O comentário de hoje é dedicado à podridão
que reina na ONU. Esta organização, que foi criada supostamente para prevenir e
combater o mal, tornou-se ela própria uma entidade do mal, dominada por
tiranias.
Só no mês passado, no dia 24 de março em
Genebra, o Conselho de Direitos Humanos concluiu sua sessão anual aprovando nada
menos que cinco resoluções condenando Israel. Mas estas foram somente as
últimas de uma série de libelos de sangue acusando Israel, o único país
democrático do Oriente Médio, uma região aonde impera o barbarismo, de ter uma
política deliberada de assassinar crianças palestinas.
Em sua história, este Conselho de Direitos
Humanos passou mais resoluções contra Israel que todas as resoluções condenando
outros países juntas. E os países que passaram estas resoluções são eles
próprios, os piores violadores de direitos humanos.
A Organização das Nações Unidas,
inicialmente concebida pelas democracias ocidentais, junto com suas
subsidiárias, tornou-se um órgão dominado por nações islâmicas, tiranias e
estados párias que ao se juntarem à ela, procuram apenas legitimar suas
políticas horrendas.
Entre seus órgãos está o Conselho de Direitos
Humanos. É para este Conselho degenerado que a Arábia Saudita foi eleita no ano
passado para ser presidente de um painel chave. Imagine a Arábia Saudita, um
país aonde mulheres não podem dirigir ou sair na rua desacompanhadas de um
homem de sua família e aonde todas as sextas-feiras há decapitações de pessoas
acusadas de crimes absurdos como magia e feitiçaria.
Este Conselho consistentemente nomeou os
relatores mais antissemitas e anti-Israel que puderam encontrar com o único
propósito de demonizar o estado judeu e acusar seu exército de crimes de
guerra.
A mesma posição antissemita é também
prevalente na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança que demonizam,
deslegitimam e atribuem todos os males do mundo a Israel, bem reminiscente da
propaganda nazista e da Inquisição da Idade Média, aonde os judeus eram
responsabilizados por todas as tragédias, incluindo a peste negra, terremotos,
fogos e enchentes.
Os estados que hoje dominam a ONU promovem
os Protocolos dos Sábios do Sião como verdade e o Mein Kampf como a solução de
seus problemas.
Senão vejamos:
-
A Líbia de Muamar Qadafi e Qatar foram presidentes da Assembleia Geral;
-
O Irã foi vice-presidente;
-
O Presidente do Irã, Hassan Rouhani, um dos piores patrocinadores do
terrorismo ao redor do mundo, usou a Assembleia Geral para “condenar o terror”
intercalando seu discurso com menções virulentamente antissemitas;
-
O Irã, que apedreja mulheres suspeitas de adultério foi nomeado para
liderar a Comissão da ONU sobre o status das mulheres;
-
A Síria de Bashar Assad foi eleita para a comissão da UNESCO que lida
com direitos humanos e proliferação nuclear;
-
Em 2010, o Conselho de Direitos Humanos publicou um relatório elogiando
a Líbia;
-
Um representante do Sudão, o presidente do qual está sendo procurado
pela Corte Internacional de Justiça por genocídio, foi eleito vice-presidente
do Conselho Social e Econômico, que regula direitos humanos;
-
A Coréia do Norte – sim, ouviram bem – a Coréia do Norte, foi eleita
para presidir a Conferência sobre Desarmamento!
-
A Unesco continua a condenar Israel e somente uma vez condenou a Síria mas
ainda assim, a Síria foi eleita para um de seus comitês de Direitos Humanos;
-
Em 2015 a Organização Mundial de Saúde teve a cara de pau de aprovar uma
resolução apresentada pela Síria, por 104 votos contra 4 e 6 abstenções, condenando
Israel por “alvejar a saúde de sírios nos Altos do Golan, injetando-os com
vírus”. A OMS nunca, nunca em sua história, aprovou qualquer resolução
condenando qualquer país. E como se tratava de Israel, ela não conduziu sequer
uma investigação para verificar as alegações. Nenhuma palavra sobre as centenas
de sírios tratados de graça em hospitais de Israel.
-
E nesta semana, foi publicado que o Escritório de Coordenação de
Assuntos Humanitários nos Territórios Ocupados da ONU, tem consistentemente
manipulado os dados sobre as fatalidades e demolições de estruturas palestinas
com o único propósito de demonizar Israel.
E há tantos outros exemplos desta ONU
hipócrita, corrupta e maléfica.
Depois da derrota do nazismo, os
fundadores das Nações Unidas endossaram a Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Aquelas democracias nunca imaginaram que a organização que criaram
iria ser dominada por ditaduras e tiranias que a explorariam para promover o
mal, incluindo o endosso de genocídio.
Israel se tornou o canário da mina. Duas
décadas após ter votado a criação do Estado de Israel, a ONU iniciou um esforço
em conjunto para deslegitima-la. E de lá para cá, só piorou. Em 1990 o Conselho
de Segurança se recusou a impedir o genocídio em Rwanda apesar de ter forças na
área. Em 1995, em Srebrenica na Bosnia, a ONU entregou 8 mil civis muçulmanos
refugiados em sua zona livre para serem todos massacrados pelos militares sérvios.
Em 2003, a ONU não fez absolutamente nada para evitar o genocídio no Sudão e o
mesmo aconteceu no Iraque e na Síria. Em vez disso, a ONU intensifica suas
campanhas contra Israel. Dá para pensar para que serve esta organização que
custa bilhões de dólares por ano.
O que é mais desprezível é que os
Europeus, que inicialmente resistiram a alguns dos ataques mais escandalosos,
reverteram ao seu papel dos anos 30 e se colocaram de lado enquanto as forças
das trevas envolviam o povo judeu.
Eles jogaram fora qualquer bússola moral
que temporariamente tiveram. Hoje os europeus raramente votam contra as
resoluções anti-Israel mais extremas, preferindo se abster para não antagonizar
suas crescentes populações muçulmanas e as tiranias que os acompanham na
ONU. Estes países Europeus se unem aos
que exigem que Israel responda mais “proporcionalmente” a ataques de palestinos
que querem matar seus civis.
Mas agora, foram mais além. Num mundo
repleto de injustiças e violações de direitos humanos, os europeus estão
preocupados em rotular produtos produzidos por judeus que moram além da linha
de armistício de 1949. Esta iniciativa
precedeu a resolução do Conselho de Direitos Humanos de compilar uma lista de
empresas que fazem negócios na Judeia e Samaria, uma extensão do desprezível
movimento BDS.
O que poucos sabem é que esta é apenas uma
parte da campanha para revogar a Resolução 242 da ONU que recomendou
negociações com base em fronteiras defensáveis para Israel e substitui-la com a
exigência de retorno às fronteiras indefensáveis de 1949 a não ser que Israel e
os palestinos cheguem a um acordo. O que agora parece ser impossível. Neste
contexto, as cidades judaicas da Judeia e Samaria, os bairros judaicos de
Jerusalem do leste, norte e sul e até o bairro judaico da Cidade Velha de
Jerusalem incluindo o Muro das Lamentações são considerados territórios
ocupados.
Até hoje, o Conselho de Segurança não
conseguiu aprovar esta resolução por causa do veto dos Estados Unidos. Mas o
próprio Barak Obama está na vanguarda desta iniciativa, só não conseguindo
leva-la à frente por não ter apoio do Congresso. Mas há uma crescente
preocupação que ele o faça entre as eleições e sua saída do governo. Ele já deu
indicações que quer ser o próximo secretário geral da ONU e nada como agradar
os que dominam a organização para conseguir o cargo.
Estamos vendo a ONU intensificar sua
campanha contra Israel. Os horrendos ataques do Estado Islâmico na Europa de
modo algum impactaram a política europeia em relação ao estado judeu. E ninguém
levanta sua voz. Os países democráticos deveriam lembrar das palavras de
Dietrich Bonhoeffer, o teólogo alemão executado pelos nazistas. Ele disse que “o
silêncio face ao mal, é por sí só o mal: D-us não nos considerará inocentes.
Não falar é falar. Não agir é agir”.
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