Tivemos esta semana um alvoroço na mídia, sobre
a declaração do candidato à presidência americana Donald Trump, que disse que a
América deveria proibir a entrada de muçulmanos no país. A maioria
convenientemente tirou a sequencia da declaração em que ele diz “até que
possamos determinar o que está acontecendo”.
Trump estava se referindo à concessão do
visto de noiva para Tashfeen Malik, a terrorista - que junto com seu marido - matou
14 pessoas num centro para deficientes na Califórnia na semana passada.
O tumulto foi tanto que até gerou um
bate-boca no Twitter entre Trump e o príncipe Alwaleed bin Talal. O príncipe
saudita disse que Trump “era uma desgraça não só para o partido republicano,
mas para toda a América e que ele deveria sair da corrida presidencial, pois
nunca irá ganhar”. Isto vindo de um príncipe de um país aonde mulheres não
podem dirigir, não podem sair sem estarem acompanhadas por um homem de sua
família, só agora podem votar em algumas eleições municipais e precisam de
permissão dos maridos para obter um passaporte. Algumas horas depois, Trump
disparou de volta: “Príncipe tolo que quer controlar os políticos americanos
com o dinheiro do papai. Não poderá fazê-lo quando eu for eleito”.
Trump sabe que declarações como esta podem
machuca-lo no bolso. Ele tem vários projetos no Oriente Médio. Mas é exatamente
por isso que ele continua em primeiro lugar nas pesquisas de opinião. Ele diz
exatamente o que pensa e do modo que o povo entende. O americano comum que está
farto do politicamente correto.
Na França, nesta semana, assistimos um
terremoto político quando o partido Front National da Marine Le Pen teve ganhos
expressivos nas eleições regionais, tomando quase 28% dos votos. O Front
National é conhecido por sua posição anti-imigrante e em especial
anti-muçulmana.
Para as elites ocidentais, ambos Donald
Trump e Marine Le Pen são candidatos para lá de inaceitáveis. A declaração de
Trump sobre barrar a entrada de muçulmanos não passaria um teste constitucional
mas se ele, em vez disso, tivesse dito: vamos impedir a entrada de cidadãos dos
seguintes países até determinarmos um curso melhor, ninguém chiaria.
De fato, imediatamente após a controvérsia
ter pego fogo, o outro candidato republicano à presidência e senador Rand Paul,
embarcou no trem de Trump e submeteu legislação barrando a entrada de
refugiados da Síria e outros 30 países pendendo checagem estrita de cada
requerente. Ninguém protestou.
Esta não é a primeira vez. O presidente
mais esquerdista e liberal de todos Jimmy Carter proibiu a entrada de iranianos
depois da tomada da embaixada americana em 1979.
Mas a mídia desceu ao ponto de chamar Trump
de fascista, de nazista “igualzinho a Hitler”, numa mostra sem paralelo de
perversidade ou no mínimo de cretinice histórica.
O fascismo é uma doutrina totalitária de
esquerda que deifica o estado e seu líder como vemos na Coréia do Norte hoje.
Em sua base, ela tinha uma obsessão com pureza racial e era hostil para com a
modernidade e a razão. Hitler adotou o fascismo adicionando a ele, o genocídio
de judeus e outras minorias.
Qualquer que sejam as falhas de Trump, ninguém
realmente acredita que ele queira matar todos os muçulmanos e transformar os
Estados Unidos num estado totalitário. O que ele disse, tem a aprovação da
maioria do povo americano. Desde o ataque da Califórnia, está havendo uma
corrida às lojas de armas. O povo está procurando meios para se defender, pois
perdeu a confiança na capacidade do governo de fazê-lo.
Petições na Inglaterra e até em Israel
foram distribuídas para banir a entrada de Trump nestes países por incitação ao
ódio. Tudo isso só porque ele acredita que o governo deve dar um passo para
trás e reavaliar a admissão de uma população que sabemos, não é formada
inteiramente de terroristas. Mas todos os terroristas são desta população.
Este argumento encontra receptividade com
os milhões de americanos decentes e não fascistas. Pessoas que simplesmente
querem viver em segurança e com pessoas que respeitam seus valores de liberdade
qualquer que seja sua fé. Mas o politicamente correto forçou o abandono destes
elementos básicos da sociedade livre e não só isso, demoniza qualquer um que
soe o alarme.
Como disse na semana passada, o massacre
poderia ter sido evitado se somente a vizinha que notou as atividades suspeitas
do casal tivesse avisado a polícia. Mas ela teve medo de ser processada por
racismo. Não vamos esquecer que o menino muçulmano que construiu um relógio parecido
com uma bomba processou sua escola por 15 milhões de dólares porque o professor
chamou a polícia para verificar se o dispositivo era seguro.
O público pode não se importar com Le Pen
ou com Trump. Mas neste momento de confronto com esta ideologia islâmica
nefasta ambos tocaram num nervo que os políticos de carreira se recusam a
admitir: que o islamismo radical é uma ameaça para a democracia e para a
segurança pública; e que os líderes muçulmanos - políticos e religiosos - do
Oriente Médio, continuam a injetar o ódio contra os valores ocidentais e a
inflamar o desejo de islamizar o mundo livre.
A consequência do ataque na Califórnia para
a esquerda foi um debate sobre controle de armas e proclamar sua preocupação
com um possível aumento de islamofobia!
Enquanto isso, perigos muito maiores que o
Estado Islâmico e células terroristas dormentes estão sendo ignorados. Em
outubro, o Irã fez seu segundo teste de mísseis balísticos, desde o famoso
“acordo nuclear” e em violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. A Agência Internacional de Energia Atômica
revelou que antes de 2009 o Irã estava tentando criar uma arma nuclear, mas
desde então... eles não têm informação. Simplesmente não sabem... Isto não é de
espantar, pois o famoso acordo de Obama seriamente restringiu qualquer acesso à
base militar e usina nuclear de Parchin.
Assim, a Agência Nuclear desistiu de
inspecionar, o Irã mentiu e continua a violar as resoluções da ONU. O acordo de
Obama é uma piada se alguém pensou que iria prevenir o Irã de adquirir a bomba.
De fato, o acordo será o fator determinante que possibilitará o Irã de adquirir
a bomba. E então, o Estado Islâmico e estes jihadistas parecerão minhocas
nadando ao lado de um grande tubarão. Mas
hey, há coisas mais importantes para cobrir, como o aquecimento global e declarações
de Donald Trump.
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