Sunday, June 26, 2016

Mais Um Libelo de Sangue de Abbas - 26/6/2016

No dia 3 de outubro de 1348, na conclusão de um julgamento, apenas uma alegação foi suficiente para justificar a destruição total dos judeus da Europa; a afirmação dizia: “é verdade que todos os judeus, a partir de sete anos de idade, não podem ser desculpados deste crime, porque todos eles, em sua totalidade têm conhecimento e são culpados de envenenar os poços de água que causaram a peste negra”.

A peste matou entre metade e dois terços da população de Europa, incluindo judeus. Mas além da peste, mais de 300 comunidades foram destruídas. Milhares de judeus morreram queimados, afogados e esfaqueados, outros milhares foram expulsos. A histeria antissemita se espalhou da Espanha, França e Alemanha para a Polônia e Lituânia. Em Mainz 6 mil judeus pereceram nas chamas depois do gueto ter sido ateado em fogo. Em Estrasburgo dois mil judeus foram queimados vivos em piras montadas no seu próprio cemitério.

Acredito que muitos de nós, ao ouvir estes fatos históricos, balançam a cabeça incrédulos com a ignorância, superstição e violência que assolava a Europa na Idade Média. Mas a mesma loucura se repetiu há apenas 70 anos na Alemanha na qual judeus foram categorizados como uma sub-raça. No século 21 achamos ter superado este tipo de atraso.

Mas aí temos Mahmoud Abbas, o paladino da incitação, lutando para manter vivas as superstições milenares e libelos de sangue. Nesta última quinta-feira, Abbas foi convidado a discursar perante o Parlamento Europeu em Bruxelas. Depois de esnobar o presidente de Israel Reuben Rivlin, Abbas declarou ser contra a incitação, mas que “somente na semana passada, um grupo de rabinos em Israel exigira que seu governo envenenasse, envenenasse a água dos palestinos”. Aí ele perguntou: “isto não é incitação? Não está clara a incitação, para matar o povo palestino em massa?”

Mas o pior é que depois de 43 minutos de acusações absurdas e insanas, Abbas foi aplaudido de pé, ovacionado como uma estrela de rock. Não é de admirar que os ingleses tenham votado em sair deste circo que é a Europa.

Abbas também disse que a falta de esperança no horizonte do povo palestino era a única causa do terrorismo mundial. Que assim que a “ocupação israelense” acabasse, o mundo viveria em paz.

Musica para os ouvidos dos mascates de um acordo a qualquer preço.

O que eles não explicam é o fato deste ter sido precisamente o que Israel fez 23 anos atrás. A declaração de princípios de Oslo, assinada na Casa Branca em 1993 dava aos palestinos autonomia em toda a Judeia, Samaria e Gaza por um período de transição de no máximo cinco anos. Durante este período os dois lados negociariam um acordo permanente. Em maio de 1994 Israel tinha saído inteiramente da Faixa de Gaza, exceto dos poucos assentamentos e de Jericó na Cisjordânia. No dia 1º de julho Yasser Arafat entrou triunfalmente em Gaza e criou a Autoridade Palestina tomando completo controle do território.

Em 28 de setembro de 1995, apesar do aumento descomunal de ataques terroristas nos territórios sob o controle de Arafat, os dois lados assinaram um acordo interino e no final do mesmo ano, o exército israelense tinha se retirado de todas as áreas povoadas menos Hebron que ocorreu um pouco mais que um ano depois.

O ministro do meio ambiente da época, o esquerdista Yossi Sarid, declarou jubilante que o Estado Palestino havia sido de fato estabelecido. Efetivamente desde o começo de 1997, 99% da população palestina da Judeia, Samaria e Gaza não vive baixo qualquer ocupação israelense. A mídia virulentamente anti-Israel e anti-judaica, a incitação nas escolas e nas mesquitas são prova que durante estes anos, não houve e continua a não haver qualquer ocupação estrangeira nestas áreas.

Assim, dizer que o terrorismo é uma resposta natural a uma alegada “ocupação” não é só infundada mas o inverso é verdadeiro. Cada um tem o direito a sua opinião mas não a seus fatos. Nos primeiros dois anos e meio que se seguiram aos acordos de Oslo, 210 israelenses foram assassinados – três vezes a média dos 26 anos anteriores.

Mais ainda, dois terços das vítimas foram mortas dentro de Israel própria,– 10 vezes a media das fatalidades durante a primeira intifada. Em setembro de 1996, Arafat decidiu reverter abertamente à violência alegando que Israel queria destruir as mesquitas no Monte do Templo. Os motins que se seguiram custaram a vida de 17 israelenses e 80 palestinos. E apesar de Arafat ter logo abandonado as alegações mentirosas depois de terem perdido sua utilidade, ele as repetiria em várias ocasiões inclusive em setembro de 2000 quando lançou a segunda intifada, logo após ter recebido a oferta mais generosa de território por Ehud Barak.

Quatro anos mais tarde, com a morte de Arafat, a contabilidade da perda de vidas era a maior desde 1948. 1,028 israelenses morreram em 5,760 ataques: nove vezes a media de mortes antes de Oslo.  No total, mais de 1,600 israelenses morreram e outros 9 mil foram feridos desde a assinatura de Oslo. E isso, sem mencionar o Hamas que hoje domina a Faixa de Gaza e constitui um perigo constante para a maioria da população de Israel.

Se a “ocupação” é mesmo a causa do terrorismo, então porque os ataques aumentaram dramaticamente com a esperança do fim da ocupação?? E porque se tornaram uma verdadeira Guerra quando Israel ofereceu as maiores concessões possíveis??

Voltando atrás na história, em 1920 e 1921 65 judeus foram mortos. Não havia ocupação ou estado. Em 1929, em Hebron, Sfat, e outras cidades, 220 judeus foram mortos. Antes da ocupação. Em 1936, 16 judeus foram mortos e outros 40 foram feridos no dia Sangrento de Yafo. Antes da ocupação. Em 1938, num pogrom em Tiberias, 19 judeus foram mortos. Antes da ocupação.

62 judeus foram assassinados por árabes na primeira semana depois da partilha da ONU. Até 15 de maio de 1948, 1,256 judeus haviam sido mortos inclusive 78 médicos, enfermeiras e pacientes que estavam sendo transportados para o Hospital Hadassah. Antes da ocupação. Entre 1948 e 1967 não houve ano em que não houvesse um sério ataque terrorista contra civis israelenses com dezenas de mortos. Tudo antes da ocupação.

Assim, não é a “ocupação” a causa da falta de “esperança no horizonte” como diz Abbas, mas a rejeição categórica dos árabes do direito dos judeus a um Estado, como expresso pela Liga das Nações em 1922 e pela Partilha a ONU em 1947. Uma rejeição baseada no pior antissemitismo - em que judeus são sistematicamente descritos como descendentes de porcos e macacos, estrangeiros que nada tem a ver com esta terra. Que a simples presença de um judeu em qualquer parte dela é insuportável. Um povo com o qual palestinos nunca farão a paz.


O que causou os pogroms através dos séculos e o Holocausto, não foi uma animosidade pessoal contra judeus, mas uma ideologia disseminada sistematicamente. A mesma ideologia que continua a ser perpetuada na mídia, escolas e mesquitas da Autoridade Palestina. E até conseguirmos derrotar esta ideologia e preparar os palestinos para aceitarem a convivência com os judeus, a busca de uma paz entre os dois povos continuará a ser apenas um exercício fútil. Independente do que a França e o resto do circo pensem.  

Sunday, June 19, 2016

A Retorica Nauseante de Obama - 19/06/2016

Parece que não há semana em que não falamos de algum ataque terrorista cometido por radicais islâmicos. Na semana que passou tivemos o maior ataque em solo americano desde 11 de setembro de 2001. Cinquenta pessoas massacradas numa boate em Orlando na Florida, depois de 3 horas de negociações com as autoridades. Outras 50 feridas algumas gravemente. O perpetrador, um muçulmano nascido nos Estados Unidos, prestou sua fidelidade ao chefe do Estado Islâmico e acessou sua conta no Facebook, seu Twitter e canais de notícia para ver o impacto que seu ataque estava tendo em tempo real.

Em Paris, outra vez, um muçulmano radical, de 25 anos, de nacionalidade francesa, que estava sendo investigado por terrorismo esfaqueou repetidamente um policial a paisana, em frente de sua casa e torturou sua esposa por 3 horas antes de mata-la em frente de seu filho de 3 anos, tudo isso enquanto transmitia o ataque ao vivo pelo Facebook. Ele chocou os que assistiam ao repetir que não havia decidido o que fazer com o menino.  Ele também declarou pertencer ao Estado Islâmico.

Na mesma semana, dois terroristas muçulmanos invadiram um restaurante em Tel Aviv assassinando quatro.

No decorrer dos ataques, o presidente Obama correu ao microfone e foi para a ofensiva. Mas não contra os terroristas que mataram inocentes. Não, ele foi ao ataque contra Donald Trump que diz querer suspender a imigração muçulmana até que um sistema de checagem confiável seja implantado e contra o resto do partido republicano porque se recusam a limitar a segunda emenda da constituição americana que permite aos cidadãos comprarem armas legalmente.

Cada vez que há um ataque, em vez de focar nos terroristas e nos motivos que os levam a perpetrar estes massacres horrendos, Obama e sua clique de esquerda trazem à tona a urgência em limitar o direito de defesa de cada um.

Em seu discurso, Obama exibiu fúria real. Até a mídia de esquerda notou seu rosto contorcido e a raiva em sua voz. Mas como disse, não foi uma raiva pelo que fizeram os terroristas. Foi a expressão de ódio contra os republicanos, a associação nacional de tiro e para piorar, Obama decidiu também falar sobre o porquê ele não usa o termo terrorismo islâmico radical. De acordo com ele, é contra produtivo porque causa dano aos muçulmanos moderados que têm que se posicionar contra os radicais. Para ele, quando Donald Trump fala abertamente contra o islamismo radical ele está alienando os muçulmanos moderados.

Um monte de idiotice, isto sim.

Quer dizer que Obama quer ajudar os moderados?? Quais moderados exatamente ele quer ajudar??

Ele não teve qualquer problema em assinar um acordo com o Irã, o maior patrocinador do terrorismo mundial, ou abrir seu caminho para a bomba atômica e de passagem, liberar nada menos que 150 bilhões de dólares para os aiatolás continuarem sua cruzada contra o mundo livre.

Vamos ver por exemplo, o tratamento que Obama deu ao presidente do Egito Abdel Fatah al-Sissi.

Sissi é sem dúvida, o maior advogado por uma reforma do Islamismo e a rejeição ao jihad. Em 1º de janeiro de 2015, em um discurso histórico para a Universidade Al-Ahzar no Cairo, ele desafiou os clérigos dizendo que é inconcebível que o pensamento mais sagrado para eles, possa ser uma fonte de ansiedade, perigo, morte e destruição para o resto do mundo.

Ele não falou “religião”. Ele falou em “pensamento”, em ideologia. Ele perguntou se é possível que 1.6 bilhões de muçulmanos queiram matar o resto do mundo, uns 7 bilhões? Impossivel! Ele finalizou dizendo que os muçulmanos precisam de uma revolução religiosa, porque a nação islâmica está sendo destruída e perdida e tudo estava nas mãos daqueles clérigos.

Sissi colocou em jogo seu poder e sua vida nesta guerra para derrotar a Irmandade Muçulmana, o Estado Islâmico e o jihadismo em geral.

Apoiar Sissi não deveria ser uma dificuldade para Obama que diz querer suportar moderados, mas foi isso o que ele fez?? Não. Obama tem sistematicamente negado a Sissi ajuda em armas e o tem criticado por abusos de direitos humanos dos radicais islâmicos, os mesmos que, se retornarem ao poder, irão novamente dilacerar cada noção de direitos humanos possível, ao mesmo tempo em que colocarão em perigo os interesses dos Estados Unidos na região, sem falar de Israel.

E Obama ainda não explicou porque virou as costas à oposição iraniana em 2009. Porque ele traiu milhões de iranianos que se levantaram contra a tirania religiosa para trazer democracia ao Irã. Porque ele ficou do lado dos radicais jihadistas, promotores do terrorismo mundial, proliferadores de armas e da bomba nuclear, dedicados à destruição da América?

Desde que assumiu a presidência, Obama proibiu o uso de palavras como jihad, sharia, terrorismo islâmico ou radicalismo islâmico nos manuais da polícia e FBI. Ele comandou o treinamento das autoridades em sensibilidades islâmicas para atrair simpatia para com muçulmanos na América. Isto na prática fez com que as autoridades não pudessem definir o inimigo ou sua ideologia. Sem isso você não pode derrota-lo.

Obama aumentou os esforços para trazer refugiados muçulmanos para o país em detrimento até daqueles que estão realmente sofrendo, como os cristãos sírios, os yazidis do Iraque e os curdos.

O que Obama está fazendo de fato, é impedir o reconhecimento do inimigo, atravancar a luta contra ele e prevenir qualquer vitória contra os muçulmanos radicais. Prova cabal desta política está no fato dele ter nomeado como conselheiros em assuntos islâmicos grupos pró-Hamas como o CAIR e o MPAC. Nesta semana, o jornal Daily Caller divulgou que o presidente do MPAC, Salam al-Marayati, foi nomeado conselheiro para o Departamento de Segurança Nacional!

Marayati acusou Israel de ter perpetrado os ataques de 11 de setembro e instruiu muçulmanos a não cooperar com as autoridades americanas em investigações. Marayati visitou a Casa Branca 11 vezes desde 2009. O jornal também reportou que uma imigrante síria, Laila Alawa, foi contratada por Obama como membro de um grupo contra o “extremismo violento”. Na opinião dela, os ataques de 11 de setembro mudaram o mundo para melhor!

As vítimas de Orlando, São Bernardino, Garland, Amarillo, Boston e outros são prova que a política imposta por Obama não está trazendo mais segurança para a América. O fortalecimento do Irã e a aparição do Estado Islâmico são prova que elas estão tornando o mundo mais perigoso.

É difícil ver como proibir agentes de polícia de discutir jihadismo, shaaria e terrorismo irá ajudar a derrotar este inimigo. Como forçar a ignorância do problema irá resolve-lo? Como fortalecer os radicais como CAIR e MPAC irá ajudar os moderados que hoje não têm qualquer voz na Casa Branca ou nas agências do governo?

Nestes 15 anos desde os ataques de 11 de setembro de 2001, as sucessivas administrações americanas se recusaram a dar nome ao inimigo que luta contra a América com o expresso propósito de destruí-la.

Talvez esta seja a razão pela qual Donald Trump esteja subindo nas pesquisas. O povo americano está cheio. Cheio do politicamente correto, cheio da retórica vazia e especialmente cheio das consequências que eles trazem. 

O ataque em Orlando não foi contra um clube apenas. Foi um clube de gays. Antes foi um ataque à livre expressão em Garland, antes disso, um evento esportivo em Boston. Tudo o que estes animais acreditam ser contra seu credo. Um credo que eles querem impor a força.

Cabe a nós definirmos o inimigo e não tolerá-lo.  Estes radicais não toleram as diferenças e não é com paz e amor que iremos derrota-lo. Temos que deixar bem claro que se eles procuram refugio e querem se instalar no ocidente, eles têm que se assimilar na cultura que os recebe, como tantos imigrantes o fizeram no passado. Se seu propósito é vir nos impor sua ideologia medieval, temos que convidá-los a voltar para o buraco de onde saíram.



Sunday, June 5, 2016

O Dia da LIbertação de Jerusalem - 5/6/2016

Hoje comemoramos o Dia de Jerusalem, ou o Yom Yerushalayim. 49 anos atrás, neste dia, a cidade santa dividida desde a Guerra da Independência, e destruída pela ocupação Jordaniana, foi finalmente reunificada.

Quem visita o museu que fica na Colina das Munições é levado de volta ao tempo para os locais das grandes batalhas pela cidade, que hoje são bairros conhecidos aonde moram judeus, árabes, cristãos, ortodoxos e seculares, estudantes e profissionais.

Contrariamente ao que o mundo quer acreditar, a Guerra de 1967, como tantos outros eventos na história de Israel, não foi algo planejado, algo concatenado nos bastidores do governo ou do exército, mas algo provocado pelo inimigo.

Em 7 de abril de 1967, os sírios abriram fogo contra agricultores israelenses que trabalhavam perto do kibutz Ha’on, ao leste do mar da Galileia. O exercito de Israel retornou o fogo e os sírios começaram a bombardear as comunidades do norte. Os jatos de Israel foram então enviados para destruir as baterias da artilharia síria. Quando os MIGs sirios foram enviados para intercepta-los, um combate aéreo se seguiu. Em tempo seis jatos sírios foram abatidos.

A Síria então exigiu que o Egito fizesse algo. Afinal, eles tinham uma história juntos, tendo até formado um só país, a Republica Árabe Unida, mesmo que por pouco tempo. E para instigar Nasser a agir, a Síria anunciou falsamente, que Israel estaria reunindo suas forças na fronteira norte. Para proteger sua honra e posição no mundo árabe, Nasser enviou um número maciço de tropas para o Sinai e Gaza.

Em Israel, voluntários correram para ajudar com transporte, distribuição de alimentos, preparação de abrigos contra bombas e ajudar nas fábricas e nos kibutzim. Quando o perigo comum se apresentou, os israelenses se uniram para encará-lo, como sempre o fizeram.

No front egípcio, Israel reuniu 300 mil soldados ao longo da fronteira esperando uma decisão do gabinete. Naquela semana, o primeiro ministro Levi Eshkol manteve longas reuniões com o Chefe das Forças Armadas Yitzhak Rabin que o assegurou que Israel estava preparado para repelir um ataque. Como sempre, mensagens urgentes do presidente americano Lindon Johnson pediam à Israel para “mostrar  contenção”.  Eshkol respondeu que Israel não queria a guerra. Mas foi em vão. Os egípcios fecharam o Estreito de Tiran, cortando o acesso de Israel ao Mar Vermelho, claramente uma declaração de guerra.

No dia 5 de junho, a guerra começou. Milagrosamente, 200 jatos de Israel dizimaram as forças aéreas egípcia, síria e jordaniana. 374 aviões foram destruídos no chão e o resto em combates aéreos. Israel mostrou total supremacia no ar durante os seis dias da guerra.  No chão, Israel entrou no Sinai em três colunas. A Jordânia foi à ofensiva bombardeando Jerusalem, noite e dia, causando muitas mortes de civis. Os jatos sírios fizeram incursões na baía de Haifa e nas comunidades do norte.

No dia 6 de junho, a unidade dos paraquedistas cercou a Cidade Velha de Jerusalem e às 10 da manhã do dia 7, rompeu o Portão dos Leões. Alguns minutos mais tarde, estes paraquedistas libertaram o Muro das Lamentações e o Monte do Templo.

O General Motta Gur, comandante desta unidade, ao lado do Muro fez o anuncio histórico pelo rádio: “Har HaBait Beyadeinu”. O Monte de Templo está em nossas mãos!

Depois de horas de batalhas ferozes, lágrimas irromperam nos olhos dos paraquedistas exaustos. De acordo com Mordechai Rechschafner, um voluntário da Austrália, não houve jubilação. Muitos de seus amigos haviam morrido. Esta vitória foi paga com sangue e sacrifício”.

Mas quando o Brigadeiro General e rabino chefe do exército, Shlomo Goren, chegou ao Muro das Lamentações, ele tocou o shofar alto e forte e disse: “este é o dia pelo qual ansiamos por dois mil anos. Vamos celebrar!”

A Guerra dos Seis Dias terminou dois dias depois, depois de Israel ter conquistado a Judeia, a Samária da Jordânia, ter tomado as bases do exército e da força aérea do Egito no Sinai incluindo o Estreito de Tiran, e destruído as posições sírias. A Guerra acabou quando Israel capturou os Altos do Golan. Houve uma grande euforia no país, mas também uma imensa tristeza com o número de casualidades.

Jerusalem se tornou o foco da maior celebração. O dia inteiro as rádios tocaram o que se tornou o Hino da Vitória e de Jerusalem: a canção de Naomi Shemer, Jerusalem de Ouro, Yerushalayim Shel Zahav.

O que Israel e seu exército fizeram foi extraordinário. Mais uma vez, os pés dos judeus tocaram as pedras aonde o Rei David, os profetas Samuel, Isaias e Jeremias andaram. Mais uma vez seus filhos tocaram as paredes construídas por Salomão, Nehemias e Herodes.

Na época o mundo se calou frente à enormidade do milagre que assistiam. Um punhado de judeus contra milhões de árabes que os cercavam. Não havia como negar a mão de D-us nesta vitória espetacular.

Mas 49 anos depois. o mundo vilipendia Israel por controlar não só Jerusalem, mas a Judeia e Samária e suas cidades bíblicas. A História é negada, o sonho de 2 mil anos do povo judeu é deslegitimado e na opinião da ONU, os judeus deveriam se envergonhar de terem voltado à esta terra.

O mundo decidiu que Israel é terra palestina e que só a narrativa árabe é válida. O direito de autodefesa foi afogado pelas acusações de “ocupação” e de “assentar a terra ilegalmente”. Desde quando um povo vive numa terra por dois mil anos, é expulso por 19 e quando volta é chamado de colono??

Infelizmente nossa resposta às acusações têm sido menos que aceitáveis. Em vez de nos sentirmos orgulhosos e anunciarmos inequivocamente nosso direito à terra, preto no branco, começamos a elaborar desculpas. A presença judaica nesta terra não é “ocupação”. Esta é a nossa terra ancestral e nunca a abandonamos, seja em presença física ou de longe, de onde rezamos três vezes por dia para retornarmos a ela.

Retornarmos para Hebron, aonde nossos patriarcas, Abraão, Isaac e Jacó estão enterrados; para Shechem aonde está o túmulo de José e para Belém, aonde resta Raquel e aonde Jesus, que também era judeu, nasceu.

Hoje, neste dia tão especial, os olhos incrédulos daqueles paraquedistas ao lado do Muro das Lamentações devem nos lembrar que não importa o que a ONU, a UNESCO, o mundo muçulmano e a esquerda querem que acreditemos, a Judeia, a Samária mas especialmente Jerusalem são e serão para sempre o berço do povo judeu. É a nossa casa, para a qual retornamos depois de dois mil anos de exílio involuntário. E por isso, não temos que nos desculpar com ninguém quando orgulhosamente hasteamos a estrela de David sobre seus muros. Chag Sameach!