Monday, November 7, 2011

A Farsa da UNESCO - 7/11/2011

Nesta semana que passou, os palestinos conseguiram que a Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas, a UNESCO, aceitasse a Palestina como um estado membro.

E não é coincidência que os palestinos procurassem primeiro a UNESCO pois esta organização foi sempre sua parceira em seus esforços para apagar a história, a herança e a cultura judaica da Terra de Israel e dos anais da história.

Em 1974, a UNESCO votou para boicotar Israel na “assistência para Israel nos campos da educação, ciência e cultura” por supostas alegações de que Israel estaria alterando os traços históricos de Jerusalem.

As ações da UNESCO para negar os laços judaicos com Jerusalem e o resto da histórica Israel têm continuado ininterruptamente desde então. Em 1989, a UNESCO condenou a “ocupação de Jerusalém por Israel”, dizendo que os judeus estavam destruindo a cidade através de atos de “interferência, destruição e transformação”. Em 1996, a UNESCO fez um simpósio sobre Jerusalem em sua sede em Paris no qual nenhum grupo judaico ou israelense foi convidado.

No começo de 1996, o Wakf Arabe - que está com as chaves das mesquitas sobre o Monte do Templo – implementou um projeto para sistematicamente destruir os artefatos do Segundo Templo. A destruição foi levada a cabo através de excavações ilegais sob o Templo, e a construção de uma mesquita ilegal subterrânea nos Estábulos de Salomão.

Houve alguma condenação ou protesto contra estes atos? Claro que não. Isto apesar destas ações violarem gravemente as leis internacionais de proteção à antiguidades históricas e locais sagrados que a UNESCO tem como obrigação defender.

Do mesmo modo a UNESCO nunca condenou a violação do Túmulo da Matriarca Raquel e de José pelos palestinos ou da antiga sinagoga de Gaza ou a de Jericó que eles arrasaram completamente. Assim, desde 1974, em vez de proteger o patrimônio da humanidade, a UNESCO foi sócia em um dos maiores crimes da história – a erradicação da história judaica da Terra de Israel. Mas também dos judeus em geral. Em 1995, na resolução marcando o fim da segunda guerra mundial, a UNESCO se recusou a sequer mencionar o Holocausto. A coisa chegou ao ponto da UNESCO designar Jerusalem como a capital da cultura árabe em 2009. Em 2010 renomeou os túmulos de Raquel e dos Patriarcas em Hevron como “mesquitas muçulmanas”. No mesmo ano publicou um relatório sobre a história da ciência no mundo árabe no qual constava o doutor judeu, o Rabino Moshe Ben Maimon – ou Maimonides – como um muçulmano chamado Moussa Ben Maimon.

Assim, não é de se surpreender que os palestinos tenham corrido primeiro para a UNESCO para terem seu reconhecimento pelas portas dos fundos.

Mas a UNESCO ficou enfraquecida com este voto por 2 razões: primeiro, os Estados Unidos não podem mais contribuir com 22% do orçamento da organização e segundo, a aceitação da Palestina viola sua Carta Magna pois somente estados poderiam ser aceitos como membros.

Mas mais do que isto, esta aceitação representa um repúdio dos próprios objetivos da organização que são a promoção da cooperação em educação e da lei. Um relatório recente do Instituto pelo Monitoramento da Paz e Tolerância Cultural na Educação Escolar (IMPACT-SE) condenou os textos escolares da Autoridade Palestina que estão repletos de ódio à judeus em todos os níveis.

A IMPACT-SE verifica se livros escolares estão de acordo com standards internacionais relativos à paz e a tolerância que são objetivos declarados da UNESCO. O estudo demonstra que os textos escolares palestinos de 2011 contêm um antagonismo a Israel e a judeus sem precedentes.

Em relação a Israel, por exemplo, o país não chega nem a ser citado em mapas e seus lugares sagrados são apresentados com outros nomes. O túmulo de Raquel é apresentado como a mesquita Bilal bin Rabah. Os judeus são descritos como aqueles que violam tratados, tornam-se ricos, matam crianças e destripam mulheres. Judeus nunca são apresentados como neutros ou em termos positivos. Há muito louvor para o jihad e o martírio para libertar a Palestina sem definir claramente qual o território a ser libertado, implicando que Israel própria deva ser libertada.

Nesta votação da Palestina na UNESCO, com exceção de 5, todos os países europeus votaram a favor ou se abstiveram. Eles dizem que apoiam a paz entre Israel e os palestinos, mas ao admitirem a Palestina na UNESCO estão de fato implodindo qualquer possibilidade de um acordo negociado. Mas esta votação também revelou muito sobre o presidente Obama dos Estados Unidos.

Na véspera da votação, Obama estava fazendo de tudo para não ameaçar a UNESCO com a retirada dos Estados Unidos como membro. De fato, Obama mandou anunciar que a América iria se candidatar para reeleição do seu comitê executivo. A única menção negativa foi a declaração da porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland que disse que a votação era “prematura” e “lamentável”. Mas quando Israel aprovou construções em Jerusalem, Maale Adumim e Efrat que estão no consenso que farão parte de Israel num futuro acordo, a administração Obama se declarou “profundamente desapontada” e que “ações unilaterais como esta minariam os esforços das negociações”.

Assim, de um lado os palestinos abandonaram o processo de paz e o apoio da UNESCO por isso é simplesmente “lamentável” e “prematuro”. Por outro, a decisão de Israel de não discriminar e manter o direito de propriedade dos judeus que é um direito humano reconhecido pelas Nações Unidas, mina os esforços de retomada de negociações e fere as possibilidades de um acordo.

Desde sua inauguração como primeiro ministro, Netanyahu tem caracterizado os esforços árabes e da esquerda para tirarem a legimidade de Israel como uma ameaça estratégica. Ela é mais do que isso: é uma ameaça política e Israel não está sabendo como lidar com ela.

Desde setembro de 2009, para demonstrar a desonestidade destes árabes e esquerdistas, Netanyahu abandonou a posição que havia adotado durante sua vida: de ser contra a criação de um estado palestino. O primeiro ministro de Israel disse ser necessário aceitar a OLP e a Autoridade Palestina como parceiros da paz para provar aos Obamas do mundo, que Israel quer a paz e ter seu direito de existir reconhecido. Mas o efeito foi outro. Em face desta enorme concessão, a OLP e Autoridade Palestina abandonaram as negociações e intensificaram sua guerra política para criminalizar Israel e deslegitima-la.

A aceitação da Palestina pela UNESCO mostra que este caminho escolhido por Netanyahu é enganador. Ao conceder um direito palestino a um estado, Netanyahu efetivamente concedeu a Judéia e Samária e colocou a soberania judaica de Jerusalem em jogo. Isto só encorajou as Nações Unidas, a Europa e esta Casa Branca a continuarem com sua parcialidade a favor dos árabes e palestinos. Com os palestinos reivindicando direitos incessantemente e Israel concedendo-os, porque alguém iria reclamar?

No fim, a única maneira de vencer aqueles que querem tirar a legitimidade de Israel e negar seu direito à esta terra, à sua nacionalidade e à sua história, é expor sua corrupção, sua malevolência, desonestidade e intenções odiosas que têm para com o povo judeu e o estado judeu. E a única maneira de faze-lo é para nós repetidamente e orgulhosamente afirmarmos os direitos históricos e legais de Israel sobre a Terra Santa e da justiça de sua causa.

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