A ameaça de suspensão de
Israel da FIFA na sexta-feira passada foi contornada. O ministro de esportes
palestino Jibril Rajoub retirou seu pedido de expulsão de Israel evitando uma
crise que iria embrulhar desastradamente mais uma vez, esportes e politica.
Em 1980, o então presidente
americano Jimmy Carter, decidiu boicotar as Olimpíadas de Moscou, pela invasão
ao Afeganistão. Quatro anos depois, foi a vez dos soviéticos boicotarem a
Olimpíada de Los Angeles. O que isto trouxe para a política e para os esportes?
somente atletas frustrados, muitos dos quais tiveram tirados de suas mãos sua
última oportunidade de participar do maior evento esportivo do mundo.
Nunca é bom misturar esporte com
a política do país aonde estes atletas nasceram ou vivem. Competições deveriam
ser somente um reflexo da qualificação e treinamento de cada atleta. A única
vez que um país foi proibido de participar em eventos esportivos foi o governo
de apartheid da Africa do Sul que rejeitou enviar times mistos de atletas
brancos e negros.
No caso dos palestinos, este
pedido de expulsão ou suspensão de Israel da FIFA, foi mais uma vergonhosa tentativa
do governo de Abbas de deslegitimar Israel por supostos “crimes” que não
existem e mais mentiras para o mundo. Apesar de não sabermos o que realmente
aconteceu para que Rajoub retirasse seu pedido, podemos especular que a
Autoridade Palestina, e ele pessoalmente, têm muito o que responder sobre o uso
de esportes para incitar o ódio e promover o terrorismo contra Israel.
A Autoridade Palestina usa
esportes para educar as crianças palestinas que o terrorismo contra civis é uma
“resistência” heroica. Tanto a Autoridade como a Fatah rotineiramente
homenageiam assassinos com torneios, inclusive os piores ataques da história de
Israel. No ano passado, um campeonato de futebol foi nomeado “Torneio Martir
Abu Sukkar”. Este indivíduo detonou uma geladeira em 1975 matando 15 pessoas e
ferindo 60. Até agora, neste ano, houveram 10 torneios patrocinados pela
Autoridade Palestina com nomes de terroristas. Em Janeiro último, os palestinos
patrocinaram um “festival esportivo” chamado “Martir Raed Al-Karmi e Martir
Dalal Mughrabi”. Karmi foi responsável pelo assassinato de nove israelenses
enquanto Mughrabi liderou o ataque mais letal da história de Israel no qual 38
civis foram mortos incluindo 13 crianças.
Além deste uso deplorável dos
esportes para glorificar terroristas, a Autoridade Palestina usa eventos
esportivos para criminalizar qualquer evento esportivo usado como uma ponte
para paz. Um dos princípios do esporte internacional é que esportes devem ser
uma ponte de harmonia entre os povos. O Centro para Paz de Shimon Peres tem
organizado e promovido eventos esportivos conjuntos entre israelenses e
palestinos por anos. Mas a Autoridade Palestina absolutamente condena estes
eventos como uma tentativa de “normalização” de relação e ameaça processar
atletas palestinos que participam deles.
Depois da Guerra contra Gaza
no ano passado, a Agência France - Presse publicou uma reportagem sobre um
torneio em que “crianças palestinas e israelenses jogaram partidas amistosas
organizadas pelo Centro Peres. O evento foi um tremendo sucesso conseguindo
construir uma verdadeira ponte entre os dois povos”. A resposta palestina foi
uma denuncia de um membro do Comitê Olímpico Palestino. Abd Al-Salam Haniyeh, um parente do ditador de
Gaza, rotulou o evento de “crime contra a pátria e um ato imoral” . Haniyeh disse
que estas partidas eram completamente inaceitáveis para a comunidade esportiva,
o Comitê Olímpico, o Conselho Supremo para Esportes e Juventude e para a
Associação Palestina de Futebol. Haniyeh exigiu que Jibril Rajoub imediatamente
interrogasse os palestinos envolvidos na organização destes jogos e os processasse
por traição” (!!!).
Três dias depois, Rajoub
perversamente condenou as partidas de futebol para trazer a paz. Ele colocou em
sua página pessoal no Facebook que “qualquer atividade de normalização em
eventos esportivos com o inimigo Sionista é um crime contra a humanidade!!!!!! [Kooora.com, Palestinian sports site, and Jibril
Rajoub's official Facebook page, Sept. 6, 2014]
Isto não é novo de Rajoub. Em
2013 ele ameaçou despedir qualquer membro do time de futebol palestino que
participasse de atividades com israelenses. [Official
PA TV, July 1, 2013]
Ele ainda reiterou que "o
termo normalização não existe no dicionário palestino" [Official PA daily,
Al-Hayat Al-Jadida, May 18, 2012]
Assim, Jibril Rajoub, Chefe do
Comitê Olimpíco palestino, é o mesmo homem atrás da proibição de usar esportes
para construir a paz – um princípio básico das Olimpíadas e da FIFA. Na
declaração de sua missão, entre outros, a FIFA diz que quer melhorar o jogo de
futebol e promove-lo no mundo por seus valores humanitários, culturais,
educacionais e de união, particularmente entre os jovens'"
Mas a coisa com Rajoub vai
mais longe. Ele, presidente da Associação palestina de futebol e
vice-secretário da Fatah, é a pessoa que promoveu o Torneio Dalal Mugrabi de Tenis
de Mesa. Na abertura, Rajoub lembrou os atos gloriosos da heroina e martir
Dalal Mugrabe que como lembro, incluiram matar 13 crianças entre 38 civis que
estavam num ônibus. [Official PA daily,
Al-Hayat Al-Jadida, Oct. 1, 2013]
Rajoub falou em 2013 para a tv
libanesa, que os palestinos “não tem ainda uma arma nuclear mas eu juro que se
tivessemos, já a teriamos usado." [Al-Mayadeen (Lebanon), April 30,
2013]
Rajoub não tem qualquer
vergonha de expressar seu antissemitismo dizendo que nunca haverá uma
normalização com Israel. Ele disse que se pudesse, “traria membros do comitê
executivo palestino por helicópteros para não ver nenhum judeu, nenhum satã e
nenhum sionista filho da _X__”. [Official PA TV, May 17, 2012]
Uma outra afronta ao esporte
internacional é a glorificação pela Autoridade Palestina do massacre dos
israelenses na olimpíada de Munique em 1972.
Mahmoud Abbas disse sobre um
dos terroristas chamado Abu Daoud:
"Ele esteve na frente de
todas as batalhas. Que irmão maravilhoso, companheiro, duro e teirmoso. Um lutador incansável.." [Official PA daily,
Al-Hayat Al-Jadida, July 4, 2010]
Recentemente,
Abbas e o movimento da Fatah honraram estes terroristas de Munique. Em seu discurso,
Abbas disse que o Comitê Central palestino comemorava o 42º aniversário do martírio
dos comandantes de Munique enfatizando sua lealdade e prometendo que os
palestinos continuariam em seus passos.
[Official PA daily, Al-Hayat
Al-Jadida, April 20, 2015]
A conclusão é que os
palestinos e principalmente Jibril Rajoub continuamente desrespeitam os valores
básicos do esporte internacional. Eles usam os esportes para glorificar o
assassinato de civis e os proíbem para construir a paz.
Em vista disto, a FIFA deveria
de fato, considerar suspender a Autoridade Palestina até ela parar de nomear
torneios de futebol em homenagem a assassinos, publicamente parar de honrar os
terroristas que perpetraram Munique e cortar as relações com Rajoub até ele
retirar suas declarações conclamando o povo palestino a chacinar e dizimar israelenses.
Este sim seria um passo positivo para a FIFA e para o esporte internacional.
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