Na semana passada, uns 300
homens e jovens muçulmanos do vilarejo de Al-Karm, no sul do Egito, arrancaram
as roupas de uma mulher cristã de 70 anos, a espancaram, e a fizeram desfilar
nua através das ruas. Eles também queimaram sete casas de cristãos depois de
saqueá-las. Tudo isto por causa de um rumor infundado, segundo o qual, um
cristão estaria tendo um relacionamento com uma mulher muçulmana. A polícia foi
avisada pela Igreja das ameaças vários dias antes, mas não fez absolutamente
nada. E quando a bagunça começou, a polícia deu amplo tempo para que os
arruaceiros terminassem o trabalho.
Esta atrocidade aconteceu
alguns dias antes do voo da Egyptair ter explodido no meio do Mediterrâneo. Foi
o segundo voo da companhia a ser bombardeado por terroristas islâmicos nos
últimos meses. Mas os islamistas ao redor do mundo continuam a ser protegidos
pelo Ocidente.
Na semana que vem contaremos
16 anos da saída de Israel do sul do Líbano e da tomada da área pela Hezbollah,
o rebento do Irã. Sete anos depois, a Hezbollah tomou o controle do governo
libanês. Hoje além do governo, o Irã controla também o exército do Líbano.
Nestes 10 anos que passaram
deste o fim da Segunda Guerra do Líbano, a esquerda de Israel se gaba que é por
causa dela que há calma no norte, que ela manteve Israel segura ao recuperar
seu poder de dissuasão e por isso a Hezbollah não atacará novamente. Mas desde
2006, a Hezbollah conseguiu reunir mais de 150 mil mísseis que hoje estão apontados
para Israel, incluindo mísseis de precisão que podem alcançar o sul do país,
todos armazenados nas casas de civis.
A Hezbollah não tem medo de
condenações ou sanções. Ela sabe que pode depender do Ocidente. Se Israel
tentar destruir seus mísseis e assim ferir ou matar civis no processo, o mundo
a condenará e exigirá um cessar-fogo. Assim, é a Hezbollah que tem o poder de
dissuasão contra Israel enquanto continua a acumular armas, munições e mísseis
capazes de paralisar o país.
Ao comemorar estes 16 anos da
saída do exército de Israel o canal da Hezbollah, As-Safir declarou que o grupo
construiu dezenas de túneis que atravessam a fronteira para dentro de Israel.
De acordo com eles, “a Hezbollah trabalha noite e dia observando, preparando e
cavando túneis”.
Uma tática que a Hezbollah
aprendeu com o Hamas, a tirania que governa Gaza. Em uma conferência recente da
ONU em Istambul, o diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de
Israel, Dore Gold, disse que o Hamas desvia 95% do cimento importado destinado para a reconstrução da Faixa, para construir
túneis para renovar sua ofensiva contra Israel. Enquanto isso o estado judeu
continua a ser condenado pela falta de casas, escolas e hospitais em Gaza.
Esta aliança entre o Ocidente
e os exércitos jihadistas está cada vez mais forte. Se examinarmos a dinâmica
social, política e demográfica da Europa o antissemitismo e anti-israelismo hoje
expresso abertamente, não é resultado do comportamento de Israel mas do velho
sentimento que retornou com toda força menos de 50 anos após o fim da Segunda
Guerra. Esta semana, por exemplo, Israel foi novamente condenada pela
Organização Mundial de Saúde da ONU. Esta é uma organização apolítica de
profissionais da área de saúde que nunca condenou ou aprovou qualquer país. Mas
com o apoio da Alemanha, França, Inglaterra e outros membros da União Européia,
Israel foi condenada por práticas de crimes fictícios contra a saúde de
palestinos e sírios!!!
Nada sobre a assistência a
centenas de sírios e palestinos tratados em Israel gratuitamente, inclusive das
famílias do Sr. Mahmoud Abbas e do Sr. Hannyiah com base humanitária. Nada
sobre o uso do hospital Shifa pelo Hamas como comando central de suas operações
contra Israel que o tornou um alvo militar ou do uso por Bashar Al-Assad de
armas químicas sobre sua própria população.
Hoje, a Hezbollah, o Hamas e
a Síria estão ainda mais acobertados pelo Ocidente e generosamente financiados
pelo Irã cortesia do acordo negociado por Obama.
Este acordo nuclear que os
Aiatolás obtiveram será estudado no futuro como o maior paradigma da arte da
decepção. Nunca antes na história dos Estados Unidos, houve um inimigo que tão
abertamente ameaçou sua segurança nacional e a de seus aliados, e que foi tão
lindamente embalado pelo governo para parecer como um de seus mais novos amigos.
O acordo com o Irã não é um,
mas dois acordos separados. A versão em inglês tem 159 páginas enquanto que a
versão em persa tem mais de mil páginas. Estes acordos, apesar de nunca terem
sido assinados carregam severas implicações de segurança nacional que afetarão
não só a nós, mas as próximas gerações.
De acordo com eles, 150
bilhões de dólares serão liberados para o maior patrocinador do terrorismo
islâmico ao redor do mundo. Um que quer impor a hegemonia xiita primeiro no
Oriente Médio e depois no resto do mundo. E se os arquitetos deste acordo
pensavam que o dano ficará limitado a Israel e às outras nações sunitas,
ficarão surpresos. Hoje o Irã tem o maior e mais diverso arsenal de mísseis
balísticos do Oriente Médio.
Por exemplo, nada no acordo
proíbe o Irã de conduzir pesquisas espaciais. Então os aiatolás inventaram um programa
destes para acobertar o desenvolvimento e testes de mísseis intercontinentais
capazes de alcançar os Estados Unidos. Testes mais precisos são conduzidos na
Coréia do Norte. Há anos que os iranianos estão trabalhando com a Coréia do
Norte e 150 bilhões é exatamente o que o demente ditadorzinho coreano está
precisando para se manter no poder como seu pai e seu avô.
Recentemente, os arquitetos
deste acordo nuclear com o Irã tiveram a audácia de se gabarem de vender um Irã
que não existe na realidade. O jornalista David Samuels do The New
York Times fez o perfil de Ben Rhodes, o guru de Obama em política externa.
O artigo demonstrou como a administração Obama “ativamente enganou” o público
americano insistindo que o acordo nuclear havia sido resultado da eleição do
“moderado” Hassan Rouhani em 2013. Uma mentira porque Samuels revelou em seu
artigo que “a porção principal das negociações com o Irã começou em meados de
2012”.
É claro que eu e outros na
época afirmamos que ninguém poderia nem mesmo se candidatar no Irã sem
aprovação do regime e que Hassan Rouhani era só um rosto novo e sorridente, uma
nova fachada atrás da qual se escondiam as ambições devastadoras da republica
islâmica.
O que é mais chocante é como
Rhodes se vangloria de sua habilidade de fazer tweeters e jornalistas novatos repetir
seus pontos e empurrarem sua imagem fictícia do Irã, como um país mais moderado
e suave, tudo para vender ao povo americano este acordo nefasto.
Esta Casa Branca esqueceu que
uma política externa responsável não é baseada somente nas palavras de
jornalistas ou no que gostaríamos que fosse, mas sobre a realidade.
Mas nesta semana, outra
estória alarmante publicada pela Associated Press, detalhou como a Casa Branca
usou um grupo pacifista - o Ploughshares Fund, para vender o acordo nuclear ao
povo americano. No último ano, este fundo deu mais de $281 mil dólares para o
Conselho Nacional Americano-Iraniano, que atuou no passado como agente do
governo do Irã; e outros 100 mil dólares à Radio Publica Nacional, de esquerda,
pela cobertura positiva do acordo. De acordo com a AP, vários outros grupos
receberam mais de 700 mil dólares para promoverem esta agenda, incluindo a
Universidade de Princeton que empregou o ex-diplomata iraniano e defensor do
regime, Sayyed Hossein Mousavian para inculcar a doutrina xiita nas mentes dos
jovens americanos.
Surpreendentemente, o maior
recipiente deste fundo, no entanto, foi o grupo judaico de esquerda J Street,
que recebeu nada menos que $575 mil dólares, para vender este acordo grosseiro e
falso aos judeus americanos.
Uma coisa é interpretar
erroneamente as intenções de outra nação. Outra, completamente diferente é o de
cuidadosamente criar uma câmara de eco através de uma complicada teia de
mentiras.
Quando Barack Obama se
candidatou à presidência dos Estados Unidos, ele escreveu um livro intitulado
“A Audácia da Esperança”. Naquela época o povo, ludibriado pela ideia de
mudança, se inebriava com palavra sua. Mas com sua segunda administração
chegando ao fim e as mudanças terem sido para pior, entre outras, ele deveria
mudar o título de seu livro para algo mais apropriado como "A Audácia da
Impostura” ou a “Audácia da Mentira”. Ele foi sim e ficará na história como o
maior embusteiro e impostor que a América já elegeu. Sua irresponsabilidade,
arrogância e falta de visão serão o seu legado. Ele não será lembrado por
assegurar a paz, mas por ter tornado possível o processo que irá destruir o
mundo como o conhecemos.
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