Sunday, December 25, 2022

O Descaramento da America - 25/12/22

 

Depois da Copa do Mundo, voltamos ao esporte preferido de Washington e da Europa: a crítica ou condenação de Israel. De cada incidente ou de cada iniciativa de política externa, e porque não, também de sua política interna.

O novo governo de Israel, que será finalmente formado nesta semana, terá que se manter muito firme contra esta tendência cada vez mais descarada. E para isso, o mundo usa termos que parecem inofensivos e até mesmo justos. Um dos termos mais usados para atacar Israel recentemente, é a exigência de uma “prestação de contas”. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse no mês passado que os EUA exigiriam "uma prestação de contas" de Israel em relação a quase todos os incidentes de tiroteio na Cisjordânia e que iria questionar as mudanças nas regras de engajamento da IDF (ou seja, regulamentos de fogo aberto) na Judéia e Samaria. Imaginem a ousadia!!!!

Mas aí, o FBI conseguiu elevar ainda mais o nível da ousadia ao anunciar sua própria investigação sobre o assassinato do jornalista da Al Jazeera Shirin Abu Akleh durante um tiroteio entre o exército de Israel e terroristas palestinos em maio. Quer dizer, o que Biden quer, é ver alguns soldados israelenses enforcados, ou melhor, crucificados para que todos possam ver.

Até Lapid, que ainda lidera o governo de esquerda de Israel, não conseguiu se conter e declarou que ninguém vai ditar nossas instruções de abertura de fogo quando estivermos lutando por nossas vidas. Não permitirei que um soldado combatente que defendeu sua vida baixo ao fogo de terroristas seja processado apenas para recebermos aplausos no exterior”.

Falando num tom de insolência semelhante, diplomatas de 19 países europeus exigiram explicações de Israel sobre o fechamento dos escritórios de sete organizações não-governamentais palestinas que Israel classificou como frentes terroristas afiliadas à Frente Popular para a Libertação da Palestina. Os diplomatas europeus declararam descaradamente que não aceitavam a designação de Israel, reclamando que não haviam recebido “nenhuma evidência” para validar essa afirmação. Ora, me poupem! Desde quando um país soberano, como Israel precisa pedir permissão para qualquer um para se defender e designar quem quer que seja como terrorista?  Não vi nenhum deles condenar o Irã por designar como terroristas contra D-us, não menos, e enforcar jogadores de futebol, médicos e outros civis inocentes por protestarem contra o regime.

Diplomatas americanos e europeus também começaram a questionar as operações de segurança de Israel e o desenvolvimento de bairros judaicos em Jerusalém como em Shimon Hatzadik, Ir David e, claro, o Har HaBayit (o Monte do Templo). E com relação ao último, esses “corajosos” críticos estrangeiros têm muito a dizer sobre a resposta da polícia israelense aos arruaceiros árabes, mas muito pouco a dizer sobre a transformação do local pela Wakf/Autoridade Palestina em um campo armado para guerra aberta contra Israel. Isso para não mencionar o incitamento regular contra os judeus e Israel do púlpito da Al Aqsa todas as sextas-feiras.

A coisa anda tão esquizofrênica, que na semana passada, na reunião do mês do Conselho de Segurança da ONU sobre assuntos israelense-palestinos, o representante americano, Robert Wood, exigiu que Israel aloque recursos iguais para combater “extremistas israelenses” e terroristas palestinos. É. vocês ouviram direito...

Isso remonta ao discurso do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em uma conferência do grupo de extrema esquerda J Street no mês passado sobre a violência na Judéia e Samaria “perpetrada por palestinos e colonos israelenses” de acordo com ele.

À primeira vista, isso soa bem, legal e razoável, porque quem é a favor de “perpetradores violentos” e quem é contra a “igualdade”? Exceto que isso não é nem legal nem razoável! Isso é cegueira moral! O tipo de postura supostamente neutra e autoritária que deliberadamente ignora a diferença entre bombeiros e incendiários. Afinal, Blinken sabe, ou deveria saber, que Israel não tolera a violência e procura evitar baixas civis sempre que possível, enquanto a Autoridade Palestina glorifica e recompensa em vez de punir os terroristas.

É irritante ouvir repetidamente o Departamento de Estado americano e outras autoridades ocidentais constantemente apelarem para “todos os lados exercerem moderação”. Embora soe razoável e, sim, “imparcial”, essencialmente esta é uma declaração hostil a Israel. Basicamente, é um aviso a Israel de que não deve responder aos ataques palestinos. Eles estão igualando o terrorismo a ações antiterroristas.

Por exemplo: em vez de condenar Mahmoud Abbas, por usar repetidamente o libelo “Al-Aqsa está em perigo” para fomentar a violência, o Departamento de Estado só se manifesta depois que os muçulmanos palestinos se revoltam no Monte do Templo e Israel é forçada a responder. Quando isso aconteceu em abril, o porta-voz do Departamento de Estado disse  com ar triste “pedimos a todos os lados que exerçam moderação, evitem ações e retórica provocativas e preservem o status quo histórico no Haram al-Sharif/Monte do Templo”.

Notem que o Departamento de Estado usa o nome árabe para o Monte, mas nunca o termo hebraico original, Har HaBayit. E ignora o fato de que são os palestinos que há muito tempo tentam mudar o chamado status quo no monte sagrado.

Blinken também começou a dizer que os EUA “esperam” que Israel cumpra os princípios democráticos, “incluindo o respeito pelos direitos da comunidade LGBT e a administração igualitária da justiça para todos os cidadãos de Israel”. Mas ele nunca falou nada sobre a falta de direitos da comunidade LGBT palestina ou dos abusos extremos dos direitos humanos cometidos pela Autoridade Palestina. Nem sobre as abomináveis políticas de direitos humanos dos países muçulmanos – incluindo o Catar, onde milhares de trabalhadores estrangeiros morreram para construir os complexos da Copa e para onde Blinken foi para assistir os jogos.

Ah, e esta semana, o pacote de ajuda externa aos palestinos será enviado ao Congresso, incluindo uma provisão de US$75 milhões para a UNRWA. Nada foi dito sobre o fato de que na semana passada, outro túnel de ataque terrorista foi descoberto embaixo de uma das escolas da UNRWA em Gaza, ilustrando mais uma vez a cumplicidade dessa agência corrupta em permitir que o Hamas use crianças como escudos humanos.

Enquanto isso, autoridades americanas e ocidentais não têm qualquer problema em se reunir regularmente com extremistas palestinos como Hussein al-Sheikh, que está emergindo como o número dois de Mahmoud Abbas. Al-Sheikh passou 11 anos em uma prisão israelense por suas atividades terroristas. Ele promoveu Mahmoud al-Habbash como conselheiro de assuntos religiosos e neste mês, al-Habbash comparou os judeus que visitam o Monte do Templo em Jerusalém com “aqueles a quem Alá amaldiçoou… e fez deles macacos e porcos”.

Se isso não fosse o suficiente, saiu mais um relatório sobre o cru anti-semitismo que corre como um esgoto a céu aberto nos livros de AP e em suas ondas de rádio. O Departamento de Estado não teve nada a dizer sobre isso. Esse antisemitismo cru em Ramallah é o verdadeiro “extremismo” que encoraja a juventude palestina a matar israelenses. A imparcialidade do Departamento de Estado que equivale a um viés cego contra Israel é o verdadeiro “extremismo” que alimenta o conflito palestino-israelense.

Com tudo isso, a grande preocupação da América e dos Europeus é com este novo governo supostamente “ultranacionalista, extremista, racista e supremacista” de Binyamin Netanyahu, Aryeh Deri, Bezalel Smotrich, e Itamar Ben-Gvir. A Europa nós já sabemos o que ela pensa mas a América deveria se olhar no espelho antes de criticar Israel. O descaramento, a falta de respeito e a hipocrisia passaram dos limites.

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