Tuesday, May 20, 2014

Hashtags Não Salvarão as Meninas - 19-5-2014

No dia 14 de abril deste ano, 276 meninas cristãs, adolescentes, foram sequestradas de sua escola na Nigeria pelo grupo islâmico Boko Haram.

Estas meninas, de 14 e 15 anos foram levadas para as florestas do norte da Nigéria e convertidas à força ao islamismo. Umas cem delas foram filmadas cobertas da cabeça aos pés recitando versos do al-Corão. Há suspeitas que além de convertidas, muitas delas foram dadas em casamento a jihadistas do grupo.

O lider, Abubakar Shekau, que se autodefine o Bin Laden da Africa, desenvolveu uma operação de mídia sofisticada para ganhar notoriedade, ao mesmo tempo em que transformava o Boko Haramo de político ao grupo terrorista mais violento do mundo tendo assassinado mais de 7 mil pessoas a maioria deles cristãos.

Não é por acaso que Boko Haram alveja escolas. O grupo, que segue a mesma ideologia dos talibãs, é contra dar qualquer educação especialmente para meninas. Boko Haram quer dizer “a educação ocidental é um pecado”.A mesma ideologia que levou membros do Talibã no Paquistão a atirarem em Malala Yousefzai de 16 anos por ela ter um blog que advogava a educação para meninas. Malala sobreviveu mas a tentativa de seu assassinato não foi o suficiente para trazer o mundo a agir.

No ocidente sentimos que isso só ocorre no Afeganistão, no Paquistão, na Nigéria. Longe de nós. Será? Não estamos só falando de ataques terroristas ou sequestros. Estamos falando da inação dos governos do ocidente face ao islamismo medieval que traz com ele a mutilação genital de meninas, de assassinatos por honra, de ignorar o fato que seus cidadãos estão indo lutar na Siria e no Iraque e voltarão para suas casas nos Estados Unidos e Europa para prosseguir com seu jihad.

Nos Estados Unidos tivemos em 2008 o assassinato de Sarah e Amina Said por seu pai com a ajuda da mãe, que as acusava de serem “prostitutas” por usarem jeans e tirarem fotos com meninos de sua escola. Um caso clássico de assassinato por honra. Seu pai fugiu depois de atirar nas duas e durante algumas horas seu nome esteve na lista dos mais procurados do FBI mas logo a acusação de “assassinato por honra” foi retirada porque a organização muçulmana CAIR acusou o FBI de islamofobia.

Em 2009, um rico afegão e sua segunda mulher, vivendo no Canadá, assassinaram 3 filhas assim como a primeira esposa, porque as meninas queriam viver como canadenses. As meninas tinham de 13 a 19 anos. Elas foram afogadas uma a uma num lago razo.

Alguém pode dizer que estes são casos isolados. Mas só na Inglaterra em 2011 houveram 2.800 assassinatos por honra. A maior razão dada pelos pais, irmãos, tios, é que a moça era muito ocidentalizada. Isto quer dizer que ela não era suficientemente obediente, queria uma educação, se recusava a usar o véu ou não queria casar com um primo desconhecido. Em outras palavras, elas se recusavam a serem submissas, o modo pelo qual o al-Corão escraviza as mulheres.

Voltando ao sequestro das meninas cristãs na Nigéria, primeiro o Boko Haram ameaçou vendê-las como escravas para levantar fundos para suas operações terroristas. O preço? 12 dólares por cada uma, ou 26 reais. Sim, porque de acordo com o al-Corão, a escravidão é permitida.

No seu início, o objetivo do Boko Haram era de criar um estado islâmico na Nigéria, seguidor da Shaaria, ou lei islâmica. Hoje, além disso, o Boko Haram quer fisicamente eliminar todos os cristãos do norte do país.  Esta é a mesma tendência dos outros grupos islâmicos. É só ver o massacre de cristãos coptas no Egito, a eliminação de cidades cristãs na Síria e no Iraque. O êxodo dos cristãos da Autoridade Palestina e do resto do mundo islâmico.

Esta intolerância a outras religiões é também imposta na Arábia Saudita, no Iraque, em Brunai, no Irã e na Faixa de Gaza com o Hamas. Nesta semana, uma moça de 27 anos, grávida de 8 meses foi condenada à morte no Sudão porque ser cristã, apesar de seu pai, que a abandonou de pequena, ter sido um muçulmano. Ela foi acusada de apostasia e imaginem, adultério, por ter se casado com um cristão, um ser inferior a um muçulmano.

Enquanto isso, a esquerda, e principalmente o governo americano, decidiram não levantar sua voz e ao contrário, Obama e o Departamento de Estado abraçaram a Irmandade Muçulmana, que prega a aplicação estrita da lei islâmica e o violento e brutal subjugo das mulheres. De fato, Hilary Clinton, a Secretária de Estado, se recusou, durante seus 4 anos no leme da política exterior americana, de incluir o Boko Haram entre os grupos terroristas, impedindo a coleta de informação e inteligência sobre o grupo e sua ligação com a Al-Qaeda.

Hoje, o presidente da Nigéria, após muita pressão, se encontrou com o presidente francês e outros líderes para ver como um esforço conjunto pode derrotar o Boko Haram. Barack Obama, apesar de condenar o sequestro, decidiu só enviar 30 especialistas do FBI para ajudar na busca. A primeira-dama Michelle Obama, colocou em sua conta Twitter o hashtag para salvar as meninas sequestradas.

Para quem Michele enviou este twitter? O marido dela é o homem mais poderoso do mundo, com acesso a drones e um exército formidável e ele não está disposto a agir. 

Michelle, hashtags não irão salvar as meninas.

Chegou a hora do mundo acordar. É por causa do medo de não sermos politicamente corretos que damos legitimidade a grupos terroristas liderados por loucos sanguinários como Abubakar Shekau. Chegou a hora de denunciarmos o islamismo radical que escraviza e subjuga as mulheres. Que dá aos homens todo o poder de vida e morte sobre suas mães, irmãs e filhas. Que para reportar um estupro, a vítima  tem que trazer 4 homens muçulmanos que o testemunharam, se não ela é acusada de adultério e apedrejada até a morte.

Esta também não é a primeira vez que o Boko Haram ataca crianças. Em fevereiro deste ano o grupo matou 29 meninos adolescentes, degolando, esfaqueando e queimando-os vivos no seu dormitório. 

Por quê só agora, com o sequestro das meninas, o mundo resolveu combater este grupo? Porque de repente, isso é parte de uma suposta guerra contra as mulheres.

E porque criticar qualquer prática islâmica, por mais neandertal que seja é correr o risco de ser acusado de islamofobia. Se esta é a penalidade então que o seja.

A campanha hashtag é algo muito bonitinho. Faz as pessoas se sentirem melhor sobre si próprias, mas não trarão estas meninas de volta para as suas mães e pais. Só uma bala no meio dos olhos destes terroristas resolverão este sequestro. 

Infelizmente, Obama declarou que a América não é a polícia do mundo. Sua inação na Síria, na Ucrânia, e com o resto dos ditadores do mundo mostram sua impotência. A mensagem real do hashtag é que a América não é mais a força que poderia trazer estas meninas de volta às suas casas. Não contem com ela. 

A única coisa que esta administração pode fazer é uma campanha aséptica no twitter. É a hipocrisia do mais alto grau e é muito triste ver a grandeza que foi e a decadência que é hoje a America.