Sunday, November 26, 2023

#Metoo! (Exceto se você for Judia) - 26/11/2023

 

Hoje é o 51º dia do ataque de 7 de outubro. E pela primeira vez, precisamos agradecer. Agradecer a Deus, às forças de segurança, os diversos governos, todo o time de médicos, enfermeiras e a todos que conseguiram que 26 crianças, algumas mães e avós fossem soltas na sexta e ontem à noite. Vários trabalhadores tailandeses também foram soltos depois de uma negociação entre a Tailândia e o Irã. Apesar das tentativas do Hamas de atrasar, colocar empecilhos de última hora, à meia-noite horário de Israel vimos a segunda leva de reféns atravessar para o Egito e depois Israel.

Desde as 4 da tarde os familiares dos reféns na lista do Hamas esperavam ansiosos por notícias. Mas o grupo terrorista decidiu “renegociar” o acordo, exigindo que Israel soltasse primeiro os presos mais antigos, depois pediu mais caminhões de gasolina. Depois o Hamas alegou que Israel tinha violado o acordo. Foi só quando o Qatar e o Egito confirmaram que Israel tinha cumprido sua parte, é que eles decidiram enviar os reféns. Mas quem violou o acordo foram eles.

O acordo tem a condição de que famílias não seriam separadas, isto é, mães têm que ser soltas com seus filhos, avós com netos, irmãos juntos, e assim por diante. Mas ontem, a refém Hila Rotem Shoshani de 13 anos foi solta sozinha. Sua mãe Raayah, continua com o Hamas ou que Deus nos guarde, ela foi morta pelo Hamas.

Outra refém, Maya Regev, de 21 anos, foi solta e imediatamente levada para o hospital para ser operada de urgência. Seu irmão Itai, de 18 anos, não foi solto.

A pergunta é: que tipo de gente entra em casas de famílias às 6:30 da manhã e arranca crianças e jovens de suas camas para levá-los como reféns e abusar deles?

Nestas semanas que seguiram ao ataque, o Shin Bet (a Agência de Segurança de Israel) extraiu informações super valiosas dos terroristas presos sobre as operações do Hamas, os objetivos pretendidos e as recompensas prometidas.

De acordo com o jornal Jerusalem Post, Israel interrogou mais de 105 terroristas que foram inicialmente presos no Sul, e outros 500 terroristas que foram presos posteriormente, muitos dos quais foram interrogados em tempo real no terreno em Gaza.

Foi através destes interrogatórios que Israel desmascarou o uso sistemático de hospitais, ambulâncias, mesquitas, escolas e outras instalações civis pela cúpula do Hamas, para lançar suas operações terroristas, para fabricar mísseis ou armazenar armas e munições.

Em 23 de outubro, o Shin Bet divulgou vídeos de seis interrogatórios separados de terroristas do Hamas capturados em 7 de outubro.

Cada um dos terroristas contou uma experiência ligeiramente diferente, mas o Shin Bet destacou alguns pontos em comuns. Todos os agentes do Hamas receberam instruções explícitas para matar, estuprar e raptar civis, incluindo idosos, bem como mulheres e crianças e filmar tudo com suas câmeras Go-Pro. Enquanto faziam isso, os seus comandantes superiores do Hamas permaneceram em áreas seguras em Gaza.

Um dos terroristas disse que seus superiores prometeram que: “Quem trouxesse um refém de volta [para Gaza] receberia 10 mil dólares e um apartamento”.

Todos disseram que o plano era assumir o controle das cidades, dos kibbutzim que atacaram e fixar posições ali assim que terminassem de matar e sequestrar os moradores. O vídeo divulgado pelo Shin Bet e pela polícia mostra os vários agentes do Hamas entrando em detalhes extremos sobre as suas atividades na manhã de 7 de outubro.

“As instruções eram para sequestrar mulheres e crianças”, disse um deles. Outro descreveu um encontro com um cadáver, dizendo: “O corpo dela estava caído no chão. Eu atirei nela e meu comandante gritou comigo por desperdiçar balas em um cadáver.” Deixaram claro que, quando se tratava de homicídio, não deviam distinguir entre civis e soldados.

E aí temos um aspecto que ninguém quer falar dele mas é preciso. E para aqueles que têm estômago fraco, podem desligar agora.

Como alguém que leu extensivamente sobre as práticas nazistas, a história não contada de escravidão e violência sexual cometida contra mulheres judias durante o Holocausto, reconheci o padrão. Pais mortos na frente dos filhos, crianças arrancadas dos pais, famílias desfeitas, mulheres despidas, humilhadas corporalmente, estupradas na frente de entes queridos e em público – essas formas de violência sexual foram táticas empregadas pelos nazistas, mas nunca foram documentadas. Crimes por quais, os nazistas nunca foram responsabilizados. O mundo olhou friamente para as mulheres judias então, como o está fazendo hoje.

Demorou mais de 50 anos desde o final da Segunda Guerra Mundial para que o Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) reconhecesse o estupro como uma arma de guerra e processasse os perpetradores como criminosos de guerra. Desde então, tem havido uma consciência crescente de como a violência baseada em gênero é usada para aterrorizar e romper a estrutura de uma sociedade e assim, cometer genocídio.

Desde 7 de outubro o silêncio dos grupos feministas, dos grupos como #Metoo, contra o abuso sexual, dos grupos de ativistas e ONGs de mulheres, inclusive da ONU Mulheres, tem sido ensurdecedor.

Mas para adicionar insulto à injuria, pior do que o silêncio foi o completo descaso com as mais de 1.400 vítimas civis do Hamas – que incluem cidadãos de mais de 40 países. A ONU Mulheres, por exemplo, esperou até 20 de outubro para emitir a sua primeira declaração, e vejam, apenas condenando Israel. Não fez qualquer menção às vítimas estupradas pelo Hamas em Israel, nem aos 250 mil civis israelenses que tiveram que deixar suas casas em Israel, nem pressionou pela ajuda humanitária aos reféns detidos pelo Hamas. Este flagrante duplo padrão não é apenas cruel, mas também zomba da ONU Mulheres.

O sentimento das mulheres israelense é que foram completamente traídas pela comunidade internacional, que soube se manifestar pelas mulheres yazidis traficadas pelo ISIS no Iraque e pelas mulheres na África Central e na República Democrática do Congo e o Sri Lanka.

Sim, elas sofreram com o tráfico, com estupros, mas o nível de crueldade e brutalidade do Hamas contra mulheres e crianças em Israel no 7 de outubro – não se compara a nada. Eu não estou exagerando. E tudo filmado pelos próprios perpetradores.

Entre as atrocidades estão o estupro coletivo até que os ossos pélvicos de moças fossem quebrados e suas pernas torcidas em posições não naturais, e a mutilação genital ao ponto que ao abrir os sacos, os técnicos forenses não conseguiam identificar o sexo dos corpos. O chefe da polícia de Israel, Kobi Shabtai, disse que a barriga de uma mulher grávida foi aberta e seu feto removido enquanto ela ainda estava viva, e que seios de mulheres foram cortados e jogados como se fossem bolas de vôlei. Houve também vários relatos de necrofilia e de assassinatos de moças enquanto estavam sendo estupradas.

E o mundo? Nada. Ninguém. Silêncio total...

Em outras palavras: #Metoo, está aí para defender as mulheres, exceto se você for judia. Se for, então você é uma branca colonialista que merece tudo o que for feito com você e seu corpo. Enquanto todos concordam que o estupro nunca, nunca é ok, quando as vítimas são judias, e os perpetradores são terroristas do Hamas então de alguma forma isto é justificado. E pior, é justificado por mulheres.

A atriz Susan Sarandon, disse que Israel mentiu sobre as atrocidades para justificar seu “genocídio” dos palestinos. Melissa Barrera, a atriz do filme “Scream” fez postagens antissemitas, distorcendo o Holocausto e promovendo o genocídio e limpeza étnica dos judeus.

Até quando o mundo se recusará a entender que aqui não tem meio certo ou meio errado? Quando uma menina de 3 anos fica mais de 50 dias presa como refém, sozinha, sem os pais, como a pequena Avigail, ou como o bebê Kfir, de 10 meses, é ok? Não tem como descrever uma monstruosidade destas. E quando inocentes são violadas de forma brutal e inumana, não há como justificar uma coisa destas.

Temos que rezar muito pelos mais de 200 reféns que ainda continuam no cativeiro.

 

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