O ataque mais mortífero na
América desde 11 de setembro de 2001 aconteceu esta semana em São Bernardino na
Califórnia. Um casal totalmente fora do radar das autoridades americanas,
vestidos com coletes a prova de balas, mascaras de esqui e óculos go-pro para
filmar suas ações, invadiram uma festa de natal de um centro de reabilitação de
deficientes e mataram 14 pessoas e feriram outras 17.
As informações que surgiram após
o ataque foram surpreendentes. O marido era empregado como especialista em
saúde ambiental deste centro há cinco anos. Seis meses atrás, as pessoas que
ele matou organizaram um chá de bebê para ele e a esposa na ocasião do
nascimento de sua filha. A esposa, uma paquistanesa que cresceu na Arábia
Saudita, com curso superior, calmamente deixou sua bebê com a sogra dizendo que
tinha uma hora no médico antes de sair para cometer a chacina.
Na casa, as autoridades
encontraram 12 bombas caseiras, mais de duas mil balas para rifles automáticos
e pistolas. Isto em meio a brinquedos e mamadeiras. A pergunta é: o que leva
uma jovem mãe abandonar sua recém-nascida para promover o jihad?
Contrariamente ao que líderes
muçulmanos querem nos fazer acreditar, jihad não é um tipo de yoga ou meditação
para você se aprimorar. Jihad é o empreendimento de uma guerra dos que
acreditam no Profeta Maomé contra o resto do mundo que não o segue.
Nos últimos meses temos visto
uma escalação de ataques terroristas no Oriente Médio, na África, passando pela
Europa e agora nos Estados Unidos. Não vamos ser ingênuos e pensar que os que
vivem na América do Sul estão a salvo. Os ataques terroristas na Argentina em
1992 e 1994, e testes recentes feitos em Montevidéu - aonde pacotes foram
deixados próximos da embaixada de Israel- estão aí para nos lembrar de que
ninguém está a salvo em nenhum lugar. E esta é precisamente a mensagem do jihad
global.
Este é um perigo que
conhecemos. Pior que isso, no entanto, são as autoridades que deveriam nos
proteger mas continuam a negar esta ameaça, continuam a passar açúcar sobre os eventos
quando acontecem e saem correndo em defesa dos assassinos numa incompreensível
inversão de valores.
Em seu discurso semanal, o
presidente Obama ofereceu suas condolências às famílias das vítimas e tipo, “reconheceu
a possibilidade que os dois atacantes tivessem sido radicalizados”. Sua
conclusão foi “a necessidade de trabalharmos juntos para prevenir pessoas de se
tornarem vítimas de organizações extremistas que encorajam a violência.” Quer
dizer, os atacantes para ele, são “vítimas” de organizações extremistas.
Ele ainda não perdeu a
oportunidade de condenar o direito constitucional de cidadãos portarem armas.
Isto, após o ataque ter ocorrido na Califórnia, que tem as leis mais
restritivas para a aquisição de armas de todos os Estados Unidos.
O absurdo não para aí. Os
candidatos democratas para a presidência não seguraram suas pérolas. Bernie
Sanders, mais uma vez culpou o aquecimento global pelo surgimento do Estado
Islâmico. Segundo ele, a redução de recursos naturais causados pelo aquecimento
leva as pessoas ao radicalismo e terrorismo. De fato, a California tem passado
por uma estiagem... tenha paciência... ninguém merece...
E Hilary Clinton imediatamente
declarou que a violência com armas tem que acabar. Que não há país com mais
casos como estes que os Estados Unidos. Ao que parece, ela não viu o relatório
da ONU sobre homicídios em que os países da América Central e do Sul, inclusive
o Brasil, lideram o número de mortes por arma apesar de todas as restrições impostas
pelos governos para alguém conseguir o porte. Os únicos que têm armas são os
bandidos. Se alguma das vítimas do centro de reabilitação estivesse armada,
talvez o resultado tivesse sido muito diferente.
Nem Obama, nem Clinton ou
Sanders usaram palavras como terrorismo islâmico, islamismo radical ou jihad.
Minutos antes de sair atirando, a esposa, Tashfeen Malik postou sua fidelidade
ao Estado Islâmico no Facebook. Mas a polícia do politicamente correto chegou
até a especular que isto se deveu à depressão pós-parto! O absurdo neste país
chegou ao ponto de uma vizinha ter notado as atividades estranhas do casal,
trabalhando a todas as horas da noite na garagem e recebendo diariamente
pacotes mas ficou com medo de chamar as autoridades e ser acusada de racismo.
Em uma entrevista, a promotora
geral disse que seu maior medo era o aumento da retórica anti-muçulmana nos
Estados Unidos. Não os ataques e o assassinato de inocentes. Seu maior medo é a
retórica contra os muçulmanos!!
Estamos vendo um novo tipo de
terrorismo, um novo tipo de atacante e uma prontidão para morrer levando a cabo
estes atos nunca antes vista. E a capacidade do governo americano lutar contra estes
atacantes está sendo minada a cada dia pelo politicamente correto, pelo medo de
ferir os sentimentos destes energúmenos. Por isso levou quase três dias para o
FBI finalmente declarar de modo desajeitado o que todos nós já sabíamos: que se
tratava de um ataque terrorista.
O problema é que como disse
antes, este casal não estava no radar de nenhuma autoridade. De acordo com o
FBI, há nos Estados Unidos mais de mil investigações de simpatizantes do Estado
Islâmico e outros grupos radicais e não há recurso humano suficiente para dar
seguimento a todas elas. Com tudo isso, e apesar do Estado Islâmico declarar
ter infiltrado os refugiados procurando asilo na Europa, o presidente Obama
insiste em trazer milhares deles para os Estados Unidos.
Seus próprios conselheiros
avisaram que não há como checar a identidade e a história destes refugiados
pois não há data bases de sírios ou iraquianos. Quando senadores aventaram a
possibilidade de aprovarem cristãos e yazidis, por exemplo, Obama reagiu
furiosamente dizendo que isto era discriminação e zombou dos senadores dizendo
que temiam “viúvas e órfãos”.
Esta semana tivemos uma jovem
mãe pivô de uma chacina. Temos sim que ter medo de todos que não podem ser
verificados e estes não devem entrar nos Estados Unidos ou na Europa. Ontem
houve um ataque no metrô de Londres aonde três pessoas foram esfaqueadas por um
muçulmano que declarou ser pela Síria!! O terrorista teve que ser eletrocutado
seis vezes antes de ser preso. Os ingleses logo declararam ter sido terrorismo.
E com tudo isso ocorrendo, o
mundo se recusa a largar o osso e deixar Israel em paz.
Nesta sexta-feira, a ministra
das relações exteriores da Suécia, Margot Wallström, em uma sessão do parlamento sueco declarou
que a reação de Israel à onda de esfaqueamentos era “desproporcional”. Para
ela, o fato da contagem de corpos estar mais alta do lado palestino, é prova de
que Israel estaria “executando palestinos extrajudicialmente”. Esta afirmação é
tão escandalosa que merecia uma quebra de relações entre Israel e a Suécia. Esta
é a terceira vez que esta ministra lança seu veneno e culpa o estado judeu
pelos males do mundo.
Ela também deveria ler o
relatório de homicídios da ONU que demonstra que no mundo inteiro, a maioria
dos assassinatos em números absolutos, são cometidos por facas ou outros
objetos pontiagudos. Mas isto não é conveniente para a sua retórica.
E então foi a vez de John
Kerry que tentou condenar ambos Israel e os palestinos pelo impasse e a falta
de negociações de paz. Ele falou sobre a incitação dos lideres palestinos mas
comparou seu efeito com a construção nos assentamentos judaicos na Judeia e Samaria.
Em outras palavras, para Kerry, matar alguém e construir dentro de um
assentamento deveria acarretar a mesma punição.
Infelizmente com o líder maior
do mundo livre mais preocupado com o aquecimento global (e alguém ainda precisa
me explicar o que causou o fim da era glacial quando o mundo aqueceu sem
emissão de carbono), mais preocupado em ser politicamente correto, em não ferir
os sentimentos de muçulmanos, estamos num beco sem saída. Não há evento que o
faça repensar sua retórica, numa mostra horrenda de ignorância e arrogância,
seja quando ele definiu o Estado Islâmico como um time júnior no ano passado,
ou quando declarou que o Estado Islâmico estava “contido” no mesmo dia do
ataque em Paris, ou quando culpou os portadores de armas pelo ataque na
Califórnia.
Colocar ênfase em como as
vítimas do terrorismo em Israel se defendem ou na construção de casas por
judeus é desviar a atenção da própria natureza destes ataques terroristas que é
a mesma que temos em Paris, Madrid, Londres, Mumbai, Nigeria e Estados Unidos.
Se os líderes do mundo em vez disso condenarem e agirem para prender os
perpetradores, os financistas e os instigadores do terrorismo, nem os cidadãos
de Israel nem de outros lugares precisarão usar de métodos de auto-defesa.
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