Abbas irá
anunciar amanhã o seu governo de união com o Hamas. E apesar de ser considerada
uma organização terrorista por ambos, os Estados Unidos e a Europa já avisaram
que sim, eles negociarão com o Hamas no governo de união palestina.
Graças a
D-us, Israel tomou uma decisão mais lúcida! Ela avisou que não negociará mais
com Abbas, a não ser que o Hamas aceite separadamente as condições do Quarteto,
uma das quais é reconhecer o direito de Israel de existir.
Por seu
lado, o Parlamento Inglês abriu uma investigação sobre o dinheiro que vai para
a UNRWA. A única agência da ONU para tratar de um só grupo de refugiados: os
palestinos. Vale a pena lembrar que a ONU tem uma outra agência que supostamente
dá assistência a todos os outros refugiados do mundo, o Alto Comissariado para
Refugiados. A diferença? O Alto Comissariado lida com 33 milhões de refugiados
em 116 países, tem 6,260 empregados em 262 escritórios espalhados pelo mundo.
A UNRWA tem
hoje menos que 5 milhões de refugiados registrados em 5 lugares: Gaza, na
Cisjordânia, Síria, Líbano e Jordânia sendo que Gaza e a Cisjordânia são
considerados Palestina e portanto, palestinos não deveriam ser refugiados em
seus próprios locais de origem. Então digamos que refugiados mesmo estão na
Síria, Líbano e Jordânia. Na Síria eles
são uns 500 mil, no Líbano 450 mil e na Jordânia, que também era parte do
Mandato da Palestina, uns 2 milhões. Total, uns 3 milhões. Agora, querem saber
quanto dinheiro é gasto por cada uma destas agências? O Alto Comissariado, para
os seus 33 milhões de refugiados em 116 países gastou em 2008 1.5 bilhão de
dólares. A UNRWA? 1.1 bilhões. Em contraste dos 6 mil empregados do Alto
Comissariado, a UNRWA emprega 28 mil pessoas.
Se ficasse
por aí, menos mal, mas além da UNRWA, os palestinos têm outras agências na ONU.
Uma é a Divisão dos Direitos Palestinos, a DPR, e outra é a UNISPAL, Sistema de
Informação sobre a Questão da Palestina. No mês passado, as duas organizaram um
encontro internacional sobre a Questão de Jerusalem na Turquia. O convite
notava que o objetivo desta “conferência” era de “fortalecer o apoio
internacional para uma solução justa e permanente na questão de Jerusalem”.
Só que o
maior patrocinador desta conferência foi o Comite do Exercício dos Direitos
Inalienáveis do Povo Palestino, outra agência da ONU. Quem estava
querendo imparcialidade para a questão de Jerusalém, pode esquecer. A DPR
recebeu nada menos que 6 milhões de dólares da ONU para organizar este
encontro. Só que paz e reconciliação entre judeus e palestinos estava longe da agenda.
Seu propósito, o mesmo que o da conferência sobre o racismo, foi de
desacreditar e deslegitimar Israel com a cobertura das Nações Unidas. A mesma
ONU que como membro do Quarteto se comprometeu a promover a resolução pacífica
deste conflito e deveria se manter objetiva, honesta e imparcial neste
processo.
A ONU não
deveria estar abrigando iniciativas como estas nos seus mais altos escalões que
só aumentam as expectativas palestinas para níveis impraticáveis e irrealistas.
De fato, no começo do mês, o
embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, publicamente condenou estas agências,
especialmente a UNRWA, dizendo que elas “alimentam promessas falsas e legitimam
mitos perigosos”. O pior é que elas perpetuam o problema dos refugiados.
Prosor disse que ouviu inúmeras
vezes que os assentamentos são o maior obstáculo para a paz quando o chamado
“direito de retorno” que procura inundar Israel com milhões de supostos
refugiados é o que emperra as negociações. Este “direito de retorno”, sinônimo
para a destruição de Israel.
Através da UNRWA, a ONU
alimenta esta fantasia contida nos livros e textos escolares, nas colônias de
férias e nos programas para crianças palestinas na televisão e outros veículos
de mídia.
É importante saber que se a
UNRWA foi criada em 1949, em 1965 ela removeu seu objetivo de reinstalar os
palestinos refugiados. Isto criou uma classe de refugiados só aplicável para os
palestinos. Nenhum outro povo, que se fixou em outros países continua a ter
seus filhos, netos, bisnetos registrados como refugiados. Se assim fosse, toda
a colonia judaica no Brasil hoje seria de refugiados!
Os 28 mil que trabalham para a
UNRWA têm interesse em perpetuar o problema em vez de resolve-lo. Aqueles que
dão dinheiro para estas agências têm que repensar se é de seu interesse
continuar enviando centenas de milhões de dólares para manter esta ficção.
Outra consequência importante é
que se a UNRWA se encarrega da educação, alimentação e vestimenta dos
palestinos, a Autoridade Palestina não precisa se incomodar. No mês passado
houve uma greve de um mês do pessoal da UNRWA e os palestinos tiveram que sair
para a quebradeira pois os serviços básicos cessaram.
Quase 2 milhões de chamados
refugiados palestinos moram na Judeia e Samária. Você pensaria que a Autoridade
Palestina teria que assumir alguma responsabilidade por eles. Em vez disso, ela
se contenta em usar esta população como peão em seu jogo político em vez de
criar um futuro melhor para ela.
A coisa está tão fora de
controle que palestinos com nacionalidade e passaporte jordaniano, mantêm seu
status de refugiados e recebem “ajuda” da UNRWA. Não há qualquer precedente ou
paralelo na história da humanidade para isso. A comunidade internacional
escolheu manter esta população de refugiados até que a Assembléia Geral decida
que o conflito entre Israel e os árabes está resolvido de modo satisfatório
para ela. Só então a UNRWA cessará de existir.
Nós sabemos quando isso irá
acontecer… Nunca.
A mentalidade da Nakba (da
catastrophe da criação do estado de Israel) está plantada dentro da cabeça
destes refugiados e do resto dos palestinos. A incitação, as mentiras e as
falsas esperanças continuam a dominar as manchetes e suas vidas.
A mesma incitação ao ódio que
permea os sites e canais jihadistas convencendo até ocidentais a perpetrarem
crimes hediondos. Esta semana um ataque suicida na Síria foi cometido por um
americano que cresceu na Flórida. Hoje acordamos com a notícia de que o
terrorista do Museu Judaico na Bélgica fora apreendido. Mehdi Namush, um
cidadão francês também lutou na Síria e agora trouxe seu jihad para a Europa.
85% do dinheiro da UNRWA vem
dos países do ocidente mas infelizmente o politicalismo correto paralisa seu
desejo de investigar e agir. É um erro crasso para os Estados Unidos e a Europa
aceitarem negociar com o Hamas mesmo indiretamente. Não há negociação com o
Hamas. Na verdade, não houve muita negociação com a Autoridade Palestina
tampouco, e tanto um como o outro têm que entender que numa negociação é isso:
você não leva tudo o que quer.
Enquanto a comunidade
internacional continuar cegamente a bater na mesma tecla do unilateralismo
palestino, a paz não aparecerá tão logo no horizonte e não chegará nenhum dia
mais cedo.
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