Por incrível
que pareça agora o Brasil está no mapa da mídia internacional. Durante 14 anos
não vimos nenhum artigo no The New York Times ou outro jornal ou
tv americanas sobre as perolas de Lula - como o fato de não ter no Brasil uma
“viva alma mais honesta que ele” ou o fato dele ter “cansado de viajar o mundo
falando mal do Brasil”. Ou as centenas da Dilma, como a “mulher sapiens”, “a
saída do pessoal do Nordeste para o Brasil”, e o empacotamento do vento, a
saudação da mandioca e daí para frente...
Agora cada
palavra do nosso presidente Jair Bolsonaro é pesada, medida e imediatamente
interpretada, ou melhor, mal interpretada pela mídia internacional de esquerda
ainda inconformada com sua vitória.
Neste final
de semana, os jornais caíram em cima do presidente por ele ter dito, num
encontro com lideranças evangélicas no Rio de Janeiro, que “podemos até perdoar
o Holocausto, mas não podemos esquecê-lo”. Imediatamente as manchetes abundaram
na internet declarando que Bolsonaro queria perdoar o Holocausto.
Eu ouvi o
discurso e sinceramente não achei nada de mais. Entendi que ele estava falando
do perdão cristão, num meio evangélico, aquele que prega “perdoai a quem nos
tem ofendido” e não que os judeus ou Israel deveriam perdoar os nazistas. A
mensagem mais importante, no entanto, que ele tentou transmitir, que o
Holocausto não deveria ser esquecido, isso foi passado por cima!
A pressão foi
tanta que provocou até uma resposta do Museu do Holocausto em Jerusalem, Yad
Vashem. E como se isto não bastasse, como que para provar que o presidente fala
besteira, a mídia foi para traz, buscar outra declaração de Bolsonaro quando de
sua visita a Israel em ele afirmou que o nazismo tinha sido um movimento de
esquerda.
Gente, a
esquerda De-tes-ta quando alguém diz que o fascismo ou o nazismo foram
movimentos de esquerda. Porque o foram.
O nome
inteiro do partido nazista era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da
Alemanha. Ele subiu ao poder explorando uma retórica indisputavelmente
anti-capitalista. Hitler foi um revolucionário de esquerda que denunciou a
burguesia, os tradicionalistas, os aristocratas e os monarquistas. Hitler,
assim como Mussolini, queria promover um sistema econômico corporativista em que
empregadores e sindicatos de empregados estariam unidos em associações para
representar coletivamente produtores e trabalharem ao lado do Estado e juntos
definirem a política econômica nacional. De acordo com eles, este sistema
resolveria o conflito de classes através da colaboração entre elas. Isso lembra
alguma coisa?
A única
diferença entre o nazismo/fascismo e o marxismo era que os dois primeiros eram
movimentos nacionalistas, exaltando o primeiro o povo alemão e o segundo, o
povo italiano.
Mas as similaridades
excedem este ponto em muito. Tanto o nazismo/fascismo quanto o marxismo foram
regimes totalitários que viam tudo como político e acreditavam que qualquer
ação do Estado era justificada para alcançar um suposto bem comum. Os três
tomam conta de todos os aspectos da vida, incluindo a saúde e bem-estar (vide a
Coreia do Norte que acorda seus cidadãos todos os dias na mesma hora) e impõe
uma uniformidade de pensamento e ação, seja por força ou por lei ou pressão
social.
Estas
similaridades causam um grande desconforto na esquerda. Afinal a ideologia de
esquerda precisa que as “classes dominantes” e a “burguesia” sejam rotuladas de
vilãs e as classes baixas, ou o “proletariado” e os desempregados, sejam vistos
como os “explorados” que apoiam o marxismo. Te-los apoiando o fascismo ou
nazismo não funciona. Mas esta era a base destes partidos que foram movimentos
populares. Foi para o povo que Hitler ordenou em 1937 a criação da Volkswagen,
o carro do povo, para que todo o alemão trabalhador tivesse acesso e sua
política econômica era voltada para as classes baixas.
Antes da
segunda guerra mundial, o fascismo era visto como um movimento social
progressivo com muitos adeptos de esquerda na Europa e nos Estados Unidos. O
horror do Holocausto completamente mudou a imagem destes partidos que se
tornaram algo mau, atrelados ao nacionalismo extremo, paranoicos e racistas
genocidas.
Depois da
guerra, estes esquerdistas que nas décadas de 20 e 30 tinham elogiado Mussolini
e até Hitler – não vamos esquecer que Hitler em 1938 foi escolhido como o homem
do ano da revista Time – estes esquerdistas foram obrigados a se distanciar dos
horrores do nazismo. Assim, eles começaram a redefinir tanto o fascismo como o
nazismo como movimentos de direita e projetaram seus próprios pecados sobre os
conservadores, apesar de continuarem a promover o pensamento fascista.
Hoje o
fascismo se tornou sinônimo de qualquer coisa indesejável. A resposta da
esquerda para qualquer crítica é que a pessoa é fascista. É uma resposta mais
visceral, instintiva e zombeteira que algo racional ou baseado em princípios ou
fatos. Trump é rotineiramente chamado de fascista e racista, que sempre vai
junto, apesar dos Estados Unidos hoje terem o menor índice de desemprego entre
os afro-americanos e os latinos de toda a história americana.
A lógica da
esquerda é que as coisas que eles aprovam são boas e coisas boas não podem ser
fascistas. Assim, por exemplo, apesar de Fidel Castro ter sido um fascista na
integralidade, ninguém jamais teve a coragem de chama-lo de fascista, porque
afinal de contas, a esquerda aprovava sua suposta “resistência” ao imperialismo
americano, incluindo Obama!
Mas ninguém
tem qualquer problema em chamar simples conservadores como George Bush, Trump e
Bolsonaro, de fascistas. E não vou nem mencionar Bibi Netanyahu que além de
fascista é genocida, líder de um governo racista de apartheid e todo o resto.
Vocês também
podem notar a hipocrisia flagrante da mídia, que continua a rotular Trump e
Bolsonaro de líderes da “extrema-direita”, mas não chama ninguém, nenhum regime
de “extrema-esquerda”, nem mesmo a Coreia do Norte.
Hoje, uma das
expressões deste fascismo de esquerda que está tomando os regimes ocidentais é
o fascismo verde. Temos aqui em NY Alexandria Ocasio-Cortez que está vendendo o
fim do mundo em 12 anos se não reduzirmos as emissões do carbono. Hitler também
era pró-meio ambiente com uma visão holística acusando o ocidente de estar
“doente”, “corrupto” e “em desarmonia com a natureza”. Sim temos que cuidar da
limpeza mas não impor soluções como as apresentadas por ela no seu Novo Negocio
Verde aonde eliminamos as vacas por causa do gás que emitem ou deixamos de ter
filhos.
A diferença
entre nós os conservadores e a esquerda, é que eles consideram o meio-ambiente
sua nova religião e nós os heréticos. Nós nos consideramos os guardiões da
terra e tentamos fazer o melhor dentre as opções que temos.
Assim minha
gente, não comprem esta retórica ignorante da mídia e da esquerda. Não vamos
mais deixar eles vestirem todos os que os criticam com o manto do nazismo ou
fascismo. Chega de aceitarmos estes rótulos calados. Temos agora que começar a
jogar a verdade na cara deles.
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