Na semana retrasada, o General Joseph Votel do Comando Central Americano, em testemunho ao Senado, disse que as ameaças vindas do Oriente Médio “representam o perigo mais direto para os Estados Unidos e para a economia global... e que o Irã representa a maior ameaça a longo prazo, para a estabilidade desta parte do mundo”.
Ele ainda afirmou que o Oriente Médio continua a ser o epicentro do terrorismo global e do violento extremismo Islâmico.
De 2009 a 2016, a política exterior dos Estados Unidos foi uma de bater em retirada e pedir perdão por supostas transgressões passadas. O objetivo de Obama era reduzir a superpotência americana nivelando-a com outras nações e transferir a autoridade de governos para organizações internacionais que têm como objetivo humilhar os Estados Unidos.
Trump não está pronto a deixar ninguém humilhar os Estados Unidos. E é exatamente por isso que precisamos de uma nova abordagem, novas ideias. Mas tampouco podemos esquecer as lições do passado. Mas inexplicavelmente, depois de ter praticamente limpado todos os órgãos governamentais dos nomeados por Obama, as únicas pessoas que Trump decidiu deixar no cargo foram dois indivíduos ligados aos palestinos. Trump deixou Michael Ratner, responsável pela mesa Israel-Palestina no Departamento de Estado e Yael Lempert, uma oponente radical do Estado de Israel no Conselho de Segurança Nacional. Os Democratas, liderados por Martin Indyk, se rejubilaram com a notícia, e isto não é nada bom para um time que está tentando mudar o approach ao problema.
Ao mesmo tempo, Trump enviou para a região seu advogado e agora negociador-chefe para Israel e os palestinos, Jason Greenblatt, para conversar com Netanyahu e Abbas ea tentar reavivar o processo de paz. Um processo de paz que de fato morreu e foi enterrado 17 anos atrás.
No ano 2000, Yasser Arafat lançou a segunda intifada, claramente rejeitando a proposta de Ehud Barak para a criação de um estado palestino. Isto deixou claro que o proposito de Arafat em assinar os acordos de Oslo era o de conseguir o máximo de transferência de território, administração e população, e usa-los como trampolim para destruir Israel.
Em 1993 a esquerda tinha conseguido convencer Itzhak Rabin que Israel só ganharia ao reconhecer a OLP. Se Arafat estivesse mentindo sobre sua intenção de paz, Israel retomaria as áreas cedidas e tudo voltaria como estava antes. Arafat seria desmascarado e a Europa e os Estados Unidos que durante anos pressionaram Israel para reconhecer a OLP, iriam parar com a pressão e finalmente concordariam que Arafat era apenas o terrorista que conhecíamos.
Mas em 2000, quando Barak declarou que havia tirado a máscara de Arafat depois da devastadora onda de homens-bomba, era tarde demais. A legitimidade que ele recebeu de Israel em Oslo teve o efeito oposto. Em vez dos Europeus e americanos condenarem Arafat, eles castigaram Israel por reclamar da onda terrorista. E loucamente, quantos mais violentos os ataques contra judeus e israelenses, mais o mundo defendeu os palestinos. Israel se tornou um pária da comunidade internacional.
Desde 2000, nem Arafat nem Mahmoud Abbas, deram qualquer indicação que sua intenção seja outra que a destruição de Israel. Muito pelo contrário. Deixaram claro que esta é a política oficial palestina.
Os palestinos não querem um estado. Se quisessem independência de verdade, teriam aceitado as diversas ofertas feitas por Israel e teriam transformado a Faixa de Gaza na Cingapura do Oriente Médio como haviam prometido com a condição que não houvessem judeus. A OLP que recebeu Greenblatt esta semana, é a mesma organização terrorista de 1964, quando foi formada.
Aliás, pouca gente sabe que em sua primeira Carta Magna de 1964, a OLP em seu artigo 24, estabeleceu que a Organização explicitamente não procurava exercer qualquer soberania sobre a Cisjordânia que pertencia à Jordânia ou na Faixa de Gaza que pertencia ao Egito. E no artigo 25 a OLP deixava claro que era a encarregada pela libertação de sua pátria nacional em todas as esferas. Então, que terra a OLP, o Sr. Arafat, procuravam “libertar” em 1964? Precisamente Israel própria. E isso ainda não mudou.
Dada esta imutável realidade, não é construtivo para Israel ou os Estados Unidos continuarem a patrocinar este falso processo de paz. Mas surpreendentemente, nem Trump, nem Bibi Netanyahu parecem entender o problema.
A eleição de Trump deu uma tremenda oportunidade para Israel. Trump não pregava a ideia que judeus são a causa da falta de paz e não correu para apaziguar a OLP como os presidentes americanos anteriores o fizeram, achando que flexibilizariam os palestinos. Mas ao que parece, Bibi não soube o que fazer com isto.
Na reunião com Trump, Bibi disse que apoiaria a criação de um estado palestino soberano, mas desmilitarizado e Israel anexaria as comunidades judaicas na Judeia e Samaria. O maior problema com esta posição e a continuação da legitimidade a esta organização terrorista que quer destruir Israel. Com esta declaração, Bibi jogou um salva-vidas para Abbas e a Autoridade Palestina, a Fatah e a OLP continuarão a ser tratados pelo mundo como parceiros moderados e Israel continuará a ser culpada pela falta de paz.
Se o próprio Netanyahu não rejeita esta quimera, porque Trump o faria??
Todas as matérias escritas sobre Jason Greenblatt o retratam como um judeu religioso, humilde, quieto e que estudou em Gush Etzion, na Judeia, muitos anos atrás. Ele foi para Israel e se encontrou com líderes dos conselhos regionais da Judeia e Samaria, algo que nenhum predecessor fez.
Mas o fato é que, como representante americano para chegar a um acordo, ele veio explorar a limitação da presença judaica na Judeia e Samaria para dar lugar a um estado palestino viável. E Yael Lempert veio com ele.
Em sua visita a Abbas em Ramallah, Greenblatt educadamente pediu para que o “presidente” palestino fizesse um esforço para reduzir a incitação e propaganda antissemita na mídia, escolas e na sociedade palestina em geral. Abbas, por seu lado, exigiu que Israel voltasse para as áreas além da linha de armistício de 1949, soltasse terroristas assassinos das prisões israelenses e cessasse toda a construção por judeus na Judeia, Samaria e Jerusalem.
Em vez de Greenblatt entregar um ultimato, ele discutiu um pacote de ajuda americana que em vez de ir para o desenvolvimento econômico dos palestinos, irá subsidiar os salários dos terroristas e suas famílias, que hoje ultrapassa de 300 milhões de dólares por ano.
O falso trem da paz, que pensávamos ter sido aposentado, deu partida e está novamente viajando a todo vapor.
Netanyahu parece acreditar que se ele não der legitimidade a Abbas e às suas organizações terroristas, os países árabes sunitas se distanciarão de Israel num momento em que a região precisa de unidade para combater a hegemonia do Irã. O que Bibi não entende é que são os países sunitas como a Arábia Saudita, Kuwait, Emirados, a Jordânia e o Egito que precisam de Israel para interceder junto à Casa Branca contra este acordo nefasto que dará aos aiatolás o uso da bomba atômica. Assim, Netanyahu está pagando por algo que ele teria de graça.
Itzhak Rabin comprou de Shimon Peres a ideia de que Israel não teria nada a perder ao reconhecer a OLP. Ou chegariam a um acordo de paz, ou a pressão europeia e americana sobre Israel desapareceria. Rabin e Peres estavam redondamente errados e Israel pagou com milhares de vidas este erro.
Dizem que um sinal de loucura é fazer a mesma coisa do mesmo jeito esperando um resultado diferente. Israel tem que uma vez por todas reconhecer que não tem um parceiro para a paz em Abbas ou no resto da liderança palestina. Se insistir nas mesmas fórmulas falhas, Israel continuará a pagar um preço alto em vidas e não terá a paz.
Mudando de assunto, o time de Israel de baseball surpreendeu o mundo no Campeonato Mundial do esporte. Depois de ganhos sucessivos, na quarta-feira, Israel perdeu do Japão e não conseguiu chegar às semi-finais. Mas apesar da eliminação, a incrível trajetória do time lhe alcançou o apelido de Cinderela do baseball. O time, na verdade, tinha apenas 2 israelenses. O resto, 28 jogadores, eram judeus americanos afiliados com a Liga Americana de Baseball. E foi nisto que a mídia focou.
Interessante estes fatos sobre judeus esportistas. Em 1965, um jogador judeu, Sandy Koufax, levou os Los Angeles Dodgers para a vitória do campeonato americano. Mas ele não é lembrado por isto. Ele é mais lembrado por não ter participado do primeiro jogo do campeonato porque caiu em Yom Kippur. O time de Israel acabou perdendo, mas alcançou o mesmo que Koufax em 1965: espalhar o orgulho judaico pelo mundo. Só por isso, agradecemos os jogadores americanos que integraram o time de Israel e esperamos que eles sejam uma inspiração para a nova geração de esportistas judeus.
No comments:
Post a Comment