Sunday, March 29, 2020

A Corajosa Ação de Benny Ganz - 29/03/2020


Esta semana, além das terríveis noticias sobre a propagação do corona virus que continua a dominar o noticiário, tivemos uma verdadeira revolução em Israel.

Faltando alguns minutos para o prazo expirar para membros da Knesset se apresentarem sua candidatura à porta-voz da Knesset, repentinamente, Benny Ganz, o líder do partido Azul e Branco depositou a sua.

Isto em si não seria algo surpreendente não fosse o fato que ele recebera os 61 votos para formar o governo e ser primeiro-ministro.

Mas para entender este drama, precisamos voltar um pouco atrás.

Já faz um ano e meio que Israel está sem um governo formado de modo apropriado. Além de não conseguir aprovar orçamentos para os ministérios, inclusive o de defesa, agora com o corona vírus, a situação se complicou.

Na última eleição, o indisputável vitorioso foi Netanyahu do Likud. Apesar dele estar sob indiciamento e seu julgamento ter que começar neste mês ainda, isto não foi suficiente para balançar os eleitores. E desta vez, não foi um empate ou algo parecido. O Likud ganhou dois assentos a mais que o Azul e Branco. Com os outros partidos de direita ele chegou a 58 assentos, 3 a menos que os 61 que precisava para formar o governo sem concessões.

Como Bibi não conseguia os outros três, Ganz – contrariamente ao que havia prometido em sua campanha - então pediu o partido árabe, que na verdade é uma coalisão de partidos árabes, para lhe dar a oportunidade de formar um governo de esquerda e derrubar o Netanyahu de uma vez por todas.

Os árabes, com 15 assentos deram a Ganz os 61 votos que ele precisava, mas todos sabiam que esta era apenas uma maioria técnica.

E porque Ganz pediu aos árabes para formar o governo? Tudo isso era apenas uma manobra política para ganhar o controle da Knesset e aprovar uma lei que impedisse qualquer um de ser primeiro ministro se estivesse indiciado. Em outras palavras, uma manobra para barrar Bibi Netanyahu enquanto ele não fosse inocentado das acusações.
Esta manobra não foi desenhada por Ganz, Bougy Ayalon ou Gaby Ashkenaki. Ela foi o bebê político do veterano Yair Lapid que tinha um acordo com Ganz, que o porta-voz da Knesset seria seu homem, Meir Cohen. E iria ser assim:

Com 61 votos, Ganz iria pedir ao presidente da Knesset Yuli Edelstein do Likud, para convir um plenário da nova Knesset e votar um novo presidente, tirando Edelstein do cargo. Yuli se recusou – e com razão já que os 61 eram apenas votos técnicos e não de um novo governo. Aí o Azul e Branco peticionou para a Suprema Corte para forçar Edelstein a convir o plenário. A Suprema Corte de Israel, sabidamente de esquerda, com juízes todos de esquerda, mandou Edelstein convir o plenário. Notem que o Conselheiro Legal da Knesset, mandou uma resposta à Suprema Corte de várias laudas, mas em menos de 25 minutos, a juíza presidente publicou sua decisão de 19 páginas, sem ao menos lidar com os argumentos da própria Knesset.

Gente, há uma razão pela qual em toda a democracia, há uma separação de poderes. O Executivo não pode impingir sobre o Legislativo ou este sobre o Judiciário e vice-versa. Este principio existe há 300 anos, foi criada para evitar que o poder de governo não fosse deixado inteiramente a um corpo ou a uma pessoa. O legislativo passa as leis que têm que ser aplicadas pelo executivo e serem cumpridas pelo judiciário. O Executivo não pode forçar o Judiciário a julgar um caso e muito menos o Judiciário pode forçar o Legislativo a convir um plenário.

Vendo este circo acontecer, Yuli Edelstein tomou a decisão mais sábia e resignou do cargo. Sem ele ou um substituto, não havia como convir um plenário e até outro ser escolhido levaria alguns dias. Por isto ele foi literalmente pisoteado pela mídia que, como a Suprema Corte, também é de esquerda.

Mas voltando aos eventos, tudo o que Lapid queria era se vingar de Bibi. Não importa se seu partido Azul e Branco não conseguisse formar o governo ou jogasse o país, no meio de uma crise sem precedentes, literalmente no lixo. Isto era algo pessoal que tinha que ser resolvido e tinha precedência sobre o destino do país.

Quando no começo da semana o presidente Rivlin se encontrou com ambos Bibi e Ganz, Ganz entendeu que era preciso formar pelo menos um governo de emergência para lidar com a situação do vírus. Após longas negociações em que ele conseguiu espremer o máximo de concessões de Netanyahu, Ganz  tentou convencer seus colegas de partido que havia chegado a hora de um acordo de união para formar o governo.

Vendo seu jogo desmoronar, Yair Lapid passou ao ataque contra Ganz. Ayalon que também tem ressentimento de Bibi por não ter estendido sua posição de chefe-de-estado maior como de praxe, se juntou ao Lapid. Sem outra opção viável, Ganz, com o apoio do Likud e dos partidos de direita então se candidatou a presidente da Knesset, provavelmente de modo temporário pois lhe espera um cargo de ministro ou vice-premier de Israel.

Quem saiu perdendo nesta história? O Yair Lapid e Bugy Ayalon, com certeza. Mas também Avigdor Lieberman que amarrou as eleições anteriores e apesar de ser de direita se declarou disposto a negociar com os árabes só para se livrar de Netanyahu. Este saiu sem nada.

Não é fácil ser político, ainda mais num país tão cheio de desafios como Israel. Com certeza Bibi apelou para o senso de patriotismo de Ganz, mostrando o que estão enfrentando, não só com o vírus, que se tornou premente, mas com os contínuos ataques vindos de Gaza. Sim, porque se pensaram que eles pararam, pois bem, não.

Netanyahu mostrou mais uma vez que é um político muito temperado e consegue tirar água de pedras. Mas para isso ele também precisou uma contraparte com audácia suficiente para tomar uma decisão difícil em prol do país, em detrimento de seus colegas de partido.

Para aqueles que chamaram Ganz de verme, de animal de estimação de Bibi e outras coisas  mais, saibam que ao contrário de vocês, por enquanto, ele irá entrar para a História como um estadista corajoso.



Sunday, March 22, 2020

O Antissemitismo e o Corona - 22/03/2020


Enquanto o mundo se mobiliza para combater de modo positivo esta epidemia que afeta a todos sem discriminar raça, idade, sexo ou credo, os antissemitas não deixaram passar a oportunidade de espalhar conspirações e culpar a quem pelo vírus? É claro, os judeus e Israel.

A atriz Rosanna Arquette que diz não ser antissemita por ter tido uma mãe de origem judia, twittou esta semana para os seus mais de 100 mil seguidores que “estava confusa” que “Israel estaria trabalhando em uma vacina para o coronavirus há um ano? Isto quer dizer que eles sabiam?” E continua: “Vacinas levam muito tempo para serem testadas quanto à segurança e o Oscar Kushner, é o maior investidor desta nova vacina que supostamente será trazida para cá. Vidas estão em perigo por lucro”.

Oscar Health é o nome de uma empresa de saúde criada em 2013, que como todas as outras está contribuindo para solucionar esta crise. Ela é subsidiária de uma empresa chamada Mulberry Health que tem entre vários sócios, uma sociedade chamada Thrive Partners LP que por sua vez pertence, junto com outros vários investidores à Thrive Partners Limitada e que por sua vez tem como um dos sócios, o irmão do genro do presidente Trump, Joshuah Kushner.

Por mais remoto que seja o contato entre um judeu com a empresa, já foi decidido que o judeu, ou os judeus, estão tentando lucrar com esta pandemia. Enquanto tentamos olhar o presente e planejar o futuro, estes vermes continuam no passado, repetindo-o constantemente, usando novos protagonistas em nossos tempos, esperando obter um resultado diferente, algo mais do que a derrota que têm sofrido todos estes séculos.

As mensagens que estão sendo disseminadas desde Janeiro espalham ódio e desinformação, tornando mais difícil acessar informações precisas e aumentando o nível de ansiedade. Enquanto algumas mensagens são novas, a maioria são velhas acusações com roupagem moderna.

Muitas teorias antissemitas da conspiração postulam que os judeus têm influência e que eles manipulam eventos para expandir seu poder, freqüentemente citando pessoas específicas como a família Rothschild. Mas nas últimas semanas, tem havido uma onda crescente de mensagens dizendo que os judeus e/ou Israel criaram ou espalharam o coronavirus para alcançar o controle do mundo. Numa mensagem do dia 15 de março, o vírus é mostrado como a cabeça de um cavalo de Troia com judeus na sua barriga.

No Twitter, uma mensagem mostrou a suposta imagem do virus sob o telescopio, em que ele aparece com várias cabeças caricaturadas como judeus, com a estrela de Davi na kipa, sorrindo maliciosamente.

Outra mensagem do Twitter promoveu uma conspiração antissemita relacionada com a lei marcial e dizendo que a FEMA, a Agência Federal de Gerenciamento de Emergência dos Estados Unidos era controlada pelo Beit Chabad, que, vejam o absurdo, teria o Rabino Jarred Kushner como Messias e sua mulher Ivanka como a futura Rainha Ester.

Outra onda que está correndo solta é o estereotipo do judeu que procura lucrar com a miséria dos outros. Desde os primeiros dias da pandemia, os antissemitas têm acusado os judeus de lucrarem com o vírus: desde a vacina, até a volatilidade dos mercados financeiros e através de empréstimos a pessoas necessitadas.  Estas mensagens são acompanhadas da imagem do mercador gordo e sorridente, com o nariz curvado e comprido e outros traços típicos dos judeus.

Como não poderia deixar de ser, muito do conteúdo antissemita das mensagens compartilhadas online descrevem Israel como um ator malicioso que criou ou estaria usando o coronavirus para alvejar seus inimigos, especialmente os palestinos. Outros usam o vírus para criticar as políticas do Estado de Israel, que no final, perpetuam tropos antissemitas. 

Num cartoon postado no Twitter e Facebook há alguns dias, uma idosa palestina está forçada a ficar exposta ao vírus enquanto um soldado israelense aponta uma arma para ela. O usuário que compartilhou a imagem escreveu que Israel e o vírus estão trabalhando juntos contra os “palestinos nativos” chamando os israelenses de estrangeiros ocupadores.

Numa outra postagem do dia 18 último, uma foto com judeus religiosos, um deles lavando as mãos, dizia: meu bolso está em quarentena desde janeiro. No meio tempo, nossos senhores de escravos jogam todos os shekels dos juros com os quais eles escravizaram o mundo.

Outro twit do dia 10 de março pergunta se o coronavirus foi uma punição enviada por D-us pelo Sionismo. Outro ainda do dia 14 declarou que “seis milhões de judeus israelenses agora sentiram o gosto do que o mesmo numero de palestinos que vivem sob a ocupação têm passado nos últimos 50 anos”.

E para não ficar para trás, no dia 16 de março último, a Nação do Islã twitou uma mensagem sugerindo que Israel desenvolveu o coronavirus como uma arma para assassinatos em resposta à noticia que um instituto de pesquisa de Israel teria desenvolvido uma vacina para o vírus.

Para terminar, vários sites e mensagens foram postadas comemorando a chegada do vírus a Israel e torcendo para que as sinagogas fossem contaminadas. Uma delas perguntou como em 2020 a China não consegue cremar algumas centenas de corpos por dia quando os nazistas cremavam mais de 4 mil em 1940.

Pessoal, se já não bastasse o pânico, as perdas de familiares, a situação econômica mundial que é preocupante, ainda temos que lidar com este tipo de imbecilidade.

Sabem porque há pesquisas sobre o vírus há mais de um ano? Na verdade desde 2004? Porque em 2003 houve uma epidemia de SARS. Lembram? O Covid-19 é só um novo SARS. 

Temos não que reclamar mas vociferar toda a vez que lemos ou ouvimos estes absurdos medievais. Chegou a hora no século 21 de desbandarmos estas conspirações ridiculas e tratarmos de modo objetivo com os problemas que se apresentam.

Sunday, March 15, 2020

A Origem do Virus da Corona e as Mentiras da China - 15/3/2020


É impressionante como nossas vidas mudaram em apenas duas semanas. Não há outra coisa na tevê além desta pandemia do vírus da Corona e as pessoas começaram a entrar em pânico.

Aqui em NY a cidade de New Rochelle foi posta inteiramente em quarentena. Grandes supermercados e lojas de produtos por atacado foram invadidos e pessoas chegaram aos tapas por causa de papel higiênico. A União Europeia que sempre se gabou do livre movimento entre os países teve vários membros que decretaram o fechamento de suas fronteiras como a Itália, a Espanha, a Noruega, a Dinamarca, a Republica Checa além da Rússia. Também baniram voos da China, da Coreia do Sul e do Irã.

Israel tomou medidas drásticas e até agora não teve uma só morte pelo vírus. Fechou escolas, universidades, lojas, restaurantes, enfim, até as sinagogas não podem conter mais que 10 pessoas por vez. As pessoas trabalham de casa exceto os que lidam com a saúde e serviços essenciais. Apesar do alto preço econômico que isto está custando ao país, espera-se que em poucas semanas consigam conter de vez o vírus. E Israel mais uma vez se tornou modelo que está sendo copiado por outros governos.

Atualmente, o número global de mortos pelo coronavírus é de quase seis mil pessoas. E esse é apenas o número oficial.

Na China de acordo com as autoridades, já estão com mais de 81 mil casos com 3.200 mortes. No Irã, as autoridades confirmaram apenas 610 mortes, mas imagens de satélite da semana passada, publicadas pelo The New York Times, mostraram a escavação de valas de 100 metros cada uma para conter os corpos das vítimas num cemitério na cidade sagrada de Qom.

Estas valas confirmam os piores temores sobre a extensão da epidemia e o encobrimento do governo. O vice-ministro da Saúde, Iraj Harirchi, realizou uma conferência de imprensa para "negar categoricamente" acusações de que o governo estivesse escondendo o número de mortes, mas ele próprio estava suando e tossindo ao fazê-lo. No dia seguinte, Harirchi confirmou que havia testado positivo para o vírus Covid-19.

Desde então, vários membros do parlamento iraniano, um ex-diplomata e um conselheiro sênior do Líder Supremo, Ali Khamenei, morreram. Outro assessor de Khamenei e uma das vozes mais poderosas da política externa do Irã, Ali Akbar Velayati, foi infectado. Os altos escalões da liderança clerica do Irã são particularmente vulneráveis ​​devido à sua idade avançada.

Segundo os últimos dados do seu Ministério da Saúde, há mais de 10.000 iranianos doentes com o vírus. Mas estes dados não são confiáveis. Amir Afkhami, que escreveu uma história das epidemias de cólera no Irã, disse que as valas comuns acrescentam peso às suspeitas de que o número real de mortos é muito mais alto e ainda está sendo acobertado pelo governo.

A estreita parceria comercial entre o Irã e a China e o medo do governo de interrompê-la contribuíram para a rápida disseminação da doença.

Afkhami disse que "devido ao status da China como principal parceiro comercial do país, o governo iraniano adotou medidas cautelares inadequadas para restringir e monitorar os viajantes da China”. "Mais tarde, a falta de transparência e falta de vontade de Teerã em tomar medidas robustas, como a quarentena, especialmente no centro do surto, ajudou a espalhar o vírus".

E à medida que o número de fatalidades aumenta, é importante não esquecermos como chegamos aqui: essa pandemia saiu da China. E saiu da China por um motivo. É um país com más práticas de saúde, hábitos alimentares muito questionáveis, um país em que funcionários do governo deliberadamente encobriram os estágios iniciais do vírus, quando poderia ter sido interrompido antes de se espalhar descontroladamente pelo mundo.

De fato, o surto pode ter começado não em um mercado público de carne de animais esquisitos, mas em um laboratório chinês mal administrado. Essa teoria foi publicada num jornal chinês agora censurado. Esse artigo, publicado em meados de fevereiro, foi escrito por cientistas da Universidade de Tecnologia do Sul da China que sugeriram que o surto do vírus havia começado no Centro de Controle de Doenças de Wuhan, aonde um animal teria infectado um pesquisador que depois espalhou a doença para fora das instalações.

Não temos ideia se isso é verdade, mas, novamente, esses são pesquisadores chineses. E em vez de mostrar transparência, de se tornar uma parceira da solução desta catástrofe, a China agora está tentando esconder a realidade de onde veio o coronavírus e culpar outros. E isso é importante – esta é a mesma China que controla 96% da produção de antibióticos vendida nos Estados Unidos, a mesma que está ameaçando cortar as exportações de drogas para os EUA para matar os americanos.

Agora o Partido Comunista da China está tentando culpar o vírus nos Estados Unidos. Lijian Zhao, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, na semana retrasada atacou qualquer um que ousasse vincular o vírus à China. Ele disse: “alguns meios de comunicação dizem que esse coronavírus é um "vírus da China". Isso é extremamente irresponsável e nos opomos firmemente a isso. Ainda estamos rastreando a origem do vírus e ainda não há conclusão.

Isso foi na semana retrasada. Zhao evoluiu desde então. Na quinta-feira, Zhao acusou a América de ter criado o vírus e de te-lo levado a Wuhan. Citação: “Quando o paciente zero começou nos EUA? Quantas pessoas estão infectadas? Quais são os nomes dos hospitais? Pode ser o exército dos EUA que trouxe a epidemia para Wuhan. Seja transparente! Torne públicos seus dados! Os EUA nos devem uma explicação! ”

Lembrem-se, estas são as pessoas, a liderança chinesa com a qual a mídia americana se aliou, criando toda a qualquer desculpa para acobertar os chineses. Mesmo quando a China culpa a América por uma praga que desencadearam, mesmo com o governo chinês ameaça matar americanos suspendendo a exportação de antibióticos, a mídia de esquerda, protetora do Partido Comunista chinês continua a tomar o seu lado. Veja os exemplos:

Jim Acosta da CNN, por exemplo, disse que o presidente Trump se referiu ao Coronavírus como um "vírus estrangeiro". ... “Isto vai ser visto por muitos americanos como se fosse xenofobia”. Asco a estrangeiros. Imaginem, e até os candidatos democratas à presidência pularam neste trem.

Joe Biden disse que “subestimar o vírus ... ou espalhar informações erradas só vai nos machucar e disseminar ainda mais a doença, mas também não devemos entrar em pânico ou recorrer à xenofobia. Rotular o COVID-19 de "vírus estrangeiro" não tira a responsabilidade pelos erros de julgamento do governo Trump”.

Aí está: a culpa é novamente de Trump. Só para esclarecer, descrever um vírus de Wuhan como o vírus de Wuhan não é xenofobia. É precisão. E quem diz o contrário está mentindo e provavelmente porque está ganhando com isso. A China não é nossa amiga, ou amiga do Ocidente.

A China está numa missão para submeter o mundo através de seu poder econômico, poder este que não existia até os Estados Unidos lhes ter aberto a mão e lhes ter dado a oportunidade de saírem da estagnação e da pobreza. Sem o mercado americano os chineses não teriam construído as megas cidades de que tanto se orgulham hoje não importa quantos ratos e morcegos ainda gostem de comer. E não teriam se infiltrado em cada país, comprando ou gerenciando indústrias críticas para eles.

Em qualquer crise, a principal obrigação do governo é a vida dos seus cidadãos. Não é proteger a reputação de outros países, não é aumentar o PIB, e certamente não é para o Partido Comunista da China. Mas para a esquerda e sua mídia, a prioridade mais alta de todas parece continuar a ser o politicamente correto e a aprovação da China.

Estamos numa grande guerra contra um inimigo minúsculo. Vamos tentar não sair de casa, vamos lavar as mãos com mais frequência, espirrar na manga ou num papel. Usar alcogel, e o mais difícil, não dar a mão, beijos e abraços e quem sabe não é só o Corona, mas assim também poderemos  eliminar outras viroses que andam por aí. Refuah shlemah e saúde para todos.


Sunday, March 8, 2020

O Virus da Corona e a Autoridade Palestina - 8/3/2020



Parece que o mundo parou ultimamente com este vírus da Corona. No começo, os peritos cogitaram que ele fosse ser algo como o H1NI - a febre suína, ou como a febre aviária, e até o SARS. Mas apesar do COVID-19 ser um vírus bem menos resistente, se mostrou muito contagioso e a falta de medicação especifica faz com que seu índice de mortalidade seja muito alto.

Só como comparação, a gripe comum mata 3 pessoas em cada mil. O corona mata 30. Apesar de ter sido contratado no interior da China, em pouco tempo chegou ao mundo todo. E é por isso que estamos vendo o norte da Itália (que já conta com quase 6 mil casos confirmados) em isolamento – mais de 10 milhões de pessoas – e em NY as escolas resolveram dar aula pela internet, os alunos em suas casas, com 447 casos confirmados. Mais de 100 pessoas ficaram expostas ao vírus no estado de Maryland depois de fazerem uma visita de shivah a um asilo de velhos.

Vários eventos ao redor do mundo foram cancelados. A Olimpíada este ano pode não acontecer e até a peregrinação anual à Meca corre risco. Assim, o que era uma epidemia restrita à China até 31 de dezembro último, já se tornou em pandemia. Além da China, com mais de 80 mil casos e a Itália, a doença se alastrou ao Irã também com 6 mil casos. 23 Deputados do Congresso iraniano estão com o vírus e o principal conselheiro do supremo líder morreu na semana passada como consequência da doença.

A doença também chegou em Israel com 25 casos confirmados mas o governo está tomando medidas drásticas para conter o vírus colocando em isolamento todas as pessoas que tiveram contato com elas. O governo também está dando apoio à indústria farmacêutica que trabalha freneticamente para ter uma vacina em menos de 90 dias.
Enquanto isso, preocupante é o que está acontecendo na Autoridade Palestina.

A resposta morosa de Mahmoud Abbas depois de várias pessoas terem sido contaminadas por turistas gregos, fez com que um alto funcionário da Fatah questionasse a saúde mental do presidente Abbas no Facebook. Há uma crise de saúde e os médicos estão em greve há semanas na Autoridade Palestina - que alega não ter dinheiro para aumentar seus salários. Mas dinheiro para pagar os terroristas tem. Dinheiro para contratos milionários de telecomunicação para os filhos de Abbas, tem. E o presidente Abbas, que tanto gosta de falar sobre a "democracia" palestina resolveu então mandar prender este funcionário acusado de “incitação contra a Autoridade Palestina”.

Hussam Khader, 59, membro eleito do Conselho Legislativo da Palestina, foi arrastado de sua casa pelas forças de segurança da PA na sexta-feira porque escreveu em sua página: "Estou surpreso com o que Abbas disse. Eu me pergunto sobre a saúde mental desse velho! Peço ao Sindicato dos Médicos para formar um comitê médico para examiná-lo e sua condição de saúde. A greve é ​​um direito legítimo e está legalmente protegido. Eu gostaria que os médicos suspendessem a greve após o coronavírus. Também acho que Abbas deveria pedir desculpas!”

O que em qualquer lugar do mundo seria livre expressão, na “democrática” Autoridade Palestina é um insulto ao presidente que como um rei, um insulto a ele pessoalmente se torna um insulto à autoridade Palestina. Um dos irmãos de Khader, ressaltou que a prisão ocorreu logo após Abbas declarar estado de emergência, depois que sete casos de coronavírus foram descobertos em Belém.

Khader não é qualquer um entre os palestinos. Ele já cumpriu pena em prisão israelense por seu envolvimento com a violência. Em 1988, ele foi deportado para o Líbano, de onde viajou para a Tunisia e ingressou na OLP.

Após a assinatura do Acordo de Oslo em 1993, Khader retornou a Balata, onde foi eleito chefe de um comitê palestino para defender os direitos dos refugiados palestinos. Em 1996, ele foi eleito deputado na primeira eleição parlamentar palestina.

Agora, com a falta de médicos e de ação por parte de Abbas, Israel teve que tomar a liderança para impedir que o surto que começou em Belém chegue a Israel. 250 kits de teste foram entregues à Autoridade Palestina e sessões conjuntas de treinamento entre equipes israelenses e palestinas estão ocorrendo sobre como manusear uma pessoa portadora do vírus.

Israel também forneceu ao público árabe da Judeia, Samaria e de Gaza, uma tradução em árabe das instruções do Ministério da Saúde sobre a quarentena voluntária, para evitar um surto maciço da doença.

Bactérias e vírus não param na fronteira, e a disseminação desse vírus perigoso na Judeia e Samaria pode pôr em risco a vida dos moradores do Estado de Israel. Depois que os funcionários do hotel de Belém foram infectados com o COVID-19 pelos visitantes gregos, o exército de Israel, juntamente com as forças de segurança palestinas isolaram a cidade, habitada por quase 30.000 habitantes.

Desde a declaração de emergência nacional por Abbas, aproximadamente 3.000 turistas se encontraram em quarentena em vários hotéis em Belém, incluindo quatorze turistas americanos.

Como sempre é Israel que tem que vir socorrer os árabes de Abbas e de seus desmandos. Enquanto ele pune seu próprio povo os proibindo de obter tratamentos em Israel, ele e a mulher se operam em Tel Aviv. Enquanto Hanyeh, do Hamas promete destruir o Estado Judeu, a irmã dele vem para Israel receber quimioterapia. Recebem milhões do exterior e não constroem uma central elétrica, uma rede de água e esgotos ou uma escola. Tudo têm que receber de Israel ou da ONU. Estes hipócritas deveriam mesmo ser examinados não só por sua morosidade em responder à corona, que mostra o quão pouco se importam com o povo, mas por sua corrupção e falta de ombridade, sempre mendigando dos outros.

E todos aqueles que os apoiam -  em especial a Europa, deveriam se olhar no espelho antes de criticar Israel e chamar o povo judeu de opressor e colonialista.

Não há povo que foi ao mesmo tempo tão perseguido pelo mundo e que conseguiu contribuir tanto para a humanidade quanto o povo judeu. E quando esta vacina sair, Israel terá ido ao socorro não só dos árabes da Judeia, Samária e Gaza, mas do mundo inteiro. 

Vamos ver que tipo de agradecimento Israel receberá então.


Tuesday, March 3, 2020

Bernie Sanders e Seu Inexplicável Ódio por Israel - 1/3/2020


Nesta semana a corrida para a liderança do partido democrata nos Estados Unidos ficou mais acirrada. Mesmo perdendo o estado da Carolina do Sul para Joe Biden, Bernie Sanders continua em primeiro lugar.  

Apesar de ser judeu, Bernie Sanders não só rejeitou todos os princípios da religião judaica para abraçar o comunismo, mas hoje se tornou um crítico fanático do Estado de Israel.

Há duas semanas, ele anunciou que não participaria da conferência anual do AIPAC - o Comitê de Assuntos Públicos de Israel, que começa hoje – porque, segundo ele, fornece uma plataforma para "líderes que expressam fanatismo e se opõem aos direitos básicos dos palestinos".

Errado.

O que a AIPAC faz é fornecer uma plataforma bipartidária e diversificada para aqueles que acreditam que uma forte relação Israel-EUA é crítica, tanto para Israel quanto para os Estados Unidos. E especialmente este ano, a conferência conta com o mais diverso grupo de participantes, de democratas a republicanos, judeus e cristãos, negros e hispanos, assim como membros da comunidade LGBTQ.

A AIPAC é uma organização abrangente que nunca sequer mencionou se opor aos "direitos palestinos". É esta também a razão pela qual há anos os principais líderes políticos dos dois países - da esquerda e da direita - fazem questão de participar da conferência. E a participação deles sempre mostrou que o apoio dos EUA a Israel não é de direita nem de esquerda, democrático nem republicano, Likud ou Trabalhista. É bi-partidário.

Mas não para Sanders. Para Sanders, o apoio a Israel da AIPAC é fanático pela simples razão que a cada ano, o primeiro ministro de Israel, quem quer que seja, é convidado a falar – e este ano, novamente Bibi Netanyahu é esta pessoa.

Mas por que isso? Porque a extrema esquerda diz que é assim. Da mesma forma que a extrema esquerda diz que o sionismo é racismo, que Israel é um estado de apartheid e que o Estado judeu - para proteger seus cidadãos – se tornou em uma Esparta militarista que existe apenas para atropelar os direitos dos palestinos indefesos e sem culpa.

E Sanders, um homem que deseja ser presidente, não tem a espinha dorsal nem a integridade moral para enfrentar a extrema esquerda - que constitui uma parte crítica de sua base - e dizer: "Basta!"

Sanders não precisa concordar com a política israelense ou como o atual governo de Israel (ele deixou claro, de fato, que detesta os dois). Ele nem precisa comparecer à conferência. Mas boicotá-la com o argumento de que a AIPAC é "fanática" é simplesmente ridícula.

Isto enquanto ele não tem qualquer problema em participar e discursar na convenção da Sociedade Islâmica da América do Norte, uma organização aonde a ativista anti-Israel, pró-palestina, Linda Sarsour chamou os israelenses de opressores e defendeu a desumanização de Israel e seus cidadãos comparando-os a animais sem direito à uma voz.

A base de Sanders também gosta de rotular os judeus de “Brancos” levando o conflito para um problema racial com os palestinos que milagrosamente seriam de “cor”. Isto é uma hipocrisia sem tamanho, já que a população de Israel não só tem judeus da Etiópia que são negros mas 61% dos israelenses são de origem oriental, do Oriente Médio e Africa do Norte, o que em qualquer lugar os classificaria como “de cor”.

Também é um insulto às dezenas de milhares de cidadãos americanos que apoiam a organização, às 18.000 pessoas que participarão da conferência e às centenas de pessoas que falarão lá. Será que todos eles são intolerantes?

Para Israel, o apoio dos Estados Unidos é fundamental diplomática e militarmente. O fato de Israel ter o apoio maciço de senadores e congressistas em cada um dos 50 estados de ambos os partidos - mesmo aqueles com apenas uma minúscula população judia - é fruto de um trabalho muito duro de educação, de lobby, de mobilização.

É por isso que, de todas as organizações judaicas americanas, a AIPAC é a mais crítica para a segurança e o bem-estar de Israel porque ela garante o apoio político a Israel em Washington e em todos os EUA.

E é por isso que o ataque de Sanders é tão perigoso. Não apenas ele não quer falar na conferência da organização (o que é totalmente de seu direito), mas as palavras que ele escolheu para explicar sua ausência mostram que ele também quer minar e deslegitimar a própria organização. Acusar a AIPAC de intolerância é enfraquecer a AIPAC - e uma AIPAC enfraquecida é ruim para a aliança Israel-EUA.

É também de notar que enquanto Bernie não perde uma ocasião de criticar Israel, nunca o ouvimos criticar o Hamas, pelo lançamento indiscriminado de mísseis contra a população civil de Israel, seus abusos de direitos humanos e o reinado de fogo que impôs ao seu próprio povo, usando homens, mulheres e crianças inocentes como escudos humanos, usando suas casas como bases para lançamento de mísseis, esperando que Israel as destrua como retaliação.

Isto fora os assassinatos de honra, execução de mulheres que foram estupradas, casamentos de meninas abaixo de 12 anos e a eliminação de qualquer um que mostre qualquer sinal de homossexualismo. Também nunca ouvi Bernie expressar qualquer crítica a Autoridade Palestina pelo pagamento de terroristas por terem assassinado judeus.

Mas isto deve ser normal para alguém que regularmente elogia regimes brutais de esquerda como Fidel Castro de Cuba, Daniel Ortega da Nicarágua e Chaves da Venezuela – em quem ele queria se inspirar para replicar o modelo na América antes do colapso total do país com Maduro.

No clima absolutamente esquizofrênico das eleições na América, manter o bipartidarismo é uma tarefa difícil - se não impossível.

A AIPAC tem críticos tanto da esquerda - que acham que está muito próxima dos atuais governos de Washington e Jerusalém - quanto da direita, que acham que a organização não foi suficientemente crítica do governo Obama. Mas o que a AIPAC conseguiu fazer, foi ficar fora dessas batalhas políticas venenosas e se concentrar no objetivo principal que é trabalhar para fortalecer a relação entre Israel e a América.

Que Sanders esteja tentando atrapalhar esse relacionamento é uma vergonha. Se ele se tornar de fato o nomeado do partido democrata vamos ter que levar a sério suas ameaças, como a de transferir a embaixada americana de volta a Tel Aviv e sancionar Israel se ela não se dobrar a suas delirantes exigências de concessões aos palestinos.

Donald Trump está apostando neste radicalismo de Sanders e gostaria de te-lo como adversário. Na primeira pergunta sobre como Bernie pensa pagar por todas as coisas que ele está prometendo serão de graça aos americanos como faculdade e saúde, Trump vai esmaga-lo como um inseto.

De qualquer forma, até lá Bernie Sanders está sendo uma pílula difícil de tragar.