Sunday, January 2, 2011

As Guerras de Israel - 02/01/2011

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas aproveitou a última semana de 2010 para fazer uma declaração que lembrou os segregacionistas americanos mais radicais da década de 60. Ele disse que “quando um estado palestino for estabelecido, estará livre de qualquer presença israelense”. “Se um estado palestino for estabelecido com sua capital em Jerusalem, nós iremos protestar a presença de até mesmo um israelense em seu território. Esta é a nossa posição”. Este é o parceiro da paz de Israel? Abbas falou claramente que a nenhum judeu será permitido colocar os pés no estado palestino. Além disso, Abbas também anunciou que irá pedir ao Conselho de Segurança da ONU para passar a resolução anti-semita que declare ilegais todas as construções de judeus na Judeia, Samária e Jerusalém.

Apesar da natureza claramente racista de sua declaração, que nega a judeus o direito básico à suas casas e terra só porque são judeus, ela não sucitou nenhum escândalo da esquerda liberal, de qualquer governo ou de qualquer grupo que se diz defensor dos direitos humanos. Só o silêncio. Não houveram protestos ou denúncias desta retórica claramente antisemita de absolutamente ninguém.

Ao contrário, Abbas foi convidado pelo governo brasileiro para a colocação da pedra fundamental da embaixada da Palestina em Brasília e presenciar a posse da nova presidente. E se a administração Obama permitir que resolução declarando casas de judeus ilegais seja aprovada pelo Conselho de Segurança, será uma vitória substancial na guerra política contra Israel.

E neste ano que começa, esta será uma das guerras que Israel terá que lutar para sobreviver.

A Fatah está se preparando para a batalha final desta guerra política com a ajuda de seus aliados no mundo. Apesar de negarem, o plano é de declarar o estado palestino com o máximo de apoio internacional nos próximos 12 meses. Para tanto, os palestinos estão trabalhando em várias frentes. No último 24 de novembro, as Nações Unidas resolveram realizar a conferência Durban III no dia 21 de setembro. Se os ouvintes recordam, a primeira destas conferências sobre o racismo, há 10 anos atrás na Africa do Sul, foi organizada para exclusivamente atacar Israel e os judeus.

Enquanto Judeus eram massacrados em pizzarias em Jerusalem, aqueles que os odeiam pelo mundo se reuniram para negar à eles os mais básicos direitos humanos, como o direito à vida e a defendê-la. Os antisemitas usaram a bandeira anti-racista das Nações Unidas para afirmar que não é racismo matar e incitar o assassinato de judeus. Ao final da conferência, os judeus foram condenados. A única nação do mundo que teve seu movimento de autodeterminação, o Sionismo – declarado outra vez, como racismo.

Mas até mais importante do que a glorificação de homens bombas e seus mandantes apenas 3 dias antes dos ataques de 11 de setembro, a conferência de Durban conferiu o mapa da rota para a guerra política contra Israel. Os chamados grupos de direitos humanos do mundo concordaram que seu trabalho-mor era o de criminalizar o estado judeu, para isolá-lo politica, diplomática e economicamente. Como dito pelos próprios participantes, seu trabalho era o de conduzir um jihad não-violento para complementar o trabalho dos guerrilheiros da resistência que estavam ocupados massacrando crianças e seus pais em Israel.

A segunda conferência de Durban que aconteceu na Suiça no ano passado tinha que revigorar as resoluções aprovadas na primeira. Mas ela foi um fracasso. O único chefe de estado a fazer um discurso foi Ahmadinejad do Irã que aproveitou para outra vez clamar pela destruição de Israel. Para que o fracasso não se repita, os palestinos conseguiram que em 2011 a conferência ocorra em Nova Iorque, junto com a abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas.

Seu objetivo é de conseguir acesso a todos os chefes de estado para apoiarem sua Guerra política contra Israel e os judeus. Apesar do Canadá e Israel já terem avisado que irão boicotar a conferência, a administração Obama está mostrando todos os sinais que será um participante ativo.

Assim os palestinos estão muito otimistas em conseguir uma reprise de Durban I. Para o ilegítimo presidente Mahmoud Abbas que já terminou seu mandato há 2 anos e se recusa a permitir novas eleições, junto com seu primeiro ministro também ilegítimo, Salam Fayad, a conferência de 2011 será a culminação de sua campanha para acabar com a legitimidade de Israel como estado. Ela será a cereja sobre as vitórias já alcançadas como a decisão do Brasil e outros 4 governos sul-americanos em reconhecer o estado palestino ao longo das linhas de armistício de 1949 e a elevação do seu status diplomático por alguns estados Europeus e os Estados Unidos.

A outra Guerra que Israel terá que lutar neste ano que entra, será contra o Hamas na Faixa de Gaza. Nas últimas 2 semanas, foram mais de 30 mísseis lançados pelo Hamas, um atingindo um berçario e ferido uma menina.

Desde a Operação Chumbo Fundido de 2008, o Irã tem ajudado o Hamas a aumentar significativamente sua capacidade militar. Hoje, o grupo terrorista que governa Gaza, tem mísseis que podem atingir Tel Aviv. O porta-voz do Hamas, Abu Obeida disse no sábado passado que agora estão mais fortes que nunca e que seu silêncio nos últimos 2 anos foi somente para avaliar a situação. Seu colega Ahmed Jaabari disse na mesma ocasião que os judeus terão duas escolhas: a morte ou deixar a Palestina.

Comandantes do exército de Israel estão levando as ameaças do Hamas à sério. Nos últimos dias, muitos disseram que o poder de dissuasão de Israel está bem corroído na Faixa de Gaza. Uma outra guerra é só uma questão de tempo.

Estes são os contornos das resoluções dos palestinos para 2011. Hamas lançará uma guerra ilegal com mísseis para provocar uma reação de Israel em Gaza. O Irã, a Síria, a Hizbullah, a Turquia e as Nações Unidas junto com um sem-número de ONGs e governos de esquerda, da Noruega ao Brasil irão dar apoio à esta guerra ilegal e castigar Israel se ela se atrever a se defender. A Fatah irá escalar a guerra política. Sua campanha será apoiada pelos mesmos suspeitos junto com Obama e a União Européia.

O propósito destas duas campanhas que se complementam, irá culminar com a abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas em setembro e terá como objetivo enfraquecer Israel militar e politicamente para acabar de destrui-la em tempo.

E o que Israel pode fazer? Primeiro é decidir que ela e não os palestinos irá ganhar estas duas guerras. Para tanto, Netanyahu precisa assegurar que quando o exército agir, será decisivamente, para emergir vitorioso.

O mesmo vai para o lado político. A ofensiva palestina precisa ser confrontada com uma contra ofensiva desenhada para ser vitoriosa. O ministro do exterior Avigdor Lieberman, mostrou o ponto de partida no domingo quando disse aos embaixadores de Israel que neste estágio, a paz com os palestinos é impossível. Mas isto não é o suficiente.

Para uma vitória na guerra política, é preciso começar com um claro reconhecimento da realidade. A paz é impossível porque como o Hamas, a Fatah também é o inimigo, não um “parceiro da paz”. Seus líderes se recusam a reconhecer o mínimo dos mínimos como o direito de Israel de existir. Eles estão construindo um estado que estará em Guerra permanente com o estado judeu. Eles estão trabalhando ávidamente para que o mundo veja Israel como um estado ilegítimo sem perder de vista o objetivo final de destrui-la com seus irmãos do Hamas.

Na guerra política contra a Fatah, Israel terá que desacreditar seus membros e líderes. Hoje a Fatah é líder na campanha de apreender soldados e comandantes de Israel por supostos crimes de Guerra no mundo todo. Israel precisa fazer o mesmo com os terroristas que são recebidos como chefes de estado pelo mundo.

A Fatah usa as Nações Unidas para condenar Israel. Israel precisa submeter diariamente resoluções para condenar os palestinos por suas ações, incitação e políticas racistas.

Os palestinos claramente vêem este ano como decisivo em sua Guerra para destruir Israel. O governo de Netanyahu precisa juntar suas forças para as batalhas à frente. Estas são batalhas que Israel pode vencer. Mas para isto, ela precisa antes de tudo, estar comprometida com a vitória.

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