O Estado Islâmico chegou na América. O exército já elevou o nível de
alerta no país.
Numa declaração dramática sobre a ameaça do Estado Islâmico ao país, o
Diretor do FBI James Corney disse que há centenas, talvez milhares de pessoas
em todo o país recebendo ofertas de recrutamento ou instruções para atacar os
Estados Unidos pela internet. Ele disse que é “como um diabo sentado no ombro
deles dizendo mate, mate, mate!”
Este recrutamento via mídia social não é novidade. O governo americano
reconheceu que as técnicas do Estado Islâmico são mais avançadas que os
protocolos usados para identificar e prender os recrutadores. Eles usam
tweeter, instagram, facebook, salas de chat e as autoridades ainda debatem a
legitimidade de ouvir ligações telefônicas.
Esta revelação do FBI foi em decorrência da tentativa de ataque
terrorista a uma competição promovida pela Iniciativa de Defesa da Liberdade na
América, um grupo que advoga a liberdade de expressão. A competição era para o
melhor desenho sobre o profeta da religião islâmica. Mais de 50 pessoas estavam
na sala de convenções da cidade de Garland no Texas. Os terroristas viajaram
mais de 15 horas de carro do Estado do Arizona para levar a cabo o atentado que
foi evitado por um policial que matou os dois terroristas.
Pamela Geller, uma das fundadoras da Iniciativa, foi rotulada de
islamofoba e de promover o ódio a muçulmanos. A grande maioria dos veículos de mídia
no ocidente, que existe somente por causa da liberdade de expressão,
surpreendentemente, culpou-a como provocadora do ataque em vez de castigar os
terroristas que queriam fazer um massacre. Quase sem exceção nenhum veículo de
mídia mostrou os cartoons, parte da competição, enegrecendo as imagens, mesmo quando
apareciam no fundo das fotos posteriores ao ataque. Muito bizarro.
Geller estava preparada para um ataque, tanto que contratou segurança
extra para o evento. Mas o que este ataque provocou foi um debate sobre os
direitos da primeira emenda da Constituição americana que garante a liberdade
de expressão. Na semana passada, a comédia semanal Saturday Night Live, teve um
quadro cômico sobre uma competição em que os atores tinham que desenhar Maomé.
Todos se recusaram a desenha-lo satirizando a censura auto imposta que estamos
passando.
Quando entrevistada pelos vários canais de televisão e rádio, Pamela
Geller disse que a competição foi em resposta a um outro evento, organizado por
muçulmanos nos dias seguintes ao massacre do jornal francês Charlie Hebdo no
mesmo centro de convenções que justificaram os ataques na França.
O que a grande mídia não está vendo é que esta auto-censura, para não
“insultar” ou “ofender” muçulmanos, não tem limites.
Desde 1997, motoristas de taxi muçulmanos em todos os Estados Unidos e
Canadá se recusam a levar cachorros em seus carros dizendo que a saliva do
animal os “impurifica” para rezar. Isto inclui pessoas cegas e com outras
deficiências que precisam do animal para se locomover. Os taxistas citam o
Ayatollah Hassani que declarou que possuir cachorros é uma depravação moral e a
Arábia Saudita que baniu os animais das cidades de Meca e Medina. Estou falando
de dezenas de casos em que passageiros simplesmente tiveram que esperar outro
taxi. Mas numa cidade como Minneapolis em que 75% dos taxistas são muçulmanos,
fica impossível para um cego usar este meio de transporte.
Ainda, passageiros muçulmanos em aeroportos se dizem “ofendidos”(!) por
policiais que passeiam com cachorros que cheiram as malas atrás de drogas.
Em 2006, falei neste programa sobre uma greve de taxistas que resolveram
recusar transportar passageiros que tivessem qualquer álcool em suas malas ou
nas mãos.
Na época perguntei, se as autoridades resolvessem acomodar os taxistas,
o que viria depois? Eles poderiam
recusar levar mulheres que não estivessem totalmente cobertas, ou recusar levar
mulheres desacompanhadas, ou casais que não fossem legalmente casados.
Estamos na América! Este é o país aonde milhares de imigrantes
procuraram refúgio precisamente em busca de liberdade de culto, de expressão,
de opinião. Nos Estados Unidos o direito de insultar, de ofender, de dizer o
que lhe vem à cabeça, desde que não seja gritar “fogo” num teatro cheio, é
sagrado. A loucura é que muitos destes muçulmanos americanos chegaram ao país
como refugiados, fugindo da opressão em seus países, e agora querem impor esta
opressão na América. Este é precisamente o caso dos irmãos Tsarnaev, que
perpetraram o ataque à Maratona de Boston.
Numa entrevista com um Imã de Londres, Anjem Choudary, ele foi claro ao
dizer que Jesus e Moisés são profetas do Islão e também estamos proibidos de
desenha-los. Para ele a imagem de Jesus deveria ser retirada de todas as
igrejas! Se não dermos um basta agora, aonde iremos parar?
Foram-se os cartoons de Moisés com as tábuas da lei perguntando para um
passante, o caminho da Terra Prometida.
Se alguém estiver sorrindo agora, saiba que infelizmente não estamos
longe disso. Na semana passada, os editores do jornal Charlie Hebdo ganharam o
prestigioso prêmio da Coragem da Liberdade de Expressão do Instituto literário PEN
América. Mas 140 escritores de renome, entre eles Francine Prose e Michael
Ondaatje, protestaram o prêmio pois o jornal é “ofensivo”.
A que ficou reduzido o direito de expressão?? A mídia histérica
defendendo os terroristas e culpando Geller e os participantes do concurso por
provocarem o ataque! Seria o mesmo que culpar Martin Luther King pelo
quebra-quebra ocorrido em Selma, quando os negros americanos marcharam pelo
direito ao voto sem restrições. Foi esta coragem de levantar a voz que trouxe
as incontáveis mudanças para a comunidade afro-americana. Mas hoje, o Dr. King
seria acusado de “provocador”. A mídia o culparia pelos ferimentos e morte
gerados pelo confronto.
Foi a liberdade de expressão e de dizer, de debater, de protestar, de
ofender, que tornou os Estados Unidos o líder do mundo livre. E eu e a maioria
dos americanos não gostaríamos de viver em nenhum país aonde esta liberdade não
fosse completa e total porque a falta dela é o que define os países
totalitários e opressores.
Só como uma pequena informação, o ganhador da competição do cartoon de
Maomé, mereceu o prêmio. Seu desenho era o rosto do profeta brandindo uma
espada, dizendo “você não pode me desenhar”. E uma mão com um lápis dizendo “é
por isso que eu o desenho”. Duvido alguém achar isso ofensivo.
Há uma citação atribuída a Voltaire que viveu há 300 anos que diz:
“posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte, seu
direito de dize-lo”. Se não brandirmos esta bandeira agora, ela será usada para
amordaçar o que sobrar de nós e das gerações vindouras.
Gostaria de desejar a todos um Feliz Dia de Jerusalém, o dia da
reunificação da cidade sagrada que se tornou livre e aberta a todos há 48 atrás
para visitarem e rezarem a D-us. Não vamos esquecer isto quando há esforços trabalham
incessantemente para dividivi-la e proibi-la para os homens de consciência.
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