A plataforma do Partido Democrata americano mereceu muita atenção da mídia esta semana, não pelo que
continha, mas pelo que não continha: o apoio à manutenção de Jerusalém como
capital indivisível de Israel.
Numa votação de quem grita mais alto - que não deixou claro para ninguém se a maioria estava contra ou a favor - a linguagem sobre Jerusalém voltou à plataforma. Uma verdadeira piada. Além de ter possivelmente
alienado muitos votos de judeus, a própria idéia de remover esta linguagem - que
está na Plataforma Democrata há anos - nos dá uma idéia clara do que podemos
esperar dos próximos quatro anos se Obama for reeleito.
Se até agora vimos um antagonismo
sem igual deste presidente para com Israel, nos próximos 4 anos, quando não
mais terá que se reeleger e prestar contas a seus eleitores, ele irá amargar as
relações dos Estados Unidos com seu maior aliado, Israel.
Hoje, no entanto, gostaria de
voltar minha atenção para outro evento. Há algumas semanas falei sobre um grupo
da Suécia que decidiu organizar uma nova flotilha para Gaza sob o pretexto de entregar
ajuda humanitária aos palestinos da Faixa. Na ocasião disse que havia algo
errado com a moralidade destes auto-proclamados "ativistas". Eles se dirigem para
Gaza, para entregar ajuda a palestinos ocupados em lançar milhares de mísseis em
Israel desde 2005 e não para a Síria aonde mais civis morreram do que no Japão
em 2011 pelo tsunami e terremoto, no Furacão Katrina aqui na América e nos
ataques de 11 de setembro combinados!
O conflito na Síria até agora
causou quatro vezes mais mortes nos últimos 20 meses do que no conflito entre
Israel e os palestinos nos últimos 20 anos. Os residentes de Gaza continuam a
se beneficiar da maior assistência internacional dada no planeta mas ao que
parece ela não chega aos seus habitantes.
Vejam só: são 2.5 milhões de
habitantes na Judeia e Samária e 1.6 milhões em Gaza. Entre 2008 e 2010, eles
receberam 7.7 bilhões de dólares em ajuda. São quase 2 milhões de dólares por pessoa. Aonde está este dinheiro todo? Será que está sendo investido em
infraestrutura, educação e economias palestinas ou na construção de mísseis? O que
mostra a evidência?
Quase dois milhões de sírios, ou
10% da população da Síria são hoje refugiados na Jordânia, Iraque e Turquia sem
qualquer ajuda internacional. Pergunto: Aonde está a Flotilha para a Síria?
Estes chamados “ativistas pelos
direitos humanos” têm suas prioridades. Eles preferem protestar contra legítimo
direito de Israel de se auto-defender contra terroristas que lançam mísseis em
sua população civil do que enfrentar balas em Damasco.
Não é de hoje que Israel é o
destino VIP para estes auto-entitulados “ativistas pelos direitos humanos”.
Eles se instalam em hotéis 5 estrelas, encontram políticos e ativistas de todas
as cores e modelos nos cafés na beira da praia ou em Jerusalém sem correrem
qualquer perigo de serem presos, torturados ou executados como ocorre no resto
da região.
Além disso, se derem sorte, podem
até conseguir uma nota no jornal e justificar os fundos que angariam pelo mundo
aos seus doadores. É muito mais confortável se recostar nas instituições
democráticas de Israel, sua mídia independente e livre do que confrontar os
abusos dos estados vizinhos.
“O fardo da democracia é sempre
muito pesado mas Israel tem orgulho de carrega-lo” como disse o embaixador de
Israel na ONU, Ron Prosdor.
Israel tem mais reporteres
estrangeiros e ativistas de direitos humanos per capta que qualquer outro país
do mundo e entende o valor de suas instituições democráticas mesmo quando são abusadas
por aqueles que querem destruí-la.
Estes ativistas e seus
patrocinadores aprenderam a esconder seu radicalismo atrás de palavras como “democracia”
ou “direitos humanos”. Um dos líderes dessa nova flotilha para Gaza, Johan
Galtung da Noruega, foi recentemente suspenso da Academia de Paz Mundial da
Suiça por uma série de discursos anti-semitas. Ele recomendou que todos os
estudantes universitários lessem “Os Protocolos dos Sábios do Sião”, a
propaganda anti-judaica do século 19 usado nas escolas nazistas.
Longe de criticarem os tiranos do
Oriente Médio, o pessoal desta nova flotilha lhes dá as mãos. Em maio deste
ano, o grupo inglês Viva Palestina foi recebido com honras por Bashar Assad na
Síria, no seu caminho para Gaza. Enquanto os capangas de Assad se preparavam
para o massacre das crianças em Houla, os membros do Viva Palestina estavam
twitando orgulhosamente seus encontros e publicando fotos no Facebook com os
representantes do regime sírio.
Hoje terroristas da Faixa de Gaza
lançaram mais mísseis contra Israel. Um atingiu a cidade de Beershevah e outro atingiu
Netivot destruindo duas casas e ferindo 7 pessoas. Em vez de dançar com
ditadores e tiranos, e assim-chamados "oprimidos" de Gaza, os organizadores desta
flotilha deveriam se dirigir aonde a ajuda é realmente necessária: para a Síria!
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