Sunday, December 26, 2021

O Pogrom da Midia - 26/12/2021

 

Há 46 anos, em novembro de 1975, num momento delicado e volátil no Oriente Médio, a ONU adotou a resolução 3379 que equiparou o sionismo ao racismo. Oito anos antes, em 1967, os árabes haviam sofrido sua pior humilhação depois de terem perdido a guerra em apenas 6 dias. Seis anos depois, em 1973, Israel saia vitoriosa da Guerra de Yom Kippur apesar do alto custo pago em vidas.

Entre 1973 e 1975, os países árabes produtores de petróleo impuseram um embargo na sua exportação aos Estados Unidos e a outras nações que apoiaram Israel. E como sabemos, quando se trata de dinheiro, a coisa muda. Para aplacar os árabes, Yasser Arafat, o terrorista fundador e presidente da OLP, foi convidado para falar perante a Assembleia Geral da ONU aonde, contra todos os protocolos, ele veio armado com sua pistola. Em seu discurso Arafat disse sonhar com um estado democrático aonde judeus e muçulmanos viveriam em igualdade de justiça, fraternidade e aonde, judeus que estivessem “hoje vivendo na palestina” se tornariam cidadãos sem discriminação”.

Claramente, a proposta de Arafat era a de abolir Israel por completo. E apesar de defender esta proposta de genocídio, seu discurso foi muito aplaudido pelos 138 delegados da Assembleia Geral. Não demorou muito para que estes delegados aprovassem a infame resolução 3379 e a Assembleia Geral estabelecesse o Comitê para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, um corpo permanente de Estados membros dedicados a deslegitimar o estado judeu.

Esta foi sem dúvida a pior resolução adotada pela ONU contra Israel. Resoluções anteriores não deixavam qualquer dúvida que o racismo, como forma de discriminação, precisava ser erradicado. E se o sionismo é racismo, Israel, um membro pleno da ONU, também deveria ser erradicada.

Esta mancha das Nações Unidas sobreviveu por 16 anos. Somente em dezembro de 1991, esta resolução que ia contra todos os princípios da ONU, foi finalmente revogada. A União Soviética que apoiava os árabes estava se desintegrando, o tratado de paz entre Israel e o Egito em 1979 havia aberto caminho para outros tratados de paz. E a derrota do Iraque na Primeira Guerra do Golfo enfraquecera os árabes radicais.

Ao revogar a resolução 3379, a ONU determinava que o sionismo não é uma forma de racismo, uma determinação que não fez em relação a nenhum outro movimento nacional. Só que de 1991 até hoje, os adversários de Israel não cessaram seus ataques na ONU. Em maio deste ano, após os ataques do Hamas a Israel, o Conselho de Direitos Humanos estabeleceu uma Comissão de Inquérito responsável por investigar a "discriminação e repressão sistemáticas com base na identidade nacional, étnica, racial ou religiosa" nas áreas palestinas e dentro de Israel, uma linguagem usada para alegar que Israel é acusada de apartheid. Evidentemente, o termo apartheid pretende reintroduzir a equação sionismo é racismo sob um título diferente.

O problema é que estes atores políticos não teriam conseguido estes avanços sem a parceria da mídia que tem cometido verdadeiros pogroms midiáticos contra os judeus e Israel (nas palavras do Dr. Julio Levit Koldorf da Universidade de Zaragoza e Barcelona). E por quê? Porque colocar o dedo na veia antissemita é lucrativo. Hoje a mídia não tem mais como objetivo informar os fatos.

De acordo com o Dr. Koldorf, a mídia rearranja, recompõe as palavras, as imagens para gerar lucro. E o que mais gera lucro é polêmica e controvérsia. E é por isso que o antissemitismo é promovido e, contrariamente a outras formas de racismo, é raramente retirado das plataformas de mídia social. É só olhar para o oceano de comentários antissemitas que leitores deixam nas publicações que obsessivamente difamam o único estado judeu do planeta. Quando uma multitude de pessoas está pronta a linchar qualquer um que tenha a infelicidade de postar um comentário a favor de Israel ou dos judeus, isto é um pogrom.

E está refletido nos incidentes antissemitas que vemos ocorrer na Europa e nos Estados Unidos. Na semana passada, um destes incidentes ocorreu numa escola primaria em Washington DC, capital dos EUA. Uma professora instruiu os alunos a reconstituir cenas do Holocausto.  Ela teria dito a um estudante judeu para fazer o papel de Adolf Hitler e fingir suicídio. Outro aluno foi instruído a fingir que estava em um trem para um campo de concentração e agir como se estivesse morrendo em uma câmara de gás. Quando os alunos da terceira série perguntaram por que os alemães mataram judeus, ela disse que era “Porque os judeus arruinaram o Natal”, relatou o Washington Post.

Todas estas mentiras e difamações penetraram tão profundamente na psique coletiva que a mídia conseguiu instituir falsas premissas como verdades absolutas nos mais altos órgãos diplomáticos globais. Ela conseguiu estabelecer uma relação ilusória do conflito entre Israel e os palestinos, onde o que é tido como realidade é completamente desconectado dos fatos e da história e sem prestar contas a ninguém.

O pogrom midiático não apenas conseguiu estabelecer no inconsciente coletivo a proposição invertida de que os judeus são invasores, colonialistas e assassinos que vieram para privar o antigo povo palestino de sua terra ancestral; mas parece ter causado uma espécie de amnésia coletiva, onde os vários pogroms árabes cometidos contra judeus antes da declaração do estado de Israel, inclusive o massacre de 1929, as guerras de 1948, 1967, 1973 e as subsequentes intifadas nunca existiram. Uma nova realidade que milagrosamente apagou o objetivo antissemita genocida árabe de eliminar o Estado judeu da face da terra exatamente como Arafat “sonhava”.

Tentem alegar que desde sua criação Israel manteve um sistema político democrático e que os seus cidadãos árabes participam plena e ativamente e são representados na Knesset. Que hoje, nada menos do que o partido da Irmandade Muçulmana faz parte do governo. Qualquer argumento que demonstrar a coexistência entre as comunidades judaica e árabe, atirando por terra a alegação de “apartheid” será violentamente combatido.

É inegável que a causa palestina sempre foi a cola que uniu os árabes para sua fortuna e infortúnio. Mas mesmo com a desintegração do pan-arabismo, o pogrom midiático ainda se recusa em responsabilizar os países árabes pela situação dos palestinos. Quando foram eles, sem dúvida, que os arrastaram para as guerras que se seguiram com Israel, que posteriormente perderam.

Uma vez executada a lobotomia nos consumidores de mídia, os culpados são os judeus e Israel. E é por isso que ouvimos nas mais altas esferas, a distorção histórica que o Estado judeu é o único responsável pela situação dos palestinos.

O dano conceitual perpetrado é tão grande que qualquer iniciativa de hasbarah, de relações públicas a favor de Israel, tentando mostrar que a realidade de fato é outra, soa quase ridícula. Mas isso também é resultado de um erro de cálculo por Israel. A atitude judaica inata para conformidade e apaziguamento e a fórmula do “deixe o louco gritar, que ninguém vai ouvi-lo” foi um desastre estratégico absoluto.

O que fazer então? Qual é a resposta judaica a essa perseguição antissemita de palavras e ideias?

Se realmente quisermos adotar uma estratégia revolucionária para conter o pogrom midiático e suas consequências, chegou a hora de nos defendermos e atacarmos ao mesmo tempo. Uma mudança no discurso que hoje é completamente “reativo” em soluções de comunicação proativas, assertivas e à prova de balas, baseadas em fatos incontroversos; não podemos deixar mentiras e descaracterizações serem publicadas sem contestação porque achamos que “não vai adiantar nada responder ou que é pior se causarmos polêmica. Não é.

Não digo que será fácil. Mas somente tomando uma atitude proativa, conseguiremos mudar a corrente deste novo pogrom aos judeus e ao seu Estado, que ocorre dia a dia através de nossos televisores, computadores e celulares.

 

Sunday, December 19, 2021

A Convenção Falha e Mortífera da Solução de Dois Estados - 19/12/2021


Na quinta-feira passada, quatro estudantes da Yeshivah de Homesh na Samaria entraram no carro no final do dia para voltarem para a casa. Na estrada, seu carro foi crivado por balas matando Yehudah Dimentman de 25 anos, pai de uma bebê de apenas alguns meses.

Os dois terroristas foram apreendidos ontem pelas forças de Israel. Mas a dor causada para a família de Yehuda irá durar muitas décadas especialmente para esta menina que crescerá sem o pai.

Dois outros estudantes ficaram feridos. E isso tudo aconteceu simplesmente porque eram quatro judeus num carro com placas israelenses. Yehudah foi morto somente por ser judeu. A mídia internacional pode não estar interessada em reportar o que está acontecendo, mas Israel está há 72 meses - desde novembro de 2015 - sofrendo constantes ataques terroristas. Este foi apenas o último de Ataques que Mahmoud Abbas, o corrupto, assassino e imbecil líder da Autoridade Palestina, chama de “uma revolta pacífica”.

Tão pacífica que ele paga salários milionários para os perpetradores dos ataques e o preço sobe quanto mais dano, mais mortes causar. Imaginem viver numa sociedade onde você é pago se matar civis inocentes e o pagamento aumenta quanto mais horripilante for a chacina. Esta é a Autoridade Palestina.

Num mundo um pouco mais perfeito, uma entidade como esta seria um pária da comunidade internacional. Mas não neste mundo. A Autoridade Palestina é convidada a fazer parte da união das nações, suas resoluções são votadas todos os anos condenando Israel, países desenvolvidos dão a ela milhões de dólares por ano, e correm para ajudá-la quando Israel decide se defender.

Somente em dezembro tivemos vários esfaqueamentos, inclusive um perpetrado por uma menina de 14 anos. Que tipo de incitação, de propaganda um governo faz para levar uma criança a esfaquear um outro ser humano?

Mas surpreendentemente, o governo Biden, através de seu secretário de estado, o energúmeno Anthony Blinken, está mais preocupado em discutir com Israel a violência perpetrada pelos chamados “colonos”. Sua prioridade está no vandalismo de oliveiras e de manifestações judaicas depois de ataques terroristas. O que incomoda e preocupa Biden e Blinken hoje no Oriente Médio, são estes mesmos colonos descendentes da população original, dos judeus da Judéia e Samaria que lutaram contra os impérios assírio, grego e romano.

Isso é tão absurdo como chamar os índios nativos da América de colonos assentadores.

Os árabes que vieram séculos mais tarde, e em especial no fim do século XIX precisamente por causa da imigração judaica que gerou empregos e oportunidades, hoje são tratados como os habitantes originais, e os judeus, os invasores, os colonos. E por causa desta mentira o conflito não chega a uma resolução.

Para muitos na comunidade internacional, a solução é simples: os palestinos exigem independência e, para alcançar a paz, Israel precisa acabar com a ocupação, derrubar os assentamentos e concordar com o estabelecimento de um estado palestino nas linhas de cessar fogo com a Jordânia, traçadas em 1948. Esta é a fórmula internacionalmente aceita de dois estados que a comunidade internacional promete irá dar um futuro melhor tanto para palestinos como para israelenses e o fazer o ódio arraigado sumir como num passe de mágica.

Mas os israelenses, já calejados, não estão comprando mais esta ideia. Uma pesquisa feita pelo Instituto de Estudos de Segurança Nacional mostra que o apoio entre os judeus israelenses à solução de dois estados está em declínio. Entre 2006 e 2016 esse apoio caiu de 71% para 59%.  No ano passado, o índice estava a menos de 53%. E neste ano, os números irão mostrar pela primeira vez neste século, que apenas uma minoria de judeus israelenses apoia a criação de um estado palestino.

Os dados do Instituto também indicam que a maioria dos judeus israelenses que ainda apoiam a solução de dois estados não acredita que ela acontecerá tão cedo. Isso porque essas ideias já foram experimentadas e, até agora, os resultados estão longe de serem encorajadores.

Uma delas foi o desengajamento de Gaza por Ariel Sharon que continha muitos ingredientes retirados da fórmula internacional e, assim atraiu amplo apoio global. Se Israel encerrasse a ocupação da Faixa, removesse todos os 21 assentamentos de Gaza e recuasse para as linhas de 1948, então, de todas as fronteiras de Israel, o perímetro de Gaza certamente deveria se tornar o mais tranquilo de todos. Na época, Sharon disse que Gaza iria se transformar na Cingapura do Oriente Médio.

Mas as quatro operações militares de Israel em Gaza desde o desengajamento - Chumbo Fundido (2008-09), Pilar de Defesa (2012), Borda Protetora (2014) e Guardiões das Muralhas em maio último - todas contam uma história muito diferente.

Além disso, a sabedoria convencional diria que se o fim da ocupação ocorrida 1967 põe fim ao conflito, como dizem os palestinos, isto quer dizer que antes de 1967, deve ter havido paz. Obviamente, não foi esse o caso.

 

 

Entre maio de 1948, como o nascimento de Israel até 1967, sete exércitos árabes atacaram o estado Judeu, e Yasser Arafat fundou a Fatah em outubro de 1959 e a OLP em 1964 com o objetivo de eliminar Israel.

Ao se concentrar exclusivamente na realidade pós-1967, a comunidade internacional ignora o núcleo essencial do conflito que antecede o controle de Israel sobre a Judeia e Samaria em pelo menos meio século.

Os especialistas em processo de paz Hussein Agha e Robert Malley (ambos simpáticos à causa palestina) escreveram em 2009 que um acordo israelense-palestino exigirá "olhar para além da ocupação; para as questões nascidas em 1948" e apelaram para abordar as causas do conflito, incluindo a “rejeição árabe do recém-nascido estado judeu”.

A relevância de tal abordagem foi demonstrada em um discurso pouco divulgado pelo presidente palestino no último mês de agosto. Falando em Ramallah, Mahmoud Abbas disse que a “narrativa sionista falsifica a verdade e a história, todos os documentos e pesquisas confirmam ser um produto do colonialismo, que planejou e trabalhou para implantar Israel como um corpo estranho a fim de fragmentar esta região e mantê-la fraca."

Nas palavras do líder da Fatah, Israel foi construído na mentira, criada pelo imperialismo, com o objetivo de desmembrar o mundo árabe. Além disso, e ainda surpreendente para muitos, a Autoridade Palestina de Abbas continua a negar o povo judeu e a autenticidade da conexão dos judeus com sua terra natal, rejeitando o próprio conceito de um estado judeu, sejam quais forem as fronteiras.

Em seu famoso discurso na Universidade Bar-Ilan de 2009, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu colocou o reconhecimento palestino de Israel como o Estado-nação do povo judeu como um ingrediente indispensável em qualquer paz futura, argumentando que “a liderança palestina deve se levantar e dizer: 'Basta deste conflito. Reconhecemos o direito do povo judeu a um estado próprio. '”

Claro, Netanyahu foi acusado de deliberadamente criar obstáculos à paz.

Até a ministra das relações exteriores de Israel durante o governo de Ehud Olmert, Tzipi Livni, durante a conferência de paz de Anápolis em 2007, instou a liderança palestina a reconhecer Israel como a casa nacional do povo judeu, vendo isso como um pré-requisito vital em um processo genuíno de reconciliação. Os palestinos se recusaram a fazê-lo.

E aqui está a contradição fundamental: os palestinos exigem que Israel reconheça seu direito à autodeterminação nacional, ao mesmo tempo que se recusam a reconhecer o mesmo direito do povo judeu.

Os palestinos alegam que aceitaram Israel em 1993 como parte dos acordos de Oslo, quando os lados trocaram cartas de reconhecimento mútuo, e isso deveria bastar. Mas reconhecer Israel como um fato não substitui a legitimidade. A Autoridade Palestina, como o Irã, reconhece Israel como um fato, como o câncer é um fato, um câncer que deve ser extirpado.

Em última análise, se o Estado judeu permanece fundamentalmente ilegítimo aos olhos de seus vizinhos palestinos, que tipo de paz eles estão realmente oferecendo a Israel?

Quando os primeiros-ministros israelenses de esquerda Ehud Barak e Ehud Olmert adotaram propostas que lidavam somente com as questões pós-1967 chegando até mesmo a considerar a redivisão de Jerusalém, isso nunca foi suficiente para a liderança palestina. Se o cerne da disputa é 1948 e não 1967, então realmente não importa quão flexível Israel seja nas negociações, sobre fronteiras finais, ou quantos assentamentos ofereçam extirpar. Ao contrário do que o mundo quer que acreditemos, para os palestinos, o verdadeiro problema não é Shiloh, Kyriat Arba ou Ma’aleh Adumim, mas Tel Aviv, Herzeliya e Ra’anana.

Chegou a hora dos líderes mundiais, da ONU, da mídia, reconhecerem que a fórmula de dois estados é uma convenção já testada como falha e não há qualquer sabedoria em continuar dando muro na mesma ponta de faca. Yehudah Dimentman morreu na quinta-feira por causa dela. 

 

Sunday, December 5, 2021

A Futilidade das Negociações com o Irã - 05/12/2021

 

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na sexta-feira que a última rodada de negociações nucleares com o Irã foi encerrada porque Teerã não está levando a sério o que precisa fazer para voltar a cumprir o acordo nuclear de 2015.

Blinken, avisou que os Estados Unidos não deixarão o Irã arrastar o processo enquanto continua avançando seu programa nuclear, e que Washington buscará outras opções se o caminho diplomático acabar num beco sem saída. Ele só não disse quais seriam estas “outras opções”. De fato, as negociações indiretas entre os EUA e o Irã foram interrompidas quando, na sexta-feira, os europeus expressaram frustração com as demandas do novo governo de linha dura do Irã.

O acordo de 2015 colocou restrições ao programa nuclear do Irã em troca da flexibilização de algumas sanções internacionais. Em 2018, o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos chamando o acordo de falho, e impôs outras sanções econômicas em Teerã. O Irã então começou a violar abertamente os limites de enriquecimento de uranio e outras restrições.

Um alto funcionário dos EUA alertou no sábado que o tempo estava se esgotando para ressuscitar o acordo e que sua viabilidade dependia da rapidez com a qual o Irã estaria acelerando seu programa nuclear. Só que Teerã continuou e continua avançando o enriquecimento para uso militar mesmo durante as negociações, um movimento que fez até mesmo os defensores do acordo questionarem se estas negociações não são uma perda de tempo.

De fato, a Agência de Notícias do Irã, a Fars perguntou ontem qual é o ponto destas negociações. A verdade é que a mídia iraniana sabe que estas conversas não fazem qualquer sentido e parece que só o Ocidente pensa que há uma razão para estas intermináveis sessões em Viena.

O ministro da Defesa, Benny Gantz, e o chefe do Mossad, David Barnea, devem visitar Washington esta semana para discutir o Irã com as autoridades americanas. O primeiro-ministro Naftali Bennett falou com Blinken na quinta-feira sobre as preocupações de Israel com uma retomada do acordo e a suspensão de sanções.

Ontem a administração Biden publicamente concordou com Israel sobre a necessidade de garantir que o Irã não adquira armas nucleares, mesmo que discorde sobre como chegar lá.

Esta sétima rodada de negociações foi a primeira com delegados enviados pelo novo presidente do Irã, o açougueiro de Teerã, Ebrahim Raisi. Os europeus contaram que a delegação iraniana propôs mudanças radicais no texto que já havia sido cuidadosamente negociado em rodadas anteriores, e que disseram, estava 80% concluído.

“Há mais de cinco meses, o Irã interrompeu as negociações”, disseram autoridades da França, Grã-Bretanha e Alemanha em um comunicado. “Desde então, o Irã acelerou seu programa nuclear. E esta semana, o Irã retrocedeu exigindo ‘grandes mudanças’ no texto”.

A postura intransigente do negociador nuclear iraniano Ali Bagheri Kani é que, pelo fato de ter deixado o acordo, é Washington que deveria dar o primeiro passo, levantando todas as sanções impostas inclusive aquelas não relacionadas às atividades nucleares do Irã.

Bagheri Kani disse à Reuters na segunda-feira que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais também devem oferecer garantias ao Irã de que nenhuma nova sanção será imposta no futuro. Imaginem a cara de pau. Os negociadores europeus, por seu lado, estão considerando o acordo original como base, ou seja, se o Irã quiser o alívio das sanções, Teerã deve aceitar voltar aos níveis de enriquecimento de urânio impostos pelas restrições do acordo.

As três potências europeias expressaram "decepção e preocupação" com as novas exigências do Irã e este exercício está provando ser uma total futilidade, só dando tempo ao Irã chegar ao ponto de não retorno.

Em uma entrevista neste final de semana, o Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, disse que o acordo de 2015 limitava o enriquecimento de urânio a 3.6% que é o máximo necessário para uso civil. Hoje, sua agência tem informações de que o Irã estaria enriquecendo urânio a 60% na usina de Fordow. E este enriquecimento só tem um uso: o de ser a ponte para o enriquecimento a 90% e a confecção de uma bomba nuclear. Grossi também confessou que a Agência Internacional de Energia Atômica está trabalhando numa neblina e logo estará completamente cega sobre as atividades nucleares do Irã.

E aí entra Israel.

Israel teme que os Estados Unidos e a Europa se dobrem e concedam um alívio das sanções sem que o Irã retroceda um centímetro em sua busca pela bomba atômica. Isto seria um desastre para Israel já que muitos dos fundos que o Irã tira de sua economia interna que está em frangalhos vai para suportar a Hezbollah no Líbano, sua presença e atividades militares na Síria, armas para os Houtis no Iêmen e exportar sua revolução islâmica xiita ao redor do mundo.

Enquanto o governo Biden pressiona Israel para cessar as ações contra o Irã para chegar num acordo, o Estado judeu está trabalhando freneticamente em todos os campos para deter ou pelo menos atrasar o programa nuclear iraniano.

No meio do ano passado, ocorreram várias explosões incomuns em instalações sensíveis como em complexos de enriquecimento nuclear, fábricas e gasodutos. Pelo menos dois dos incidentes ocorreram em locais ligados aos programas nucleares e de mísseis iranianos. O jornal The New York Times citou na época um “oficial de inteligência do Oriente Médio” que alegou ter sido Israel que plantou uma bomba na instalação nuclear de Natanz, onde o Irã havia retomado o trabalho em centrífugas avançadas.

Em abril deste ano, uma falta de energia causada por uma explosão deliberadamente planejada, atingiu outra vez, a usina nuclear de Natanz, no que as autoridades iranianas chamaram de um ato de sabotagem que sugeriram ter sido executado por Israel.

E na noite de ontem, uma explosão foi ouvida na área de Badroud que fica a 20 km de Natanz, causando uma avalanche de explicações conflitantes dos oficiais iranianos em Teerã. A TV estatal do Irã correu para declarar que a explosão teria sido de um míssil disparado pela defesa aérea iraniana como parte de um exercício militar sobre a cidade de Natanz, depois que residentes locais tomaram a mídia social relatando uma grande explosão. A TV disse que a defesa aérea disparou o míssil para testar uma força de reação rápida sobre Natanz.

O porta-voz do Exército iraniano, Shahin Taqikhani disse à TV que “esses exercícios são realizados em um ambiente totalmente seguro ... e não há motivo para preocupação”. É bem estranho que eles façam exercícios militares em locais tão sensíveis, que dando errado podem causar uma catástrofe nuclear local.

De qualquer forma, vemos que Israel não está sentada de braços cruzados obedecendo fielmente às ordens de Washington. Sem dúvida, o apoio americano à Israel é importantíssimo. Mas Israel amadureceu o suficiente para saber que a tática de Biden, de apaziguar o Irã para que uma guerra não exploda durante sua presidência, isto é, chutar o abacaxi para a frente, poderá colocar o estado judeu em perigo mortal. Esta tática nunca funcionou. Nunca impediu uma guerra.

Muito menos para Israel que está, desde sua criação, numa guerra existencial, lutando por sua própria sobrevivência.

 

Sunday, November 28, 2021

A Jornada da Mídia de Noticiário a Ativismo - 28/11/2021

Nos últimos meses, quando olho para os Estados Unidos, penso como um país tão bom pode ser governado por pessoas tão ruins.  

Sim, porque esta administração Biden está sendo uma completa catástrofe de norte a sul, leste a oeste e só se passaram 10 meses. Tendo supostamente recebido mais votos que qualquer candidato na história dos Estados Unidos, Biden está vendo sua aprovação despencar. E mesmo se nos próximos meses o desemprego cair, a cadeia de suprimentos voltar a funcionar e a inflação for controlada, é muito provável que os democratas perderão a maioria no Congresso no ano que vem. E isso mesmo com toda a proteção da mídia de esquerda que procura ao máximo esconder as falhas de Biden e encobrir os problemas que ele próprio gerou para o povo americano.

Senão vejamos: logo que assumiu a presidência, no primeiro dia, Biden suspendeu o projeto do oleoduto entre o Canadá e o Estado do Texas que selaria a independência americana em energia. Além disso ele praticamente proibiu prospecção privada de petróleo e prospecção em áreas federais. O resultado? Um aumento absurdo no preço da gasolina que resultou no aumento de todos os produtos que dependem de transporte. Tudo isso por causa do aquecimento global. Ok.

Mas aí vem a hipocrisia. Biden correu para a OPEC, a Organização dos Países Produtores de Petróleo, e suplicou para eles aumentarem sua produção para exportarem para os EUA. Quer dizer, causar mais emissões de carbono e aquecimento global no Oriente Médio é ok?

Ele também mandou suspender o muro entre o México e os Estados Unidos causando uma inundação de migrantes na fronteira sul. 2 milhões até agora de imigrantes ilegais entraram nos Estados Unidos. Entraram e estão soltos sem vacina, muitos deles criminosos violentos e traficantes de crianças e meninas de até 10 anos de idade, usadas como escravas sexuais. Mas isso é o que a mídia chama de tratamento humano!

Quando Trump era presidente a mídia rasgou com ele dizendo que os imigrantes eram colocados em jaulas. Jaulas construídas por Obama mas quando era Obama tudo bem. As mesmas jaulas usadas hoje por Biden, que estão transbordando com criminosos, pessoas com Covid, mas a mídia não se importa.

E por falar em Covid, em sua campanha para presidente, Biden bravejou contra Trump, chamando o presidente de incompetente por causa das mortes ocorridas pelo vírus. Também chamou Trump de racista quando ele mandou fechar as fronteiras para voos da China. Nancy Pelosi foi para Chinatown, em San Francisco para mostrar sua solidariedade com os sino-americanos e denunciar o suposto racismo do governo.

Só que nestes 10 meses de governo, houve mais mortes por Covid nos Estados Unidos do que no último ano de presidência Trump e neste ano estamos com a vacina. Quem é o incompetente? E ontem, Biden mandou fechar as fronteiras americanas para voos vindos do sul do continente africano por causa da nova variante Omicron que é mais letal, mais contagiosa e mais resistente à vacina.

A reação da mídia foi de aplauso. Agora o fechamento de fronteira não é mais racista. Quanta hipocrisia!

Mas o que me causou mais espécie foi o tratamento desta mídia burra do julgamento de Kyle Rittenhouse.

Eu assisti o julgamento em sua totalidade. Para quem só leu ou ouviu sobre o caso nos jornais brasileiros, vou fazer um pequeno resumo:

Kyle no ano passado era um adolescente de 17 anos que atirou em 3 pessoas matando 2. Ele foi absolvido na semana retrasada por um tribunal do júri por ter usado de legítima defesa. Ficou obvio patente que os maiores jornais do Brasil (Folha, Estado e OGlobo) em vez de pesquisarem um pouco sobre o caso, copiaram a mídia de esquerda dos Estados Unidos que descaracterizaram não só os incidentes, mas só transmitiram ao vivo as falas do promotor levando os ouvintes à erro.

O Estadão (o Jornal o Estado de São Paulo), por exemplo, em 20 de novembro teve como manchete: Absolvido, jovem que matou dois em protesto antirracista que autodefesa “não é ilegal”. A Folha, teve a manchete “Kyle Rittenhouse é inocentado após matar dois em ato antirracista nos EUA” e OGlobo, “Tribunal absolve jovem que matou duas pessoas em protesto antirracista nos EUA”.

São coisas assim que destroem a credibilidade da mídia.

O que houve em Kenosha não foi um protesto antirracista, mas uma quebradeira com incêndios e destruição tão vastas que a cidade não se refez até hoje. O pessoal da quebradeira veio de outros estados americanos para fazer arruaça, quebrar lojas e saquear. Não houve protesto com marchas, cartazes ou camisetas. A polícia resolveu se retirar porque não tinha como proteger a cidade.

Kyle mora numa cidade ao lado que fica do lado do Estado de Illinois. Naquele dia ele foi junto com um amigo até Kenosha, em Wisconsin, onde mora seu pai. Ele foi para limpar grafite e toda a sujeira da quebradeira da noite anterior. Um residente local de origem indiana, portanto uma minoria, que tinha uma revenda de carros usados, pediu à ele e ao amigo para ficarem de olho no seu negócio e Kyle então, pegou seu rifle e sua autorização de porte em Wisconsin,.

O Globo por exemplo, fala repetidamente do “jovem branco” dando a total impressão ao leitor, que as vítimas eram negras ou de cor. NÃO ERAM. Eram todos brancos. Joseph Rosenbaum, tinha acabado de sair da cadeia (ainda estava com um saco plástico com suas coisas na mão) depois de ficar preso 3 anos por ter estuprado cinco meninos. Ele começou a perseguir Kyle (tudo filmado) e tentou tirar a arma dele. Kyle caiu no chão e só aí atirou, matando Rosenbaum. Kyle então correu pela avenida em direção aos carros de polícia estacionados no final dela.

No caminho, Anthony Huber, que tinha uma ordem de prisão contra ele por violência doméstica, atacou Kyle com um skate, dando duas bordoadas nele, no pescoço e na cabeça. Kyle também caiu no chão e aí atirou, matando Huber. Depois foi a vez de Gaige Grosskreutz que não só jogou Kyle novamente no chão, mas colocou uma pistola que ele carregava ilegalmente contra a cabeça dele. Kyle atirou em defesa própria, e atingiu o braço de Grosskreutz.

A arruaça começou uns 3 dias antes quando um policial branco atirou num negro em Kenosha cumprindo um mandado de prisão, ao qual o negro estava resistindo. O negro só se feriu e está bem. O policial que atirou nem foi indiciado, nem mesmo suspenso.

Kyle foi acusado de ser um supremacista branco, racista, que ele deveria ser preso e a chave jogada fora. Isto tudo na mídia americana de esquerda (MSNBC, NBC, CNN, ABC e CBS). A única que transmitiu todo o julgamento foi a Fox News, inclusive com juristas negros que repetiram ad nauseam sem vacilar, que este caso era de autodefesa e nunca deveria ter sido trazido a julgamento.

Mas lendo qualquer dos jornais brasileiros o leitor saia com um gosto amargo de injustiça na boca. Afinal, pela descrição, Kyle era um vigilante, supremacista branco que saiu à noite para caçar negros e matou dois.

Vamos deixar a coisa bem clara: Neste caso, o acusado, o juiz, o júri (com exceção de uma pessoa de cor), os advogados, os promotores e as três vítimas, eram BRANCAS.

Pior, nenhuma das empresas que se dizem “checadoras de fatos” chamou a atenção para esta distorção patente e injustiça feitas pela mídia neste caso. Elas distorcem os fatos para servirem à sua agenda de esquerda. É uma falácia.

Não há como reparar o dano que o tratamento da mídia causou a este garoto. Hoje com 18 anos ele não vê como poderá levar a vida à frente. Apesar de absolvido, o rótulo de racista, de vigilante e supremacista branco ficará para sempre associado ao seu nome. E é este tipo de responsabilidade que a mídia precisa começar a assumir. A liberdade de imprensa não cobre a liberdade de publicar mentiras e fatos distorcidos. Uma nota de rodapé na página 21 com uma errata é mais um tapa na cara.

Chegou a hora. Só assim a mídia poderá restaurar sua credibilidade.



Sunday, November 14, 2021

A Cegueira que Não Deixa Diferenciar Vítimas de Vilões - 14/11/2021

Em junho deste ano, o governo da Bélgica anunciou que iria retirar a segurança militar das instituições judaicas, apesar do país estar sofrendo a maior onda antissemita dos últimos anos, devido à guerra com Gaza em maio deste ano. O governo simplesmente disse aos judeus de procurarem a polícia. É de notar que, com exceção da França, os judeus não sofrem antissemitismo no resto da União Europeia, tanto quanto na Bélgica.

O carnaval anual em Aalst “é somente humor”, disse o prefeito da cidade à BBC em 2020, sobre os carnavalescos vestidos com uniformes da SSs e judeus caricaturados com narizes enormes e chapéus de pele imensos. Foi muito “humorística” mesmo a deportação de 25 mil judeus belgas para Auchswitz onde foram mortos.

Este tipo de expressão popular só acontece quando governos adotam atitudes antissemitas ou se calam frente a elas. Em sua mídia social, o Ministério das Relações Exteriores da Bélgica se gaba de “multiculturalismo” e de “multilateralismo” que dizem fazer parte do “DNA belga”.

Multiculturalismo sabemos o que é. Na prática é aceitar o domínio do Islamismo e seus valores medievais sobre a Europa cristã.

O multilateralismo belga é o que acontece quando seu governo fornece milhões de euros para ONGs que propagam narrativas anti-Israel, promovem ações legais, e campanhas discriminatórias de BDS que demonizam o estado judeu.

Um dos objetivos declarados, publicados sobre este gasto do dinheiro público é, na redação de um destes acordos, “mitigar a influência de vozes pró-Israel". Qualquer democracia que se preze consideraria isso uma grave apropriação indébita de fundos públicos. Mas não a Bélgica!

Um exemplo notório envolveu o Diretor Geral para o Multilateralismo do Ministério das Relações Exteriores, Axel Kenes. No ano passado, ele convidou Brad Parker, um conselheiro sênior da Defesa Internacional das Crianças -Palestinas – a DICP, para se dirigir ao Conselho de Segurança da ONU, presidido na época pela Bélgica.

Esta ONG recebe financiamento público por meio de sua parceira belga, a ONG Broederlijk Delen. Muitos funcionários e membros do conselho do DICP têm laços comprovados com a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), responsável pelos assassinatos de judeus em Israel e no exterior. O Ministério da Defesa de Israel designou a própria DICP como uma organização terrorista em outubro.

Porque o Estado belga financia estas e outras ONGs, intimamente associadas ao terrorismo?

Essa questão foi colocada no parlamento federal belga à atual ministra do desenvolvimento e cooperação, Meryame Kitir. Ela prometeu uma investigação. Membros do Parlamento honestamente preocupados, disseram que a investigação deveria ser independente e transparente. Ao final não foi nenhum dos dois. Kitir simplesmente declarou que, tendo investigado, não havia caso para discutir.

A pergunta é: Como a promoção de uma luta, que inclui matar civis inocentes por meio de atos terroristas, se torna o “dever” de um governo democrático que não tem nada com a estória? E porque o outro lado desta estória, o lançamento de milhares de mísseis indiscriminadamente sobre uma população civil, explosões de ônibus, esfaqueamentos, tiroteios, acabam vilificando as vítimas reais e vitimizando os perpetradores?

Desde 2016, muitas publicações vieram à tona sobre as ligações de pelo menos 13 ONGs financiadas pela Belgica e o grupo terrorista Frente Popular para a Libertação da Palestina. De 2014 a 2021, os governos europeus e a União Europeia doaram mais de € 200 milhões para ONGs palestinas com altos funcionários ligados à Frente Popular, alguns dos quais estavam diretamente envolvidos no assassinato da adolescente israelense Rina Schnerb, de apenas 17 anos, em 2019.

No passado, a política diplomática da Bélgica era caracterizada por uma certa prudência para manter um ar de neutralidade em questões complexas. O chamado conflito israelense-palestino é um assunto muito complexo. Hoje esta neutralidade foi consciente e abertamente substituída na Bélgica por uma narrativa simplista de bem contra o mal. Só que nesta versão ela romantiza qualquer coisa palestina, enquanto demoniza tudo que é israelense.

Isso leva a uma condenação absurda e desproporcional de Israel, enquanto encobre ONGs palestinas que tem o único propósito o assassinato de israelenses. Vemos esse absurdo também nas Nações Unidas, cujas 211 condenações de Israel desde 2015 extrapolam qualquer medida. 

Só no ano passado, Israel foi condenada 17 vezes contra 6 condenações para o resto do mundo. O Reino Unido e os estados da União Europeia, como a França, a Bélgica, a Alemanha e a Espanha, votaram sim em mais de dois terços das resoluções contra Israel em 2020. Mas essas mesmas nações não conseguiram apresentar uma única resolução no mesmo ano sobre a situação dos direitos humanos na China, Venezuela, Arábia Saudita, Bielo-Rússia, Cuba, Turquia, Paquistão, Vietnã, Argélia ou em qualquer dos outros 175 países.

Os políticos belgas operam em um mundo impulsionado por pura ideologia, onde a transparência e a responsabilidade são mínimas, e as consequências por seus atos, completamente inexistentes. Mas eles não conseguem mais esconder sua parcialidade quando financiam ONGs ligadas a organizações terroristas comprometidas com a destruição de Israel. Esse tipo de postura nunca deveria fazer parte do “DNA” de qualquer democracia decente contra outra democracia.

A narrativa falsa perpetrada pela perniciosa campanha do BDS foi aceita com ansiedade demais por estados e organismos internacionais que abrigam um antissemitismo arraigado. Nenhuma outra causa uniu facções tão diferentes mais do que o ódio aos judeus, cuja última versão é o ódio ao Estado judeu, vestido na roupagem de “direitos humanos”. Se realmente se importassem com direitos humanos, a ONU e a UE encorajariam o diálogo entre israelenses e palestinos, não a demonização de Israel.

E isso nos leva à França. Depois da vergonhosa absolvição do muçulmano Kobili Traoré pelo impiedoso assassinato antissemita da médica Sarah Halimi, de 65 anos, com a desculpa que ele estava drogado por cannabis, a corte francesa desta vez condenou Yacine Mihoub, de 32 anos, à prisão perpétua por ter assassinado a sobrevivente do Holocausto de 85 anos, Mireille Knoll. Os dois casos são muito semelhantes pois as duas foram assassinadas em suas casas, por muçulmanos vizinhos à elas e pelo único fato de serem judias. 

Sarah não conseguiu justiça. Traoré foi descrito como uma vítima do sistema, um desempregado, que constantemente fumava maconha. Como se isso fosse uma desculpa para jogar uma mulher de idade do sexto andar de seu apartamento aos gritos de Ala uakbar.

Um ano depois do assassinato de Sara Halimi, o corpo parcialmente queimado de Mireille Knoll foi encontrado em seu apartamento em Paris em março de 2018. Ela foi roubada e esfaqueada 11 vezes e seus agressores incendiaram sua casa. Seu assassino era filho de vizinhos de Knoll e conhecia bem a vítima.

Knoll era uma criança de 9 anos quando escapou da batida em 1942 no Val d'Hiv quando mais de 13 mil judeus franceses foram deportados para campos de concentração onde a maioria pereceu.

O promotor público disse que, uma vez que Yacine Mihoub conhecia Knoll e que eles viviam em condições bastante semelhantes, apenas o ódio religioso poderia ter motivado o assassinato.

É muito triste quando respiramos um ar de alívio com uma decisão justa tanto no âmbito legal como moral. Isto deveria ser a regra, não a exceção em sociedades desenvolvidas.

Estes países europeus que se dizem senhores da moralidade mundial, que se sentem no direito de passar sermões em Israel, são tão cegos que ainda, no século XXI, não aprenderam a separar as verdadeiras vítimas dos vilões.


Sunday, November 7, 2021

A Inaceitável Banalização do Holocausto - 07/11/2021

Esta semana, judeus de todo o mundo comemoram o 83º aniversário da Kristallnacht, "A Noite dos Cristais", lembrando as janelas das lojas e casas de judeus que foram destruídas durante a noite de 9 a 10 de novembro de 1938. A maioria das sinagogas em toda a Alemanha, Áustria e Sudetos da Tchecoslováquia que tinham sido anexados pela Alemanha, foram saqueadas e incendiadas naquela noite. Milhares de negócios pertencentes a judeus foram danificadas e 30 mil homens judeus foram enviados para campos de concentração.

Somente na Alemanha, desencadeando seu ódio infernal, os alemães destruíram 267 sinagogas, atacaram 7 mil negócios pertencentes a judeus e prenderam dezenas de milhares de homens judeus que foram enviados para campos de concentração, tudo no decorrer de algumas horas.

Achavamos que nunca mais. Nunca mais o mundo desceria para um lodo tão profundo. Mas em menos de 100 anos, os judeus estão experimentando um ressurgimento do antissemitismo que está causando arrepios nos últimos sobreviventes daquela era terrível. Portas de sinagogas estão sendo reforçadas, empresas judaicas atacadas, monumentos judaicos desfigurados, cemitérios vandalizados. Adultos e crianças têm o cuidado de não usar nada que possa identificá-los como judeus, e aqueles que o fazem correm o risco de ataques verbais e até físicos. Isso está acontecendo em toda a Europa e também nos EUA.

Membros da Antifa, a organização que se diz supostamente antifascista, são conhecidos por apoiar o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) anti-Israel. E na Alemanha, onde o antissemitismo foi suprimido após a derrota do regime nazista, este ódio está novamente levantando sua cabeça monstruosa.

Na recente eleição para o governo, o Partido AfD (Alternativa para a Alemanha) obteve 10,3% dos votos. É um partido político de direita que se opõe à União Europeia e à imigração, especialmente a imigração de muçulmanos. Mas, como sabemos, esses sentimentos têm uma facilidade enorme para se estenderem aos judeus. Sua plataforma nacionalista extremamente popular, fez com que até partidos moderados normalizassem posições de extrema direita.

Hoje mais do que nunca, e por causa deste ressurgimento do antissemitismo, a recordação da Noite dos Cristais, que serviu de prelúdio ao Holocausto, deve evocar solenidade e reflexão e lembrar a todos nós, o horror único perpetrado pela Alemanha e seus colaboradores contra o povo judeu.

Mas, em vez de inclinar a cabeça em respeito nesta data, muitos que preferem banalizar a memória do Holocausto em vez de dignificá-la.

Apenas nos últimos dias, uma ampla gama de pessoas em todo o mundo fez comparações ao Holocausto, com um abandono tão revoltante que beira a pura inanidade.

Este é um insulto não apenas à história, mas especialmente aos 6 milhões de judeus que foram assassinados. E não podemos permitir que isto continue.

Tome, por exemplo, nada menos que o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, cuja família - por parte de pai - é judia. Em uma entrevista à BBC na conferência de Mudança Climática da ONU em Glasgow, ele insinuou que o aquecimento global é potencialmente pior do que o genocídio nazista, dizendo que os líderes que não abordarem as questões ambientais serão vistos pelas futuras gerações “em termos muito mais fortes do que falamos hoje dos políticos da década de 1930, dos políticos que ignoraram o que estava acontecendo na Alemanha nazista”. Além disso, ele afirmou que, a mudança climática "permitirá um genocídio em uma escala infinitamente maior".

Depois que seus comentários provocaram uma tempestade de indignação, Welby tuitou um pedido de desculpas, observando corretamente que "nunca é certo fazer comparações com as atrocidades cometidas pelos nazistas, e que sentia “muito pela ofensa causada aos judeus por essas palavras."

Mas isso levanta a questão: por que ele sentiu a necessidade de fazer referência ao Holocausto, que não tem nada a ver com as emissões de carbono na sociedade moderna?

Do outro lado do oceano, aqui no estado do Kansas, um nível semelhante de insensibilidade foi exibido quando a memória do Holocausto foi explorada por oponentes de um mandato de vacina federal nos termos mais vergonhosos.

Falando ao Comitê de Saúde da legislatura estadual do Kansas, o líder trabalhista Cornell Beard comparou o tratamento dispensado aos que se negam a tomar a vacina, aos judeus europeus no século anterior. Beard disse aos legisladores que “basicamente, estamos dizendo que você que não tomou a vacina, é o judeu moderno”, e que “você vai usar essa estrela ... e não nos importamos se você reclamar ou não”.

Surpreendentemente, nenhum dos legisladores presentes se opôs ou protestou contra a comparação. Parece que as imagens do Holocausto se tornaram uma ferramenta popular nas mãos daqueles que se opõem à vacinação COVID-19 em todo o mundo.

No sábado passado, em Melbourne, Austrália, um manifestante contra as inoculações obrigatórias vestiu uma réplica do uniforme do campo de concentração e ergueu uma placa dizendo “a história se repete”. E quando foi confrontado por transeuntes judeus, ele se recusou a recuar.

Naquele mesmo dia, na cidade de Novara, no noroeste da Itália, manifestantes também vestiram uniformes de campo de concentração no estilo nazista e alguns até carregavam números, uma referência direta à forma de como os judeus foram tatuados pelos alemães nos campos de extermínio.

Na Holanda, uma rabina reformista chamada Tamara Benima, causou comoção quando disse em um discurso que, embora aqueles por trás das restrições ao coronavírus tenham boas intenções, “como judia, o que aconteceu na Alemanha nazista é um aviso para mim. Todos os que estavam no poder tinham a melhor das intenções. Também quando eles declararam os judeus um perigo para a 'saúde pública'. Também quando eles declararam uma guerra contra o 'vírus' daqueles tempos.” O “vírus” sendo os judeus. Como se isso fosse alguma coisa que chegasse próximo a ser racional, plausível ou moral.

Não pense que referências como estas são inócuas. Esse tipo de declarações apenas banalizam, depreciam e rebaixam o Holocausto, reduzindo-o a uma mera analogia. Uma analogia que está permitindo o ressurgimento do antissemitismo.

E, claro, inevitavelmente, o obsceno e o absurdo acabam se encontrando, como quando o treinador do Bristol Rovers, um time de futebol inglês, lamentou o fraco desempenho de seus jogadores e a perda de um jogo a “um Holocausto, um pesadelo, um absoluto desastre."

E outra coisa. Não deveria ser necessário dizer, mas, aparentemente, é preciso: o Holocausto não é um ponto de discussão política. Nunca deveria ser.

Mas é. Como o foi, quando a revista Isto É publicou em sua capa, uma foto de Bolsonaro como Hitler com os famigerados penteado e bigodinho onde estava escrito “genocida”. A manchete: “As práticas abomináveis do mercador da morte”.  A desculpa da revista foi que o conteúdo explicava apenas o relatório da CPI da Covid-19 e a “catástrofe perpetrada pelo presidente e seus asseclas”.

Não me importa até que a reportagem elogiasse o presidente Bolsonaro. Como sabemos, uma imagem vale mil palavras e a conotação da capa foi clara. Bolsonaro não encomendou o vírus chinês. Hitler encomendou os campos de concentração e de extermínio. Bolsonaro não proibiu a vacinação. Hitler sancionou usar judeus para experimentos médicos atrozes. No Brasil tivemos 600 mil mortes, dos quais uma certa porcentagem não divulgada morreu com o vírus e não pelo vírus. Eram pessoas que tinham outras doenças graves e pegaram a Covid. Hitler construiu uma verdadeira indústria da morte que assassinou 6 milhões de judeus, homens, mulheres e mais de um milhão de crianças, incluindo o primo da minha mãe de 9 anos de idade gaseado junto com sua avó em Auschwitz. Também assassinou meio milhão de Ciganos, 50 mil homossexuais, além de milhares de alemães deficientes que fizeram parte do programa de eutanásia para eliminar indesejáveis.

Mas em especial, o Holocausto foi a tentativa sistemática dos alemães e seus colaboradores de assassinar o povo judeu e apagá-lo da face da terra. Foi o último ato do mal, a pior atrocidade cometida nos anais da humanidade.

E nem os políticos, nem a mídia, e nem ativistas têm o direito de invocar sua memória sagrada em prol de seus interesses políticos.

Portanto, a todos aqueles que citam caprichosamente o Holocausto, seja em relação às vacinações COVID, às mudanças climáticas ou ao futebol, eu digo a vocês: parem. Simplesmente parem.

Não quero saber de suas boas intenções quando seu objetivo é alcançar algum resultado imediato. Elas não me interessam. Elas não valem nada quando o resultado a longo prazo é a banalização do Holocausto e do que o mundo deveria ter aprendido com ele. E isso é quase tão ruim quanto negá-lo.

Sunday, October 31, 2021

A Guerra de Joe Biden na Judéia e Samaria - 31/10/2021

 

Parece até que Israel é o 51º estado dos Estados Unidos. A ingerência americana nos assuntos internos do Estado Judeu é sem qualquer precedente. Nesta semana que passou, a administração do presidente Joe Biden, publicou sua pior crítica sobre os judeus que vivem na Judeia e Samaria. Ele expressou uma fake “profunda preocupação” sobre os planos de Israel de construir 3 mil casas que ele chamou “unidades de assentamento” na região.

Olhem só o absurdo! Ele chama de assentamento o berço do povo judeu, de onde eles adquiriram o nome, a região da Judeia. E por quê? Por que por 19 anos esta região ficou nas mãos de um país árabe: a Jordânia.  Isso daria então aos árabes, que saíram da Arábia, supostamente um título melhor de propriedade do que os judeus para esta região.

O porta-voz do Departamento de Estado americano declarou que “a administração se opõe veementemente à expansão dos assentamentos, o que é totalmente inconsistente com os esforços para diminuir as tensões e garantir a calma, e prejudica as perspectivas de uma solução de dois estados.” Aquela mesma solução que está morta e enterrada há décadas.  Ele também considera inaceitáveis ​​os planos de legalizações retroativas de assentamentos ilegais”.

Esta declaração veio logo em seguida de outra pelo Secretário de Estado Antony Blinken, que há duas semanas, simplesmente avisou seu contraparte israelense Yair Lapid que a América irá reabrir o consulado em Jerusalém para lidar com os palestinos, desprezando o fato de Jerusalém ser a capital de um estado soberano, Israel, reconhecida pelo Congresso Americano há 26 anos.

A pergunta é, por que o governo Biden está tentando intimidar Israel com essas questões justo agora quando Israel tem uma frágil coalisão de esquerda? Por que vociferar sobre Jerusalém, os palestinos e assentamentos quando até mesmo as autoridades mais esquerdistas do seu governo sabem que é uma Autoridade Palestina corrupta e obstinada com a “libertação do rio ao mar” que não merece qualquer confiança para negociar um acordo de paz?

O que Washington ganha ao decidir restabelecer o antigo consulado americano aos palestinos que fica, não na parte leste de Jerusalém, mas na parte Oeste, que sempre foi de Israel? Quando sabe que ao faze-lo está não só insultando seu maior aliado na região mas desestabilizando seu governo?  Biden não estava feliz ao ver Netanyahu deposto como primeiro-ministro? Por que ele quer agora apunhalar Bennett e Lapid?

E por que ameaçar agir com tamanha ousadia diplomática quando o governo de Israel, de acordo com a lei internacional, pode bloquear a reabertura dessa missão em Jerusalém?

Alguns analistas procuram explicar essas decisões insanas, dizendo que elas  são populares com a extrema esquerda do partido democrata que hoje tomou o governo americano como refém. Ou que são simplesmente medidas para desfazer tudo o que Trump fez.

Pode ser que estes argumentos tenham alguma validade. Mas me parece ser outra coisa. Os Estados Unidos estão encurralados com o acordo nuclear com o Irã. Biden deve ter se comprometido com Obama salvar o que Barak via como seu legado em relações internacionais. O problema é que para voltar ao acordo, o Irã está impondo inúmeras condições inaceitáveis como por exemplo o levantamento de todas as sanções econômicas antes da sua volta.

Com o aumento do enriquecimento do urânio já a 60%, um passo abaixo da obtenção de urânio a 90% próprio para uma bomba, Biden está meio desesperado para que uma guerra nuclear entre o Irã e Israel não aconteça durante o seu mandato. O que Biden está dizendo a Israel é para ela ficar quieta sobre o acordo nuclear ou os EUA farão sua vida um inferno na questão palestina.

E esta pressão parece estar vindo porque apesar de não estar sendo noticiado, é possível que os EUA estejam próximos a assinar um novo acordo com o Irã. O que será o verdadeiro desastre para o mundo. Isto porque a posição iraniana é de que o que foi negociado no JCPOA deve permanecer como condição prévia. Assim, sua infraestrutura de enriquecimento e outros projetos de armamento militar permanecerão intactos e não haverá como retroceder os ganhos e o enriquecimento alcançado até hoje. Em troca os Estados Unidos e países europeus retirarão todas as sanções contra Teerã, enchendo seus cofres de dinheiro que será usado, não para benefício interno, mas para financiar seus braços armados ao redor do mundo e levar à frente sua revolução islâmica.

Em outras palavras, o objetivo central de Joe Biden hoje é chutar o abacaxi para frente. E Biden está disposto a isso mesmo ao preço do abandono de Israel e seus aliados árabes que terão que se defender sozinhos, e por dois motivos: primeiro, ele quer se vingar dos republicanos e de Donald Trump por eles terem atacado violentamente o Acordo Nuclear de Barack Obama. Segundo, Biden não está disposto de modo algum a entrar em outro conflito. A saída estabanada do Afeganistão mostrou a quanta loucura ele é capaz para dizer que “acabou uma guerra” e ele não vai entrar em outra. Ele está desesperadamente tentando nos convencer que a diplomacia irá resolver tudo quando o que ele quer é que essa diplomacia atrase a bomba iraniana até que ela seja problema de outro governo.

E para isso, Biden não vai deixar que israelenses ou outros críticos fiquem em seu caminho e não está abaixo de ameaçar com a questão palestina para alcançar seu objetivo. Infelizmente, esta é uma ameaça real para Israel e dá a Biden uma vantagem significativa na questão nuclear iraniana, que é a questão fundamental, existencial, para Israel.

Bennett e Lapid não podem capitular em relação ao Irã. Eles têm que desviar a atenção das questões palestinas e se opor veementemente à renovação do JCPOA, enquanto se preparam para atacar o Irã diretamente com ou sem a ajuda dos seus aliados árabes na região. Eles também não podem ceder aos EUA em relação à proposta de consulado dos palestinos em Jerusalém, nem ao direito inerente de Israel de apoiar a vida judaica na Judéia e Samaria por meio do "crescimento natural" das cidades israelenses existentes. Aquelas que Biden gosta de chamar de assentamentos”!

E aqui cabe lembrarmos de alguns fatos históricos básicos sobre estas comunidades. Primeiro, muitas delas existiam antes de 1948 como Gush Etzion e Hebron. Segundo, as comunidades judaicas da Judéia e Samaria não explicam a relutância dos palestinos em fazer a paz com Israel da mesma forma que o congelamento ou a evacuação de algumas comunidades nunca trouxe a paz com palestinos (certamente não o fez em Gaza). Cordeiros não se deitarão com leões, não importa quantas vezes Washington, a União Europeia e a ONU insistam em condenar as “unidades de assentamento”.

Em terceiro lugar, as comunidades judaicas nunca prejudicaram qualquer esforço de negociação; a obstinação e o extremismo palestinos sim. Netanyahu chegou a congelar a construção de judeus por 10 meses e mesmo assim, Mahmoud Abbas se recusou a sentar na mesa de negociações.

Quarto, todas as construções israelenses na Judeia e Samaria na última década foram dentro de comunidades existentes que Israel pretende manter em todas as circunstâncias - e “todo mundo sabe” disso! Isso inclui Gush Etzion, Ariel-Elkana-Karnei Shomron, Ma’aleh Adumim, Beitar Illit, Modi’in Illit e Kiryat Sefer.

Em outras palavras, não há apropriação de terras por Israel e nada que atrapalharia o estabelecimento de uma entidade palestina autônoma, próspera e pacífica - se ao menos houvesse uma liderança palestina honesta pronta para um compromisso genuíno com Israel. Joe Biden não quer outra guerra na região a não ser com Israel pela Judeia e Samaria.

Mais cedo ou mais tarde, Israel irá estender seu Estado de Direito à estas comunidades judaicas da Judéia e Samaria, e assim, solidificar o compromisso territorial que já existe de fato - e Joe Biden e o mundo irão aprender a viver com isso.