Antes de cada eleição no
mundo, minorias se perguntam se este ou aquele candidato será bom para os seus.
Em 2008, a eleição de Barack Obama trouxe grandes esperanças para a comunidade
afro-americana. Mas oito anos mais tarde o desemprego entre os negros é o dobro
da média nacional, mesmo para aqueles que terminaram a universidade. Ao mesmo
tempo, e apesar de serem apenas 13% da população, em 2014 os afro-americanos consistiam
em 40% da população carcerária americana. Claramente Obama foi um grande desapontamento
para eles.
Na comunidade judaica
americana, dois meses antes das eleições presidenciais, há muito debate, não só
sobre quem será melhor para Israel, mas hoje, no 15º aniversário dos ataques de
11 de setembro de 2001, quem será mais efetivo contra os terroristas, e também
melhor para a economia e mais duro com o crescente antissemitismo.
Antes de tudo quero esclarecer
que tenho registro como eleitora do partido republicano. Isto não quer dizer
que meu voto esteja limitado. O registro apenas me permite votar nas eleições
primarias do partido. E não vou tentar ser imparcial, mostrando os prós e
contras de cada candidato. Vou sim explicar porque meu voto irá para Donald
Trump e não para Hillary Clinton.
Primeiro, eu conheci Donald
Trump pessoalmente há uns 20 anos atrás numa transação comercial. Posso dizer
que ele é uma das pessoas mais carismáticas e ao mesmo tempo atenciosa que eu
já conheci. Isto sem falar um soberbo negociador. O que ele não é, é um ser político.
Ele diz o que pensa autenticamente.
Uma das preocupações dos
republicanos com Trump é precisamente o fato dele não conhecer Washington e
como lidar com o estabelecimento político da capital. Por outro lado, esta é a
atração que ele exerce no povo cansado de políticos e burocratas que passam
seus dias a procurar complicar sua vida e em como tirar de você mais impostos.
Assim, ele pode não ser o
candidato ideal politicamente falando, mas ele é sincero em querer um futuro
melhor para os americanos e principalmente em restaurar a excepcionalidade dos
Estados Unidos na sociedade das nações. Ele é um bilionário que não se dobrará
a interesses estranhos que não se alinhem com os do país. Sobre Israel, sua
filha Ivanka se converteu ao judaísmo ortodoxo e a família de seu genro tem
muitas ligações com Israel e com Netanyahu. Trump tem seu genro como um de seus
conselheiros mais próximos e acredito que ele nunca tomará nenhuma decisão ou
forçará Israel a qualquer ação que coloque em perigo sua segurança. Além disso, a esquerda só conseguiu até agora atacar
sua pessoa, chamando-o de xenofóbico, homofóbico, racista, etc. e não o que ele
prometeu fazer se for presidente. É por isso que votarei nele.
Agora sobre os Clintons. Eu já
morava em NY quando Bill foi eleito presidente. As duas presidências foram
permeadas por escândalos e investigações tanto contra ele como contra Hillary culminando
com o processo de impeachment. Primeiro foram as questionáveis transações em
propriedades chamadas de Whitewater, depois Travelgate, Troopergate, o suicídio
de Vince Foster e as escapadas de Bill Clinton com Paula Jones, Jennifer
Flowers, Monica Lewinsky, e o alegado estupro de Juanita Broaddrick.
Em todos os escândalos os
Clintons conseguiram destruir evidências e não serem pegos em mentiras nem para
a justiça, nem para a imprensa.
Mentir se tornou um hábito
para Hillary até em situações inofensivas. Ela disse por exemplo, que ao
visitar a Bósnia, ela aterrissara no meio de um tiroteio e teve que correr para
um abrigo. Logo após, um filme veio a tona mostrando-a chegando de helicóptero
e sendo recepcionada por crianças com flores e música. Ela teve que dizer que
havia se confundido.
Em várias entrevistas Hillary
disse que quando ela e Bill saíram da Casa Branca em 2001 estavam quebrados
financeiramente. Interessante que logo no ano seguinte havia milhões em suas
declarações de renda, que continuam a crescer com compensações milionárias
pagas por firmas de Wall Street para supostos discursos que fizeram para a
comunidade financeira.
Para mim, sua pior mentira foi
a que ela contou para as famílias dos mortos em Bengazi no ataque de 11 de
setembro de 2012. No mesmo dia, Hillary avisou sua filha Chelsea e o presidente
do Egito que havia sido um ataque terrorista alegadamente pela Al-Qaeda. Mas
para a imprensa e para as famílias ela afirmou que havia sido uma reação
espontânea a um filme sobre Maomé no Youtube. Ela repetiu a mentira na recepção
dos corpos do embaixador Chris Stevens e dos agentes Sean Smith, Tyrone Woods e
Glenn Doherty. O embaixador havia feito dezenas de pedidos para Hillary para
reforçar a segurança do consulado em Bengazi, todos negados supostamente para
não “ofender” o governo líbio.
Do desastre de Bengazi, à
politica de recomeço com a Rússia, ao acordo com o Irã, passando pela exigência
do congelamento dos assentamentos por Israel e o apoio à Irmandade Muçulmana no
Egito, da recusa de ação na Síria, à retirada de tropas do Iraque e do
Afeganistão, ninguém pode citar uma só decisão bem tomada por ela como Secretária
de Estado.
E aí temos a Fundação Clinton.
Uma fundação supostamente “voltada para o fortalecimento das pessoas para
alcançarem independência global”, seja lá o que isto for... Em 2007 a Fundação
foi criticada por falta de transparência. Em 2008 ela publicou uma lista de
doadores que incluíram a família real da Arábia Saudita e outros países
controversos. Coincidentemente, assim que uma doação era feita para a fundação,
o Departamento de Estado de Hillary aprovava um ou outro projeto envolvendo
aquele país num claro conflito de interesses.
E aí temos seu servidor
privado e o escândalo dos e-mails. Suas ações foram muito bem calculadas ao
instalar um servidor privado porque assim ela podia controlar quais informações
poderiam se tornar publicas e quais ela destruiria para não deixar rastros.
Sobre Israel, Hillary sempre expressou
simpatia para com a causa palestina e quem pode esquecer seus aplausos para
Suha Arafat enquanto esta acusava Israel de matar crianças palestinas? Sua
filha Chelsea também se casou com um judeu, mas um que não faz questão nem do
seu judaísmo nem de Israel.
O mais preocupante é que
nenhuma das investigações conseguiu provar a culpabilidade de qualquer dos
Clintons.
Sobre suas promessas eleitorais,
Hillary prometeu trazer milhares de refugiados sírios sem verificar quem são. Ela
quer continuar com a política de não deportar imigrantes ilegais. Ela quer
acabar com a indústria do carvão e engrossar as filas de desempregados com
milhares de mineiros supostamente para evitar o aquecimento global. Quer
aumentar os impostos para uma redistribuição de renda mais efetiva e assim
continuar o programa socialista de Obama.
Basta dizer que estas
políticas nunca deram certo em lugar algum, e só trarão mais desemprego e fuga
de investimentos da América. Eu amo este meu país adotivo e quero o melhor para
ele. E é por isso que meu voto irá para Trump, pois ele é o único que tem em
seu programa de governo devolver a grandeza da América.
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