Mais uma vez começamos a
semana de luto. As famílias de Hail Stawi de 30 anos e de Kamil Shanan, de
apenas 22 anos, policiais drusos de Israel, enterraram seus filhos neste final
de semana.
Os dois foram chacinados por
terroristas na sexta-feira às 7h da manhã em nada menos do que o Monte do
Templo em Jerusalem. E por mais que a Autoridade Palestina e até membros árabes
do parlamento de Israel queiram descrever este como mais um ataque contra o que
eles chamam a “ocupação israelense”, esta afronta, no local mais sagrado do
mundo para judeus tem o potencial de inflamar toda a região.
Os terroristas, árabes
israelenses de Um-El-Faham não viviam sob qualquer “ocupação”. Viviam em Israel
própria, cidadãos do país com todos os direitos e bem representados na Knesset.
Desde a libertação de
Jerusalem por Israel em 1967, nunca houve um ataque com armas de fogo vindo de
dentro da mesquita de Al-Aqsa e a pergunta é: até que ponto o Waqf, o órgão islâmico
responsável pelo gerenciamento do local, foi cumplice deste ato terrorista.
Logo após a vitória israelense
na Guerra dos Seis Dias e a famosa frase “o Monte do Templo está em nossas mãos”,
o então Ministro da Defesa, Moshe Dayan, achou por bem devolver as chaves das
mesquitas ao Waqf para evitar mais conflitos com o mundo árabe. E o status
quo, de que tanto se fala, é manter o Waqf no gerenciamento enquanto Israel
detém a soberania do local.
Mas desde 1967, o status
quo mudou e muito. Mudou para pior para Israel, beneficiando os muçulmanos.
Quem visitou o Muro das Lamentações sabe das longas filas dos detectores de
metal e segurança que temos que passar. Os muçulmanos não têm tais restrições. Eles
têm entrada livre. Ainda, até alguns anos atrás, qualquer um, incluindo judeus
e cristãos, podiam visitar as mesquitas e rezar, desde que comprassem uma
entrada. Hoje, se alguém é pego movendo os lábios, é retirado imediatamente à
força porque só muçulmanos têm o direito de rezar no platô. Que religião é essa
que proíbe pessoas de outras fés de rezar?? E judeus e cristãos não rezam para
o mesmo D-us que os muçulmanos??
Como, depois de 50 anos, a soberania de Israel é questionada, a presença
de judeus e cristãos rejeitada, e a própria história negada?
Existe um esforço do mundo
impulsionado pelos palestinos para minar a legitimidade de Israel como país e o
direito dos judeus à sua terra ancestral.
E de acordo com Daniel Pipes do Fórum do Oriente Médio, não haverá paz
neste canto do mundo até Israel deixar claro para os palestinos que eles perderam
a guerra e têm que aceitar termos de rendição.
De fato, Israel continua a
existir porque contra todas as probabilidades, ela ganhou todas as guerras em
que esteve envolvida. E Pipes tem razão sobre uma declaração inequívoca de
Israel. Temos que parar de engolir como verdade esta afirmação asinina de que “não
há solução militar para o conflito” quando durante os cinco mil anos de
história da humanidade conflitos só foram resolvidos militarmente. O que
estudamos na escola senão sobre guerras e como os vencedores mudaram o curso
anterior?
Este projeto do mundo contra
Israel está claramente nas mãos da ONU. Vimos a palhaçada se repetir na UNESCO
na semana passada, outra vez negando o passado judaico de três mil anos de
Hebron e o túmulo dos patriarcas. Os palestinos reclamam os locais judaicos
para si e dizem que eles estão em perigo forçando uma votação de emergência. A
votação foi tão escandalosa que o embaixador de Israel Carmel Shama HaCohen disse
que precisava sair porque a privada entupida de seu apartamento era um problema
mais sério que a resolução adotada.
Esta é apenas a ultima manobra
desonesta da organização que supostamente é encarregada dos lugares históricos
da humanidade. Mas desta vez a UNESCO, seguindo a liderança do Líbano, Cuba e
Kuwait (pilares da cultura mundial), foi ainda mais longe. Ela reconheceu apenas
o passado islâmico de Hebron, da ocupação dos mamelucos até hoje. Assim, o
mundo hoje considera o tumulo de Abraão, Isaac, Jacó, Sarah, Rebecca e Lea um local
islâmico! Nem as objeções do Conselho Internacional de Monumentos e Locais que
avalia os locais de Herança Mundial e notou que não havia nenhuma indicação que
Hebron estava em perigo, além da inadmissível omissão da história anterior aos
mamelucos - foi suficiente para mudar os termos da resolução.
Aonde chegamos!!! Isto é o que
acontece quando países civilizados deixam a liderança de organizações
internacionais nas mãos de tiranos ignorantes.
E esta vitória encorajará os
palestinos a submeter outros pedidos. Na sua lista está Jericó e pasmem: as
cavernas de Qumran aonde foram encontrados os textos do Mar Morto. Os
palestinos reclamam os textos, escritos em hebraico do Segundo Templo como sua
Herança Nacional!
Esta não é uma tática nova.
Todas as vezes que muçulmanos conquistaram um local, ou eles destruíram os
centros religiosos ou os transformaram em mesquitas. É só ver o que fizeram na
Turquia, quando converteram a suntuosa basílica cristã de Santa Sofia na
mesquita Ayasofia. Em Israel, além da implantação da mesquita no Monte do
Templo e no túmulo dos patriarcas em Hebron, o túmulo do profeta Samuel virou
mesquita, o tumulo de José foi destruído, e o tumulo da matriarca Raquel,
apesar de nunca ter havido uma mesquita no local, é chamado pelos palestinos de
Mesquita de Bilal bin Rabah.
A única coisa positiva deste
voto da UNESCO foi o debate acirrado que ele causou em Israel. Na quarta-feira,
a vice-ministra do exterior Tzipi Hotovely declarou no plenário da Knesset que
os palestinos estavam “roubando a história judaica”.
Ela levantou a Bíblia como
prova da história autêntica da história do povo judeu e depois abriu um livro
sobre a história palestina com páginas em branco que fez um sucesso incrível na
Amazon até ser removido.
Hotovely perguntou: “vocês
sabem por que as páginas estão em branco? Porque os palestinos nunca tiveram
reis ou locais de herança mundiais. David, Moises, Abraão, Isaac e Jacó foram antepassados
dos judeus e vocês palestinos, não conseguirão islamiza-los”.
Mas o membro árabe da Knesset
Abdel Hakim Haj Yahya respondeu que “Abraão é o pai dos palestinos, não dos
judeus. E que todos os profetas são muçulmanos, ou eles não seriam profetas!” Agora
entendemos como Jesus se tornou o primeiro “mártir palestino”. Esqueçam os
Evangélios. De acordo com esta lógica, Jesus não era judeu. Ele era na verdade muçulmano!
Estamos prontos a viver com
esta nova verdade??
Senhores, não há como desfazer
este tipo de retórica. Não há paz porque os árabes e palestinos são alimentados
todos os dias com este tipo de excremento ideológico e falsidades históricas
que os fazem acreditar que estão com a verdade. Temos que deixar bem claro que rejeitamos
este discurso absurdo e temos que exigir que nossos líderes não fechem os olhos
para esta retórica que procura semear a dúvida sobre as fés judaicas e cristãs e
cria uma expectativa irreal para os palestinos.
Albert Einstein disse que “o
mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que os
observam sem fazer nada”. Nosso papel é sairmos de nossa zona de conforto e
fazermos alguma coisa.
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