Friday, June 5, 2015

A FIFA, os Palestinos e o Uso do Esporte para o Terror - 31/05/2015

A ameaça de suspensão de Israel da FIFA na sexta-feira passada foi contornada. O ministro de esportes palestino Jibril Rajoub retirou seu pedido de expulsão de Israel evitando uma crise que iria embrulhar desastradamente mais uma vez, esportes e politica.

Em 1980, o então presidente americano Jimmy Carter, decidiu boicotar as Olimpíadas de Moscou, pela invasão ao Afeganistão. Quatro anos depois, foi a vez dos soviéticos boicotarem a Olimpíada de Los Angeles. O que isto trouxe para a política e para os esportes? somente atletas frustrados, muitos dos quais tiveram tirados de suas mãos sua última oportunidade de participar do maior evento esportivo do mundo.

Nunca é bom misturar esporte com a política do país aonde estes atletas nasceram ou vivem. Competições deveriam ser somente um reflexo da qualificação e treinamento de cada atleta. A única vez que um país foi proibido de participar em eventos esportivos foi o governo de apartheid da Africa do Sul que rejeitou enviar times mistos de atletas brancos e negros. 

No caso dos palestinos, este pedido de expulsão ou suspensão de Israel da FIFA, foi mais uma vergonhosa tentativa do governo de Abbas de deslegitimar Israel por supostos “crimes” que não existem e mais mentiras para o mundo. Apesar de não sabermos o que realmente aconteceu para que Rajoub retirasse seu pedido, podemos especular que a Autoridade Palestina, e ele pessoalmente, têm muito o que responder sobre o uso de esportes para incitar o ódio e promover o terrorismo contra Israel.

A Autoridade Palestina usa esportes para educar as crianças palestinas que o terrorismo contra civis é uma “resistência” heroica. Tanto a Autoridade como a Fatah rotineiramente homenageiam assassinos com torneios, inclusive os piores ataques da história de Israel. No ano passado, um campeonato de futebol foi nomeado “Torneio Martir Abu Sukkar”. Este indivíduo detonou uma geladeira em 1975 matando 15 pessoas e ferindo 60. Até agora, neste ano, houveram 10 torneios patrocinados pela Autoridade Palestina com nomes de terroristas. Em Janeiro último, os palestinos patrocinaram um “festival esportivo” chamado “Martir Raed Al-Karmi e Martir Dalal Mughrabi”. Karmi foi responsável pelo assassinato de nove israelenses enquanto Mughrabi liderou o ataque mais letal da história de Israel no qual 38 civis foram mortos incluindo 13 crianças.

Além deste uso deplorável dos esportes para glorificar terroristas, a Autoridade Palestina usa eventos esportivos para criminalizar qualquer evento esportivo usado como uma ponte para paz. Um dos princípios do esporte internacional é que esportes devem ser uma ponte de harmonia entre os povos. O Centro para Paz de Shimon Peres tem organizado e promovido eventos esportivos conjuntos entre israelenses e palestinos por anos. Mas a Autoridade Palestina absolutamente condena estes eventos como uma tentativa de “normalização” de relação e ameaça processar atletas palestinos que participam deles.

Depois da Guerra contra Gaza no ano passado, a Agência France - Presse publicou uma reportagem sobre um torneio em que “crianças palestinas e israelenses jogaram partidas amistosas organizadas pelo Centro Peres. O evento foi um tremendo sucesso conseguindo construir uma verdadeira ponte entre os dois povos”. A resposta palestina foi uma denuncia de um membro do Comitê Olímpico Palestino.  Abd Al-Salam Haniyeh, um parente do ditador de Gaza, rotulou o evento de “crime contra a pátria e um ato imoral” . Haniyeh disse que estas partidas eram completamente inaceitáveis para a comunidade esportiva, o Comitê Olímpico, o Conselho Supremo para Esportes e Juventude e para a Associação Palestina de Futebol. Haniyeh exigiu que Jibril Rajoub imediatamente interrogasse os palestinos envolvidos na organização destes jogos e os processasse por traição” (!!!).

Três dias depois, Rajoub perversamente condenou as partidas de futebol para trazer a paz. Ele colocou em sua página pessoal no Facebook que “qualquer atividade de normalização em eventos esportivos com o inimigo Sionista é um crime contra a humanidade!!!!!! [Kooora.com, Palestinian sports site, and Jibril Rajoub's official Facebook page, Sept. 6, 2014]

Isto não é novo de Rajoub. Em 2013 ele ameaçou despedir qualquer membro do time de futebol palestino que participasse de atividades com israelenses. [Official PA TV, July 1, 2013]

Ele ainda reiterou que "o termo normalização não existe no dicionário palestino" [Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, May 18, 2012]

Assim, Jibril Rajoub, Chefe do Comitê Olimpíco palestino, é o mesmo homem atrás da proibição de usar esportes para construir a paz – um princípio básico das Olimpíadas e da FIFA. Na declaração de sua missão, entre outros, a FIFA diz que quer melhorar o jogo de futebol e promove-lo no mundo por seus valores humanitários, culturais, educacionais e de união, particularmente entre os jovens'"

Mas a coisa com Rajoub vai mais longe. Ele, presidente da Associação palestina de futebol e vice-secretário da Fatah, é a pessoa que promoveu o Torneio Dalal Mugrabi de Tenis de Mesa. Na abertura, Rajoub lembrou os atos gloriosos da heroina e martir Dalal Mugrabe que como lembro, incluiram matar 13 crianças entre 38 civis que estavam num ônibus.  [Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, Oct. 1, 2013]

Rajoub falou em 2013 para a tv libanesa, que os palestinos “não tem ainda uma arma nuclear mas eu juro que se tivessemos, já a teriamos usado." [Al-Mayadeen (Lebanon), April 30, 2013]  

Rajoub não tem qualquer vergonha de expressar seu antissemitismo dizendo que nunca haverá uma normalização com Israel. Ele disse que se pudesse, “traria membros do comitê executivo palestino por helicópteros para não ver nenhum judeu, nenhum satã e nenhum sionista filho da _X__”. [Official PA TV, May 17, 2012]   

Uma outra afronta ao esporte internacional é a glorificação pela Autoridade Palestina do massacre dos israelenses na olimpíada de Munique em 1972.

Mahmoud Abbas disse sobre um dos terroristas chamado Abu Daoud:
"Ele esteve na frente de todas as batalhas. Que irmão maravilhoso, companheiro, duro e teirmoso. Um lutador incansável.." [Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, July 4, 2010]

Recentemente, Abbas e o movimento da Fatah honraram estes terroristas de Munique. Em seu discurso, Abbas disse que o Comitê Central palestino comemorava o 42º aniversário do martírio dos comandantes de Munique enfatizando sua lealdade e prometendo que os palestinos continuariam em seus passos.
[Official PA daily, Al-Hayat Al-Jadida, April 20, 2015]

A conclusão é que os palestinos e principalmente Jibril Rajoub continuamente desrespeitam os valores básicos do esporte internacional. Eles usam os esportes para glorificar o assassinato de civis e os proíbem para construir a paz.

Em vista disto, a FIFA deveria de fato, considerar suspender a Autoridade Palestina até ela parar de nomear torneios de futebol em homenagem a assassinos, publicamente parar de honrar os terroristas que perpetraram Munique e cortar as relações com Rajoub até ele retirar suas declarações conclamando o povo palestino a chacinar e dizimar israelenses. Este sim seria um passo positivo para a FIFA e para o esporte internacional.




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