Sunday, November 26, 2023

#Metoo! (Exceto se você for Judia) - 26/11/2023

 

Hoje é o 51º dia do ataque de 7 de outubro. E pela primeira vez, precisamos agradecer. Agradecer a Deus, às forças de segurança, os diversos governos, todo o time de médicos, enfermeiras e a todos que conseguiram que 26 crianças, algumas mães e avós fossem soltas na sexta e ontem à noite. Vários trabalhadores tailandeses também foram soltos depois de uma negociação entre a Tailândia e o Irã. Apesar das tentativas do Hamas de atrasar, colocar empecilhos de última hora, à meia-noite horário de Israel vimos a segunda leva de reféns atravessar para o Egito e depois Israel.

Desde as 4 da tarde os familiares dos reféns na lista do Hamas esperavam ansiosos por notícias. Mas o grupo terrorista decidiu “renegociar” o acordo, exigindo que Israel soltasse primeiro os presos mais antigos, depois pediu mais caminhões de gasolina. Depois o Hamas alegou que Israel tinha violado o acordo. Foi só quando o Qatar e o Egito confirmaram que Israel tinha cumprido sua parte, é que eles decidiram enviar os reféns. Mas quem violou o acordo foram eles.

O acordo tem a condição de que famílias não seriam separadas, isto é, mães têm que ser soltas com seus filhos, avós com netos, irmãos juntos, e assim por diante. Mas ontem, a refém Hila Rotem Shoshani de 13 anos foi solta sozinha. Sua mãe Raayah, continua com o Hamas ou que Deus nos guarde, ela foi morta pelo Hamas.

Outra refém, Maya Regev, de 21 anos, foi solta e imediatamente levada para o hospital para ser operada de urgência. Seu irmão Itai, de 18 anos, não foi solto.

A pergunta é: que tipo de gente entra em casas de famílias às 6:30 da manhã e arranca crianças e jovens de suas camas para levá-los como reféns e abusar deles?

Nestas semanas que seguiram ao ataque, o Shin Bet (a Agência de Segurança de Israel) extraiu informações super valiosas dos terroristas presos sobre as operações do Hamas, os objetivos pretendidos e as recompensas prometidas.

De acordo com o jornal Jerusalem Post, Israel interrogou mais de 105 terroristas que foram inicialmente presos no Sul, e outros 500 terroristas que foram presos posteriormente, muitos dos quais foram interrogados em tempo real no terreno em Gaza.

Foi através destes interrogatórios que Israel desmascarou o uso sistemático de hospitais, ambulâncias, mesquitas, escolas e outras instalações civis pela cúpula do Hamas, para lançar suas operações terroristas, para fabricar mísseis ou armazenar armas e munições.

Em 23 de outubro, o Shin Bet divulgou vídeos de seis interrogatórios separados de terroristas do Hamas capturados em 7 de outubro.

Cada um dos terroristas contou uma experiência ligeiramente diferente, mas o Shin Bet destacou alguns pontos em comuns. Todos os agentes do Hamas receberam instruções explícitas para matar, estuprar e raptar civis, incluindo idosos, bem como mulheres e crianças e filmar tudo com suas câmeras Go-Pro. Enquanto faziam isso, os seus comandantes superiores do Hamas permaneceram em áreas seguras em Gaza.

Um dos terroristas disse que seus superiores prometeram que: “Quem trouxesse um refém de volta [para Gaza] receberia 10 mil dólares e um apartamento”.

Todos disseram que o plano era assumir o controle das cidades, dos kibbutzim que atacaram e fixar posições ali assim que terminassem de matar e sequestrar os moradores. O vídeo divulgado pelo Shin Bet e pela polícia mostra os vários agentes do Hamas entrando em detalhes extremos sobre as suas atividades na manhã de 7 de outubro.

“As instruções eram para sequestrar mulheres e crianças”, disse um deles. Outro descreveu um encontro com um cadáver, dizendo: “O corpo dela estava caído no chão. Eu atirei nela e meu comandante gritou comigo por desperdiçar balas em um cadáver.” Deixaram claro que, quando se tratava de homicídio, não deviam distinguir entre civis e soldados.

E aí temos um aspecto que ninguém quer falar dele mas é preciso. E para aqueles que têm estômago fraco, podem desligar agora.

Como alguém que leu extensivamente sobre as práticas nazistas, a história não contada de escravidão e violência sexual cometida contra mulheres judias durante o Holocausto, reconheci o padrão. Pais mortos na frente dos filhos, crianças arrancadas dos pais, famílias desfeitas, mulheres despidas, humilhadas corporalmente, estupradas na frente de entes queridos e em público – essas formas de violência sexual foram táticas empregadas pelos nazistas, mas nunca foram documentadas. Crimes por quais, os nazistas nunca foram responsabilizados. O mundo olhou friamente para as mulheres judias então, como o está fazendo hoje.

Demorou mais de 50 anos desde o final da Segunda Guerra Mundial para que o Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) reconhecesse o estupro como uma arma de guerra e processasse os perpetradores como criminosos de guerra. Desde então, tem havido uma consciência crescente de como a violência baseada em gênero é usada para aterrorizar e romper a estrutura de uma sociedade e assim, cometer genocídio.

Desde 7 de outubro o silêncio dos grupos feministas, dos grupos como #Metoo, contra o abuso sexual, dos grupos de ativistas e ONGs de mulheres, inclusive da ONU Mulheres, tem sido ensurdecedor.

Mas para adicionar insulto à injuria, pior do que o silêncio foi o completo descaso com as mais de 1.400 vítimas civis do Hamas – que incluem cidadãos de mais de 40 países. A ONU Mulheres, por exemplo, esperou até 20 de outubro para emitir a sua primeira declaração, e vejam, apenas condenando Israel. Não fez qualquer menção às vítimas estupradas pelo Hamas em Israel, nem aos 250 mil civis israelenses que tiveram que deixar suas casas em Israel, nem pressionou pela ajuda humanitária aos reféns detidos pelo Hamas. Este flagrante duplo padrão não é apenas cruel, mas também zomba da ONU Mulheres.

O sentimento das mulheres israelense é que foram completamente traídas pela comunidade internacional, que soube se manifestar pelas mulheres yazidis traficadas pelo ISIS no Iraque e pelas mulheres na África Central e na República Democrática do Congo e o Sri Lanka.

Sim, elas sofreram com o tráfico, com estupros, mas o nível de crueldade e brutalidade do Hamas contra mulheres e crianças em Israel no 7 de outubro – não se compara a nada. Eu não estou exagerando. E tudo filmado pelos próprios perpetradores.

Entre as atrocidades estão o estupro coletivo até que os ossos pélvicos de moças fossem quebrados e suas pernas torcidas em posições não naturais, e a mutilação genital ao ponto que ao abrir os sacos, os técnicos forenses não conseguiam identificar o sexo dos corpos. O chefe da polícia de Israel, Kobi Shabtai, disse que a barriga de uma mulher grávida foi aberta e seu feto removido enquanto ela ainda estava viva, e que seios de mulheres foram cortados e jogados como se fossem bolas de vôlei. Houve também vários relatos de necrofilia e de assassinatos de moças enquanto estavam sendo estupradas.

E o mundo? Nada. Ninguém. Silêncio total...

Em outras palavras: #Metoo, está aí para defender as mulheres, exceto se você for judia. Se for, então você é uma branca colonialista que merece tudo o que for feito com você e seu corpo. Enquanto todos concordam que o estupro nunca, nunca é ok, quando as vítimas são judias, e os perpetradores são terroristas do Hamas então de alguma forma isto é justificado. E pior, é justificado por mulheres.

A atriz Susan Sarandon, disse que Israel mentiu sobre as atrocidades para justificar seu “genocídio” dos palestinos. Melissa Barrera, a atriz do filme “Scream” fez postagens antissemitas, distorcendo o Holocausto e promovendo o genocídio e limpeza étnica dos judeus.

Até quando o mundo se recusará a entender que aqui não tem meio certo ou meio errado? Quando uma menina de 3 anos fica mais de 50 dias presa como refém, sozinha, sem os pais, como a pequena Avigail, ou como o bebê Kfir, de 10 meses, é ok? Não tem como descrever uma monstruosidade destas. E quando inocentes são violadas de forma brutal e inumana, não há como justificar uma coisa destas.

Temos que rezar muito pelos mais de 200 reféns que ainda continuam no cativeiro.

 

Sunday, November 19, 2023

A BBC Tem Um Novo Passatempo - 19/11/2023

 

A BBC tem um novo passatempo: se retratar por seu péssimo jornalismo. Todos vimos esta semana como novamente o âncora declarou que o exército de Israel iria entrar no Hospital Shifa em Gaza e vejam bem, com o objetivo de atacar os médicos e os que falavam árabe. Bem, só um pouquinho de discernimento faria qualquer um perguntar, como assim, os que falam árabe? Todos falam árabe em Gaza. A notificação do exército de Israel, como publicada pela Reuters, foi que o exército iria entrar no hospital com médicos e com pessoal que fala árabe para facilitar a comunicação.

Mas como dizemos em inglês, enquanto a mentira dá a volta ao mundo, a verdade ainda não vestiu as calças. A BBC não aprendeu nada com a reportagem vergonhosa anterior quando acusou Israel de ter bombardeado o Hospital Al-Ahli e matado 500 pessoas, dois minutos depois do míssil do Jihad Islâmico ter falhado e caído no estacionamento do hospital. Sem qualquer verificação ou corroboração.

É incrível como estes veículos de imprensa, incluindo os mais consagrados, quando se trata de Israel ou de judeus, deixam de lado toda a ética profissional e publicam o que gostariam que a verdade fosse. E isso não é só na mídia. O mundo inteiro se diz perito do conflito árabe-israelense. Se perguntarmos se sabem quem são as partes da guerra civil no Yemen, ninguém sabe. Se perguntarmos onde fica a Criméia, ninguém acerta no mapa. Mas mesmo sem poder encontrar Israel no mapa, todo o mundo sabe que Israel é o lado ruim e os pobres palestinos, os bonzinhos da estória. E infelizmente, não é a primeira vez que isso acontece.

Na segunda guerra mundial, todo o ocidente recusou a entrada de judeus, inclusive os Estados Unidos. O Brasil deportou a judia grávida Olga Benario Prestes (que era casada com o brasileiro Luis Carlos Prestes) para a Alemanha onde ela morreu em Auschwitz por causa da propaganda nazista antissemita.

Em 2000, depois de Israel ter assinado os acordos de Oslo, ter entregado território para a Autoridade Palestina para se autogovernar, Israel passou por uma onda atroz de ataques terroristas, a Intifada, promovida pelo arquiterrorista Yasser Arafat, que Israel tinha tirado do esquecimento. O mundo, em vez de ficar do lado das vítimas, em 2001 criou o BDS para boicotar Israel, e exigir dela concessões impossíveis.

E nem uma semana decorrida do massacre de 7 de outubro, vimos movimentos pró-palestinos no mundo inteiro e uma mídia parcial, arregaçarem as mangas para novamente escoriar as vítimas.

Durante a segunda guerra, a carnificina humana foi sem precedentes. O próprio Churchill disse em agosto de 1941, que estávamos perante um crime sem nome. De fato, o nome para o crime foi dado em 1944 por Raphael Lemkin quando ele definiu o assassinato industrializado por asfixia nos campos de extermínio, como “genocídio”. Ele explicou em seu livro “O Domínio do Eixo na Europa Ocupada” que ele juntara a palavra grega genos (raça, ou tribo) e a palavra “cidio” do latim, (que significa matar).

O dia 7 de outubro não foi só uma chacina comum a bala, nem por asfixia. Os mortos tampouco foram vítimas colaterais de um conflito armado. A carnificina cometida no festival de música em Re’im, nos kibutzim e nas cidades israelenses foi de tal perversidade e depravação que não há palavras para descrevê-la. Homens, mulheres, bebês, crianças e idosos morreram da forma mais brutal e dolorosa. Evidências incontestáveis incluem decapitações de bebês, crianças e adultos; bebês queimados vivos em fornos; desmembramento de braços e mãos de crianças deixadas para morrer; mulheres grávidas com suas barrigas rasgadas e os fetos decapitados; queima de pessoas vivas que tinham se escondido em suas casas; desfiguração de corpos antes da morte, incluindo corte dos seios das mulheres; o estupro coletivo de meninas e mulheres. Muitas vítimas morreram em chamas tão ferozes que não podem identificadas, pois não restou nenhum DNA. De acordo com Abed AlGanim Abdallah, um árabe muçulmano que trabalha no IML de Israel, nenhuma vítima chegou inteira e o trabalho de identificação está extremamente difícil.

Os assassinos do Hamas escreveram um novo capítulo de crueldade e carnificina inimagináveis no livro dos crimes contra a humanidade. Mas que definições existem nos dicionários ou enciclopédias que podem descrever adequadamente estes assassinos? Adjetivos como “desumano”, “selvagem”, “cruel” ou “brutal” não transmitem a magnitude do que eles fizeram. Nem quaisquer substantivos, como “bárbaros”, “terroristas”, “sádicos”, “monstros” (vejam que não estou aludindo ao reino ao qual pertencem para não ser tirada do ar novamente). Literalmente, não há palavras.

Os assassinos do Hamas veem as suas vítimas exatamente como os nazistas viam os judeus há 80 anos. Como não-humanos, desprovidos de senciência e indignos de vida. Como os nazistas, eles não pararam para ver quem estavam matando, desprezando deliberadamente sua idade ou inocência. Eles abusaram e desfiguraram os corpos de suas vítimas antes de matá-las e não hesitaram em infligir mortes horríveis e dolorosas. Como se estivessem jogando um videogame, eles atacaram e mataram mais de 360 jovens reunidos para celebrar a paz, não importa que tentassem se esconder, fugir ou correr para salvar suas vidas.

​E a matança frenética durou horas. Entre decepar braços, pernas e seios, estuprar meninas e moças e queimá-las vivas, muitos destes terroristas reservaram um tempo para comer a comida da cozinha de suas vítimas ou ver as notícias nas suas televisões.

Sem dúvida. A matança deles foi de um tipo diferente – de uma escala, indiferença e desrespeito pelas vítimas que nunca testemunhamos em nossas vidas. Talvez a mente humana não consiga encontrar a palavra certa para descrever o que é único e incompreensível. Mas tal como Churchill e Lemkin, somos obrigados a cunhar um termo para estes perpetradores para que eles não se misturem com os assassinos comuns que os precederam.

Não há dúvida que o Hamas perpetrou estes crimes. Então por que é tão difícil para as pessoas simplesmente condenarem este mal quando se trata de judeus? Como entender as expressões genuínas e fervorosas de solidariedade com assassinos em massa? O que causa pessoas, dadas como inteligentes, reprimirem todo o impulso humano de empatia para com as vítimas e se colocarem imediatamente ao lado dos terroristas?

E absurdamente contra seus próprios interesses! A comunidade LGBTQ apoia o Hamas mesmo que em Gaza homossexuais são atirados de prédios ou enforcados. Placas insanas dizendo que “direitos reprodutivos” correspondem a uma Palestina livre, quando o aborto é estritamente proibido em Gaza e em Ramallah. Feministas gritam Palestina livre, quando mulheres e meninas são tratadas como propriedade e em Gaza especificamente são casadas aos 9 anos de idade. Será que algum destes manifestantes sabe que o Hamas não aceita de modo algum a solução de dois estados? Alguém se dá conta que quando grita “do Rio ao Mar a Palestina será livre”, está pregando a completa destruição do Estado de Israel e promovendo outro genocídio agora de 8 milhões de judeus? Ninguém está interessado em fatos?

O líder da irmandade muçulmana e presidente da Turquia Recip Taip Erdogan declarou esta semana que o Hamas não é um grupo terrorista, mas simplesmente um partido político que foi votado e eleito livremente pelo povo palestino. É verdade. Hitler também foi eleito democraticamente pelo povo alemão. ?E como isso lhe dá o direito ou legitimidade para chacinar inocentes?.

Dizemos que a notícia é o primeiro rascunho da história. Jornalistas têm uma grande responsabilidade moral de reconhecer o mal pelo que ele é. Caso contrário, como estamos vendo, com a BBC, o NYT e outros, a mídia irá contribuir para minar os próprios valores que ela defende e diz querer transmitir para as próximas gerações.

Estranho que nenhum destes veículos perde muito tempo com a ajuda médica que Israel transferiu para Gaza, ou para a água e eletricidade que está distribuindo para a população. Em que guerra, me digam, um país deu isso ao seu inimigo?

Quando temos um governo eleito pelo povo que faz do ódio aos judeus, e da destruição de Israel os elementos-chave do currículo escolar, ele não está nutrindo uma humanidade digna. Quando este governo rotineiramente coloca oficinas de construção de mísseis em escolas e centros esportivos, ele não está nutrindo uma humanidade digna. E quando ele coloca seu centro de operações e salas para manter reféns, incluindo bebês, debaixo de hospitais públicos, ele não está nutrindo uma humanidade digna.

E é por isso que Israel precisa ganhar esta guerra e vencer estes assassinos pois estes chamados “humanos” que decapitaram bebês e os queimaram vivos não têm qualquer humanidade, digna de ser perpetrada. E esta é uma lição que deve ficar para toda a eternidade.

Sunday, November 12, 2023

Porque Pessoas "Normais" Rasgam Posteres de Reféns - 12/11/2023

 

É difícil descrever o turbilhão de emoções em que os israelenses e judeus de todo o mundo se encontram desde 7 de Outubro. O choque, o horror, a dor e o medo produzidos pelo massacre e pelas suas consequências se misturaram com ondas de esperança, orgulho e determinação, que vimos em nossa resposta coletiva. Mas ao vermos as reações daqueles que estão afastados dos acontecimentos, nem que seja por um milímetro, é difícil acreditar em nossos próprios olhos.

Sabemos que pessoas nos odeiam e que por um sentimento inexplicável, são antissemitas na alma. E sabemos que quando acontecimentos acontecem em Israel, eles são sempre explorados por estes antissemitas para atacar não só o Estado judeu, mas os judeus a sua volta. Sim, sempre estivemos mais ou menos acostumados com isso.

Mas a ferocidade do ódio, e a rapidez e abertura com que foi expresso, desta vez, surpreendeujunto com os esforços de celebrar, apagar e simplesmente negar nosso sofrimento.

Nas semanas que seguiram o 7 de Outubro, um novo fenômeno varreu as ruas das principais cidades de todo o mundo: cartazes com os rostos dos 240 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza foram colados por judeus e simpatizantes em paredes, postes de iluminação e quadros de avisos, apenas para serem rasgados e removidos por uma variedade de pessoas de diversas origens.

As plataformas de redes sociais foram inundadas nesta semana com vídeos de confrontos entre vândalos e aqueles que os apanharam em flagrante. Uma estudante loira da Universidade do Sul da Califórnia, aparentemente normal, pode ser vista rindo enquanto removia os pôsteres de reféns de um quadro de avisos do campus. Uma mulher em Paris disse: “É tudo propaganda”. Um homem com um maço de cartazes amassados explicou que eles [os judeus] estão “perpetuando a narrativa da vitimização, que é completamente falsa”. Uma jovem com um moletom verde da Nike, descascando pôsteres de um muro da cidade de Nova York, simplesmente disse: “Eles são falsos”.

A remoção sistemática chegou a tal ponto que a família Tisch em Nova Iorque resolveu projetar imagens dos reféns do prédio que doaram para a Universidade de Nova Iorque e que leva seu nome. Estava pensando que nunca vi ninguém rasgar ou arrancar a foto de um animal de estimação perdido. As pessoas normais geralmente leem os posters e se perguntam se talvez viram o bichinho em algum lugar. Não com bebês judeus.

Ao mesmo tempo, ativistas têm afirmado que as fotos dos corpos enegrecidos de bebês israelenses foram geradas por inteligência artificial e que os eventos de 7 de outubro foram encenados. Os participantes da exibição em Los Angeles do vídeo completo de 43 minutos das atrocidades do Hamas foram agredidos fisicamente pelos manifestantes. Ativistas tentaram dissuadir os convidados de comparecer ao evento, chamando a filmagem de “propaganda”.

A ironia, claro, é que foi o próprio Hamas quem fez questão de documentar e difundir sua selvageria. O número de vídeos daquele dia é impressionante; TikTok, Telegram e outras plataformas foram inundadas com representações gráficas da carnificina.

Um “manual do rapto” do Hamas encontrado no corpo de um dos terroristas, instruiu os perpetradores a transmitirem suas ações no live. “Não desperdice a bateria e o armazenamento da câmera, mas use-os tanto quanto possível”, dizia o manual. Em pelo menos um caso, os terroristas usaram o telefone de uma mulher idosa para carregar um vídeo do seu assassinato no perfil dela no Facebook, e foi assim que a família soube do seu assassinato.

A negação de atrocidades e genocídio é mais um ato de agressão. Uma agressão psicológica malévola, não só para com as vítimas, mas contra toda a sociedade civilizada. Isso porque ao negar o pior, estão sugerindo que novos massacres podem ser perpetrados contra aqueles que eles veem como os “ruins” da estória. 

As negações também insultam e humilham os sobreviventes, os familiares dos mortos e todo o povo, e promovem o processo de desumanização que racionaliza o genocídio. Como disse o reitor da Universidade Islâmica de Al-Azhar, os judeus são descendentes de porcos e macacos, e portanto, como animais impuros, é permitido mata-los”.

Para eles, não existe uma coisa como um judeu inocente.

Aqueles que rasgam cartazes com as fotos de Kfir Bibas, de 10 meses, ou de Ditza Heiman, de 84 anos, de Alma Or, de 13 anos, ou de Michel Nisenbaum, de 59 anos, não conseguem tolerar a noção de que os judeus possam ser vítimas. Para eles, os judeus são invariavelmente maus, sempre os agressores.

E aí temos a pressão destes grupos sobre a liderança de seus países. Ontem foi o dia de lembrança aos veteranos de guerra na Inglaterra. Mas em vez de honrar e relembrar os soldados que morreram pelo reino, a polícia teve que lidar com uma passeata de 300 mil pró-palestinos em Londres, que acharam mais apropriado neste dia, atacar Israel.

Aliás, já há algum tempo os judeus ingleses chegaram à conclusão que não há mais lugar para eles no reino. Desde 1650, quando Oliver Cromwell convidou os judeus para se reinstalarem no reino, a comunidade judaica não sofria tanta perseguição.

Do outro lado do Atlântico, a situação não está melhor. Na semana passada, na liberal Los Angeles, um manifestante judeu de 69 anos, Paul Kessler, foi morto depois de ser golpeado na cabeça com um megafone por um manifestante pró-palestino.

Neste final de semana, centenas de pró-palestinos tentaram vandalizar a centenária estação de trem de Nova Iorque, a Grand Central Station, quebrando suas portas de vidro, se altercando com a polícia e ameaçando os transeuntes.

Como já disse antes, o mundo ama dar condolências aos judeus. Para eles o Nunca Mais é só um slogan para ser usado a cada chacina. Sempre haverá uma vez mais. E este durou o que dura um palito de fósforo aceso. Das condolências eles logo passaram para as condenações.

O melhor exemplo foi o presidente francês Macron. Duas semanas atrás, Macron visitou Israel no que ele falou ser um ato de solidariedade e afirmou que a primeira tarefa de Israel era de vencer o Hamas e libertar os reféns, entre os quais há cidadãos franceses. Nem duas semanas mais tarde, Macron disse à BBC que não há justificativa para o bombardeamento de Gaza e que “de facto” hoje civis estão sendo bombardeados e “de facto” bebês, mulheres e idosos estão sendo bombardeados e mortos.

Nenhuma só palavra sobre os ataques. Os mísseis continuam a ser lançados sobre Israel todos os dias. E nenhuma só palavra sobre os reféns, entre os quais, como disse, há também franceses. Para eles não há vontade política de pedir uma atenção humanitária.

Quanta hipocrisia, não? A França ainda não pagou pela exploração e pelos crimes de guerra, praticados, em suas colônias na África, não em 1800 ou 1900, mas até em 2018, no Mali, quando Macron já era presidente.

O mundo agora quer um cessar-fogo, que só beneficiaria o Hamas. Daria tempo a ele para reagrupar suas forças, alcançar outras áreas e colocar os soldados de Israel em mais perigo.

 Nossa mensagem ao governo de Israel é simples: Não se atreva a entrar em um cessar-fogo antes que os reféns sejam todos soltos, incluindo os corpos de Hadar Goldin e Shaul Oron, e os dois israelenses que já estão em Gaza há 8 e 9 anos, Avera Mangistu e Hisham al-Sayed. Essas pessoas são reais. Eles têm famílias. Eles são inocentes. Eles estão detidos contra a sua vontade e precisam ser trazidos de volta agora.

Sunday, November 5, 2023

Condolências e Condenações - 05/11/2023

Ontem, dezenas de milhares de manifestantes pró-palestinos de todas as partes dos Estados Unidos, desceram sobre a capital americana Washington DC. Muitos deles vomitando tropes antissemitas e ódio, clamando pela total destruição e aniquilação do Estado judeu.

Estes “pacifistas” chegaram até os portões da Casa Branca passando o perímetro imposto depois dos protestos do 6 de janeiro de 2021, tão denunciados pelos democratas.

Mas a verdade é que nem essa, nem as outras em volta do mundo, são manifestações pró-Palestina. Elas são protestos contra Israel. Em nenhuma delas vimos uma só bandeira pedindo por um estado para os palestinos. Os slogans se limitaram a exigir libertar a palestina de toda Israel. Do rio ao mar a palestina será livre. Em outras palavras, a total aniquilação de Israel do mapa. Em outras palavras, é um novo apelo por uma “solução final” para o “problema” judaico tão popular na Alemanha nazista.

Outro slogan popular é chamar Israel de Apartheid. Vejam quantos judeus moravam nos países árabes até 1948. Mais de 150 mil no Iraque, 100 mil no Egito, 120 mil no Marrocos, outros tantos na Argélia e vejam hoje quantos ficaram. Praticamente zero. Até 2005, 8 mil judeus moravam na Faixa de Gaza trazendo para eles e para os árabes de Gaza de 2 a 3 bilhões de dólares em renda somente em produtos agrícolas que os próprios palestinos destruíram quando da saída dos judeus. Hoje há judeus há em Gaza. Em torno de 240. Todos reféns!

O espantoso é ver é o nível do ódio anti-judaico manifestado nestes protestos. E sua completa falência moral. Ontem, o ex-presidente Obama, deu uma entrevista para um Podcast chamado PodSaveAmerica. E ele disse: “o que o Hamas fez foi horrível, e não há justificação para tal. Mas o que é também verdade, é que a ocupação e o que está se passando na Palestina e com os palestinos é insuportável.” Essa equivalência moral vinda da Casa Branca, e do ex-presidente está justificando o que estamos vendo nas ruas. Não há equivalência moral aqui.

Você tem uma disputa de território, sente e tente resolver. Você não degola e queima bebês em fornos, não estupra meninas e sequestra idosos. Você não mata inocentes para defender sua posição política. Esses protestos deveriam ser pela paz e não para defender as indefensáveis ações terroristas do Hamas.

Infelizmente, não demorou para que a legitimidade internacional para a ofensiva terrestre de Israel se esgotasse, causando em alguns, reações meio esquizofrênicas na mídia social.

O editor da revista Time (que lembro, escolheu Hitler como o “Homem do Ano” em 1938) Ian Bremmer, twitou na quarta-feira que Israel cometera um “crime de guerra. Ponto.” quando bombardeou um prédio em Jabalyah que servia como base para um alto comandante do Hamas. Isso porque o bombardeio também causou o colapso de túneis e outros prédios.”

Mas aí, no dia seguinte, ele twitou um vídeo de um líder do Hamas, Ghazi Hamad, na televisão do Líbano, dizendo que ele está planejando repetir os ataques de 7 de outubro, outra vez, outra vez e outra vez, até aniquilar toda Israel. Desta vez, Bremmer tuitou: “Não consigo imaginar nenhum país tolerando viver próximo a um território governado por esta pessoa”.

A mesma coisa aconteceu com o apresentador de tv Piers Morgan. Falando sobre o prédio em Jabalyah ele disse que “mesmo que um comandante do Hamas estivesse lá, é ultrajante e indefensável”. Mas depois de assistir o vídeo de Hamad, Morgan escreveu: “Nojento… descarado… e, claro, a razão pela qual Israel precisa acabar com o Hamas.”

E até a Arabia Saudita concorda. O príncipe saudita Abdulrahman bin Mussaad disse categoricamente que o Hamas está aí somente para implementar a política desestabilizadora do Irã na região. O mundo parou na sexta-feira para escutar o líder de outro grupo terrorista, a Hezbollah. Mas com o USS Ford estacionado no Mediterrâneo, Nasrallah não teve outra alternativa a não ser jogar toda a iniciativa da guerra no Hamas e se distanciar da chacina.

Pessoal, da mesma forma que o 11 de setembro foi um divisor para os Estados Unidos, este 7 de outubro foi um divisor de águas para Israel. Neste dia, até os ativistas pela paz mais leais foram forçados a rever suas posições com a revelação da verdadeira natureza do Hamas como uma entidade não com objetivos geopolíticos, mas movida por um ódio genocida aos judeus em todo o mundo.

E de forma repugnante, o velho antissemitismo foi energizado e encorajado pelo massacre de 7 de Outubro. Um aumento chocante de 1.350% nos incidentes antissemitas no Reino Unido e um aumento de 388% nos EUA:

• Em 8 de outubro, um turista israelense foi morto a sangue frio no Egito;

• Em 13 de outubro, um professor judeu foi esfaqueado até à morte na França;

• Uma sinagoga totalmente incendiada na Tunísia em 17 de outubro;

• Uma mulher judia de 40 anos, presidente da sua sinagoga, foi esfaqueada até à morte em Michigan, nos Estados Unidos, em 21 de outubro;

• Uma multidão enlouquecida de centenas de milhares de pessoas nas ruas de Londres gritando “Liberte a Palestina, do rio ao mar” –

• Marchas intermináveis nos campi dos EUA com gritos de “Morte aos Judeus”;

• Chamadas de centenas de pessoas do lado de fora da Ópera de Sydney para “Gasear os Judeus”;

• Um ataque devastador no Daguestão depois de um avião vindo de Israel ter aterrissado, com uma multidão invadindo o aeroporto em busca de judeus para matarem

E ontem uma moça de 30 anos foi esfaqueada duas vezes em seu apartamento em Lyon na França e uma suástica pintada na sua porta.

A lista, infelizmente, continua.

Muitas pessoas hoje compreendem que Israel já não pode viver ao lado do Hamas e que o grupo precisa de ser “exterminado”. O problema é que querem ver a guerra travada de uma forma limpa e estéril, sem vítimas civis. Isso infelizmente não existe, nem em Gaza e nem em qualquer outro lugar.

De acordo com a lei internacional de guerra, quando alguém do Hamas se esconde dentro de uma estrutura civis, seja uma residência, escola ou hospital, imediatamente este local se torna um alvo militar permissivo.  Além disso, Israel não tem qualquer obrigação em enviar comida, eletricidade, água ou qualquer outra coisa que ajude o inimigo a continuar seu ataque. Israel tem sim tentado evitar baixas civis, avisando onde irá atacar e há 3 semanas pedindo para que a população saia do norte de Gaza em antecipação à sua entrada por terra.

O problema é que, embora o mundo reconheça que Israel tem o direito de agir em legítima defesa, quando ela age, o mundo subitamente tem um problema.

E aí vemos os crescentes apelos agora por um cessar-fogo. Se Israel concordasse com ele, isso daria ao Hamas uma vitória clara. O grupo terrorista que assassinou 1.400 pessoas das piores formas conhecidas pelo homem, entraria num cessar-fogo com a maioria dos seus combatentes vivos, a maior parte da sua infraestrutura militar intacta e ainda de posse de 240 reféns. Isso faz sentido?

O presidente Joe Biden, sentindo a pressão em sua base eleitoral, pediu na quarta-feira uma “pausa” no conflito, sem explicar a diferença entre “pausa” e “cessar-fogo”. Pois é. Alguém ouviu sobre uma “pausa” na guerra contra a Al-Qaeda ou contra o ISIS? Embora num primeiro momento o mundo tenha expressado simpatia e condolências pelos mortos e sequestrados, no momento em que judeus se levantam para se defender, aí eles são condenados.

E essa é exatamente à estratégia do Hamas. O grupo terrorista quer a morte de civis para poder provocar a simpatia do Ocidente e fazer com que os líderes mundiais condenem Israel. Eles querem que os edifícios implodam sobre os túneis para que crianças morram e possam então culpar Israel. O Hamas não está abaixo de sacrificar o seu próprio povo.

A brutalidade desencadeada pelo Hamas, foi reminiscente dos episódios mais sombrios da história humana. Ela foi um lembrete de que a luta contra o antissemitismo, contra todas as formas de ódio, está longe de terminar. Pensávamos que os dias dos pogroms tinham ficado para trás, mas o dia 7 de outubro mostrou que os velhos males apenas assumiram novas formas.

Mas este não é apenas um fardo de Israel ou das comunidades judaicas. O ódio desenfreado de grupos como o Hamas e o ISIS representa uma ameaça global. Apoiar o Hamas ou qualquer grupo que defenda tal ódio não é apenas anti-Israel, mas também anti-humanidade.

O caos e a brutalidade não reconhecem fronteiras. Israel, é o canário da mina, e a luta em que estamos envolvidos transcende os interesses nacionais. É uma luta por valores humanos fundamentais, pela alma da própria humanidade.

O mundo civilizado deve reconhecer esta luta como sua, assegurando que “Nunca Mais” não seja apenas um slogan e não se torne “uma vez mais”. E Israel deve seguir sua missão até o fim. Melhor receber condenações do que condolências.

O nosso futuro e o futuro das próximas gerações dependem disso.