Sunday, September 25, 2016

Porque ABbas Não Discursará na Knesset - 25/09/2016

Durante seu discurso na Assembléia Geral esta semana semana, Bibi Netanyahu fez algo inédito: virou a mesa na organização questionando a legitimidade da ONU. Depois de décadas ouvindo as intermináveis condenações ao seu país, Bibi tirou as luvas e descreveu as atividades da ONU como “farsa moral”, “desgraça”,  “piada” e um “circo”.
Mas enquanto os presentes tentavam se refazer dos insultos, Bibi fez um gesto muito inteligente: convidou o presidente palestino Mahmoud Abbas a vir a Jerusalém e a falar ao povo de Israel na Knesset. Abbas correu para a imprensa para declarar que isso era um complô israelense para cancelar o encontro arranjado pelos russos. E outra vez, como todas no passado, Abbas rejeitou a oportunidade de se encontrar frente a frente com Netanyahu da mesma forma que rejeitou todas as ofertas de paz do passado e um Estado.
Se Abbas quisesse mesmo a paz, falar na Knesset seria uma oferta irrecusável. Isto mudaria completamente a dinâmica do emperrado processo de paz e da opinião pública israelense que hoje não acredita que os palestinos queiram de fato um acordo. Em poucas horas Abbas criaria uma intolerável pressão sobre Netanyahu que lhe permitiria extrair ainda mais concessões de Israel.
Mas em vez de abraçar esta oportunidade, Abbas a rejeita. Porquê? A resposta é dolorosamente óbvia: porque seu objetivo não é uma solução de dois estados ou qualquer outra resolução do conflito.
Falar na Knesset não só relembraria o dramático gesto de Anwar Sadat em 1977 que levou à paz entre Israel e o Egito mas iria demolir tudo o que Abbas e seu antecessor Yasser Arafat construíram, marcando o fim da centenária guerra entre os muçulmanos e o sionismo. Discursar na Knesset significaria o reconhecimento palestino à legitimidade do estado judeu reduzindo os obstáculos à paz a meros detalhes sobre fronteiras e garantias contra violência futura.
Abbas não pode discursar na Knesset porque não é isso o que ele busca. Quem o ouviu na ONU esta semana, pôde entender que para Abbas, o conflito está fatalmente enraizado numa miríade de reclamações históricas e ódio religioso. Em vez de falar sobre como resolver a situação, ele usou o pódio da Assembléia Geral para exigir uma desculpa da Inglaterra sobre a Declaração Balfour, de 1917, que supostamente teria desencadeado o reconhecimento do direito dos judeus à sua terra ancestral. E ainda pior, em seu discurso, novamente Abbas reciclou as mentiras que sua mídia oficial diariamente publica como a intenção de Israel de destruir as mesquitas do Monte do Templo, a razão principal da última onda de ataques terroristas.
Enquanto reiterava o reconhecimento implícito de Israel nos acordos de Oslo de 1993, dizendo que eles continuam em vigor, Abbas deixou bem claro que para ele, os acordos são condicionais e podem ser revogados se Israel não se dobrar às suas exigências. Nada sobre a inadimplência palestina nos últimos 23 anos...
Mais precisamente, o foco da campanha de Abbas na ONU este ano, é o de abandonar as negociações bilaterais a que está obrigado por Oslo em favor de passos unilaterais que não só não trarão estabilidade mas tornarão a paz completamente impossível.
E isso nos leva a administração americana e aos franceses. Obama assinou há duas semanas um Memorando de Intenções com Israel sobre a ajuda militar dos Estados Unidos para os próximos 10 anos. Este Memorando foi mais um exemplo clássico das manobras mal-intencionadas deste presidente.
Primeiro é preciso deixar claro em que consiste esta suposta “ajuda” militar americana a Israel. Sim, são bilhões de dólares anuais mas este dinheiro nunca sai dos Estados Unidos. Este dinheiro é dado às empresas americanas de defesa para desenvolverem sistemas e produzirem armas e munições que num segundo momento são entregues a Israel com ou sem restrições dependendo da administração corrente. No decorrer dos anos, e muito dificilmente, Israel conseguiu negociar para que meros 26% do dinheiro beneficiasse sua própria industria de defesa que trabalha em conjunto com a americana. Ainda, em caso de guerra, Israel poderia fazer um pedido de suplementação da ajuda ao Congresso americano.
Obama nunca teria conseguido eliminar esta “ajuda” a Israel porque sua própria industria iria à falência, então ele fez a segunda melhor coisa: exigiu que os 100% da ajuda sejam gastos nos Estados Unidos e fez Israel assinar que nos próximos 10 anos ela se obrigaria a não pedir qualquer suplemento ao Congresso.  
Fontes da administração e do Congresso avisaram que Obama queria concluir este Memorando de Intenções nos últimos meses de sua presidência para polir suas credenciais pró-Israel. Ele precisa disto para um objetivo mais funesto.
No último ano e meio, os franceses estão sentados numa resolução anti-Israel, que submeterão ao Conselho de Segurança da ONU logo após as eleições americanas em Novembro.
Se esta resolução for aprovada, a ONU exigirá que Israel aceite um acordo com os palestinos forçando-a a se retirar para as linhas de armistício de 1949 com pequenos ajustes e a divisão de Jerusalém para ser concluída em 18 meses. Se Israel recusar, as nações do mundo irão reconhecer o estado da Palestina num estado formal de guerra com Israel. E isto lhe dará legitimidade para pedir ajuda militar a seus simpatizantes.
No furioso protesto do Congresso americano que se seguir, Obama irá mostrar o vídeo do seu encontro com Netanyahu nesta última quarta-feira em que o premier israelense é visto agradecendo Obama efusivamente pela ajuda militar e seu apoio a Israel.  
Enquanto isso, Abbas será congratulado através do mundo por sua inflexibilidade pois terá conseguido que outros imponham uma solução para a qual ele não teve que fazer qualquer concessão. Uma vez as fronteiras definidas a seu favor, ele poderá expulsar os judeus da Judeia e Samaria e lhe sobrará só um ponto a discutir: a volta dos refugiados para Israel própria.  
Assim, meus caros, não creio que algum dia veremos Abbas na Knesset porque a cultura politica dos palestinos está ainda enraizada na mesma rejeição da Declaração de Balfour que criou a falsa identidade nacional palestina nas últimas décadas.
É muito fácil para a mídia internacional e os liberais americanos condenarem Netanyahu dizendo que seu convite não é sincero. Mas se Abbas estivesse realmente buscando um caminho para a paz e independência para os palestinos, a coisa mais inteligente a fazer teria sido aceitar o convite do primeiro ministro de Israel e discursar perante a Knesset, mesmo se fosse para repetir suas diatribes contra a Declaração Balfour e como disse Netanyahu, contra o patriarca Abraão por ter comprado a caverna em Hebron e contra o Imperador Persa Ciro por ter autorizado a volta dos judeus para Jerusalém e a reconstrução do Templo.

O fato de sabermos que Abbas nunca aceitará discursar na Knesset nos diz mais do que precisamos saber sobre as intenções palestinas. Agora é esperar para ver o que acontece.

Sunday, September 11, 2016

Porque Vou Votar em Trump - 11/09/2016

Antes de cada eleição no mundo, minorias se perguntam se este ou aquele candidato será bom para os seus. Em 2008, a eleição de Barack Obama trouxe grandes esperanças para a comunidade afro-americana. Mas oito anos mais tarde o desemprego entre os negros é o dobro da média nacional, mesmo para aqueles que terminaram a universidade. Ao mesmo tempo, e apesar de serem apenas 13% da população, em 2014 os afro-americanos consistiam em 40% da população carcerária americana. Claramente Obama foi um grande desapontamento para eles.

Na comunidade judaica americana, dois meses antes das eleições presidenciais, há muito debate, não só sobre quem será melhor para Israel, mas hoje, no 15º aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001, quem será mais efetivo contra os terroristas, e também melhor para a economia e mais duro com o crescente antissemitismo.

Antes de tudo quero esclarecer que tenho registro como eleitora do partido republicano. Isto não quer dizer que meu voto esteja limitado. O registro apenas me permite votar nas eleições primarias do partido. E não vou tentar ser imparcial, mostrando os prós e contras de cada candidato. Vou sim explicar porque meu voto irá para Donald Trump e não para Hillary Clinton.

Primeiro, eu conheci Donald Trump pessoalmente há uns 20 anos atrás numa transação comercial. Posso dizer que ele é uma das pessoas mais carismáticas e ao mesmo tempo atenciosa que eu já conheci. Isto sem falar um soberbo negociador. O que ele não é, é um ser político. Ele diz o que pensa autenticamente.

Uma das preocupações dos republicanos com Trump é precisamente o fato dele não conhecer Washington e como lidar com o estabelecimento político da capital. Por outro lado, esta é a atração que ele exerce no povo cansado de políticos e burocratas que passam seus dias a procurar complicar sua vida e em como tirar de você mais impostos.

Assim, ele pode não ser o candidato ideal politicamente falando, mas ele é sincero em querer um futuro melhor para os americanos e principalmente em restaurar a excepcionalidade dos Estados Unidos na sociedade das nações. Ele é um bilionário que não se dobrará a interesses estranhos que não se alinhem com os do país. Sobre Israel, sua filha Ivanka se converteu ao judaísmo ortodoxo e a família de seu genro tem muitas ligações com Israel e com Netanyahu. Trump tem seu genro como um de seus conselheiros mais próximos e acredito que ele nunca tomará nenhuma decisão ou forçará Israel a qualquer ação que coloque em perigo sua segurança.  Além disso, a esquerda só conseguiu até agora atacar sua pessoa, chamando-o de xenofóbico, homofóbico, racista, etc. e não o que ele prometeu fazer se for presidente. É por isso que votarei nele.

Agora sobre os Clintons. Eu já morava em NY quando Bill foi eleito presidente. As duas presidências foram permeadas por escândalos e investigações tanto contra ele como contra Hillary culminando com o processo de impeachment. Primeiro foram as questionáveis transações em propriedades chamadas de Whitewater, depois Travelgate, Troopergate, o suicídio de Vince Foster e as escapadas de Bill Clinton com Paula Jones, Jennifer Flowers, Monica Lewinsky, e o alegado estupro de Juanita Broaddrick.

Em todos os escândalos os Clintons conseguiram destruir evidências e não serem pegos em mentiras nem para a justiça, nem para a imprensa.

Mentir se tornou um hábito para Hillary até em situações inofensivas. Ela disse por exemplo, que ao visitar a Bósnia, ela aterrissara no meio de um tiroteio e teve que correr para um abrigo. Logo após, um filme veio a tona mostrando-a chegando de helicóptero e sendo recepcionada por crianças com flores e música. Ela teve que dizer que havia se confundido.

Em várias entrevistas Hillary disse que quando ela e Bill saíram da Casa Branca em 2001 estavam quebrados financeiramente. Interessante que logo no ano seguinte havia milhões em suas declarações de renda, que continuam a crescer com compensações milionárias pagas por firmas de Wall Street para supostos discursos que fizeram para a comunidade financeira.

Para mim, sua pior mentira foi a que ela contou para as famílias dos mortos em Bengazi no ataque de 11 de setembro de 2012. No mesmo dia, Hillary avisou sua filha Chelsea e o presidente do Egito que havia sido um ataque terrorista alegadamente pela Al-Qaeda. Mas para a imprensa e para as famílias ela afirmou que havia sido uma reação espontânea a um filme sobre Maomé no Youtube. Ela repetiu a mentira na recepção dos corpos do embaixador Chris Stevens e dos agentes Sean Smith, Tyrone Woods e Glenn Doherty. O embaixador havia feito dezenas de pedidos para Hillary para reforçar a segurança do consulado em Bengazi, todos negados supostamente para não “ofender” o governo líbio.

Do desastre de Bengazi, à politica de recomeço com a Rússia, ao acordo com o Irã, passando pela exigência do congelamento dos assentamentos por Israel e o apoio à Irmandade Muçulmana no Egito, da recusa de ação na Síria, à retirada de tropas do Iraque e do Afeganistão, ninguém pode citar uma só decisão bem tomada por ela como Secretária de Estado.

E aí temos a Fundação Clinton. Uma fundação supostamente “voltada para o fortalecimento das pessoas para alcançarem independência global”, seja lá o que isto for... Em 2007 a Fundação foi criticada por falta de transparência. Em 2008 ela publicou uma lista de doadores que incluíram a família real da Arábia Saudita e outros países controversos. Coincidentemente, assim que uma doação era feita para a fundação, o Departamento de Estado de Hillary aprovava um ou outro projeto envolvendo aquele país num claro conflito de interesses.

E aí temos seu servidor privado e o escândalo dos e-mails. Suas ações foram muito bem calculadas ao instalar um servidor privado porque assim ela podia controlar quais informações poderiam se tornar publicas e quais ela destruiria para não deixar rastros.

Sobre Israel, Hillary sempre expressou simpatia para com a causa palestina e quem pode esquecer seus aplausos para Suha Arafat enquanto esta acusava Israel de matar crianças palestinas? Sua filha Chelsea também se casou com um judeu, mas um que não faz questão nem do seu judaísmo nem de Israel.

O mais preocupante é que nenhuma das investigações conseguiu provar a culpabilidade de qualquer dos Clintons.

Sobre suas promessas eleitorais, Hillary prometeu trazer milhares de refugiados sírios sem verificar quem são. Ela quer continuar com a política de não deportar imigrantes ilegais. Ela quer acabar com a indústria do carvão e engrossar as filas de desempregados com milhares de mineiros supostamente para evitar o aquecimento global. Quer aumentar os impostos para uma redistribuição de renda mais efetiva e assim continuar o programa socialista de Obama.

Basta dizer que estas políticas nunca deram certo em lugar algum, e só trarão mais desemprego e fuga de investimentos da América. Eu amo este meu país adotivo e quero o melhor para ele. E é por isso que meu voto irá para Trump, pois ele é o único que tem em seu programa de governo devolver a grandeza da América.


Sunday, September 4, 2016

Mais Mentiras Sobre o Acordo com o Irã - 04/09/16

No futuro não muito distante, quando historiadores procurarem saber quem foi o presidente mais mentiroso da era moderna, não precisarão outro que Barack Obama. Para quem ouviu a explicação do presidente na semana passada sobre o envio ao Irã de um avião lotado de dólares e outras moedas fortes, à véspera da soltura de quatro americanos injustamente presos, não pode deixar de pensar como alguém pode mentir tão descaradamente e  divertir-se tanto ao faze-lo.

A explicação de Obama foi que os Estados Unidos haviam concordado em pagar parcialmente uma dívida que o país tinha com o Irã por uma compra de armamentos que havia sido cancelada nos anos 70. O presidente insistiu que este pagamento nada tinha a ver com qualquer resgate pela soltura dos americanos. E porque o dinheiro em espécie num avião?? Não podia ser uma transferência bancária?

Não. O presidente disse que o avião tinha sido necessário por causa das sanções, ainda em vigor, proibindo relações bancárias tradicionais entre os dois países, e não porque o Irã preferia receber o dinheiro em espécie para usar com seus agentes externos. Alguns dias após o evento do avião, Claudia Rosett, uma repórter do New York Sun, revelou que outros 13 pagamentos de 100 milhões de dólares cada, haviam sido efetuados para o Irã.

Estranho não? Que após o pagamento inicial em espécie, de 400 milhões, os Estados Unidos tenham encontrado um meio de transferir 1.3 bilhões de modo tradicional, por transferência bancária ou cheque, apesar de todas as restrições. Até agora, o Departamento de Estado americano não pode confirmar que os pagamentos saíram de algo chamado de Fundo Judicial, um fundo ordenado pela justiça americana para depositar montantes reclamados pelos iranianos. Mas não há outra explicação.

E porque as transferências foram de um centavo a menos que 100 milhões de dólares cada?? Parece até um esquema de lavagem de dinheiro.

A administração Obama agora admitiu ter mentido sobre a ligação dos $400 milhões com a soltura dos prisioneiros. O mesmo porta-voz do Departamento de Estado que afirmara que não se tratava de resgate, que as transações eram independentes, agora reconheceu que a soltura dos prisioneiros dependia do pagamento. Mas, para nosso conforto, ele disse que os Estados Unidos sempre mantiveram a vantagem nas negociações. Ele afirmou que não permitiram ao avião aterrissar em Teerã até que os quatro reféns estivessem a caminho dos Estados Unidos.

A ideia que a América tenha ditado os termos desta negociata seria pateticamente hilária se não fosse tão redondamente mentirosa. E se fosse verdade, teria sido a única vez que os Estados Unidos impuseram qualquer coisa que os aiatolás aceitaram.

A história de Barack Obama com os aiatolás do Irã ainda precisa ser escrita. De sua recusa em apoiar o movimento democrático e a revolução verde em 2009 de Hossein Moussavi - que continua preso, à sua busca obsessiva de um acordo nuclear, passando pelas mentiras e obscurecimentos para sugerir que outra coisa estaria acontecendo, provavelmente nunca saberemos o que se passa na cabeça ou no coração de Obama para reconstruir a verdade desta forma.

Apesar da administração nunca ter admitido diretamente outros detalhes vieram a tona. Em 2009, a Casa Branca escolheu ignorar os protestos populares contra a elite religiosa governante que roubou as eleições de Moussavi, porque o Departamento de Estado de Hillary Clinton não queria dar um sinal de apoio à mudança do governo do Irã. Clinton e Obama decidiram que era melhor mostrar simpatia pela teocracia ditatorial dos últimos 30 anos e mostrar que a América não era uma ameaça ao regime.

Isto porque Obama e Clinton esperavam que este gesto pudesse levar à negociações construtivas que culminassem em um acordo nuclear. O acordo por sua vez, na melhor das hipóteses, poderia reconduzir o Irã à sociedade das nações.  

Se em vez disso Obama tivesse apoiado os protestos em 2009 e se eles tivessem sido bem sucedidos, muitas das preocupações do ocidente com o programa nuclear iraniano teriam sido eliminadas, mas Obama não teria levado nenhum crédito pela melhora de relações com o Irã ou pela redução do passo de seu programa nuclear. Porque apoiar uma mudança de regime, como Obama fez quando Mubarak foi deposto e o líder da Irmandade Muçulmana assumiu o governo do Egito, se esta mudança iria interferir com o legado que Obama queria deixar como negociador?

Outra informação recentemente revelada foi sobre a decisão de Obama de não se intrometer na Síria, mesmo após Bashar Assad ter usado armas químicas contra civis, uma linha vermelha estabelecida pelo próprio presidente. Obama teria posto o rabo entre as pernas porque o Irã ameaçou suspender qualquer negociação secreta se houvesse um envolvimento Americano na Síria. Estas negociações secretas são as que a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, finalmente admitiu que ocorreram e que ela havia sido desonesta ao nega-las para supostamente “proteger o processo diplomático”. A transcrição da pergunta do jornalista e a sua admissão de ter mentido foram removidas dos registros do Departamento de Estado por alguém que ninguém sabe quem é. Ainda bem que o evento foi filmado e o registro existe.

A história das negociações e a catarata das concessões americanas que permitiram ao Irã manter seu programa nuclear e suas milhares de centrífugas em operação; que deu ao Irã um passe livre sobre seu programa nuclear militar anterior; permitindo à usina de Fordo continuar operando e hoje protegida pelo recém instalado sistema russo antimíssil avançado S-300; que permitiu ao Irã armar outras nações e grupos terroristas como a Hezbollah; que fechou os olhos para as violações às sanções internacionais contra testes de mísseis balísticos; tudo isso revela uma dinâmica nas relações entre o Irã e os Estados Unidos, que chega a beirar a simpatia de Obama por este regime opressor.  Quando se trata do Irã, não é preciso pressionar muito e os Estados Unidos concedem.

O acordo nuclear com o Irã é visto como um erro pela grande maioria da população Americana, de acordo com todas as pesquisas de opinião. Poucos Americanos veem o Irã favoravelmente, especialmente depois da humilhação sofrida pelos marinheiros que erroneamente vaguearam para águas iranianas.

Do lado iraniano, a retórica contra o ocidente e a América em particular, nunca esteve tão tóxica. Os iranianos continuam a escoriar publicamente os Estados Unidos por sua suposta perfídia. E o acordo até agora teve apenas efeitos contrários aos nossos interesses: ele solidificou os linha-dura no poder; liberou dezenas de bilhões de dólares que permitiu aos aiatolás continuarem sua ingerência da Síria, Iêmen e Líbano, e não produziu qualquer mudança em sua política de exterminação de Israel.  

O que o ocidente ganhou com este acordo?? Apenas alguns meses a mais até que o Irã tenha plutônio suficiente para uma bomba nuclear. Isto acontecerá dentro dos próximos 10 anos apesar de todas as limitações do acordo.


Este é um dos piores acordos negociados na história internacional moderna. Mas ninguém poderia imagina-lo ao ouvir o presidente e sua secretária de estado atual candidata à presidente, se auto parabenizarem por ele. Os dois tem cara-de-pau suficiente para chegar a afirmar que hoje Israel apoia o acordo!!! Pelos parâmetros da Casa Branca, a América teve uma ótima colocação ficando com a medalha de prata nestas negociações enquanto que o Irã ficou somente um ponto à frente.