Na quinta-feira
passada, quatro estudantes da Yeshivah de Homesh na Samaria entraram no carro
no final do dia para voltarem para a casa. Na estrada, seu carro foi crivado
por balas matando Yehudah Dimentman de 25 anos, pai de uma bebê de apenas alguns
meses.
Os dois
terroristas foram apreendidos ontem pelas forças de Israel. Mas a dor causada
para a família de Yehuda irá durar muitas décadas especialmente para esta
menina que crescerá sem o pai.
Dois outros
estudantes ficaram feridos. E isso tudo aconteceu simplesmente porque eram
quatro judeus num carro com placas israelenses. Yehudah foi morto somente por
ser judeu. A mídia internacional pode não estar interessada em reportar o que
está acontecendo, mas Israel está há 72 meses - desde novembro de 2015 - sofrendo
constantes ataques terroristas. Este foi apenas o último de Ataques que Mahmoud
Abbas, o corrupto, assassino e imbecil líder da Autoridade Palestina, chama de “uma
revolta pacífica”.
Tão pacífica
que ele paga salários milionários para os perpetradores dos ataques e o preço
sobe quanto mais dano, mais mortes causar. Imaginem viver numa sociedade onde
você é pago se matar civis inocentes e o pagamento aumenta quanto mais horripilante
for a chacina. Esta é a Autoridade Palestina.
Num mundo um
pouco mais perfeito, uma entidade como esta seria um pária da comunidade
internacional. Mas não neste mundo. A Autoridade Palestina é convidada a fazer
parte da união das nações, suas resoluções são votadas todos os anos condenando
Israel, países desenvolvidos dão a ela milhões de dólares por ano, e correm
para ajudá-la quando Israel decide se defender.
Somente em
dezembro tivemos vários esfaqueamentos, inclusive um perpetrado por uma menina
de 14 anos. Que tipo de incitação, de propaganda um governo faz para levar uma
criança a esfaquear um outro ser humano?
Mas surpreendentemente,
o governo Biden, através de seu secretário de estado, o energúmeno Anthony
Blinken, está mais preocupado em discutir com Israel a violência perpetrada pelos
chamados “colonos”. Sua prioridade está no vandalismo de oliveiras e de
manifestações judaicas depois de ataques terroristas. O que incomoda e preocupa
Biden e Blinken hoje no Oriente Médio, são estes mesmos colonos descendentes da
população original, dos judeus da Judéia e Samaria que lutaram contra os impérios
assírio, grego e romano.
Isso é tão
absurdo como chamar os índios nativos da América de colonos assentadores.
Os árabes que
vieram séculos mais tarde, e em especial no fim do século XIX precisamente por
causa da imigração judaica que gerou empregos e oportunidades, hoje são
tratados como os habitantes originais, e os judeus, os invasores, os colonos. E
por causa desta mentira o conflito não chega a uma resolução.
Para muitos
na comunidade internacional, a solução é simples: os palestinos exigem independência
e, para alcançar a paz, Israel precisa acabar com a ocupação, derrubar os
assentamentos e concordar com o estabelecimento de um estado palestino nas
linhas de cessar fogo com a Jordânia, traçadas em 1948. Esta é a fórmula
internacionalmente aceita de dois estados que a comunidade internacional promete
irá dar um futuro melhor tanto para palestinos como para israelenses e o fazer
o ódio arraigado sumir como num passe de mágica.
Mas os
israelenses, já calejados, não estão comprando mais esta ideia. Uma pesquisa
feita pelo Instituto de Estudos de Segurança Nacional mostra que o apoio entre
os judeus israelenses à solução de dois estados está em declínio. Entre 2006 e
2016 esse apoio caiu de 71% para 59%. No
ano passado, o índice estava a menos de 53%. E neste ano, os números irão
mostrar pela primeira vez neste século, que apenas uma minoria de judeus
israelenses apoia a criação de um estado palestino.
Os dados do Instituto
também indicam que a maioria dos judeus israelenses que ainda apoiam a solução de
dois estados não acredita que ela acontecerá tão cedo. Isso porque essas ideias
já foram experimentadas e, até agora, os resultados estão longe de serem
encorajadores.
Uma delas foi
o desengajamento de Gaza por Ariel Sharon que continha muitos ingredientes
retirados da fórmula internacional e, assim atraiu amplo apoio global. Se
Israel encerrasse a ocupação da Faixa, removesse todos os 21 assentamentos de
Gaza e recuasse para as linhas de 1948, então, de todas as fronteiras de
Israel, o perímetro de Gaza certamente deveria se tornar o mais tranquilo de
todos. Na época, Sharon disse que Gaza iria se transformar na Cingapura do
Oriente Médio.
Mas as quatro
operações militares de Israel em Gaza desde o desengajamento - Chumbo Fundido
(2008-09), Pilar de Defesa (2012), Borda Protetora (2014) e Guardiões das Muralhas
em maio último - todas contam uma história muito diferente.
Além disso, a
sabedoria convencional diria que se o fim da ocupação ocorrida 1967 põe fim ao
conflito, como dizem os palestinos, isto quer dizer que antes de 1967, deve ter
havido paz. Obviamente, não foi esse o caso.
Entre maio de
1948, como o nascimento de Israel até 1967, sete exércitos árabes atacaram o
estado Judeu, e Yasser Arafat fundou a Fatah em outubro de 1959 e a OLP em 1964
com o objetivo de eliminar Israel.
Ao se
concentrar exclusivamente na realidade pós-1967, a comunidade internacional ignora
o núcleo essencial do conflito que antecede o controle de Israel sobre a Judeia
e Samaria em pelo menos meio século.
Os
especialistas em processo de paz Hussein Agha e Robert Malley (ambos simpáticos
à causa palestina) escreveram em 2009 que um acordo israelense-palestino
exigirá "olhar para além da ocupação; para as questões nascidas em
1948" e apelaram para abordar as causas do conflito, incluindo a “rejeição
árabe do recém-nascido estado judeu”.
A relevância
de tal abordagem foi demonstrada em um discurso pouco divulgado pelo presidente
palestino no último mês de agosto. Falando em Ramallah, Mahmoud Abbas disse que
a “narrativa sionista falsifica a verdade e a história, todos os documentos e
pesquisas confirmam ser um produto do colonialismo, que planejou e trabalhou
para implantar Israel como um corpo estranho a fim de fragmentar esta região e
mantê-la fraca."
Nas palavras
do líder da Fatah, Israel foi construído na mentira, criada pelo imperialismo,
com o objetivo de desmembrar o mundo árabe. Além disso, e ainda surpreendente
para muitos, a Autoridade Palestina de Abbas continua a negar o povo judeu e a
autenticidade da conexão dos judeus com sua terra natal, rejeitando o próprio
conceito de um estado judeu, sejam quais forem as fronteiras.
Em seu famoso
discurso na Universidade Bar-Ilan de 2009, o primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu colocou o reconhecimento palestino de Israel como o Estado-nação do
povo judeu como um ingrediente indispensável em qualquer paz futura,
argumentando que “a liderança palestina deve se levantar e dizer: 'Basta deste
conflito. Reconhecemos o direito do povo judeu a um estado próprio. '”
Claro,
Netanyahu foi acusado de deliberadamente criar obstáculos à paz.
Até a
ministra das relações exteriores de Israel durante o governo de Ehud Olmert, Tzipi
Livni, durante a conferência de paz de Anápolis em 2007, instou a liderança palestina
a reconhecer Israel como a casa nacional do povo judeu, vendo isso como um
pré-requisito vital em um processo genuíno de reconciliação. Os palestinos se
recusaram a fazê-lo.
E aqui está a
contradição fundamental: os palestinos exigem que Israel reconheça seu direito
à autodeterminação nacional, ao mesmo tempo que se recusam a reconhecer o mesmo
direito do povo judeu.
Os palestinos
alegam que aceitaram Israel em 1993 como parte dos acordos de Oslo, quando os
lados trocaram cartas de reconhecimento mútuo, e isso deveria bastar. Mas
reconhecer Israel como um fato não substitui a legitimidade. A Autoridade
Palestina, como o Irã, reconhece Israel como um fato, como o câncer é um fato,
um câncer que deve ser extirpado.
Em última
análise, se o Estado judeu permanece fundamentalmente ilegítimo aos olhos de
seus vizinhos palestinos, que tipo de paz eles estão realmente oferecendo a
Israel?
Quando os
primeiros-ministros israelenses de esquerda Ehud Barak e Ehud Olmert adotaram
propostas que lidavam somente com as questões pós-1967 chegando até mesmo a
considerar a redivisão de Jerusalém, isso nunca foi suficiente para a liderança
palestina. Se o cerne da disputa é 1948 e não 1967, então realmente não importa
quão flexível Israel seja nas negociações, sobre fronteiras finais, ou quantos
assentamentos ofereçam extirpar. Ao contrário do que o mundo quer que
acreditemos, para os palestinos, o verdadeiro problema não é Shiloh, Kyriat
Arba ou Ma’aleh Adumim, mas Tel Aviv, Herzeliya e Ra’anana.
Chegou a hora
dos líderes mundiais, da ONU, da mídia, reconhecerem que a fórmula de dois
estados é uma convenção já testada como falha e não há qualquer sabedoria em
continuar dando muro na mesma ponta de faca. Yehudah Dimentman morreu na quinta-feira por causa dela.
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