Sunday, September 11, 2016

Porque Vou Votar em Trump - 11/09/2016

Antes de cada eleição no mundo, minorias se perguntam se este ou aquele candidato será bom para os seus. Em 2008, a eleição de Barack Obama trouxe grandes esperanças para a comunidade afro-americana. Mas oito anos mais tarde o desemprego entre os negros é o dobro da média nacional, mesmo para aqueles que terminaram a universidade. Ao mesmo tempo, e apesar de serem apenas 13% da população, em 2014 os afro-americanos consistiam em 40% da população carcerária americana. Claramente Obama foi um grande desapontamento para eles.

Na comunidade judaica americana, dois meses antes das eleições presidenciais, há muito debate, não só sobre quem será melhor para Israel, mas hoje, no 15º aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001, quem será mais efetivo contra os terroristas, e também melhor para a economia e mais duro com o crescente antissemitismo.

Antes de tudo quero esclarecer que tenho registro como eleitora do partido republicano. Isto não quer dizer que meu voto esteja limitado. O registro apenas me permite votar nas eleições primarias do partido. E não vou tentar ser imparcial, mostrando os prós e contras de cada candidato. Vou sim explicar porque meu voto irá para Donald Trump e não para Hillary Clinton.

Primeiro, eu conheci Donald Trump pessoalmente há uns 20 anos atrás numa transação comercial. Posso dizer que ele é uma das pessoas mais carismáticas e ao mesmo tempo atenciosa que eu já conheci. Isto sem falar um soberbo negociador. O que ele não é, é um ser político. Ele diz o que pensa autenticamente.

Uma das preocupações dos republicanos com Trump é precisamente o fato dele não conhecer Washington e como lidar com o estabelecimento político da capital. Por outro lado, esta é a atração que ele exerce no povo cansado de políticos e burocratas que passam seus dias a procurar complicar sua vida e em como tirar de você mais impostos.

Assim, ele pode não ser o candidato ideal politicamente falando, mas ele é sincero em querer um futuro melhor para os americanos e principalmente em restaurar a excepcionalidade dos Estados Unidos na sociedade das nações. Ele é um bilionário que não se dobrará a interesses estranhos que não se alinhem com os do país. Sobre Israel, sua filha Ivanka se converteu ao judaísmo ortodoxo e a família de seu genro tem muitas ligações com Israel e com Netanyahu. Trump tem seu genro como um de seus conselheiros mais próximos e acredito que ele nunca tomará nenhuma decisão ou forçará Israel a qualquer ação que coloque em perigo sua segurança.  Além disso, a esquerda só conseguiu até agora atacar sua pessoa, chamando-o de xenofóbico, homofóbico, racista, etc. e não o que ele prometeu fazer se for presidente. É por isso que votarei nele.

Agora sobre os Clintons. Eu já morava em NY quando Bill foi eleito presidente. As duas presidências foram permeadas por escândalos e investigações tanto contra ele como contra Hillary culminando com o processo de impeachment. Primeiro foram as questionáveis transações em propriedades chamadas de Whitewater, depois Travelgate, Troopergate, o suicídio de Vince Foster e as escapadas de Bill Clinton com Paula Jones, Jennifer Flowers, Monica Lewinsky, e o alegado estupro de Juanita Broaddrick.

Em todos os escândalos os Clintons conseguiram destruir evidências e não serem pegos em mentiras nem para a justiça, nem para a imprensa.

Mentir se tornou um hábito para Hillary até em situações inofensivas. Ela disse por exemplo, que ao visitar a Bósnia, ela aterrissara no meio de um tiroteio e teve que correr para um abrigo. Logo após, um filme veio a tona mostrando-a chegando de helicóptero e sendo recepcionada por crianças com flores e música. Ela teve que dizer que havia se confundido.

Em várias entrevistas Hillary disse que quando ela e Bill saíram da Casa Branca em 2001 estavam quebrados financeiramente. Interessante que logo no ano seguinte havia milhões em suas declarações de renda, que continuam a crescer com compensações milionárias pagas por firmas de Wall Street para supostos discursos que fizeram para a comunidade financeira.

Para mim, sua pior mentira foi a que ela contou para as famílias dos mortos em Bengazi no ataque de 11 de setembro de 2012. No mesmo dia, Hillary avisou sua filha Chelsea e o presidente do Egito que havia sido um ataque terrorista alegadamente pela Al-Qaeda. Mas para a imprensa e para as famílias ela afirmou que havia sido uma reação espontânea a um filme sobre Maomé no Youtube. Ela repetiu a mentira na recepção dos corpos do embaixador Chris Stevens e dos agentes Sean Smith, Tyrone Woods e Glenn Doherty. O embaixador havia feito dezenas de pedidos para Hillary para reforçar a segurança do consulado em Bengazi, todos negados supostamente para não “ofender” o governo líbio.

Do desastre de Bengazi, à politica de recomeço com a Rússia, ao acordo com o Irã, passando pela exigência do congelamento dos assentamentos por Israel e o apoio à Irmandade Muçulmana no Egito, da recusa de ação na Síria, à retirada de tropas do Iraque e do Afeganistão, ninguém pode citar uma só decisão bem tomada por ela como Secretária de Estado.

E aí temos a Fundação Clinton. Uma fundação supostamente “voltada para o fortalecimento das pessoas para alcançarem independência global”, seja lá o que isto for... Em 2007 a Fundação foi criticada por falta de transparência. Em 2008 ela publicou uma lista de doadores que incluíram a família real da Arábia Saudita e outros países controversos. Coincidentemente, assim que uma doação era feita para a fundação, o Departamento de Estado de Hillary aprovava um ou outro projeto envolvendo aquele país num claro conflito de interesses.

E aí temos seu servidor privado e o escândalo dos e-mails. Suas ações foram muito bem calculadas ao instalar um servidor privado porque assim ela podia controlar quais informações poderiam se tornar publicas e quais ela destruiria para não deixar rastros.

Sobre Israel, Hillary sempre expressou simpatia para com a causa palestina e quem pode esquecer seus aplausos para Suha Arafat enquanto esta acusava Israel de matar crianças palestinas? Sua filha Chelsea também se casou com um judeu, mas um que não faz questão nem do seu judaísmo nem de Israel.

O mais preocupante é que nenhuma das investigações conseguiu provar a culpabilidade de qualquer dos Clintons.

Sobre suas promessas eleitorais, Hillary prometeu trazer milhares de refugiados sírios sem verificar quem são. Ela quer continuar com a política de não deportar imigrantes ilegais. Ela quer acabar com a indústria do carvão e engrossar as filas de desempregados com milhares de mineiros supostamente para evitar o aquecimento global. Quer aumentar os impostos para uma redistribuição de renda mais efetiva e assim continuar o programa socialista de Obama.

Basta dizer que estas políticas nunca deram certo em lugar algum, e só trarão mais desemprego e fuga de investimentos da América. Eu amo este meu país adotivo e quero o melhor para ele. E é por isso que meu voto irá para Trump, pois ele é o único que tem em seu programa de governo devolver a grandeza da América.


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