A visita do secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon ao
encontro dos Países Não-Alinhados em Teherã esta semana foi a cereja do bolo para
os iranianos. Além do secretário-geral, o Irã se vangloriou de ter sido honrado
com a presença de 2 reis, 27 presidentes, 7 primeiros-ministros e
representantes de mais de 100 países-membros e 17 países observadores.
Como seus líderes deixaram bem claro: o Irã está longe
de estar sendo ostracizado pelo mundo.
O fato do Irã ser o patrocinador líder do terrorismo
internacional, estar sofrendo sanções do Conselho de Segurança da ONU, estar ilegalmente
buscando armas nucleares ao mesmo tempo que recusa qualquer inspeção da Agência
Nuclear de Energia Atômica da ONU parece não ter qualquer relevância para Ban
Ki-Moon.
Nem mesmo o fato do Irã ter violado a Convenção contra
o Genocídio da ONU, estar enviando tropas, dinheiro e armas para que Bashar Assad
continue o massacre diário de seus cidadãos na Síria ou continue sua
perseguição aos cristãos, Bahai e outras minorias religiosas e use dos métodos
mais brutais para eliminar seus dissidentes foram considerados por estes líderes
na sua decisão de participar deste encontro.
Ban Ki-Moon e o resto dos participantes sabem disto.
Eles também sabem que o propósito deste encontro, nas próprias palavras de
Teherã, foi dar um tapa na cara dos Estados Unidos e o tiro de misericórdia no
sistema liberal-democrata. Mas ninguém se importa. Ahmadinejad foi eleito
secretário-geral da organização para os próximos 3 anos.
O Movimento dos Países Não-Alinhados foi criado em
1961 por países que não queriam se alinhar nem com os Estados Unidos, nem com a
União Soviética durante a guerra fria. Mas Cuba, um país satélite da União
Soviética foi aceito como membro de qualquer forma, assegurando a proteção dos
interesses do Kremlin em detrimento da América.
O colapso da União Soviética não provocou nenhuma
mudança na organização. Hoje, o Irã, a Venezuela e outros estados
anti-americanos e anti-democracia ditam sua agenda. Os países membros da
organização têm uma maioria automática na Assembléia Geral da ONU. No Conselho
de Segurança, países autocráticos como China e Russia têm o poder de veto.
Neste cenário, será que haverá um ponto no qual os
países democráticos irão concluir que as Nações Unidas se tornaram uma
organização incorrigível e irreversivelmente contaminada e hostil aos valores
de liberdade do Ocidente?
Vamos ver então as Agências da ONU. A mais infame de
todas é o Conselho de Direitos Humanos que não faz absolutamente nada
para promover direitos humanos e ao contrário, protege os piores violadores
enquanto se ocupa em atacar Israel e os Estados Unidos. Seu mais novo membro
será o Sudão, uma ditadura jihadista responsável pelo genocídio em Darfur.
E aí temos a UNESCO, a Agência de Cultura e Ciência da
ONU. Em março último, 33 dos 58 estados diretores anunciaram que irão premiar
Teodoro Obiang Nguema, o presidente da Guiné Equatorial, com $3 milhões de dólares.
Obiang tomou o poder através de um golpe em 1979 e com a ajuda das Nações
Unidas, se tornou o terceiro maior exportador de petróleo da África só que o
povo continua na miséria. O governo aplica um pouco mais que 0.5% de sua renda
na educação e há menos de um médico para cada 3 mil habitantes. O país tem mais de 22% de desempregados.
Contra outra agência da ONU, a WIPO que lida com
propriedade intellectual, há alegações que ela teria transferido tecnologia americana
tanto para o Irã como para a Coreia do Norte. Os responsáveis se recusam a
cooperar com a investigação aberta pelos Estados Unidos.
Vocês se lembram da investigação da ONU sobre
o assassinato do primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri? Um tempo enorme e um monte de dinheiro
foram gastos mas absolutamente ninguém foi levado a julgamento.
Sobre o Irã, nos últimos anos, o país dos Ayatollahs foi
nomeado membro para supervisionar a Conferência do Tratado de Proliferação de
Armas da ONU – apesar de fornecer armas ilegalmente para Assad, foi membro do
Comitê de Direito Internacional da ONU, da diretoria executiva do Fundo das
Crianças, vice-secretário da Comissão de Desarmamento da ONU e o relator do
comitê da ONU de Informação, que é o órgão destinado a promover a liberdade de
expressão e de imprensa. Bem… a Coréia do Norte, a China e a Russia também
fazem parte deste Comitê.
Acho que não preciso relembrar as falhas da ONU em
Rwanda e Srebrenica, sua corrupção crônica e a revelação que suas forças de paz
infligiram violência sexual às mulheres e crianças que deveriam proteger.
Não é preciso dizer que não era isso o que os
fundadores da ONU tinham em mente. Em 1946, o Presidente americano Harry S.
Truman disse que ele esperava que a nova organização pudesse “manter a paz no
mundo”. Ele queria que a Assembléia Geral se tornasse “o corpo deliberativo
supremo do mundo”.
A ONU diz que tem 4 objetivos: manter a paz,
desenvolver relações amistosas entre as nações; ajudar nações a trabalharem
conjuntamente para vencer a fome, doenças, analfabetismo encorajando o respeito
pelos direitos e liberades; e harmonizar as ações das nações para alcançar
estes objetivos.
Será que há alguém no mundo que pode dizer seriamente
que não só a ONU falhou miseravelmente nestes objetivos mas se tornou um parque
de diversões para os ditadores do mundo?
Não dá ainda para entender que a missão real daqueles
no leme das Nações Unidas é de transferir dinheiro e poder dos Estados Unidos e
outras nações livres para regimes anti-americanos e anti-democráticos em nome
do que Obama chama de “justiça social”?
Os Estados Unidos sempre foram os maiores doadores da
ONU, contribuindo com quase ¼ do orçamento da organização – quase $7.7 bilhões
de dólares em 2010. Obama ainda não revelou quanto doou para a ONU em 2011 e
pode ser muito mais. 55 Países no mundo têm o PIB menor do que o orçamento
desta organização.
Nestes tempos de dificuldade econômica, com muitos
americanos desempregados e perdendo suas casas, chegou o momento de rever se estes
bilhões não poderiam ser melhor aplicados do que numa organização que
claramente não está interessada em promover os ideais americanos de liberdade e
democracia.
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