Sunday, April 14, 2019

Bolsonaro e o Holocausto - 14/04/2019


Por incrível que pareça agora o Brasil está no mapa da mídia internacional. Durante 14 anos não vimos nenhum artigo no The New York Times ou outro jornal ou tv americanas sobre as perolas de Lula - como o fato de não ter no Brasil uma “viva alma mais honesta que ele” ou o fato dele ter “cansado de viajar o mundo falando mal do Brasil”. Ou as centenas da Dilma, como a “mulher sapiens”, “a saída do pessoal do Nordeste para o Brasil”, e o empacotamento do vento, a saudação da mandioca e daí para frente...

Agora cada palavra do nosso presidente Jair Bolsonaro é pesada, medida e imediatamente interpretada, ou melhor, mal interpretada pela mídia internacional de esquerda ainda inconformada com sua vitória.

Neste final de semana, os jornais caíram em cima do presidente por ele ter dito, num encontro com lideranças evangélicas no Rio de Janeiro, que “podemos até perdoar o Holocausto, mas não podemos esquecê-lo”. Imediatamente as manchetes abundaram na internet declarando que Bolsonaro queria perdoar o Holocausto.

Eu ouvi o discurso e sinceramente não achei nada de mais. Entendi que ele estava falando do perdão cristão, num meio evangélico, aquele que prega “perdoai a quem nos tem ofendido” e não que os judeus ou Israel deveriam perdoar os nazistas. A mensagem mais importante, no entanto, que ele tentou transmitir, que o Holocausto não deveria ser esquecido, isso foi passado por cima!

A pressão foi tanta que provocou até uma resposta do Museu do Holocausto em Jerusalem, Yad Vashem. E como se isto não bastasse, como que para provar que o presidente fala besteira, a mídia foi para traz, buscar outra declaração de Bolsonaro quando de sua visita a Israel em ele afirmou que o nazismo tinha sido um movimento de esquerda.

Gente, a esquerda De-tes-ta quando alguém diz que o fascismo ou o nazismo foram movimentos de esquerda. Porque o foram.

O nome inteiro do partido nazista era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha. Ele subiu ao poder explorando uma retórica indisputavelmente anti-capitalista. Hitler foi um revolucionário de esquerda que denunciou a burguesia, os tradicionalistas, os aristocratas e os monarquistas. Hitler, assim como Mussolini, queria promover um sistema econômico corporativista em que empregadores e sindicatos de empregados estariam unidos em associações para representar coletivamente produtores e trabalharem ao lado do Estado e juntos definirem a política econômica nacional. De acordo com eles, este sistema resolveria o conflito de classes através da colaboração entre elas. Isso lembra alguma coisa?

A única diferença entre o nazismo/fascismo e o marxismo era que os dois primeiros eram movimentos nacionalistas, exaltando o primeiro o povo alemão e o segundo, o povo italiano.

Mas as similaridades excedem este ponto em muito. Tanto o nazismo/fascismo quanto o marxismo foram regimes totalitários que viam tudo como político e acreditavam que qualquer ação do Estado era justificada para alcançar um suposto bem comum. Os três tomam conta de todos os aspectos da vida, incluindo a saúde e bem-estar (vide a Coreia do Norte que acorda seus cidadãos todos os dias na mesma hora) e impõe uma uniformidade de pensamento e ação, seja por força ou por lei ou pressão social.

Estas similaridades causam um grande desconforto na esquerda. Afinal a ideologia de esquerda precisa que as “classes dominantes” e a “burguesia” sejam rotuladas de vilãs e as classes baixas, ou o “proletariado” e os desempregados, sejam vistos como os “explorados” que apoiam o marxismo. Te-los apoiando o fascismo ou nazismo não funciona. Mas esta era a base destes partidos que foram movimentos populares. Foi para o povo que Hitler ordenou em 1937 a criação da Volkswagen, o carro do povo, para que todo o alemão trabalhador tivesse acesso e sua política econômica era voltada para as classes baixas.

Antes da segunda guerra mundial, o fascismo era visto como um movimento social progressivo com muitos adeptos de esquerda na Europa e nos Estados Unidos. O horror do Holocausto completamente mudou a imagem destes partidos que se tornaram algo mau, atrelados ao nacionalismo extremo, paranoicos e racistas genocidas.

Depois da guerra, estes esquerdistas que nas décadas de 20 e 30 tinham elogiado Mussolini e até Hitler – não vamos esquecer que Hitler em 1938 foi escolhido como o homem do ano da revista Time – estes esquerdistas foram obrigados a se distanciar dos horrores do nazismo. Assim, eles começaram a redefinir tanto o fascismo como o nazismo como movimentos de direita e projetaram seus próprios pecados sobre os conservadores, apesar de continuarem a promover o pensamento fascista.

Hoje o fascismo se tornou sinônimo de qualquer coisa indesejável. A resposta da esquerda para qualquer crítica é que a pessoa é fascista. É uma resposta mais visceral, instintiva e zombeteira que algo racional ou baseado em princípios ou fatos. Trump é rotineiramente chamado de fascista e racista, que sempre vai junto, apesar dos Estados Unidos hoje terem o menor índice de desemprego entre os afro-americanos e os latinos de toda a história americana.

A lógica da esquerda é que as coisas que eles aprovam são boas e coisas boas não podem ser fascistas. Assim, por exemplo, apesar de Fidel Castro ter sido um fascista na integralidade, ninguém jamais teve a coragem de chama-lo de fascista, porque afinal de contas, a esquerda aprovava sua suposta “resistência” ao imperialismo americano, incluindo Obama!

Mas ninguém tem qualquer problema em chamar simples conservadores como George Bush, Trump e Bolsonaro, de fascistas. E não vou nem mencionar Bibi Netanyahu que além de fascista é genocida, líder de um governo racista de apartheid e todo o resto.

Vocês também podem notar a hipocrisia flagrante da mídia, que continua a rotular Trump e Bolsonaro de líderes da “extrema-direita”, mas não chama ninguém, nenhum regime de “extrema-esquerda”, nem mesmo a Coreia do Norte.

Hoje, uma das expressões deste fascismo de esquerda que está tomando os regimes ocidentais é o fascismo verde. Temos aqui em NY Alexandria Ocasio-Cortez que está vendendo o fim do mundo em 12 anos se não reduzirmos as emissões do carbono. Hitler também era pró-meio ambiente com uma visão holística acusando o ocidente de estar “doente”, “corrupto” e “em desarmonia com a natureza”. Sim temos que cuidar da limpeza mas não impor soluções como as apresentadas por ela no seu Novo Negocio Verde aonde eliminamos as vacas por causa do gás que emitem ou deixamos de ter filhos.

A diferença entre nós os conservadores e a esquerda, é que eles consideram o meio-ambiente sua nova religião e nós os heréticos. Nós nos consideramos os guardiões da terra e tentamos fazer o melhor dentre as opções que temos.

Assim minha gente, não comprem esta retórica ignorante da mídia e da esquerda. Não vamos mais deixar eles vestirem todos os que os criticam com o manto do nazismo ou fascismo. Chega de aceitarmos estes rótulos calados. Temos agora que começar a jogar a verdade na cara deles.



No comments:

Post a Comment