Hoje comemoramos o Dia de
Jerusalem, ou o Yom Yerushalayim. 49 anos atrás, neste dia, a cidade santa
dividida desde a Guerra da Independência, e destruída pela ocupação Jordaniana,
foi finalmente reunificada.
Quem visita o museu que fica
na Colina das Munições é levado de volta ao tempo para os locais das grandes
batalhas pela cidade, que hoje são bairros conhecidos aonde moram judeus,
árabes, cristãos, ortodoxos e seculares, estudantes e profissionais.
Contrariamente ao que o mundo
quer acreditar, a Guerra de 1967, como tantos outros eventos na história de
Israel, não foi algo planejado, algo concatenado nos bastidores do governo ou
do exército, mas algo provocado pelo inimigo.
Em 7 de abril de 1967, os
sírios abriram fogo contra agricultores israelenses que trabalhavam perto do
kibutz Ha’on, ao leste do mar da Galileia. O exercito de Israel retornou o fogo
e os sírios começaram a bombardear as comunidades do norte. Os jatos de Israel
foram então enviados para destruir as baterias da artilharia síria. Quando os
MIGs sirios foram enviados para intercepta-los, um combate aéreo se seguiu. Em
tempo seis jatos sírios foram abatidos.
A Síria então exigiu que o
Egito fizesse algo. Afinal, eles tinham uma história juntos, tendo até formado
um só país, a Republica Árabe Unida, mesmo que por pouco tempo. E para instigar
Nasser a agir, a Síria anunciou falsamente, que Israel estaria reunindo suas
forças na fronteira norte. Para proteger sua honra e posição no mundo árabe,
Nasser enviou um número maciço de tropas para o Sinai e Gaza.
Em Israel, voluntários
correram para ajudar com transporte, distribuição de alimentos, preparação de
abrigos contra bombas e ajudar nas fábricas e nos kibutzim. Quando o perigo
comum se apresentou, os israelenses se uniram para encará-lo, como sempre o
fizeram.
No front egípcio, Israel
reuniu 300 mil soldados ao longo da fronteira esperando uma decisão do
gabinete. Naquela semana, o primeiro ministro Levi Eshkol manteve longas
reuniões com o Chefe das Forças Armadas Yitzhak Rabin que o assegurou que
Israel estava preparado para repelir um ataque. Como sempre, mensagens urgentes
do presidente americano Lindon Johnson pediam à Israel para “mostrar contenção”.
Eshkol respondeu que Israel não queria a guerra. Mas foi em vão. Os
egípcios fecharam o Estreito de Tiran, cortando o acesso de Israel ao Mar
Vermelho, claramente uma declaração de guerra.
No dia 5 de junho, a guerra
começou. Milagrosamente, 200 jatos de Israel dizimaram as forças aéreas
egípcia, síria e jordaniana. 374 aviões foram destruídos no chão e o resto em
combates aéreos. Israel mostrou total supremacia no ar durante os seis dias da
guerra. No chão, Israel entrou no Sinai
em três colunas. A Jordânia foi à ofensiva bombardeando Jerusalem, noite e dia,
causando muitas mortes de civis. Os jatos sírios fizeram incursões na baía de
Haifa e nas comunidades do norte.
No dia 6 de junho, a unidade
dos paraquedistas cercou a Cidade Velha de Jerusalem e às 10 da manhã do dia 7,
rompeu o Portão dos Leões. Alguns minutos mais tarde, estes paraquedistas
libertaram o Muro das Lamentações e o Monte do Templo.
O General Motta Gur,
comandante desta unidade, ao lado do Muro fez o anuncio histórico pelo rádio:
“Har HaBait Beyadeinu”. O Monte de Templo está em nossas mãos!
Depois de horas de batalhas ferozes,
lágrimas irromperam nos olhos dos paraquedistas exaustos. De acordo com Mordechai
Rechschafner, um voluntário da Austrália, não houve jubilação. Muitos de seus amigos
haviam morrido. Esta vitória foi paga com sangue e sacrifício”.
Mas quando o Brigadeiro
General e rabino chefe do exército, Shlomo Goren, chegou ao Muro das
Lamentações, ele tocou o shofar alto e forte e disse: “este é o dia pelo qual
ansiamos por dois mil anos. Vamos celebrar!”
A Guerra dos Seis Dias
terminou dois dias depois, depois de Israel ter conquistado a Judeia, a Samária
da Jordânia, ter tomado as bases do exército e da força aérea do Egito no Sinai
incluindo o Estreito de Tiran, e destruído as posições sírias. A Guerra acabou
quando Israel capturou os Altos do Golan. Houve uma grande euforia no país, mas
também uma imensa tristeza com o número de casualidades.
Jerusalem se tornou o foco da
maior celebração. O dia inteiro as rádios tocaram o que se tornou o Hino da Vitória
e de Jerusalem: a canção de Naomi Shemer, Jerusalem de Ouro, Yerushalayim Shel
Zahav.
O que Israel e seu exército
fizeram foi extraordinário. Mais uma vez, os pés dos judeus tocaram as pedras
aonde o Rei David, os profetas Samuel, Isaias e Jeremias andaram. Mais uma vez
seus filhos tocaram as paredes construídas por Salomão, Nehemias e Herodes.
Na época o mundo se calou
frente à enormidade do milagre que assistiam. Um punhado de judeus contra
milhões de árabes que os cercavam. Não havia como negar a mão de D-us nesta
vitória espetacular.
Mas 49 anos depois. o mundo
vilipendia Israel por controlar não só Jerusalem, mas a Judeia e Samária e suas
cidades bíblicas. A História é negada, o sonho de 2 mil anos do povo judeu é
deslegitimado e na opinião da ONU, os judeus deveriam se envergonhar de terem
voltado à esta terra.
O mundo decidiu que Israel é
terra palestina e que só a narrativa árabe é válida. O direito de autodefesa
foi afogado pelas acusações de “ocupação” e de “assentar a terra ilegalmente”.
Desde quando um povo vive numa terra por dois mil anos, é expulso por 19 e
quando volta é chamado de colono??
Infelizmente nossa resposta às
acusações têm sido menos que aceitáveis. Em vez de nos sentirmos orgulhosos e
anunciarmos inequivocamente nosso direito à terra, preto no branco, começamos a
elaborar desculpas. A presença judaica nesta terra não é “ocupação”. Esta é a
nossa terra ancestral e nunca a abandonamos, seja em presença física ou de
longe, de onde rezamos três vezes por dia para retornarmos a ela.
Retornarmos para Hebron, aonde
nossos patriarcas, Abraão, Isaac e Jacó estão enterrados; para Shechem aonde
está o túmulo de José e para Belém, aonde resta Raquel e aonde Jesus, que
também era judeu, nasceu.
Hoje, neste dia tão especial,
os olhos incrédulos daqueles paraquedistas ao lado do Muro das Lamentações
devem nos lembrar que não importa o que a ONU, a UNESCO, o mundo muçulmano e a
esquerda querem que acreditemos, a Judeia, a Samária mas especialmente
Jerusalem são e serão para sempre o berço do povo judeu. É a nossa casa, para a
qual retornamos depois de dois mil anos de exílio involuntário. E por isso, não
temos que nos desculpar com ninguém quando orgulhosamente hasteamos a estrela
de David sobre seus muros. Chag Sameach!
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