Monday, October 20, 2014

Kerry e a Mentirosa Ligação entre o Estado Islâmico e Israel

No seu último discurso na ONU, o presidente Obama enfatizou mais de uma vez que o ocidente não está em guerra com o islamismo. Que a América nunca declararia guerra ao Islamismo. Isso como se dependesse dele ou dos Estados Unidos declararem guerra a uma religião para que ela existisse.

O que Obama não levou em conta foi a declaração de guerra do islamismo contra o ocidente, contra o cristianismo, e não precisamos nem falar do judaísmo. Para o Estado Islâmico membros de outras religiões como o budismo, xintoísmo, zoroastrismo, religiões africanas são todos pagãos, a serem convertidos, mortos ou escravizados.

O sucesso do Estado Islâmico até agora se deveu às suas estratégias de recrutamento, usando a internet, efeitos visuais, promessas de recompensas, além dos sucessos militares. Hoje o Estado Islâmico domina uma região maior que a Bélgica, rica em petróleo e seus terroristas estão às portas da capital do Iraque - Bagdá.

A capa da última edição da revista Dabiq, trás uma foto do Vaticano com a bandeira negra hasteada na Praça de São Pedro. No artigo, em inglês, o Estado Islâmico declara que não descansará até que isso aconteça. Na mesma edição eles trazem um artigo defendendo a escravidão especialmente das mulheres Yazidis do Iraque.

Em toda a revista, Israel não é mencionada. O Estado judeu, para eles é somente um pequeno obstáculo que deverá ser eliminado sem muito esforço. Seu objetivo é a dominação do mundo e a imposição de um califado global aonde a humanidade inteira se tornará muçulmana. Os judeus e cristãos que recusarem a conversão viverão como cidadãos de segunda classe pagando tributo e se não puderem, serão escravizados ou mortos.

Em nenhum momento o Estado Islâmico invocou o problema palestino ou a libertação da palestina. Como disse, seu foco é a Europa, os Estados Unidos e o resto do mundo livre.

Por isso, foi chocante ouvir o Secretário de Estado americano nesta quinta-feira, numa celebração do festival muçulmano de Eid Al Adha, dizer que um acordo de paz entre Israel e os palestinos é vital para derrotar o Estado Islâmico. Kerry disse que ele viajou extensivamente do Oriente Médio e no curso das discussões sobre a coalisão americana contra o grupo terrorista, “não houve um líder que não levantou, espontaneamente, a necessidade de um acordo de paz entre Israel e os palestinos porque essa é a causa do recrutamento e do ódio e da agitação nas ruas”.

Kerry foi mais além dizendo que “as pessoas precisam entender a ligação entre a causa palestina e o ISIS. E tem a ver com humilhação e negação e a ausência de dignidade”. Kerry se referiu à humilhação imposta aos palestinos que são árabes muçulmanos pelos israelenses judeus.

Ainda vamos ver os judeus culpados pela Ebola e o Aquecimento Global.

Este é mais um exemplo da ignorância e amadorismo que permeia esta administração americana.

A controle parcial de Israel sobre a Judéia e Samaria, é isto o que leva milhares de jovens europeus e americanos a se juntarem ao Estado Islâmico?

A que humilhação Kerry está se referindo? Aos ganhos de Israel em 1967 ou o fato de que desde a criação do Estado judeu os árabes não conseguiram ganhar uma guerra?

Que humilhação tinham sofrido os árabes em 1929 quando saíram às ruas e massacraram mais de uma centena de judeus em Hebron e Safed? Ou entre1936 e 1939 quando se revoltaram e sistematicamente atacaram judeus? Que humilhação poderia ter dado a idéia a Yasser Arafat, um egípcio, criar a OLP em 1964, três anos antes de qualquer “ocupação” israelense na Judéia, Samaria ou Gaza?

Infelizmente, as declarações de Kerry são apenas um sintoma de um mal muito maior. O antissemitismo mais uma vez permeia o mundo, às vezes direcionado aos judeus, mas muito mais politicamente correto hoje, direcionado a Israel.

A Suécia, que até alguns anos atrás era o bastião da neutralidade e racionalidade, decidiu jogar os Acordos de Oslo no lixo. Não é mais necessário negociar, pois os suecos decidiram reconhecer o estado palestino. É claro que esta declaração não foi para realmente ter qualquer impacto no Oriente Médio. O novo primeiro ministro sueco herdou problemas econômicos homéricos, devidos à política liberal de imigração que a Suécia defende. Há dez anos, havia menos de 100 mil muçulmanos no país, hoje há mais de 500 mil. Cidades inteiras, como o porto de Malmo, foram assoladas por muçulmanos que impuseram sua lei e a polícia nem mais entra no lugar. Está claro que esta declaração foi para apaziguar os novos “suecos” e desviar a atenção do eleitorado aos problemas reais que o país está sofrendo.

Em seus passos seguiu a Inglaterra. Mais uma vez, o voto no parlamento inglês reconhecendo o Estado Palestino não deve ter qualquer consequência real, nem na região nem para o governo inglês. Mas é mais um passo em direção a deslegitimar o Estado judeu e avançar a causa antissemita.

Esta causa também foi abraçada pela mídia. O jornal The New York Times, em um editorial na semana passada disse que o voto britânico mostra a “falta de paciência da Europa com as políticas israelenses”.

Mais uma vez, como se a decisão de paz dependesse somente do Estado Judeu. O raciocínio é que todo o conflito resta sobre as terras “ocupadas” por Israel em 1967. Assim, se Israel se retirar para as linhas de armistício de 1949 haverá a paz. Só que este raciocínio está completamente errado.

Primeiro, o partido palestino com maior apoio popular, o Hamas, rejeita qualquer noção da existência de Israel. Em 2000 com Barak, e mais tarde com Olmert, Israel ofereceu dar aos palestinos 97% do território em questão e os outros 3% em trocas de terras. Ambas as ofertas foram rejeitadas.

Atos de terrorismo então se tornam justificáveis. O aclamado “moderado” Mahmoud Abbas glorifica terroristas, incita os palestinos à violência e rejeita a soberania de Israel sobre cidades como Tel Aviv, Haifa e Acco. Neste final de semana ele disse que proibiria a presença de qualquer israelense no Monte do Templo para não “impurificar” o local.

O que é isso se não antissemitismo?

Quando Israel tenta se defender dos mísseis do Hamas bloqueando material de construção, é acusada de “ocupar” Gaza e quando se defende dos milhares de mísseis lançados sobre seus civis é acusada de cometer “crimes de guerra”.

A verdade é que se os palestinos apoiassem líderes voltados para a construção e não para a guerra; se tivessem exigido o fim da corrupção e dos grupos terroristas; se quisessem realmente criar instituições e infraestrutura para um estado em vez de adquirirem armas e continuarem sua auto vitimização, a paz teria sido feita há muito tempo atrás.


Ao apoiar o reconhecimento da Palestina sem negociação, a Inglaterra, a Suécia e a mídia, estão ignorando tudo isso. Eles preferem culpar injustamente Israel pelo conflito e fechar os olhos para os palestinos que continuam a perpetuá-lo.


No comments:

Post a Comment