêncio total...

Em outras palavras: #Metoo, está aí para defender as mulheres, exceto se você for judia. Se for, então você é uma branca colonialista que merece tudo o que for feito com você e seu corpo. Enquanto todos concordam que o estupro nunca, nunca é ok, quando as vítimas são judias, e os perpetradores são terroristas do Hamas então de alguma forma isto é justificado. E pior, é justificado por mulheres.

A atriz Susan Sarandon, disse que Israel mentiu sobre as atrocidades para justificar seu “genocídio” dos palestinos. Melissa Barrera, a atriz do filme “Scream” fez postagens antissemitas, distorcendo o Holocausto e promovendo o genocídio e limpeza étnica dos judeus.

Até quando o mundo se recusará a entender que aqui não tem meio certo ou meio errado? Quando uma menina de 3 anos fica mais de 50 dias presa como refém, sozinha, sem os pais, como a pequena Avigail, ou como o bebê Kfir, de 10 meses, é ok? Não tem como descrever uma monstruosidade destas. E quando inocentes são violadas de forma brutal e inumana, não há como justificar uma coisa destas.

Temos que rezar muito pelos mais de 200 reféns que ainda continuam no cativeiro.

 

Sunday, November 19, 2023

A BBC Tem Um Novo Passatempo - 19/11/2023

 

A BBC tem um novo passatempo: se retratar por seu péssimo jornalismo. Todos vimos esta semana como novamente o âncora declarou que o exército de Israel iria entrar no Hospital Shifa em Gaza e vejam bem, com o objetivo de atacar os médicos e os que falavam árabe. Bem, só um pouquinho de discernimento faria qualquer um perguntar, como assim, os que falam árabe? Todos falam árabe em Gaza. A notificação do exército de Israel, como publicada pela Reuters, foi que o exército iria entrar no hospital com médicos e com pessoal que fala árabe para facilitar a comunicação.

Mas como dizemos em inglês, enquanto a mentira dá a volta ao mundo, a verdade ainda não vestiu as calças. A BBC não aprendeu nada com a reportagem vergonhosa anterior quando acusou Israel de ter bombardeado o Hospital Al-Ahli e matado 500 pessoas, dois minutos depois do míssil do Jihad Islâmico ter falhado e caído no estacionamento do hospital. Sem qualquer verificação ou corroboração.

É incrível como estes veículos de imprensa, incluindo os mais consagrados, quando se trata de Israel ou de judeus, deixam de lado toda a ética profissional e publicam o que gostariam que a verdade fosse. E isso não é só na mídia. O mundo inteiro se diz perito do conflito árabe-israelense. Se perguntarmos se sabem quem são as partes da guerra civil no Yemen, ninguém sabe. Se perguntarmos onde fica a Criméia, ninguém acerta no mapa. Mas mesmo sem poder encontrar Israel no mapa, todo o mundo sabe que Israel é o lado ruim e os pobres palestinos, os bonzinhos da estória. E infelizmente, não é a primeira vez que isso acontece.

Na segunda guerra mundial, todo o ocidente recusou a entrada de judeus, inclusive os Estados Unidos. O Brasil deportou a judia grávida Olga Benario Prestes (que era casada com o brasileiro Luis Carlos Prestes) para a Alemanha onde ela morreu em Auschwitz por causa da propaganda nazista antissemita.

Em 2000, depois de Israel ter assinado os acordos de Oslo, ter entregado território para a Autoridade Palestina para se autogovernar, Israel passou por uma onda atroz de ataques terroristas, a Intifada, promovida pelo arquiterrorista Yasser Arafat, que Israel tinha tirado do esquecimento. O mundo, em vez de ficar do lado das vítimas, em 2001 criou o BDS para boicotar Israel, e exigir dela concessões impossíveis.

E nem uma semana decorrida do massacre de 7 de outubro, vimos movimentos pró-palestinos no mundo inteiro e uma mídia parcial, arregaçarem as mangas para novamente escoriar as vítimas.

Durante a segunda guerra, a carnificina humana foi sem precedentes. O próprio Churchill disse em agosto de 1941, que estávamos perante um crime sem nome. De fato, o nome para o crime foi dado em 1944 por Raphael Lemkin quando ele definiu o assassinato industrializado por asfixia nos campos de extermínio, como “genocídio”. Ele explicou em seu livro “O Domínio do Eixo na Europa Ocupada” que ele juntara a palavra grega genos (raça, ou tribo) e a palavra “cidio” do latim, (que significa matar).

O dia 7 de outubro não foi só uma chacina comum a bala, nem por asfixia. Os mortos tampouco foram vítimas colaterais de um conflito armado. A carnificina cometida no festival de música em Re’im, nos kibutzim e nas cidades israelenses foi de tal perversidade e depravação que não há palavras para descrevê-la. Homens, mulheres, bebês, crianças e idosos morreram da forma mais brutal e dolorosa. Evidências incontestáveis incluem decapitações de bebês, crianças e adultos; bebês queimados vivos em fornos; desmembramento de braços e mãos de crianças deixadas para morrer; mulheres grávidas com suas barrigas rasgadas e os fetos decapitados; queima de pessoas vivas que tinham se escondido em suas casas; desfiguração de corpos antes da morte, incluindo corte dos seios das mulheres; o estupro coletivo de meninas e mulheres. Muitas vítimas morreram em chamas tão ferozes que não podem identificadas, pois não restou nenhum DNA. De acordo com Abed AlGanim Abdallah, um árabe muçulmano que trabalha no IML de Israel, nenhuma vítima chegou inteira e o trabalho de identificação está extremamente difícil.

Os assassinos do Hamas escreveram um novo capítulo de crueldade e carnificina inimagináveis no livro dos crimes contra a humanidade. Mas que definições existem nos dicionários ou enciclopédias que podem descrever adequadamente estes assassinos? Adjetivos como “desumano”, “selvagem”, “cruel” ou “brutal” não transmitem a magnitude do que eles fizeram. Nem quaisquer substantivos, como “bárbaros”, “terroristas”, “sádicos”, “monstros” (vejam que não estou aludindo ao reino ao qual pertencem para não ser tirada do ar novamente). Literalmente, não há palavras.

Os assassinos do Hamas veem as suas vítimas exatamente como os nazistas viam os judeus há 80 anos. Como não-humanos, desprovidos de senciência e indignos de vida. Como os nazistas, eles não pararam para ver quem estavam matando, desprezando deliberadamente sua idade ou inocência. Eles abusaram e desfiguraram os corpos de suas vítimas antes de matá-las e não hesitaram em infligir mortes horríveis e dolorosas. Como se estivessem jogando um videogame, eles atacaram e mataram mais de 360 jovens reunidos para celebrar a paz, não importa que tentassem se esconder, fugir ou correr para salvar suas vidas.

​E a matança frenética durou horas. Entre decepar braços, pernas e seios, estuprar meninas e moças e queimá-las vivas, muitos destes terroristas reservaram um tempo para comer a comida da cozinha de suas vítimas ou ver as notícias nas suas televisões.

Sem dúvida. A matança deles foi de um tipo diferente – de uma escala, indiferença e desrespeito pelas vítimas que nunca testemunhamos em nossas vidas. Talvez a mente humana não consiga encontrar a palavra certa para descrever o que é único e incompreensível. Mas tal como Churchill e Lemkin, somos obrigados a cunhar um termo para estes perpetradores para que eles não se misturem com os assassinos comuns que os precederam.

Não há dúvida que o Hamas perpetrou estes crimes. Então por que é tão difícil para as pessoas simplesmente condenarem este mal quando se trata de judeus? Como entender as expressões genuínas e fervorosas de solidariedade com assassinos em massa? O que causa pessoas, dadas como inteligentes, reprimirem todo o impulso humano de empatia para com as vítimas e se colocarem imediatamente ao lado dos terroristas?

E absurdamente contra seus próprios interesses! A comunidade LGBTQ apoia o Hamas mesmo que em Gaza homossexuais são atirados de prédios ou enforcados. Placas insanas dizendo que “direitos reprodutivos” correspondem a uma Palestina livre, quando o aborto é estritamente proibido em Gaza e em Ramallah. Feministas gritam Palestina livre, quando mulheres e meninas são tratadas como propriedade e em Gaza especificamente são casadas aos 9 anos de idade. Será que algum destes manifestantes sabe que o Hamas não aceita de modo algum a solução de dois estados? Alguém se dá conta que quando grita “do Rio ao Mar a Palestina será livre”, está pregando a completa destruição do Estado de Israel e promovendo outro genocídio agora de 8 milhões de judeus? Ninguém está interessado em fatos?

O líder da irmandade muçulmana e presidente da Turquia Recip Taip Erdogan declarou esta semana que o Hamas não é um grupo terrorista, mas simplesmente um partido político que foi votado e eleito livremente pelo povo palestino. É verdade. Hitler também foi eleito democraticamente pelo povo alemão. ?E como isso lhe dá o direito ou legitimidade para chacinar inocentes?.

Dizemos que a notícia é o primeiro rascunho da história. Jornalistas têm uma grande responsabilidade moral de reconhecer o mal pelo que ele é. Caso contrário, como estamos vendo, com a BBC, o NYT e outros, a mídia irá contribuir para minar os próprios valores que ela defende e diz querer transmitir para as próximas gerações.

Estranho que nenhum destes veículos perde muito tempo com a ajuda médica que Israel transferiu para Gaza, ou para a água e eletricidade que está distribuindo para a população. Em que guerra, me digam, um país deu isso ao seu inimigo?

Quando temos um governo eleito pelo povo que faz do ódio aos judeus, e da destruição de Israel os elementos-chave do currículo escolar, ele não está nutrindo uma humanidade digna. Quando este governo rotineiramente coloca oficinas de construção de mísseis em escolas e centros esportivos, ele não está nutrindo uma humanidade digna. E quando ele coloca seu centro de operações e salas para manter reféns, incluindo bebês, debaixo de hospitais públicos, ele não está nutrindo uma humanidade digna.

E é por isso que Israel precisa ganhar esta guerra e vencer estes assassinos pois estes chamados “humanos” que decapitaram bebês e os queimaram vivos não têm qualquer humanidade, digna de ser perpetrada. E esta é uma lição que deve ficar para toda a eternidade.

Sunday, November 12, 2023

Porque Pessoas "Normais" Rasgam Posteres de Reféns - 12/11/2023

 

É difícil descrever o turbilhão de emoções em que os israelenses e judeus de todo o mundo se encontram desde 7 de Outubro. O choque, o horror, a dor e o medo produzidos pelo massacre e pelas suas consequências se misturaram com ondas de esperança, orgulho e determinação, que vimos em nossa resposta coletiva. Mas ao vermos as reações daqueles que estão afastados dos acontecimentos, nem que seja por um milímetro, é difícil acreditar em nossos próprios olhos.

Sabemos que pessoas nos odeiam e que por um sentimento inexplicável, são antissemitas na alma. E sabemos que quando acontecimentos acontecem em Israel, eles são sempre explorados por estes antissemitas para atacar não só o Estado judeu, mas os judeus a sua volta. Sim, sempre estivemos mais ou menos acostumados com isso.

Mas a ferocidade do ódio, e a rapidez e abertura com que foi expresso, desta vez, surpreendeujunto com os esforços de celebrar, apagar e simplesmente negar nosso sofrimento.

Nas semanas que seguiram o 7 de Outubro, um novo fenômeno varreu as ruas das principais cidades de todo o mundo: cartazes com os rostos dos 240 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza foram colados por judeus e simpatizantes em paredes, postes de iluminação e quadros de avisos, apenas para serem rasgados e removidos por uma variedade de pessoas de diversas origens.

As plataformas de redes sociais foram inundadas nesta semana com vídeos de confrontos entre vândalos e aqueles que os apanharam em flagrante. Uma estudante loira da Universidade do Sul da Califórnia, aparentemente normal, pode ser vista rindo enquanto removia os pôsteres de reféns de um quadro de avisos do campus. Uma mulher em Paris disse: “É tudo propaganda”. Um homem com um maço de cartazes amassados explicou que eles [os judeus] estão “perpetuando a narrativa da vitimização, que é completamente falsa”. Uma jovem com um moletom verde da Nike, descascando pôsteres de um muro da cidade de Nova York, simplesmente disse: “Eles são falsos”.

A remoção sistemática chegou a tal ponto que a família Tisch em Nova Iorque resolveu projetar imagens dos reféns do prédio que doaram para a Universidade de Nova Iorque e que leva seu nome. Estava pensando que nunca vi ninguém rasgar ou arrancar a foto de um animal de estimação perdido. As pessoas normais geralmente leem os posters e se perguntam se talvez viram o bichinho em algum lugar. Não com bebês judeus.

Ao mesmo tempo, ativistas têm afirmado que as fotos dos corpos enegrecidos de bebês israelenses foram geradas por inteligência artificial e que os eventos de 7 de outubro foram encenados. Os participantes da exibição em Los Angeles do vídeo completo de 43 minutos das atrocidades do Hamas foram agredidos fisicamente pelos manifestantes. Ativistas tentaram dissuadir os convidados de comparecer ao evento, chamando a filmagem de “propaganda”.

A ironia, claro, é que foi o próprio Hamas quem fez questão de documentar e difundir sua selvageria. O número de vídeos daquele dia é impressionante; TikTok, Telegram e outras plataformas foram inundadas com representações gráficas da carnificina.

Um “manual do rapto” do Hamas encontrado no corpo de um dos terroristas, instruiu os perpetradores a transmitirem suas ações no live. “Não desperdice a bateria e o armazenamento da câmera, mas use-os tanto quanto possível”, dizia o manual. Em pelo menos um caso, os terroristas usaram o telefone de uma mulher idosa para carregar um vídeo do seu assassinato no perfil dela no Facebook, e foi assim que a família soube do seu assassinato.

A negação de atrocidades e genocídio é mais um ato de agressão. Uma agressão psicológica malévola, não só para com as vítimas, mas contra toda a sociedade civilizada. Isso porque ao negar o pior, estão sugerindo que novos massacres podem ser perpetrados contra aqueles que eles veem como os “ruins” da estória. 

As negações também insultam e humilham os sobreviventes, os familiares dos mortos e todo o povo, e promovem o processo de desumanização que racionaliza o genocídio. Como disse o reitor da Universidade Islâmica de Al-Azhar, os judeus são descendentes de porcos e macacos, e portanto, como animais impuros, é permitido mata-los”.

Para eles, não existe uma coisa como um judeu inocente.

Aqueles que rasgam cartazes com as fotos de Kfir Bibas, de 10 meses, ou de Ditza Heiman, de 84 anos, de Alma Or, de 13 anos, ou de Michel Nisenbaum, de 59 anos, não conseguem tolerar a noção de que os judeus possam ser vítimas. Para eles, os judeus são invariavelmente maus, sempre os agressores.

E aí temos a pressão destes grupos sobre a liderança de seus países. Ontem foi o dia de lembrança aos veteranos de guerra na Inglaterra. Mas em vez de honrar e relembrar os soldados que morreram pelo reino, a polícia teve que lidar com uma passeata de 300 mil pró-palestinos em Londres, que acharam mais apropriado neste dia, atacar Israel.

Aliás, já há algum tempo os judeus ingleses chegaram à conclusão que não há mais lugar para eles no reino. Desde 1650, quando Oliver Cromwell convidou os judeus para se reinstalarem no reino, a comunidade judaica não sofria tanta perseguição.

Do outro lado do Atlântico, a situação não está melhor. Na semana passada, na liberal Los Angeles, um manifestante judeu de 69 anos, Paul Kessler, foi morto depois de ser golpeado na cabeça com um megafone por um manifestante pró-palestino.

Neste final de semana, centenas de pró-palestinos tentaram vandalizar a centenária estação de trem de Nova Iorque, a Grand Central Station, quebrando suas portas de vidro, se altercando com a polícia e ameaçando os transeuntes.

Como já disse antes, o mundo ama dar condolências aos judeus. Para eles o Nunca Mais é só um slogan para ser usado a cada chacina. Sempre haverá uma vez mais. E este durou o que dura um palito de fósforo aceso. Das condolências eles logo passaram para as condenações.

O melhor exemplo foi o presidente francês Macron. Duas semanas atrás, Macron visitou Israel no que ele falou ser um ato de solidariedade e afirmou que a primeira tarefa de Israel era de vencer o Hamas e libertar os reféns, entre os quais há cidadãos franceses. Nem duas semanas mais tarde, Macron disse à BBC que não há justificativa para o bombardeamento de Gaza e que “de facto” hoje civis estão sendo bombardeados e “de facto” bebês, mulheres e idosos estão sendo bombardeados e mortos.

Nenhuma só palavra sobre os ataques. Os mísseis continuam a ser lançados sobre Israel todos os dias. E nenhuma só palavra sobre os reféns, entre os quais, como disse, há também franceses. Para eles não há vontade política de pedir uma atenção humanitária.

Quanta hipocrisia, não? A França ainda não pagou pela exploração e pelos crimes de guerra, praticados, em suas colônias na África, não em 1800 ou 1900, mas até em 2018, no Mali, quando Macron já era presidente.

O mundo agora quer um cessar-fogo, que só beneficiaria o Hamas. Daria tempo a ele para reagrupar suas forças, alcançar outras áreas e colocar os soldados de Israel em mais perigo.

 Nossa mensagem ao governo de Israel é simples: Não se atreva a entrar em um cessar-fogo antes que os reféns sejam todos soltos, incluindo os corpos de Hadar Goldin e Shaul Oron, e os dois israelenses que já estão em Gaza há 8 e 9 anos, Avera Mangistu e Hisham al-Sayed. Essas pessoas são reais. Eles têm famílias. Eles são inocentes. Eles estão detidos contra a sua vontade e precisam ser trazidos de volta agora.

Sunday, November 5, 2023

Condolências e Condenações - 05/11/2023

Ontem, dezenas de milhares de manifestantes pró-palestinos de todas as partes dos Estados Unidos, desceram sobre a capital americana Washington DC. Muitos deles vomitando tropes antissemitas e ódio, clamando pela total destruição e aniquilação do Estado judeu.

Estes “pacifistas” chegaram até os portões da Casa Branca passando o perímetro imposto depois dos protestos do 6 de janeiro de 2021, tão denunciados pelos democratas.

Mas a verdade é que nem essa, nem as outras em volta do mundo, são manifestações pró-Palestina. Elas são protestos contra Israel. Em nenhuma delas vimos uma só bandeira pedindo por um estado para os palestinos. Os slogans se limitaram a exigir libertar a palestina de toda Israel. Do rio ao mar a palestina será livre. Em outras palavras, a total aniquilação de Israel do mapa. Em outras palavras, é um novo apelo por uma “solução final” para o “problema” judaico tão popular na Alemanha nazista.

Outro slogan popular é chamar Israel de Apartheid. Vejam quantos judeus moravam nos países árabes até 1948. Mais de 150 mil no Iraque, 100 mil no Egito, 120 mil no Marrocos, outros tantos na Argélia e vejam hoje quantos ficaram. Praticamente zero. Até 2005, 8 mil judeus moravam na Faixa de Gaza trazendo para eles e para os árabes de Gaza de 2 a 3 bilhões de dólares em renda somente em produtos agrícolas que os próprios palestinos destruíram quando da saída dos judeus. Hoje há judeus há em Gaza. Em torno de 240. Todos reféns!

O espantoso é ver é o nível do ódio anti-judaico manifestado nestes protestos. E sua completa falência moral. Ontem, o ex-presidente Obama, deu uma entrevista para um Podcast chamado PodSaveAmerica. E ele disse: “o que o Hamas fez foi horrível, e não há justificação para tal. Mas o que é também verdade, é que a ocupação e o que está se passando na Palestina e com os palestinos é insuportável.” Essa equivalência moral vinda da Casa Branca, e do ex-presidente está justificando o que estamos vendo nas ruas. Não há equivalência moral aqui.

Você tem uma disputa de território, sente e tente resolver. Você não degola e queima bebês em fornos, não estupra meninas e sequestra idosos. Você não mata inocentes para defender sua posição política. Esses protestos deveriam ser pela paz e não para defender as indefensáveis ações terroristas do Hamas.

Infelizmente, não demorou para que a legitimidade internacional para a ofensiva terrestre de Israel se esgotasse, causando em alguns, reações meio esquizofrênicas na mídia social.

O editor da revista Time (que lembro, escolheu Hitler como o “Homem do Ano” em 1938) Ian Bremmer, twitou na quarta-feira que Israel cometera um “crime de guerra. Ponto.” quando bombardeou um prédio em Jabalyah que servia como base para um alto comandante do Hamas. Isso porque o bombardeio também causou o colapso de túneis e outros prédios.”

Mas aí, no dia seguinte, ele twitou um vídeo de um líder do Hamas, Ghazi Hamad, na televisão do Líbano, dizendo que ele está planejando repetir os ataques de 7 de outubro, outra vez, outra vez e outra vez, até aniquilar toda Israel. Desta vez, Bremmer tuitou: “Não consigo imaginar nenhum país tolerando viver próximo a um território governado por esta pessoa”.

A mesma coisa aconteceu com o apresentador de tv Piers Morgan. Falando sobre o prédio em Jabalyah ele disse que “mesmo que um comandante do Hamas estivesse lá, é ultrajante e indefensável”. Mas depois de assistir o vídeo de Hamad, Morgan escreveu: “Nojento… descarado… e, claro, a razão pela qual Israel precisa acabar com o Hamas.”

E até a Arabia Saudita concorda. O príncipe saudita Abdulrahman bin Mussaad disse categoricamente que o Hamas está aí somente para implementar a política desestabilizadora do Irã na região. O mundo parou na sexta-feira para escutar o líder de outro grupo terrorista, a Hezbollah. Mas com o USS Ford estacionado no Mediterrâneo, Nasrallah não teve outra alternativa a não ser jogar toda a iniciativa da guerra no Hamas e se distanciar da chacina.

Pessoal, da mesma forma que o 11 de setembro foi um divisor para os Estados Unidos, este 7 de outubro foi um divisor de águas para Israel. Neste dia, até os ativistas pela paz mais leais foram forçados a rever suas posições com a revelação da verdadeira natureza do Hamas como uma entidade não com objetivos geopolíticos, mas movida por um ódio genocida aos judeus em todo o mundo.

E de forma repugnante, o velho antissemitismo foi energizado e encorajado pelo massacre de 7 de Outubro. Um aumento chocante de 1.350% nos incidentes antissemitas no Reino Unido e um aumento de 388% nos EUA:

• Em 8 de outubro, um turista israelense foi morto a sangue frio no Egito;

• Em 13 de outubro, um professor judeu foi esfaqueado até à morte na França;

• Uma sinagoga totalmente incendiada na Tunísia em 17 de outubro;

• Uma mulher judia de 40 anos, presidente da sua sinagoga, foi esfaqueada até à morte em Michigan, nos Estados Unidos, em 21 de outubro;

• Uma multidão enlouquecida de centenas de milhares de pessoas nas ruas de Londres gritando “Liberte a Palestina, do rio ao mar” –

• Marchas intermináveis nos campi dos EUA com gritos de “Morte aos Judeus”;

• Chamadas de centenas de pessoas do lado de fora da Ópera de Sydney para “Gasear os Judeus”;

• Um ataque devastador no Daguestão depois de um avião vindo de Israel ter aterrissado, com uma multidão invadindo o aeroporto em busca de judeus para matarem

E ontem uma moça de 30 anos foi esfaqueada duas vezes em seu apartamento em Lyon na França e uma suástica pintada na sua porta.

A lista, infelizmente, continua.

Muitas pessoas hoje compreendem que Israel já não pode viver ao lado do Hamas e que o grupo precisa de ser “exterminado”. O problema é que querem ver a guerra travada de uma forma limpa e estéril, sem vítimas civis. Isso infelizmente não existe, nem em Gaza e nem em qualquer outro lugar.

De acordo com a lei internacional de guerra, quando alguém do Hamas se esconde dentro de uma estrutura civis, seja uma residência, escola ou hospital, imediatamente este local se torna um alvo militar permissivo.  Além disso, Israel não tem qualquer obrigação em enviar comida, eletricidade, água ou qualquer outra coisa que ajude o inimigo a continuar seu ataque. Israel tem sim tentado evitar baixas civis, avisando onde irá atacar e há 3 semanas pedindo para que a população saia do norte de Gaza em antecipação à sua entrada por terra.

O problema é que, embora o mundo reconheça que Israel tem o direito de agir em legítima defesa, quando ela age, o mundo subitamente tem um problema.

E aí vemos os crescentes apelos agora por um cessar-fogo. Se Israel concordasse com ele, isso daria ao Hamas uma vitória clara. O grupo terrorista que assassinou 1.400 pessoas das piores formas conhecidas pelo homem, entraria num cessar-fogo com a maioria dos seus combatentes vivos, a maior parte da sua infraestrutura militar intacta e ainda de posse de 240 reféns. Isso faz sentido?

O presidente Joe Biden, sentindo a pressão em sua base eleitoral, pediu na quarta-feira uma “pausa” no conflito, sem explicar a diferença entre “pausa” e “cessar-fogo”. Pois é. Alguém ouviu sobre uma “pausa” na guerra contra a Al-Qaeda ou contra o ISIS? Embora num primeiro momento o mundo tenha expressado simpatia e condolências pelos mortos e sequestrados, no momento em que judeus se levantam para se defender, aí eles são condenados.

E essa é exatamente à estratégia do Hamas. O grupo terrorista quer a morte de civis para poder provocar a simpatia do Ocidente e fazer com que os líderes mundiais condenem Israel. Eles querem que os edifícios implodam sobre os túneis para que crianças morram e possam então culpar Israel. O Hamas não está abaixo de sacrificar o seu próprio povo.

A brutalidade desencadeada pelo Hamas, foi reminiscente dos episódios mais sombrios da história humana. Ela foi um lembrete de que a luta contra o antissemitismo, contra todas as formas de ódio, está longe de terminar. Pensávamos que os dias dos pogroms tinham ficado para trás, mas o dia 7 de outubro mostrou que os velhos males apenas assumiram novas formas.

Mas este não é apenas um fardo de Israel ou das comunidades judaicas. O ódio desenfreado de grupos como o Hamas e o ISIS representa uma ameaça global. Apoiar o Hamas ou qualquer grupo que defenda tal ódio não é apenas anti-Israel, mas também anti-humanidade.

O caos e a brutalidade não reconhecem fronteiras. Israel, é o canário da mina, e a luta em que estamos envolvidos transcende os interesses nacionais. É uma luta por valores humanos fundamentais, pela alma da própria humanidade.

O mundo civilizado deve reconhecer esta luta como sua, assegurando que “Nunca Mais” não seja apenas um slogan e não se torne “uma vez mais”. E Israel deve seguir sua missão até o fim. Melhor receber condenações do que condolências.

O nosso futuro e o futuro das próximas gerações dependem disso.