Parece que todas as manchetes que lemos ultimamente são sobre o Oriente Médio e muitas destas reportagens são verdadeiramente preocupantes. Só esta semana tivemos manchetes sobre a Síria, Autoridade Palestina, Egito, Turquia, Líbano, Yemen e Paquistão.
Na Síria, Assad continua com sua violenta repressão da revolta popular contra sua tirania. Neste final de semana 19 pessoas foram mortas por suas forças de segurança. Na terça-feira em Jisr al Shughour, cidade do norte da Síria, foi encontrada uma cova coletiva com dezenas de corpos depois da saída dos tanques de Assad. O que não é compreensível é a posição americana que ainda se recusa a dar assistência à oposição. Por seu lado, Bashar Assad está se beneficiando de ajuda ilimitada do Irã para matar seu próprio povo.
As negociações no Cairo esta semana entre a Autoridade Palestina e o Hamas mostraram quem é que está mandando. O Hamas conseguiu vetar de vez a participação de Salam Fayad como primeiro ministro do governo de união, apesar da enorme pressão americana. O Hamas ainda manteve sua recusa em aceitar as condições impostas pelo Quarteto de reconhecer Israel, acabar com o terrorismo e de respeitar os acordos passados.
Dada a inflexibilidade do Hamas em não mudar sua política de destruição do estado judeu e a inabilidade da Fatah de se impor neste governo de união, ficou claro que o Hamas é o líder e em nenhuma circunstância a Autoridade Palestina fará a paz com Israel.
E ainda assim, com a realidade esfregando em sua cara, o presidente Barack Obama continua a pressionar Israel para aceitar as precondições da Fatah para voltar a se sentar na mesa de negociações. Obama está exigindo que Israel renda seu direito à fronteiras defensáveis e voltar para as linhas de armistício de 1949.
E não é de surpreender que este acordo de união, que deu ao Hamas controle sobre a Autoridade Palestina, tenha acontecido no Cairo na era pós-Mubarak. Apesar do cénario cor-de-rosa pintado por esta administração americana sobre o futuro do país, o Egito está se moldando num lugar perigoso e amedrontador.
O partido supostamente liberal Wafd se uniu à Irmandade Muçulmana esta semana levando este grupo até agora banido por sua radicalidade, a um passo mais próximo da liderança do Egito com as eleições em setembro. Ainda, a decisão da Junta Militar que governa o país hoje de prender Ilan Grapel, um americano que também é israelense por alegações absurdas de espionagem, demonstra que o Egito está virando as costas à Israel e à América.
Washington ficou reduzida a suplicar à Junta Militar para re-prender um número de terroristas que haviam sido libertados durante as manifestações contra Mubarak. A piada é que não só eles não foram presos mas alguns chegaram a formar partidos politicos para concorrer nas eleições de setembro. Se a Irmandade Muçulmana controlar o próximo governo no Egito, ele será junto com o Líbano e Turquia mais um país liderado por muçulmanos radicais.
No Líbano, nesta semana que passou, o governo foi oficialmente engolido pela Hezbollah. As repercussões disto são inimagináveis.
E aí temos a Turquia. Na semana passada, seu primeiro ministro Recip Erdogan foi reeleito pela terceira vez. Em seu discurso de posse, ele deu um sinal aos islamistas de suas ambições. Ele disse que as cidades anteriormente sujeitas ao Imperio Otomano, de Sarajevo a Jerusalem, de Damasco a Beirute e Ramallah, todas estavam comemorando sua vitória. E a Turquia está prestes a pedir um papel mais independente da OTAN.
Tanto o Paquistão quanto o Yemen, estão à beira de serem tomados pela Al-Qaeda e grupos simpatizantes. A saída do presidente Al-Saleh há duas semanas deu à Al-Qaeda a oportunidade de intensificar os ataques às instalações do governo em Aden e no resto do país.
No Paquistão o assassinato de Bin Laden no mês passado expôs os segredinhos sujos da colaboração das suas forças armadas com Al Qaeda e esta semana 5 pessoas foram presas, acusadas de terem passado a informação aos Estados Unidos. Os 21 bilhões de dólares enviados em ajuda ao Paquistão nos últimos 9 anos pelos Estados Unidos, não compraram muitos amigos entre seus líderes. O problema é que o Paquistão está sentado num arsenal nuclear enorme que poderá cair nas mãos da AlQaeda ou seus mandados.
Mas todos estes acontecimentos no Oriente Médio, não chegam a preocupar tanto como o que está ocorrendo no Irã, abertamente para todos verem. Só que o mundo escolheu virar o rosto. Na segunda feira passada, o Wall Street Journal fez um resumo da situação no Irã.
Primeiro, a Agencia Internacional de Energia Atômica liberou documentos classificados que mostraram que Teherã enriqueceu 970 Kilos de urânio trazendo o total de uranio enriquecido a 4 mil e 105 kilos (isto é o que sabemos).
Primeiro, a Agencia Internacional de Energia Atômica liberou documentos classificados que mostraram que Teherã enriqueceu 970 Kilos de urânio trazendo o total de uranio enriquecido a 4 mil e 105 kilos (isto é o que sabemos).
O Irã também enriqueceu 56,7 kilos de urânio a 20%. Deste ponto é fácil enriquece-lo à 90%, necessário para uma bomba nuclear. De acordo com especialistas da Corporação Rand, o Irã pode hoje produzir armas nucleares quando quiser.
Em cima disto esta semana o Irã lançou com sucesso, seu segundo satélite no espaço. Só que a tecnologia para colocar um satélite no espaço é a mesma para lançar mísseis balísticos intercontinentais. Esta capacidade, juntamente com seu programa nuclear são um perigo claro e iminente para os Estados Unidos e a Europa, sem falar de Israel.
Assim, depois de anos de advertência ao mundo livre, está claro que a política de sanções impostas pela Europa e Estados Unidos falhou completamente a convencer o Irã a abandonar sua busca por armas nucleares. Só ficou a opção de atacar suas instalações se alguém quiser se arriscar.
Durante anos, os sucessivos governos de Israel deixaram os Estados Unidos liderarem este problema. De Ariel Sharon a Ehud Olmert e Netanyahu, desde 2003 quando o programa nuclear Iraniano foi revelado, Israel se convenceu que os Estados Unidos iriam remover o maior perigo para sua sobrevivência em toda sua história.
Mas quando em 2003 o presidente Bush decidiu ir para o Conselho de Segurança da ONU apesar da aberta oposição da Russia, que estava montando as usinas nucleares no Irã e da China que não podia mais ficar sem o gás natural importado dos Ayatollahs, ficou claro que os Estados Unidos não iriam levar esta ameaça a sério. E a desculpa para os Estados Unidos não fazerem nada para impedir que os mullahs adquirissem armas nucleares veio em 2007 quando um estudo da Agência de Inteligência Nacional disse que o Irã já havia abandonado o programa nuclear em 2003.
Este estado só piorou com a inauguração de Obama como presidente em 2009.
A única política de Obama para lidar com o regime Iraniano é o apaziguamento. E não há apaziguamento que convencerá estes lunáticos fanáticos que se auto elegeram para trazer o final dos tempos, a abandonar sua busca pela bomba nuclear.
Obama vê o apaziguamento não como um meio mas como um fim. É por isso que ele nem mesmo ousa dizer abertamente que a força é uma opção para prevenir que o Irã consiga armas nucleares.
Para nós, o que isto quer dizer – como no caso de maio de 1967, quando os exércitos combinados árabes haviam se reunido para apagar Israel do mapa – é que Israel hoje também está só em sua hora de grande perigo. Todas as ameaças menores vindas do Egito, da Autoridade Palestina, da Síria, Líbano e Turquia, se tornarão insuperáveis se o Irã se tornar uma potência nuclear.
E como foi o caso em maio de 1967, Israel chegou na hora da verdade. E todos nós devemos rezar muito para que seus líderes, seus soldados e sua nação tenham a força e a coragem para tomar as decisões corretas para assegurar a sobrevivência do estado judeu para as futuras gerações.
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