No seu último discurso na ONU, o presidente
Obama enfatizou mais de uma vez que o ocidente não está em guerra com o
islamismo. Que a América nunca declararia guerra ao Islamismo. Isso como se dependesse
dele ou dos Estados Unidos declararem guerra a uma religião para que ela existisse.
O que Obama não levou em conta foi a
declaração de guerra do islamismo contra o ocidente, contra o cristianismo, e
não precisamos nem falar do judaísmo. Para o Estado Islâmico membros de outras
religiões como o budismo, xintoísmo, zoroastrismo, religiões africanas são
todos pagãos, a serem convertidos, mortos ou escravizados.
O sucesso do Estado Islâmico até agora se
deveu às suas estratégias de recrutamento, usando a internet, efeitos visuais,
promessas de recompensas, além dos sucessos militares. Hoje o Estado Islâmico
domina uma região maior que a Bélgica, rica em petróleo e seus terroristas
estão às portas da capital do Iraque - Bagdá.
A capa da última edição da revista Dabiq, trás
uma foto do Vaticano com a bandeira negra hasteada na Praça de São Pedro. No
artigo, em inglês, o Estado Islâmico declara que não descansará até que isso
aconteça. Na mesma edição eles trazem um artigo defendendo a escravidão especialmente
das mulheres Yazidis do Iraque.
Em toda a revista, Israel não é mencionada.
O Estado judeu, para eles é somente um pequeno obstáculo que deverá ser
eliminado sem muito esforço. Seu objetivo é a dominação do mundo e a imposição de
um califado global aonde a humanidade inteira se tornará muçulmana. Os judeus e
cristãos que recusarem a conversão viverão como cidadãos de segunda classe
pagando tributo e se não puderem, serão escravizados ou mortos.
Em nenhum momento o Estado Islâmico invocou
o problema palestino ou a libertação da palestina. Como disse, seu foco é a
Europa, os Estados Unidos e o resto do mundo livre.
Por isso, foi chocante ouvir o Secretário
de Estado americano nesta quinta-feira, numa celebração do festival muçulmano
de Eid Al Adha, dizer que um acordo de paz entre Israel e os palestinos é vital
para derrotar o Estado Islâmico. Kerry disse que ele viajou extensivamente do
Oriente Médio e no curso das discussões sobre a coalisão americana contra o
grupo terrorista, “não houve um líder que não levantou, espontaneamente, a
necessidade de um acordo de paz entre Israel e os palestinos porque essa é a
causa do recrutamento e do ódio e da agitação nas ruas”.
Kerry foi mais além dizendo que “as pessoas
precisam entender a ligação entre a causa palestina e o ISIS. E tem a ver com humilhação
e negação e a ausência de dignidade”. Kerry se referiu à humilhação imposta aos
palestinos que são árabes muçulmanos pelos israelenses judeus.
Ainda vamos ver os judeus culpados pela
Ebola e o Aquecimento Global.
Este é mais um exemplo da ignorância e amadorismo
que permeia esta administração americana.
A controle parcial de Israel sobre a Judéia
e Samaria, é isto o que leva milhares de jovens europeus e americanos a se
juntarem ao Estado Islâmico?
A que humilhação Kerry está se referindo? Aos
ganhos de Israel em 1967 ou o fato de que desde a criação do Estado judeu os
árabes não conseguiram ganhar uma guerra?
Que humilhação tinham sofrido os árabes em
1929 quando saíram às ruas e massacraram mais de uma centena de judeus em
Hebron e Safed? Ou entre1936 e 1939 quando se revoltaram e sistematicamente atacaram
judeus? Que humilhação poderia ter dado a idéia a Yasser Arafat, um egípcio,
criar a OLP em 1964, três anos antes de qualquer “ocupação” israelense na
Judéia, Samaria ou Gaza?
Infelizmente, as declarações de Kerry são
apenas um sintoma de um mal muito maior. O antissemitismo mais uma vez permeia
o mundo, às vezes direcionado aos judeus, mas muito mais politicamente correto
hoje, direcionado a Israel.
A Suécia, que até alguns anos atrás era o
bastião da neutralidade e racionalidade, decidiu jogar os Acordos de Oslo no
lixo. Não é mais necessário negociar, pois os suecos decidiram reconhecer o
estado palestino. É claro que esta declaração não foi para realmente ter qualquer
impacto no Oriente Médio. O novo primeiro ministro sueco herdou problemas
econômicos homéricos, devidos à política liberal de imigração que a Suécia defende.
Há dez anos, havia menos de 100 mil muçulmanos no país, hoje há mais de 500
mil. Cidades inteiras, como o porto de Malmo, foram assoladas por muçulmanos
que impuseram sua lei e a polícia nem mais entra no lugar. Está claro que esta
declaração foi para apaziguar os novos “suecos” e desviar a atenção do
eleitorado aos problemas reais que o país está sofrendo.
Em seus passos seguiu a Inglaterra. Mais
uma vez, o voto no parlamento inglês reconhecendo o Estado Palestino não deve
ter qualquer consequência real, nem na região nem para o governo inglês. Mas é
mais um passo em direção a deslegitimar o Estado judeu e avançar a causa antissemita.
Esta causa também foi abraçada pela mídia. O
jornal The New York Times, em um editorial na semana passada disse que o
voto britânico mostra a “falta de paciência da Europa com as políticas
israelenses”.
Mais uma vez, como se a decisão de paz
dependesse somente do Estado Judeu. O raciocínio é que todo o conflito resta
sobre as terras “ocupadas” por Israel em 1967. Assim, se Israel se retirar para
as linhas de armistício de 1949 haverá a paz. Só que este raciocínio está
completamente errado.
Primeiro, o partido palestino com maior
apoio popular, o Hamas, rejeita qualquer noção da existência de Israel. Em 2000
com Barak, e mais tarde com Olmert, Israel ofereceu dar aos palestinos 97% do
território em questão e os outros 3% em trocas de terras. Ambas as ofertas
foram rejeitadas.
Atos de terrorismo então se tornam
justificáveis. O aclamado “moderado” Mahmoud Abbas glorifica terroristas,
incita os palestinos à violência e rejeita a soberania de Israel sobre cidades
como Tel Aviv, Haifa e Acco. Neste final de semana ele disse que proibiria a
presença de qualquer israelense no Monte do Templo para não “impurificar” o
local.
O que é isso se não antissemitismo?
Quando Israel tenta se defender dos mísseis
do Hamas bloqueando material de construção, é acusada de “ocupar” Gaza e quando
se defende dos milhares de mísseis lançados sobre seus civis é acusada de
cometer “crimes de guerra”.
A verdade é que se os palestinos apoiassem
líderes voltados para a construção e não para a guerra; se tivessem exigido o
fim da corrupção e dos grupos terroristas; se quisessem realmente criar
instituições e infraestrutura para um estado em vez de adquirirem armas e continuarem
sua auto vitimização, a paz teria sido feita há muito tempo atrás.
Ao apoiar o reconhecimento da Palestina sem
negociação, a Inglaterra, a Suécia e a mídia, estão ignorando tudo isso. Eles preferem
culpar injustamente Israel pelo conflito e fechar os olhos para os palestinos
que continuam a perpetuá-lo.
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