Perguntam-me por que nos meus comentários semanais sou
tão dura com a esquerda. Afinal, como diz meu amigo Everton, sarcasticamente,
eles são os mais bonitos, inteligentes e, sobretudo os mais bonzinhos...
Pode parecer piada, mas muitos acreditam exatamente
nisto. A esquerda tem compaixão, é defensora da justiça social, é a salvadora
dos menos afortunados, o Robin Hood moderno que tira dos ricos para dar aos
pobres. Ser conservador é não ter coração, é ser ganancioso, é querer explorar
o próximo que não teve a mesma “sorte”. É isso o que as elites intelectuais de
esquerda querem que o povo acredite. Mas a verdade é outra. Os movimentos de
esquerda não são os justiceiros da sociedade, mas os promotores do sistema mais
cruel e desumano já inventado pelo homem. Um sistema que algema as pessoas
decentes através de seus sentimentos mais nobres e as leva aos poucos, à sua
destruição.
Então vamos lá, o que prega a esquerda? Basicamente
que o Estado, através de seus “burocratas e especialistas” sabe o que é melhor
para todos e portanto, a sociedade deve lhe conferir a tarefa de gerenciar suas
vidas. É o governo, portanto, que deve nos dizer como viver, que tipo de
trabalho escolher, que tratamento médico a seguir, que tipo de educação dar aos
filhos, quais os valores a defender, e assim por diante. E se fizermos isto,
todas nossas necessidades serão supridas e teremos uma sociedade mais justa e
“feliz”. Bonito, não? Pergunto: Qual foi a última vez que qualquer um de nós
bateu na porta do governo e alguém respondeu? Se houve resposta, provavelmente
foi de um funcionário de quinta categoria que disse que não era com ele. Ou
não?
Mas ser de esquerda é ser moderno. A definição recente
usada é “progressista”. Um que quer o “progresso”. Palavra bacana, que denota a
autoestima que a esquerda tem de si. E a esquerda tem uma autoestima ilimitada.
Tanto que fundaram aqui na América, o movimento da autoestima para promovê-la
nas crianças. Algo nobre não é mesmo? Quem não quer que as crianças tenham
autoestima? Pois é. Uma das coisas que este movimento prega é não ter mais
ganhadores e perdedores nas escolas. Todos recebem medalhas por “participação”.
A revista liberal The Atlantic publicou um artigo há alguns anos falando
do efeito devastador que esta prática estava tendo na juventude americana. O
resultado deste experimento foi que os que perderam os jogos, jogaram a medalha
fora, pois para eles era um “lembrete” de sua perda. E os que ganharam
sentiram-se desmoralizados, que treinaram duro para nada, pois ninguém
reconheceu sua conquista. Imaginem colocar isto em prática na Olimpíada... Isto
é a esquerda. Fazer-se admirar sem fazer nada para merecê-lo.
Hoje é preciso ganhar a batalha moral contra estes
movimentos de esquerda. Há alguns anos, quando uma pessoa passava aperto,
poderia recorrer às igrejas, instituições de caridade e de assistência. Os
Estados Unidos tinha o maior número de instituições de assistência do mundo. O
Estado, especialmente sob Obama, as obliterou. As associações católicas são um
exemplo. Uma de suas maiores contribuições era no campo da adoção. Adolescentes
grávidas sabiam que podiam confiar que seu bebê encontraria um bom lar através
das freiras. Hoje elas estão proibidas de fazer este trabalho, e sabem por quê?
Por que elas ousaram limitar os recipientes a casais formados por um homem e
uma mulher devidamente casados perante a lei. Elas ousaram acreditar que um
casal heterossexual seja a melhor chance que a criança terá de crescer num
ambiente estável e ter um futuro feliz. Para o Estado hoje, é inaceitável, é
intolerante excluir casais gays e mães e pais solteiros. Assim, o Estado
prefere que milhares de crianças caiam no sistema de casas temporárias, em
orfanatos e outras coisas piores em nome do politicamente correto! Ah mas a
esquerda conseguiu defender os direitos da minoria gay! As crianças que se
danem...
E em quanto mais áreas o Estado se envolve, mais ele
incha. E quanto mais incha, mais impostos ele cobra para poder se sustentar. O
grande problema da esquerda é o tamanho do Estado. O presidente americano
Ronald Reagan disse que o Estado não é a solução, ele é o problema. Ele tinha
razão. O pensador Dennis Prager, adicionou dizendo que quanto maior for o
Estado, menor será o cidadão.
O socialismo é um experimento europeu que hoje está se
despedaçando. Os países mais socialistas do bloco, e com isto quero dizer com
mais programas sociais, como a Grécia, Portugal, Irlanda, Itália, estão
falidos. Outros como a França, a Bélgica, estão a caminho.
Estados conservadores tendem a ser enxutos e assegurar
as liberdades do cidadão. Isto não quer dizer que não tenham programas sociais,
mas eles são limitados. Seu propósito é o de temporariamente ajudar o
desempregado, o que ficou incapacitado até a situação melhorar. O seguro
desemprego nos Estados Unidos, por exemplo, é de um ano e a pessoa tem que se
apresentar a cada mês para mostrar que está ativamente procurando emprego.
A grande diferença com a esquerda, é que pessoas
conservadoras medem seus valores pelos resultados reais que eles trazem, não
por aquilo que soa bonito.
E ao falar em Dennis Prager, vou listar aqui 10
deficiências das políticas de esquerda no caráter da sociedade apontadas por
ele, com a minha explicação:
1. Quanto maior
o governo, menos uma pessoa faz pela outra. Antigamente, as pessoas
cuidavam de seus pais, de outros membros da família e ajudavam os vizinhos e
amigos. Hoje, na Europa, uma pessoa não pode manter os pais idosos em casa
tantos são os regulamentos. O europeu foi ensinado que o Estado irá cuidar de
todos então para quê se incomodar. Coloque seus pais num asilo do Estado.
2. A
assistência social é um esquema fraudulento (um esquema ponzi). As pessoas
hoje pagam os benefícios de outras que deveriam ter pagado anteriormente, mas
não entra dinheiro suficiente então o sistema entra em colapso. Conhecemos bem
isto. Um sistema que tem boas intenções mas acaba destruindo tudo.
3. Os cidadãos
de estados socialistas se tornam narcisistas. É só ler os jornais e ver que
a preocupação dos europeus não é em salvar vidas, em trazer desenvolvimento a
países da África ou eliminar a pobreza. 27 mil americanos morreram para impedir
que a Coreia do Sul caísse nas mãos do ditador da Coreia do Norte. Quantos
europeus morreram? Nenhum. Sabem qual é a sua maior preocupação?? As férias!
Nesta semana que passou, apesar do corrente estado de emergência declarado na
França após os recentes atentados terroristas em Paris, milhares de franceses
saíram às ruas e protestaram violentamente contra a reforma trabalhista que
reduziria seus dois meses de férias anuais!!!
4. O Estado de
Assistência faz o cidadão desprezar o trabalho. Na Alemanha, por exemplo,
se você tem uma loja e gostaria de ficar aberto uma hora a mais para atender
seus clientes, você não pode porque não é justo você ganhar mais do que o outro
que fecha mais cedo. Até a procriação é desprezada pela esquerda porque ter uma
família grande dá muito trabalho. Quem tem famílias grandes? Só os religiosos.
Os mórmons, os católicos, os judeus ortodoxos. Alguém viu algum casal de
professores de sociologia ou filosofia da USP com nove filhos?
5. Nada garante
mais a erosão de caráter do que conseguir algo pelo qual você não trabalhou.
Para a esquerda o importante é a igualdade mas não a dignidade. A Bíblia, por
exemplo, ensina que cada israelita tinha que pagar meio shekel. O mais rico
pagava o mesmo que o mais pobre. Isto dava dignidade à todos. Estas bolsas aqui
e alí são humilhantes ao cidadão que se torna um mendigo do Estado.
6. Quanto maior
o governo maior a corrupção. Preciso explicar? O governo sabe tudo,
controla tudo e isto o leva à arrogância e ao despotismo. Sabem quem cometeu os
maiores crimes da humanidade? Grandes governos de esquerda. Stalin, Mao, Pol
Pot e também Hitler, líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da
Alemanha, que sempre foi um partido de esquerda.
7. O Estado de
esquerda corrompe a unidade da família. Mulheres hoje não precisam mais
casar para ter filhos. O Estado promete sustenta-las e quanto mais filhos
tiverem mais ajuda receberão. Isto acaba com a família e os valores que ela
passa. Outra é a ideia louca que o governo sabe o melhor modo de educar os
filhos. Aí eles incluem educação sexual no Jardim de Infância e os que reclamam
são rotulados de fascistas intolerantes e retrógrados (o contrário dos
“progressistas”).
8. O Estado
inibe o amadurecimento dos jovens em adultos responsáveis. A esquerda
precisa criar um ambiente de dependência do cidadão ao Estado. Ele oferece
coisas de graça até aos que não precisam. Quando Obama anunciou que filhos
poderiam ficar nas apólices de saúde dos pais até a idade de 26 anos, foi
aplaudido como estrela de rock. No passado, aos 21 anos os jovens queriam ser
independentes, estarem empregados, terem seu próprio dinheiro. Como é que de
repente ser dependente tornou-se algo positivo?
9. Como
resultado dos infinitos programas sociais, as sociedades de esquerda não tem
orçamento para suas forças armadas. Os europeus, não só negam que o mal
existe e trata os ataques terroristas como casos de polícia, mas dizem
abertamente que caso precisem, eles sabem que os Estados Unidos virão
defende-los como o fizeram nas últimas duas grandes guerras. Eles não querem
reconhecer e nem pensar que no mundo há agentes do mal que querem eliminá-los e
é preciso estar preparado. Os socialistas querem batalhar as emissões de
carbono e o aquecimento global! É tão mais sexy!
10. Para a esquerda a
grande divisão do mundo não está entre o bem e o mal, mas entre os ricos e os
pobres. E assim, a igualdade passa por cima da moralidade. Por exemplo, a
ONU coloca os Estados Unidos no mesmo nível de Cuba na área de saúde. Isto
porque para a esquerda, o fato de Cuba tratar todos – menos a elite governante
– com o mesmo péssimo nível de saúde – é algo positivo. Há igualdade. É melhor
que todos tenham um péssimo serviço do que, como os Estados Unidos, alguns
tenham um ótimo atendimento de saúde e outros tenham menos. É o nivelamento por
baixo. Por que ativistas de esquerda correm para dar apoio a Cuba, à Venezuela?
Eles querem ver a igualdade se sobrepujar a qualquer outro valor moral, a
qualquer liberdade. E por isso não condenam a falta de liberdade de expressão,
de congregação, de imprensa e todas as outras liberdades que são esmagadas
nestes países.
E para concluir, é a esquerda que corrompe a verdade
para impor sua agenda. Eles usam argumentos absurdos para as minorias se
sentirem bem em detrimento da maioria. O Estado da Carolina do Norte está para
perder o subsidio federal porque não quer aceitar a nova lei que estudantes de
escola, adolescentes transgender - que são de um sexo mas se sentem do outro -
possam usar os banheiros e chuveiros do sexo com o qual se identificam. Imaginem
um Bruce Jenner (hoje Caitlyn Jenner), que foi campeão olímpico do decatlo em
1976, poder tomar banho ao lado de sua filha porque ele sempre se sentiu
mulher!
Há uma diretiva da secretaria de educação dos Estados
Unidos, para inserir nos textos escolares a contribuição da comunidade LGBTQ na
história do país. Quer dizer, estes burocratas agora têm que encontrar algum
herói americano famoso que se vestia de mulher ou vice-versa, ou um bissexual,
gay, lésbica ou um que questionava sua sexualidade (como se nos séculos
passados esta informação era algo de domínio público como o é hoje) para
cumprir esta diretiva. E não se enganem. Se não encontrarem ninguém, a esquerda
inventará um. Ela não tem qualquer problema em reescrever ou contaminar a
história.
Há centenas de outros exemplos. Eu acredito em
liberdade, em trabalhar duro e ser recompensada por este trabalho. Qualquer
coisa menos do que isto seria humilhante. Acredito também num governo enxuto e
em impostos justos que não estrangulem a iniciativa privada. Acredito
especialmente na desigualdade. Dadas as mesmas oportunidades, teremos sempre,
necessariamente, resultados diferentes, porque as pessoas são diferentes. A
desigualdade é o que incentiva o indivíduo a se ultrapassar. O Estado deve
somente garantir que todos tenham uma boa educação, transporte, segurança e
liberdade para trabalhar, criar, e educar seus filhos com seus valores.
Acredito que a maioria das pessoas estão de acordo. Cabe a nós reconhecer onde
estão as mentiras, não cairmos no jogo dos movimentos esquerda, e ganharmos
esta batalha moral.
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