Mais um ataque contra o mundo
livre esta semana, desta vez em Londres causando a morte de quatro pessoas e
ferindo mais de 40 de 10 nacionalidades diferentes, inclusive três crianças
francesas. Desta vez o perpetrador não
foi um jovem impressionável, mas um muçulmano de 52 anos nascido e criado na
Inglaterra. Este é o resultado da doutrina multiculturalista que negou a
integração e assimilação dos estrangeiros por gerações sem fim.
Mas hoje vamos falar sobre o Conselho
de Direitos Humanos da ONU. Na segunda feira passada o representante da ONG UN
Watch, conseguiu silenciar os membros do Conselho e não foi com uma retórica
brilhante, foi simplesmente usando os fatos históricos e incontroversos na cara
de cada um deles.
Depois de ouvir os
representantes da OLP, Qatar, Sudão, Síria, Bahrain e Arábia Saudita, todos “bastiões”
dos direitos humanos, sobre o suposto “apartheid” cometido por Israel, Hillel
Neuer, Diretor Executivo da UN Watch, fez as seguintes considerações que coloco
em parte:
“Sr. Presidente, deixe-me
começar colocando o seguinte nas minutas: Tudo o que ouvimos - dos piores transgressores dos direitos
humanos, direitos das mulheres, de liberdade de religião, da imprensa, de
congregação, de expressão, é absolutamente falso.
O relatório proposto hoje não
considera que os israelenses merecem direitos humanos. Durante o final de
semana, o Presidente Abbas anunciou que daria a mais alta medalha do seu
governo a Rima Khalaf, que resignou da Comissão Econômica e Social da Ásia
Ocidental depois que o Secretario Geral Guterrez mandou que ela removesse um
relatório absurdo acusando Israel de “apartheid”. A acusação é absurda porque
1.5 milhões de árabes que vivem em Israel têm amplos direitos de voto e de
serem votados, eles trabalham como médicos, policiais, advogados e são membros
da Suprema Corte do país.
Agora eu gostaria de ouvir dos
membros desta comissão, que confeccionaram este relatório, os estados árabes
que acabaram de falar, o Egito, o Iraque e os outros. Quantos judeus moram em
seus países? Quantos judeus moram no Egito, no Iraque, na Jordânia, no Kuwait,
no Líbano, na Líbia, no Marrocos?
Houve um tempo em que o
Oriente Médio estava cheio de judeus. A Argélia tinha 140 mil judeus. Argélia,
aonde estão seus judeus? O Egito tinha 75 mil judeus. Aonde estão os seus
judeus? A Síria tinha dezenas de milhares de judeus. Aonde estão seus judeus? O
Iraque tinha mais de 135 mil judeus. Aonde estão os seus judeus?
Sr. Presidente, aonde está o
apartheid? Porque há uma comissão da ONU sobre o Oriente Médio que não inclui
Israel? Desde os anos 60 e 70 os membros desta comissão se recusam a incluir
Israel. Aonde está o apartheid Sr. Presidente?
Sr. Presidente, estamos nos
reunindo hoje numa agenda que discrimina apenas um estado. O estado judeu.
Aonde está o apartheid, Sr. Presidente?”
O silencio na sala que se
seguiu foi ensurdecedor.
Nos últimos anos os fortes ventos,
contra Israel não param de soprar. Mas de vez em quando podemos sentir uma
brisa contrária que nos dá alguma esperança.
Surpreendentemente este
discurso da UN Watch pode ter começado uma revolução no Conselho de Direitos
Humanos que tem de tudo, menos direitos humanos. Pode ter sido o discurso ou o
recente ataque em Londres, mas a Inglaterra tomou a palavra no final da 34ª
Sessão e notificou o Conselho sobre o que chamou de “foco desproporcional sobre
Israel”. Somente nesta semana, o
Conselho de Direitos Humanos aprovou nada menos que cinco resoluções contra
Israel. O representante do Reino Unido deixou claro que seu país votaria junto
com os Estados Unidos contra todas as resoluções condenando Israel se “as
coisas não mudassem”.
Em particular, o representante
inglês notou que das 135 resoluções aprovadas pelo Conselho, 68 foram contra
Israel. Ele disse que apesar de seu país não reconhecer a anexação dos Altos do
Golan, não poderia neste momento exigir que Israel entregasse o território para
a Síria. Em sua declaração na sexta-feira, o representante inglês disse que o
Conselho precisava reconhecer o contínuo terrorismo, incitação e violência que
Israel enfrenta. Os esforços renovados do Hamas em reconstruir os túneis são
preocupantes. E a incitação antissemita e glorificação do terrorismo continuam.
E apesar disto, nem nas discussões do conselho nem em suas resoluções houve qualquer
menção sobre o terrorismo ou incitação. E isso é inaceitável.
A missão inglesa também
questionou porque Israel permanecia em uma agenda obrigatória enquanto “a Síria
continua a massacrar e assassinar seu próprio povo diariamente”.
A administração de Donald
Trump por seu lado ameaçou retirar os Estados Unidos do Conselho de Direitos
Humanos dizendo que até agora o órgão foi totalmente ineficaz sobre a situação
mundial dos direitos humanos.
O novo secretário de estado
Rex Tillerson, escreveu uma carta para nove promotores de direitos humanos da
ONU e ONGs dizendo que o Conselho precisa de uma considerável reforma para que
os Estados Unidos participe. Tillerson expressou sua preocupação com as violações
de direitos humanos dos países membros do Conselho como a China, Egito e Arábia
Saudita.
Setenta anos atrás, como consequência
das atrocidades nazistas, a esposa do presidente Americano Eleanor Roosevelt e o
filósofo jurídico francês René Cassin se reuniram para o primeiro encontro da
Comissão de Direitos Humanos da ONU para reafirmar os princípios de dignidade
humana e estabelecer um órgão que garantisse as liberdades fundamentais para
todos.
Com o tempo, a ideia azedou.
Ditadores sequestraram esta organização internacional. Em 2003 chegaram a
eleger o regime assassino da Líbia de Muamar Khadafi para sua presidência!
Fico imaginando, se Eleanor
Roosevelt e René Cassin estivessem vivos hoje, e soubessem que a instituição
que criaram tornou-se um corpo grotesco que legitima assassinos, ditadores e
antissemitas, não se revoltariam com a transformação da organização?
Realmente, ouvir condenações da
Arábia Saudita que Israel pratica discriminação e extremismo; da Síria, que
Israel constrói muros e judaíza Jerusalem; do Sudão, que Israel pratica violência
e terrorismo contra os palestinos e de Qatar que o apartheid de Israel
constitui um crime contra a humanidade é o cúmulo do absurdo.
Estes países só puderam se
apoderar das organizações internacionais porque a esquerda se apoderou do
discurso afirmando que se os países desenvolvidos dessem o respeito e o mesmo
peso de voto à ditaduras e opressores, eles eventualmente iriam evoluir e se
juntar ao mundo civilizado. Não foi isto o que aconteceu.
Agora temos que rezar para que
esta brisa vire um furacão e devolva a sanidade ao ocidente para impedir que os
piores violadores de direitos humanos do mundo se sentem em julgamento de
outros.
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